EXILADOS DE CAPELA
RESUMO
Dentre os vários
contingentes de espíritos exilados trazidos para o planeta Terra, o caso mais
vivo em nossa memória espiritual, talvez por ter sido o mais recente e ao qual
se deve a estrutura social conhecida, é o dos exilados provenientes do sistema
de Capela. Os relatos, aqui
apresentados, se encontram disponíveis em várias obras psicografadas ou
intuídas, sendo o livro do Edgard Armond: Os Exilados da Capela, que utiliza a
autoridade moral de Chico e Emmanuel, em A Caminho da Luz, como o seu roteiro principal,
um dos melhores.
Na verdade, sua obra
tem o mérito maior de ter se aprofundado com mais propriedade, neste quadrante
do Universo. De onde consta a literatura e as revelações, ter estreita ligação
com a Terra. Há que se considerar, nesta
exposição, os diferentes níveis de vida existentes em nossa galáxia, que variam
dos seres corpóreos de estrutura orgânica, até as formas mais fluídicas de
vida, somente pressupostas no ápice da estrutura cósmica. Assim, deve-se
entender que estas considerações incluem postulados morais, antes que ilações
científicas ou revelações ulteriores. Mesmo por que, a física quântica ainda
não possui um corpo teórico definido e abrangente, sobre os diversos estados de
existência da matéria e da energia e, somente agora se descobre a misteriosa
matéria negra, na qual o Universo está submergido.
A seleção de textos
remete aos pontos principais e fazem parte do grande processo elucidativo
terrestre, que se intensificou após o fim da 2º Guerra. Com a vinda dos
elementos transformadores em nossa sociedade: Avatares, mestres e
trabalhadores. Porém, conforme já profetizado, também foram liberadas as almas
cativas nos umbrais, para suas últimas experiências redentoras. Deste modo,
assistimos a um grande progresso técnico-científico, aliado a uma maior
consciência global, sem embargo dos nefastos efeitos causados pela massa de
indigentes espirituais, que a Terra aportaram e são o sinal da transição deste
orbe, na escala de evolução dos mundos.
Aqui selecionamos os
principais trechos de A Caminho da Luz, com certeza um grande livro!
O SISTEMA DE CAPELA
Nos mapas zodiacais,
que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada
uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de
Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos,
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse
colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada. Na
abóbada celeste está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações
de Camelo pardalis, Perseu e Linx; e quanto ao Zodíaco, sua posição é entre
Gemini, Perseu e Taurus. Na sua trajetória
pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando
as glórias do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da
Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre Capela
e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada
de 300.000 quilômetros por segundo. Quase todos os mundos que lhe são
dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de
atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus
irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns
contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos
princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo,
da vaidade, do seu infeliz orgulho.
UM MUNDO EM
TRANSIÇÕES
Há muitos milênios,
um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre,
atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As
lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece
convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo
de civilização. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da
evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos
cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria
daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos
seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais, diretoras do
Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram
pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na
dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e
impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
ESPÍRITOS EXILADOS NA
TERRA
Foi assim que Jesus
recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres
sofredores e infelizes. Com a sua
palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da
consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço
regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se
desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da
sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras,
fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua
colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um
mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal,
seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na
noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio de raças
ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos sofrimentos
distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas
trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa
misericórdia.
A CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
Dentre os Espíritos
degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que
mais se destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.Aliás, importa
considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da
Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardavam no
íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um
único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um
dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base
de todas as suas organizações religiosa.
Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente
desenvolvido. Em todos os corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao
qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que,
representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos,
as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do
planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos,
todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
CIÊNCIA SECRETA
Em virtude das
circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a
evolução não comportava. Aqueles grandes
mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas
tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os
mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos
profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da
época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação. A própria Grécia, que aí buscou a alma de
suas concepções cheias de poesia e beleza, através da iniciativa dos seus
filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das
ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egito se revestiam de
experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte - fatos
esses que, entre os gregos eram motivos de festas inesquecíveis. Os sábios
egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações
espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas
lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas
recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade
terrestre teria de realizar. aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial
importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo
O POLITEÍSMO
SIMBÓLICO
Nos círculos
esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então,
sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e
Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a
função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e
sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas.
Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a idéia
politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do
Homem e da Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes
festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa
franqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as
expressões exotéricas de suas lições sublimadas. Dessa idéia de homenagear as forças
invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o
espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da
Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato
permanente com a Natureza.
O CULTO DA MORTE E A
METEMPSICOSE
Um dos traços
essenciais desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da Morte.
A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão
cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo. Era natural. O grande povo dos faraós
guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo
terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do
pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem
podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos
deuses. a metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do
exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre. Inventou-se, desse
modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus
irmãos à pátria espiritual. Os mistérios
de Ísis e Osíris mais não eram que símbolos das forças espirituais que presidem
aos fenômenos da morte.
OS EGÍPCIOS E AS
CIÊNCIAS PSÍQUICAS
As ciências psíquicas
da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a
comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para
eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas
positiva a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de afrescos,
apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual. Os papiros
nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os
egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo
espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus
conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano,
eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os
processos de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença
e na inquietação dos outros povos. Seus reis estavam tocados do mais alto grau
de iniciação enfeixando nas mãos todos os poderes espirituais e todos os
conhecimentos sagrados. É por isso que a sua desencarnação provocava a
concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o túmulo de
veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia, apenas, nos atos
solenes da mumificação. Também o ambiente dos túmulos era santificado por
estranho magnetismo. Os grandes diretores da raça, que faziam jus a semelhantes
consagrações, eram considerados dignos de toda a paz no silêncio da morte.
AS PIRÂMIDES
A assistência
carinhosa do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral.
Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que
atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade
de todos os séculos. Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes
características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu
degredo na Terra atingira o fim. Impulsionados pelas forças do Alto, os
círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam
como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses
grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os
mais sagrados templos de estudos e iniciação, ao mesmo tempo que constituiriam,
para a posteridade, um livro do passado, com as mais singulares profecias em
face das obscuridades do porvir. Levantaram-se, destarte, as grandes
construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o
colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho
de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses
monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele
conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses
conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre.
Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico
do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que
atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular
a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol
e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço
de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas
científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.
REDENÇÃO
Depois dessa
edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano
espiritual, no curso incessante dos séculos. Com seu regresso aos mundos
ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos
tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis. Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se
os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga. Em algumas centenas de anos, reuniram-se de
novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do
Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da
Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas
afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos,
estudiosos e abnegados, conservaram-se nas hostes de Jesus, obedecendo a
sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm
reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.
A ÍNDIA
Dos Espíritos
degredados no ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do Ganges
foram os primeiros a formar os pródromos de uma sociedade organizada, cujos
núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das coletividades do
porvir. As organizações hindus são de
origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos
israelitas, de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis como as de
Abraão e Moisés. As almas exiladas naquela parte do Oriente muito haviam
recebido da misericórdia do Cristo, cuja palavra de amor e de cuja figura
luminosa guardavam as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos
Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da
religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de profetas, de mestres
e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os homens e os povos do
porvir, salientando-se que também as suas escolas de pensamento guardavam os
mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito. Era na Índia de então que se reuniam os
arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo
perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre origem. alguns
acreditavam se tratasse do antigo continente da Lemúria, arrasado em parte
pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico.
A realidade, porém, qual já vimos, é que, como os egípcios e os hindus
eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta. Deles
descendem todos os povos arianos, que floresceram na Europa e hoje atingem um
dos mais agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva. O pensamento
moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de pensadores, que se
organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos terrestres, tanto
que todas as línguas das raças brancas guardam as mais estreitas afinidades com
o sânscrito, originário de sua formação e que constituía uma reminiscência da
sua existência pregressa, em outros planos.
OS MAHATMAS
Da região do Ganges
partiram todos os elementos irresignados com a situação humilhante que o
degredo na Terra lhes infligia. As arriscadas aventuras forneceriam uma noção
de vida nova e aqueles seres revoltados supunham encontrar o esquecimento de
sua posição nas paisagens renovadas dos caminhos; lá ficaram, apenas, as almas
resignadas e crentes nos poderes espirituais que as conduziriam de novo às
magnificências dos seus paraísos perdidos e distantes. Os cânticos dos Vedas são bem uma
glorificação da fé e da esperança, em face da Majestade Suprema do Senhor do
Universo. A faculdade de tolerar, e esperar, aflorou no sentimento coletivo das
multidões, que suportaram heroicamente todas as dores e aguardaram o momento
sublime da redenção. Os "mahatmas" (grandes almas) criaram um
ambiente de tamanha grandeza espiritual para seu povo, que, ainda hoje, nenhum
estrangeiro visita a terra sagrada da Índia sem de lá trazer as mais profundas
impressões acerca de sua atmosfera psíquica. Eles deixaram também, ao mundo, as
suas mensagens de amor, de esperança e de estoicismo resignado, salientando-se
que quase todos os grandes vultos do passado humano, progenitores do pensamento
contemporâneo, deles aprenderam as lições mais sublimes. Daqueles tempos até
nós, muitos como Gandhi e Rama Krishna (foto), provaram ser possível a
humanidade, a humildade e a paz.
FONTES:
A caminho da luz
Francisco Candido Xavier/Emmanuel
Edgard Armond
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