COVID19 ‘A PANDEMIA DO MEDO’
O Jovem Demônio e o Velho Diabo
Trecho do livro:
“E como você conseguiu
levar tantas almas para o inferno naquela época?
– Por causa do medo.
– Ah sim. Excelente
estratégia; velho e sempre atual. Mas do que eles estavam com medo? Medo de ser
torturado? Com medo da guerra? Fome?
– Não. Medo de ficar
doente.
– Mas então, ninguém mais
ficou doente naquele momento?
– Sim, eles ficaram
doentes.
– Mais ninguém
morreu?
– Sim, eles morreram.
– Mas não havia cura para
a doença?
– Teve.
– Então eu não entendo.
– Como ninguém mais
acreditou e ensinou sobre a vida eterna e a morte eterna, eles pensaram que
tinham apenas aquela vida, e se apegaram a ela com toda a força, mesmo que isso
lhes custasse seu carinho (eles não se abraçavam ou se cumprimentavam, não
tinham contato) humano por dias e dias); seu dinheiro (perderam o emprego,
gastaram toda a poupança e ainda pensavam que tinham sorte de ser impedidos de
ganhar pão); a inteligência deles (um dia a imprensa disse uma coisa e no dia seguinte
se contradiz, e ainda assim eles acreditavam em tudo); a liberdade deles (eles
não saíram de casa, não andaram, não visitaram seus parentes… foi um grande
campo de concentração para prisioneiros voluntários!
Eles aceitaram tudo, tudo,
desde que pudessem passar por suas vidas miseráveis mais um dia. Eles não
tinham mais a menor ideia de que Ele, e somente Ele, é quem dá a vida e a
termina. “Era assim, tão fácil como nunca fora”.
INTERPRETAÇÃO:
O jovem
demônio pergunta:
Como você conseguiu enviar tantas
almas para o inferno?
O velho
diabo responde:
O medo…
O jovem: Bom trabalho… e do que eles estavam com medo? Da guerra? Da fome?
O velho: Não…de uma doença.
O jovem: Eles não ficaram doentes? Eles não estavam morrendo? Não havia cura?
O Velho: Adoeceram, morreram e teve cura.
O jovem: Eu não entendi…
O Velho responde: Eles
acidentalmente acreditaram que a única coisa que eles tinham que manter a todo
custo era a vida.
Eles não se abraçaram, eles não se
cumprimentaram, se afastaram um do outro. Eles renunciaram a todo contato
humano e a tudo que era humano;
Ficaram sem dinheiro, perderam o
emprego, mas optaram por temer pela vida; mesmo que não tivesse pão, eles
acreditaram em tudo o que ouviam.
Leram jornais e acreditaram cegamente
em tudo o que leram; eles desistiram de sua liberdade; eles não saíram de casa,
não foram a lugar nenhum; eles não visitaram parentes e amigos.
O mundo se transformou em um grande
campo de concentração com prisioneiros voluntários. Eles aceitaram tudo só para
sobreviver a outro dia miserável.
Eles não viviam, morriam todos os
dias. Foi fácil tirar suas almas miseráveis.
Fonte:
Web
19.JUN.2020
‘Cartas do Diabo a Aprendiz’, de C. S.
Lewis, o autor das ‘Crônicas de Nárnia’.
livro foi publicado em 1942.
COMENTÁRIO:
Circula pelas
redes sociais um texto supostamente extraído do livro Cartas de um
Diabo a seu Aprendiz, do escritor irlandês C. S. Lewis (1898-1963), que
teria relação com a pandemia de Covid-19.
Bela
fantasia de quem interpretou Lewis
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