quinta-feira, 6 de maio de 2021

PLASMA DIVINO

 

PLASMA DIVINO

Desde 18 de abril de 1857, com o surgimento de O Livro dos Espíritos e, consequentemente, da própria Doutrina Espírita, tomamos conhecimento da existência de um elemento primordial que dá origem aos envoltórios perecíveis do Espírito - corpo e períspirito - e de suas inumeráveis combinações com a matéria, sendo suscetível de produzir uma variedade infinita de coisas, das quais conhecemos apenas uma pequena parcela. A esse elemento, os Instrutores Espirituais denominaram fluido cósmico ou universal, ou primitivo.

No século passado, os Espíritos Superiores, por intermédio de Chico Xavier, ampliaram as in formações: o Universo é constituído de um elemento básico, primordial - o fluido cósmico ou plasma divino, também compreendido como hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.

O Universo é   projeção da Mente Divina, ensinam.

Sobre essa substância original, operam os grandes Devas da teologia indu ou os Arcanjos de outras concepções religiosas, construindo habitações cósmicas, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas. É a chamada Co-Criação, em plano maior das Inteligências Gloriosas agregadas ao Pai, em processo de comunhão indescritível.

Essas co-criações podem perdurar por milênios e milênios, mas, por fim, desgastam-se, sofrendo transformações, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-formar, mas só Deus é o Criador de toda a Eternidade.

É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.

No século XIX, em mensagem dirigida a Allan Kardec, o espírito de Galileu assim se expressou: ” Revestida de leis e do impulso inicial inerente à sua própria formação, a matéria cósmica primitiva deu sucessivamente nascimento a turbilhões, a aglomerações desse fluido difuso, a acumulações de matéria nebulosa que se dividiram, elas mesmas, e se modificaram ao infinito, para dar à luz, nas regiões incomensuráveis da extensão, diversos centros de criações simultâneas ou sucessivas”.

Referia-se Galileu à formação do Universo a partir de vários centros de criações simultâneas sucessivas, ou seja, de vários big-bangs ao mesmo tempo ou um após o outro. Desde os anos 40, os cientistas aperfeiçoam uma teoria, segundo a qual o universo nasceu há cerca de 15 bilhões de anos numa explosão colossal, que catapultou matéria e energia em todas as direções. Com o passar do tempo, formaram-se as galáxias, estrelas e planetas. Como o universo continua em expansão, um dia as estrelas consumirão todo o seu combustível e se extinguirão para mergulhar no espaço em uma eterna escuridão gelada.

Sena o Big Crunch (em português, o Grande Colapso, uma hipótese, já descartada,), a Grande Implosão, o fim da vida.

A esse estudo se dedicaram Stephen Hawking, Penrose, Fred Hoyle, e tantos outros físicos de renome.

A partir de 1983, porém, a teoria do Big-Bang sofreu uma radical mudança. Andrei Linde, um dos mais importantes astrofísicos da atualidade, trabalhava no renomado Instituto Levede de Física, quando formulou uma nova e revolucionária teoria, a da expansão inflacionária do universo. Segundo Linde, o universo é formado por uma sopa de plasma, onde não existem átomos, nem elétrons, nem galáxias.

A densidade e a temperatura do plasma são variáveis. Existem regiões do universo mais ou menos densas e esta densidade também varia com o tempo. Quando um determinado ponto do universo atinge densidade máxima, este ponto explode num Big-Bang para criar uma região do espaço que chamamos universo-bolha. Nesse momento, a teoria original do Big-Bang torna-se válida, pois a bolha em expansão começa a produzir partículas subatômicas e depois átomos, galáxias e estrelas. 

Linde explica que existem outras porções do Universo onde o plasma ainda não atingiu essa densidade. A partir do momento que atingirem, delas surgirão novos universos bolhas.

Do mesmo modo, existem regiões que no passado já se expandiram, criando outros universos-bolhas paralelos ao nosso. É um processo eterno de expansão universal, onde a região em que vivemos é apenas uma entre inúmeras que já existiram e ainda surgirão. Segundo enfatiza: Não há fim na evolução do universo, a inflação jamais acaba. Cada Big-Ban pode criar um universo-bolha com suas próprias leis físicas. A revelação de Galileu de que existem vários centros de criações simultâneas e sucessivas está, portanto, de acordo com a teoria do universo inflacionário de Andrei Linde. Galileu, na mesma mensagem à Kardec, cunhou também uma frase interessante: “O Universo nasceu criança”. Hoje, a expressão universo-bebê é fartamente empregada pelos físicos. Interessante também a explicação de André Luiz de que as regiões do universo atingem o ponto de densidade máxima sob o comando do Pensamento Divino, fato ainda não detectado pela maioria dos cientistas terrenos.

É oportuno lembrar aqui a Teoria das Supercordas; o mais novo suporte teórico da Física para o tão procurado elemento primordial constitutivo de todas as coisas. Essa teoria parece conter previsões revolucionárias, como a existência de um grande número de novas partículas, de novas dimensões, além das três já conhecidas e do tempo, e as possibilidades de existência de uma nova forma de matéria no universo com a qual só é possível contato através da gravitação. Segundo essa teoria, as partículas atômicas e subatômicas seriam cordas energéticas: a vibração de um grupo de cordas, de forma peculiar, por exemplo, formaria um elétron, outra forma específica, um nêutron, e assim por diante. A forma fundamental seria a corda estável, no caso da visão dos Espíritos, o elemento-chave do fluido cósmico universal ou plasma divino.

Não há ainda laboratório no Planeta, mesmo os mais sofisticados, capaz de comprovar essa teoria. O jeito é aguardar o futuro, porque muito mais ainda teremos, através do avanço da Ciência. Mas o que gostaríamos de destacar, ainda com relação ao pensamento, é a Co-criação em plano menor, aquela que está afeta às Inteligências humanas.

Por sua capacidade criativa original, os Espíritos utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, para formar o seu períspirito ou psicossoma e cunhar as civilizações que abrangem, no mundo, tanto a Humanidade encarnada quanto a desencarnada, ficando compreendidos, entre essas criações, os lugares sombrios de purgação infernal, onde aglutinam-se a s mentes desequilibradas ou criminosas. André Luiz deixa claro que: na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que de vemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.

Assim, no plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar mais diretamente com o fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável a nascer-lhe da própria alma, o seu pensamento contínuo. Este seria um subproduto do fluido cósmico, de 166 A Obsessão e suas Máscaras modo que, através dele, a criatura assimilaria a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.

Esse fluido vivo é a matéria mental de fundamental importância para o entendimento do homem e dos seus canais de comunicação com os outros seres do universo, com o seu Criador e a sua própria essência divina.

FONTE

Questão 27 de O Livro dos Espíritos

A Gênese, cap. XIV, n. 7 2

 Evolução em dois mundos Cap. 3

Entrevista do físico Andrei Linde a Peter Moon, de Paio Alto, in Revista IstoÉ,

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