quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

O RICO E LÁZARO

 

O RICO E LÁZARO

(Luc. 16:19,31 – “Certo homem era rico e se vestia de púrpura e linho finíssimo, e leviano banqueteava-se todos os dias alegremente.  Certo mendigo, de nome Lázaro, todo em chagas, fora deitado diante do ádrio dele, desejando saciar-se com o que sobrava da mesa do rico; mas até os cães vinham lembre-lhe as úlceras. Aconteceu, porém, morrer o mendigo e ser levado pelos espíritos ao seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No Hades, estando em provação, levantou seus olhos e viu Abraão ao longe, e Lázaro em seu seio. E ele chamou, dizendo: Pai Abraão, compadece-te de mim e envia Lázaro, que mergulhe na água a ponta de seu dedo e refrigere minha língua, porque muito sofro nestas chamas. Abraão, porém, respondeu: Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em tua vida, e igualmente Lázaro os males; agora, pois, ele foi aqui consolado, mas tu sofres; e nestas regiões todas, entre nós e vós estabeleceu-se imenso abismo, de tal forma que os que querem passar daqui para vós, não podem, nem os de lá passar para nós.  Ele disse: peço-te, então, ó Pai, que o envies à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; de modo que os avise, para que também eles não venham a este lugar de provação.  Mas disse Abraão: Eles têm Moisés e os profetas: que os ouçam. Retrucou ele: Não, Pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for a eles, mudarão a mente.  Respondeu Abraão: Se não ouvem Moisés e os profetas, mesmo se se levante alguém dentre os mortos, não se persuadirão”).

Aqui deparamos outra parábola com ensinos seguros a respeito do plano astral, como consequência imediata da vida neste plano terráqueo. Temos a impressão, por isso, de que as duas foram narradas seguidamente, pois havendo falado nas casas (vers. 4) deste Eon (vers. 8) e nas tendas do (outro) Eon (vers. 9), era interessante, e até conveniente, que o ensino prosseguisse no esclarecimento das realidades ocorrentes em uma e outra localização das criaturas. Alguns pais da igreja julgaram tratar-se de fato verídico, como se depreende da versão copta sádica e de um estilo do grego, que dão o nome de Neve ao rico, denominado Pneas por Prisciliano (Tractatus IX) e pelo pseudo-Cipriano (De Pascha Comp., 17). A dedução é feita em virtude de constar o nome Lázaro, pois não É da técnica parabólica a citação de nomes próprios. No entanto, justifica-se o aparecimento do nome, já que não poderia mais designar-se pôr o mendigo, quando este tivesse chegado nova situação no seio de Abraão. Destaca o ensino, o contraste entre a grande riqueza e a extrema miserabilidade. O manto de púrpura e as técnicas de linho fino (byssos) eram a roupa normal dos grandes ricos da Época. E o banquetear-se alegremente (euphraínô) confirma o padrão elevado de vida.

Ao lado disso, aparece o pobre, com o nome apropriado de Lázaro (diminutivo de Eleazar, que significa Deus ajuda). Descrito como mendigo (ptôchós) que, além de nada possuir, se achava coberto de chagas (eílkôménos) e permanecia deitado, sem poder movimentar-se, de tal forma que nem conseguia afastar os cães que lhe vinham lamber as úlceras. O verbo bállô, no mais que perfeito passivo, de sentido continuativo (ebéblêto) indica que ali fora deitado e ali continuava sem de lá sair. E disso deduzimos que, quando ele desejava saciar-se com a sobra da mesa do rico, ele o conseguia. Não fora assim, teria buscado outro local. Não corresponde, pois, realidade o acréscimo da Vulgata Clementina: et nemo illi dabat (e ninguém lhe dava), sem nenhum apoio nos códices gregos. Provavelmente foi para a trazido da parábola do filho pródigo (Luc. 15:16). Portanto, embora não cuidado com amor, era diariamente alimentado pela criadagem do rico que, por isso, se sente encorajado a pedir de Abraão que permita que Lázaro lhe retribua os pequenos favores prestados. Preferimos, na tradução, o que sobrava da mesa do rico (tõn piptóntôn apò tes trapézês tou plousíou), à precisão as migalhas (tõn psichíôn) que caíam, expressão que aparece em numerosos manuscritos. No entanto, os mais antigos e mais seguros omitem-na (papiro 75, Sináptico, Vaticano, régio, versões itálicas e coptas saÌdica e boaÌdica, e os pais Clemente, Adamancio, Ambrósio e Gaudencio). Lázaro, afinal, larga seu corpo chagado e é conduzido pelos espíritos protetores ao seio de Abraão. Mais tarde também o rico abandona o corpo nédio, que é sepultado com as honras de praxe. Aqui também a Vulgata trouxe, por paralelismo, o início do vers. 23 para o final do vers. 22, sublinhando a oposição entre o pobre no seio de Abraão e o rico sepultado no interno. Mas não há justificativa em nenhum original grego. Inclusive o tratamento trocado entre Abraão, que chama o rico de filho (tékna) e este que a ele se dirige respeitosamente como pai, demonstra que o rico não estava no inferno. A crença israelita da Época dizia que todos os desencarnados se localizavam num só sítio, o cheol (em grego Hades, que é o termo aqui empregado), que se dividia em vários planos, pois lá se encontravam bons e maus, santos e criminosos, patriarcas e ladrões e todos se viam e podiam comunicar-se. Não era, portanto, em absoluto, a ideia de céu e inferno que posteriormente se formou em muitas seitas cristãs. A expressão seio de Abraão, isto é, regaço de Abraão era o plano mais elevado, dirigido pelo patriarca fundador e pai de todos os israelitas. Mas não se pense que os espíritos desencarnados eram literalmente carregados no colo, pelo velho patriarca ... Conforme vemos, a descrição feita por Jesus do mundo astral é muito mais conforme aos ensinos espiritistas que a outras teorias: o plano é o mesmo, só existindo, entre os diversos níveis, uma distância vibratória; elevada e trazendo bem-estar aos que haviam descarregado na vida física, pela catarse, todos os fluidos pesados agregados ao corpo astral; e trazendo sofrimento, por sua vibração baixa e portanto carregada de calor e queimante com o fogo purificador, aos que haviam transcorrido vida viciada no plano físico. Permanecendo, pois, no Hades, em provação (básanos, o lápis Lydius dos latinos, era uma pedra de toque, com a qual se reconhecia o ouro. Trata-se, portanto, da experimentação ou provação a que são submetidos os desencarnados que necessitam purificar-se) sofria a dor da limpeza pelo fogo purificador que queima os agregados do corpo astral. … quando levanta os olhos e vê Abraão e, no círculo por ele governado, o ex-mendigo Lázaro. Lembra-se de que, na Terra, ele o favorecia com os restos de sua mesa e lhe permitia ficar deitado junto ao portão de sua casa. Suplica, então, que Abraão lhe envie Lázaro, após mergulhar o dedo na água, a fim de trazer-lhe um pouco de refrigério, pois o que mais o martiriza é a sede. Pede pouco (uma gota d'agua) porque também dera pouco (as sobras apenas). Responde Abraão a seu filho que sofre, explicando-lhe o mecanismo da Lei de causa e efeito. O rico recebera todas as facilidades, e delas se servira abusivamente, não cogitando de, com ela, servir generosamente. Agora tinha que suportar a dor da limpeza, para purificar-se e evoluir. No entanto, essa fase j· fora superada por Lázaro, que fizera sua purificação através da mesma dor na vida terrena. J· pronto, achava-se agora reconfortado. Ambos tinham que sofrer as mesmas operações. Mas enquanto Lázaro as suportara no corpo, o rico preferira aproveitar sua existência em gozos e prazeres, adiando a limpeza para o plano astral - Tivesse, pois, paciência. Completando a ilustração, explica-lhe que em todas aquelas regiões (en pãsi toútois) h· verdadeiros abismos vibratórios entre um plano e outro, tirando qualquer possibilidade de transitar-se de um a outro: o rádio de onda longa não tem possibilidade de sintonizar a onda curta, nem vice-versa; h· entre as duas frequências. verdadeiro abismo. O rico compreende a lição e conforma-se. Mas, possuidor de bons sentimentos, recorda-se de que deixou encarnados no planeta mais cinco irmãos, que moram com seu pai. E preocupa-se com o futuro estado deles. Se a dificuldade de ele receber o alívio reside na distância vibratória imensa, certamente esse empecilho não existir· entre o Hades e o plano físico. Lázaro não poderia aparecer na casa de seu pai terreno para avisar a seus irmãos? Abraão faz-lhe ver que, na Terra, seus irmãos já receberam toda a elucidação possível da parte de Moisés e dos profetas, cujas obras costumam ouvir lidas aos sábados nas sinagogas. Essa orientação lhes é suficiente para dirigir corretamente suas vidas. Mas o rico, que desencarnara havia pouco, lembra-se bem de que também ele não dera atenção a Moisés e aos profetas: a leitura daqueles textos consistia simplesmente numa rotina tradicional, sem qualquer influência maior na prática da vida. E se algum defunto aparecesse causaria tamanha sensação, que certamente eles ficariam alertados e acertariam o rumo de suas existências, pois mudariam a mente, renovando suas crenas. Mas Abraça-o; conhece bem a humanidade. E sabe que, mesmo depois de 2.000 anos. ainda continuar· igual: de nada adiantar· o aparecimento de fantasmas, por mais comprovado que seja: todos quase continuar os descrentes, duvidando de tudo. Não seria a aparição de espíritos que os persuadir (como até hoje ocorre). Terão que modificar-se de dentro para fora, e não com acontecimentos exteriores, por mais sensacionais que sejam. Verificamos, pois, que o rico não é condenado pelo fato de não haver atendido ao pobre - porque, embora minimamente, ele o atendeu - mas é ensinada, apenas, através do contraste chocante de situações na terra e no plano astral, a lei de causa e efeito, que age nos dois planos (físico e astral) que são interligados e interpenetrantes. A lição é por demais preciosa, sobretudo por vir trazer confirmação de muitas obras espiritualistas (Antônio Borgia, Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira e muitos outros) que são recusadas pelas igrejas ortodoxas.

FONTE

C. TORRES PASTORINO

O CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.

 

 

 

 

 

 

 

Olhe que artigo interessante sobre o funcionamento dos cérebros sexagenários e setentões !

Artigo   * O CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.  *

 

 O diretor da Escola de Medicina da Universidade George Washington argumenta que o cérebro de uma pessoa idosa é muito mais prático do que normalmente se acredita.  Nessa idade, a interação dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro torna-se harmoniosa, o que expande nossas possibilidades criativas.  É por isso que entre as pessoas com mais de 60 anos você pode encontrar muitas personalidades que acabaram de iniciar suas atividades criativas.

 

  Claro, o cérebro não é mais tão rápido como na juventude.  No entanto, ele ganha em flexibilidade.  Portanto, com a idade, temos mais probabilidade de tomar as decisões certas e menos expostos a emoções negativas.  O pico da atividade intelectual humana ocorre por volta dos 70 anos, quando o cérebro começa a funcionar com força total.

 

  Com o tempo, a quantidade de mielina aumenta no cérebro, uma substância que facilita a passagem rápida de sinais entre os neurônios.  Devido a isso, as habilidades intelectuais são aumentadas em 300% em relação à média.

 

 Também interessante é o fato de que após 60 anos, uma pessoa pode usar 2 hemisférios ao mesmo tempo.  Isso permite que você resolva problemas muito mais complexos.

 

  O professor Monchi Uri, da Universidade de Montreal, acredita que o cérebro do idoso escolhe o caminho que consome menos energia, elimina o desnecessário e deixa apenas as opções corretas para resolver o problema.  Foi realizado um estudo no qual participaram diferentes faixas etárias.  Os jovens ficavam muito confusos ao passar nos testes, enquanto aqueles com mais de 60 anos tomavam as decisões certas.

 

  Agora, vamos examinar as características do cérebro na idade de 60 a 80 anos.  Eles são realmente rosados.

 

 CARACTERÍSTICAS DO CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.

 

  1. Os neurônios no cérebro não morrem, como dizem todos ao seu redor.  As conexões entre eles simplesmente desaparecem se a pessoa não se envolver em trabalho mental.

 

  2. A distração e o esquecimento aparecem devido a uma superabundância de informações.  Portanto, não é necessário que você concentre toda a sua vida em ninharias desnecessárias.

 

  3. A partir dos 60 anos, uma pessoa, ao tomar decisões, não utiliza um hemisfério ao mesmo tempo, como os jovens, mas ambos.

 

 4. Conclusão: se uma pessoa leva um estilo de vida saudável, se move, tem uma atividade física viável e tem plena atividade mental, as habilidades intelectuais NÃO diminuem com a idade, elas só CRESCEM, atingindo um pico na idade de 80-90 anos.

 

  Portanto, não tenha medo da velhice.  Esforce-se para se desenvolver intelectualmente.  Aprenda novos trabalhos manuais, faça música, aprenda a tocar instrumentos musicais, pinte quadros!  Dança!  Interesse-se pela vida, encontre-se e comunique-se com amigos, faça planos para o futuro, viaje o melhor que puder.  Não se esqueça de ir a lojas, cafés, shows.  Não se cale sozinho, é destrutivo para qualquer pessoa.  Viva com o pensamento: todas as coisas boas ainda estão à minha frente!

 

 👀 Informações!

 

   Um grande estudo nos Estados Unidos descobriu que:

 

   ▪ A idade mais produtiva de uma pessoa é de 60 a 70 anos;

   ▪ O 2º estágio humano mais produtivo é a idade de 70 a 80 anos;

   ▪ 3º estágio mais produtivo - 50 e 60 anos.

   ▪ Antes disso, a pessoa ainda não atingiu o pico.

   ▪A idade média dos ganhadores do Nobel é 62 anos;

   ▪A idade média dos presidentes das 100 maiores empresas do mundo é de 63 anos;

   ▪ A idade média dos pastores nas 100 maiores igrejas dos Estados Unidos é 71;

   ▪ Isso confirma que os melhores e mais produtivos anos de uma pessoa estão entre 60 e 80 anos.

   ▪Este estudo foi publicado por uma equipe de médicos e psicólogos do New England Journal of Medicine.

   ▪ Eles descobriram que aos 60 anos você atinge o pico de seu potencial emocional e mental, e isso continua até os anos 80.

   ▪ Portanto, se você tem 60, 70 ou 80 anos, você está no melhor nível de sua vida.

 

   *FONTE: New England Journal of Medicine*.

 

 

 Enviado por Reinaldo Ramírez Dala (Octogenário)

 

INTRESSANTE ISSO PAULO e ESTVÃO

 

 

 

 

 

 

INTRESSANTE ISSO

 

Muito interessante os documentos oficiais não imputarem a Saulo de tarso, a responsabilidade da morte de Estevão. Interessante ainda quando insistem na questão de que Estevão foi levado para fora da cidade e apedrejado e que as testemunhas depuseram suas vestes ao pé de um jovem chamado Saulo.

Quando na verdade foi apedrejado no pátio do Sinédrio, com muitas testemunhas (inclusive sua noiva e sua irmã) e levado à sala dos sacerdotes na hora extrema, como reconhecimento de que poderia ter cometido um grave erro.

A questão da crença e da fé não é levada em conta e nem por isso abandonada.

O livro Paulo e Estevão de autoria de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel que com ele fez mais de 400 obras, analisa a questão mais profundamente.

Alguém nos seus paradigmas poderia considerar Emmanuel um romancista, como poderia alegar que São Jerônimo (... “não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um “sacrílego”, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir e corrigir alguma coisa”...) em carta ao Papa afirma que não gostaria de ser julgado no futuro pelas alterações inclusões e exclusões quando da tradução do que havia em aramaico, hebraico, grego e latim para um único livro denominado “Vulgata” e proibido de ser consultado, senão por autorização do papa até a divisão da Igreja, quando foi amplamente impressa, tornando-se público.

Nada disso interessa na verdade porque só levaria a discussões fanáticas.

Muito interessante porque apenas Emmanuel analisa mais profundamente esse comprometimento, mostrando que Saulo antes de sua profissão de fé – em Damasco -, já estava completamente aberto à mudança, não o fazendo apenas pela questão do orgulho que sua opção religiosa lhe levara. Estava para ser um doutor do Sinédrio, na vaga que deixaria Gamaliel, aposentando-se, pela idade e até por aceitar os novos princípios do Cristianismo.

Muito interessante em não querer mostrar a influência de Abigail, sua noiva, Gamaliel, e Estevão por ele perseguido e apedrejado.

Muito mais interessante apenas se considerar o ocorrido na estrada de Damasco, isolado da história como único para sua conversão, quando na verdade esse fato foi apenas consequência de um amor que já vinha sendo cultivado sem mesmo que ele percebesse.

O amor já estava em seu coração cuja semente já estava plantada sem que ele quisesse ou pudesse admitir.

 Sementeira feita por Abigail (serei sua serva e serás a lei); Estevão na hora extrema (Senhor não lhes impute esse pecado), Gamaliel (antes em defesa de Pedro e João no Sinédrio já convertido: Soltai-os: Se o seu intento ou sua obra provém dos homens, destruir-se-á por si mesma. Se vem de Deus não podereis destruí-los.), do trabalho dos apóstolos na igreja criada amigos do caminho (onde atendiam aos necessitados gratuitamente, pelo amor ao próximo) e do próprio Saulo que, (estando presente à execução com sua noiva, ao perceber que poderia ser o irmão de Abigail, mandou levá-lo a sala dos sacerdotes) quando recebeu o perdão de Estevão

Interessante a intenção de isolá-lo do evento (provavelmente por suas cartas diversas, documentos fundamentais na composição do NT), quando foi o único responsável. Esse erro, no qual ele não conhecia a identidade do perseguido, levou-o a assumir tamanha culpa que se isolou de Abigail intensificando as perseguições aos “amigos do caminho” futuros cristãos como sugeriu Lucas.

Quando resolveu procurar Abigail, encontrou-a no leito de morte, pregando o evangelho do carpinteiro de Nazaré. Isso o levou ainda a tentar responsabilizar Ananias, a quem conseguiu permissão para prisão, indo buscá-lo onde se encontrava: Damasco!

Então vem a conhecida passagem em que Saulo cai do camelo sob o sol do meio dia (não havia cavalos em Jerusalém, para viagens, apenas camelos – os cavalos eram usados apenas para puxar as bigas alguém já havia pensado nisso?).

Caído vê surgir a figura de um homem de majestática beleza, dando a impressão de que descia do céu. Sua túnica era feita de pontos luminosos, seus cabelos tocavam os ombros à nazarena; os olhos magnéticos imanados de simpatia e amor, iluminando a fisionomia grave e terna onde pairava uma divina tristeza.

Foi quando o desconhecido se fez ouvir:

-- Saulo!... Saulo!... Por que me persegues?

O moço tarsense não percebeu que estava de joelhos. Sem saber o que se passava incoercível sentimento de veneração apossou-se dele.

Perguntou com voz receosa e tremula:

-Quem sois vós Senhor?

Num tom de inconcebível doçura o Senhor respondeu:

-Eu sou Jesus!...

O inflexível doutor da lei curvou-se aos prantos, ferido de morte, experimentando a derrocada de todos os princípios que lhe confortavam o espírito e lhe norteavam até então.

Tinha o Cristo diante dos olhos! Os pregadores do caminho não estavam iludidos! A palavra de Estevão era verdade pura. A crença de Abigail era a senda real. Aquele era o Messias.

Foi quando notou que Jesus se aproximava e contemplando carinhosamente, o Mestre tocou-lhe os ombros com ternura dizendo com inflexão paternal.

-Não recalcitres contra os aguilhões. Saulo compreendeu; desde o primeiro encontro com Estevão o Cristo chamara-o por todos os meios e modos.

Banhado em pranto fez ali mesmo sua primeira profissão de fé.

-Senhor que querei que eu faça?

Foi aí que Jesus contemplando-o mais amorosamente e dando-lhe a entender a necessidade de os homens se harmonizarem, no amor universal em seu nome, esclareceu generosamente:

-Levanta-te Saulo! Entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer!...

Alguém conseguiria (pode me enganar que eu adoro) definir ou explicar o que é Jesus olhar “amorosamente” ou mesmo generosamente? Ou com doçura?

FONTE:

Paulo e Estevão

Grupo de Estudos Sentido da Vida

O CORPO FÍSICO SEGUNDO A FILOSOFIA

 

O CORPO FÍSICO SEGUNDO A FILOSOFIA

 

A concepção filosófica antiga mais difundida considera o corpo físico como o

instrumento da alma. E, como todo instrumento, “[…] pode receber apreço

pela função que exerce, sendo por isso elogiado ou exaltado, ou pode ser

criticado por não corresponder a um objetivo específico ou, ainda implicar

limites e condições.”

 

Platão (428 ou 427-348 ou 347 a.C.) pregava que o corpo físico é uma prisão

 ou túmulo da alma, pois a existência física mantém a alma prisioneira,

 limitando a sua ampla capacidade de manifestação. Contudo, este

 pensamento platônico, de corpo como prisão, só é aplicado literalmente às

pessoas que se deixam subjugar pela vida na matéria, incapazes de regrar os

 desejos e as tendências.

Para Aristóteles (384-322 a.C.) o corpo é o instrumento natural da alma.

Entendia que a teoria filosófica de Platão definia a existência de dois mundos:

o inteligível, campo de atuação da alma, e o sensível, modulado pelas

necessidades corporais. O pensamento platônico é essencial para a

compreensão de toda uma linhagem filosófica que valoriza o mundo inteligível

em detrimento do sensível.

Os filósofos medievais ensinavam que o corpo físico é a instrumentalidade

da alma, conceito firmemente defendido por Santo Agostinho (354-430).

Com Renée Descartes (2) (1596-1650), o corpo físico passa a não ser mais

considerado instrumento da alma, considerando-a independente do corpo.

Com essa dualidade corpo-espírito fez surgir o conceito de corpo como uma

máquina orgânica, que não guardaria qualquer relação com a alma.

Entretanto, para os filósofos que viam o corpo como instrumento da alma,

o cartesianismo se revelou como equivocado, uma vez que não explica de

forma convincente como o corpo seria criado, já que nada tinha a ver com a

alma.

As proposições de Descartes serviram de base para o desenvolvimento das

ideias científicas que, sobretudo a partir do século XIX, passam a não

considerar a alma, focalizando os seus estudos na máquina orgânica.

Para os filósofos materialistas, que não aceitam a existência e sobrevivência

da alma, o corpo é sempre exaltado, como o fazia o filósofo alemão Friedrich

Wilhelm Nietzsche (1844-1900),  †  crítico severo das religiões, inclusive do

cristianismo: “Quem estiver desperto e consciente diz: sou todo corpo e nada

fora dele.”

Para a Doutrina Espírita o corpo físico e o Espírito são entidades distintas,

ainda que um atue sobre o outro, sendo que o primeiro foi criado pelo

segundo, utilizando como molde o perispírito. Ensina também que o homem

corpóreo constrói uma personalidade em cada existência física, limitada ao

planejamento reencarnatório.

 

A corporeidade para o espírita deve ser o reconhecimento do corpo como

limite para o conhecimento e a sensação do Espírito, bem como a

materialização de sua vontade e necessidade. É o elo que o homem tem com

o mundo espiritual e as experiências relativas a esta realidade. Para fins de

conceituação, o homem encarnado não pode ser dicotomizado em corpo e

alma, isso seria o mesmo que separar a música do som.

 

2. O CORPO FÍSICO SEGUNDO A CIÊNCIA

O ser humano tem a estrutura corpórea muito semelhante à dos animais,

deles se distanciando, em termos evolutivos, pelo desenvolvimento

encefálico, conquista da razão com raciocínio contínuo, aquisição e

desenvolvimento de virtudes, livre-arbítrio, noção de si, do outro e de Deus.

Nos animais predomina o instinto.

O corpo humano se divide em cabeça, tronco e membros, do ponto de vista

anatômico. Mas do ponto de vista morfológico e funcional, é composto de

células, tecidos e sistemas orgânicos. Os sistemas são em número de oito,

assim especificados: digestivo, circulatório, muscular, esquelético, nervoso,

respiratório, urinário e reprodutor feminino/masculino.

As diferentes partes do corpo humano se interrelacionam, funcionando

dentro de um sistema fechado, de forma integrada, no qual cada sistema,

cada órgão, é responsável por uma ou mais atividades, controladas pelo

sistema nervoso central e periférico. Milhares de reações químicas acontecem

a todo instante dentro do corpo, seja para captar energia para a manutenção

da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças, ou

manter temperatura adequada à vida.

A unidade básica de formação do ser vivo, animal e vegetal, é a célula,

descoberta em 1667 pelo inglês Robert Hooke (1635-1703),  †  ao observar ao

microscópio um pedaço de cortiça (tecido vegetal morto). A célula animal

possui as seguintes estruturas básicas: a) membrana envoltória, rica em

gorduras (lipídios), proteínas e açúcares (glicídios); b) citoplasma, local onde

existem várias pequenas estruturas (organelas) que desempenham funções

específicas: respiração, nutrição, digestão, excreção, etc.; c) núcleo, região

onde estão localizados os cromossomos. Estes são quimicamente constituídos

de DNA, sigla que, em inglês, significa deoxyribonucleic acid, ou, em

português, ácido desoxirribonucleico (ADN). †  Nos cromossomos estão

situados os genes — unidades hereditárias que determinam as características

de cada indivíduo (genótipo ou genoma).

O número de cromossomos é variável nas diferentes espécies biológicas. No

caso do ser humano, suas células corporais (somáticas) possuem 23 pares de

cromossomos. Destes, 22 pares são semelhantes em ambos os sexos e

denominados autossomos. O par restante compreende os cromossomos

sexuais, de morfologia diferente entre si, que recebem o nome de X e Y. No

 sexo feminino existem dois cromossomos X e no masculino existem um

 cromossomo X e um Y.

As células corporais (somáticas) são formadoras de tecidos e as células

reprodutoras (gametas) dão origem a outro ser, dentro de cada espécie,

animal ou vegetal.

 

3. A EVOLUÇÃO DO HOMEM CORPÓREO

A Ciência considera o corpo humano como um produto bem sucedido da

evolução biológica, sobretudo a partir dos mamíferos, animais vertebrados

mais evoluídos. Entende que o surgimento do homem decorre de processo

evolutivo, tendo como base a Teoria das Espécies, + - elaborada pelo cientista

 inglês Charles Darwin (1809-1882), cuja síntese é a seguinte.

Os peixes originaram os anfíbios; estes deram aparecimento aos répteis e, a

partir de grupos diferentes de répteis, surgiram, primeiramente os mamíferos

e, a seguir, as aves (ainda que muito comumente se pense que as aves

surgiram antes dos mamíferos).

Nos mamíferos surgiram características inexistentes nos demais animais que

os antecederam na escala zoológica: glândulas mamárias, útero — órgão

exclusivo da fêmea e destinado a abrigar o concepto durante o

desenvolvimento embrionário e fetal — e membranas uterinas, âmnio e

alantoide, necessárias ao desenvolvimento embrionário, e placenta, anexo

que permite trocas respiratórias e nutritivas entre a mãe e o feto.

Evolutivamente, os mamíferos não necessitaram de pelos para a manutenção

da temperatura corpórea, como acontece em outros animais, porque

são homeotérmicos ou de “sangue quente” — animais, (os mamíferos e as

 aves) cujo metabolismo lhes permite manter a temperatura corporal

constante. Os peixes e répteis são de “sangue frio” (pecilotérmicos), daí

 precisarem de calor externo, como o do sol, para se aquecerem.

A cabeça dos mamíferos não permite rotação ampla sobre o pescoço, tal como

acontece nas aves. A circulação sanguínea é dupla e completa, tendo o

coração quatro cavidades distintas, dois átrios e dois ventrículos, sendo os

únicos animais da Natureza que contêm hemácias bicôncavas e sem núcleo

celular, fato que impede a reprodução dessas células (a medula óssea é que

produz as células sanguíneas).

Os mamíferos são também os únicos animais que apresentam pulmões

revestidos por uma membrana, a pleura, e possuem um músculo, o diafragma,

que separa as cavidades torácica e abdominal. O encéfalo dos mamíferos é

altamente desenvolvido, mostrando numerosas circunvoluções que expõem

ou fornecem maior extensão à superfície do córtex cerebral, onde se aloja a

massa cinzenta, fundamental ao raciocínio e aos processos cognitivos da

espécie humana.

O homem pertence ao gênero e espécie Homo sapiens †  espécie distinta dos

demais hominídeos (orangotangos, gorilas e chipanzés). O estudo da evolução

humana engloba várias disciplinas científicas, sendo que a antropologia

biológica ou física estuda a evolução biológica, a herança genética, a

adaptabilidade e a variabilidade humana, a primatologia e o registro fóssil da

evolução humana. É por esta disciplina (evolução) que se sabe que o gênero

Homo afastou-se, em determinado momento evolutivo,

dos australopithecus †  cerca de 2,3 a 2,4 milhões de anos, na África. Diversas

espécies do gênero Homo evoluíram, mas por não se adaptarem ao meio

ambiente foram extintas, como aconteceu com o H. erectus  †  (que habitou a

Ásia) e o H. neanderthalensis †  que viveu na Europa. Acredita-se que o

surgimento do H. sapiens tenha ocorrido entre 400.000 e 250.000 anos atrás.

Atualmente há duas teorias científicas sobre a evolução da espécie humana.

Uma, a mais dominante, é conhecida como “Hipótese da Origem

Única”. 

Prega que o H. sapiens surgiu na África e migrou para fora do continente, em torno de 50-100 mil anos atrás, substituindo as populações do H. erectus na Ásia, e a do H. neanderthalensis na Europa. A outra teoria é denominada “Hipótese Multirregional”,  †  ou seja, o H. sapiens surgiu e evoluiu em regiões geográficas distintas e separadas.

Independentemente das teorias da origem do homem moderno, o seguinte

 mapa oferece uma visão mais ampla da distribuição do H. sapiens no Planeta.

 

4. O CORPO HUMANO SEGUNDO O ESPIRITISMO

A Hipótese Multirregional +- de formação da espécie humana é a defendida

pelo Espiritismo, consoante estas explicações existentes em O Livro dos

Espíritos:

·        Questão 53O homem surgiu em vários pontos do globo? — 

o   Resposta: “Sim, e em diversas épocas, e essa é também uma das causas da diversidade das raças. Mais tarde os homens, dispersando-se nos diferentes climas e aliando-se a outras raças, formaram novos tipos.”

·        Questão 53-aEssas diferenças constituem espécies distintas? —

o    Resposta: “Certamente que não; todos são da mesma família. Porventura as múltiplas variedades de um mesmo fruto o impedem de pertencer à mesma espécie?”

·        Questão 689Os homens atuais formam uma nova criação ou são descendentes aperfeiçoados dos seres primitivos? — 

o   Resposta: “São os mesmos Espíritos que voltaram, para se aperfeiçoar em novos corpos, mas que ainda estão longe da perfeição. Assim, a atual raça humana que, pelo seu crescimento, tende a invadir toda a Terra e a substituir as raças que se extinguem, terá sua fase de decrescimento e de desaparição. Será substituída por outras raças mais aperfeiçoadas, que descenderão da atual, como os homens civilizados de hoje descendem dos seres brutos e selvagens dos tempos primitivos.”

·        Questão 690Do ponto de vista puramente físico, os corpos da raça atual são de criação especial, ou procedem dos corpos primitivos, par meio da reprodução? 

o   Resposta: “A origem das raças se perde na noite dos tempos. Mas, como pertencem todas à grande família humana, qualquer que tenha sido o tronco primitivo de cada uma, elas puderam aliar-se entre si e produzir tipos novos.”

O Espírito André Luiz assinala que o processo evolutivo é bem mais amplo do que se supõe:

O corpo espiritual que modela o corpo físico e o corpo físico que representa o corpo espiritual constituem a obra de séculos numerosos, pacientemente elaborada em duas esferas diferentes da vida, n se retomarem no berço e no túmulo com a orientação dos Instrutores Divinos que supervisionam a evolução terrestre. […] O veículo do Espírito, além do sepulcro, no Plano extra físico ou quando reconstituído no berço, é a soma de experiências infinitamente repetidas, avançando vagarosamente da obscuridade para a luz. Nele, situamos a individualidade espiritual, que se vale das vidas menores para afirmar-se, das vidas menores que lhe prestam serviço -, dela recolhendo preciosa cooperação para crescerem a seu turno, conforme os inelutáveis objetivos do progresso.

Não devemos ignorar, igualmente, que a hereditariedade “é mecanismo

biológico intimamente relacionado à evolução. Trata-se de processo de

transmissão de caracteres genéticos de uma geração para outra. No homem,

as células reprodutoras transferem esses caracteres durante a fecundação,

definindo, assim, o conjunto de genes  †  que cada indivíduo terá em uma

reencarnação.”

Embora a Ciência considere os cromossomos e os genes agentes

exclusivamente físicos, necessários à transmissão de caracteres hereditários

necessários à formação de um novo corpo, o Espiritismo dá-lhes outra

 dimensão, que extrapola a matéria do plano físico em que estamos situados:

“os cromossomos, +- estruturados em grânulos infinitesimais de

natureza fisiopsicossomática partilham do corpo físico pelo núcleo da célula

em que se mantêm e do corpo espiritual pelo citoplasma em que se

implantam.”

É importante assinalar que o corpo físico não é, segundo o Espiritismo, um

mero conjunto de células, tecidos, órgãos, etc., ainda que harmonioso, e que

reflete a sabedoria divina. O Espírito molda o seu corpo físico de acordo com

os aprendizados pelos quais necessita passar em cada existência física, como

esclarece o ministro Clarêncio, da colônia espiritual Nosso Lar: “No círculo da

matéria densa, sofre a alma encarnada os efeitos da herança recolhida dos

pais, entretanto, na essência, a lei da herança funciona invariavelmente do

indivíduo para ele mesmo […].”

Tais ideias são admiravelmente completadas pelo Benfeitor Alexandre,

destacada personagem da colônia espiritual citada:

O organismo dos nascituros, em sua expressão mais densa, provém do corpo

dos pais, que lhes entretêm a vida […]; todavia, em semelhante imperativo

das leis divinas para o serviço de reprodução das formas, não devemos ver a

subversão dos princípios de liberdade espiritual, imanente na ordem da

Criação Infinita. Por isso mesmo, a criatura terrena herda tendências e não

qualidades. As primeiras cercam o homem que renasce, desde os primeiros

dias de luta, não só em seu corpo transitório, mas também no ambiente geral

a que foi chamado a viver, aprimorando-se; as segundas resultam do labor

individual da alma encarnada, na defesa, educação e aperfeiçoamento de si

mesma nos círculos benditos da experiência.

 

CONCLUSÕES:

“Quem estiver desperto e consciente diz: sou todo corpo e nada fora dele.” F.

Wilhelm Nietzsche (1844-1900). 

“Desde a fase embrionária do instrumento em que se manifestará no mundo,

o Espírito nele [no corpo físico] plasma reflexos que lhe são próprios.”

“Para a Ciência o surgimento do homem passou por processo evolutivo, tendo

como base a Teoria das Espécies do cientista inglês Charles Darwin (1809-

1882), cujo processo pode ser assim sintetizado: os peixes originaram os

anfíbios; estes os répteis; e, a partir de diferentes grupos de répteis, surgiram

primeiramente os mamíferos, e depois as aves.” José Luiz Soares (Biologia)

·        “O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide. […] Da sensação à irritabilidade, da irritabilidade ao instinto, do instinto à inteligência e da inteligência ao discernimento, séculos e séculos correram incessantes. A evolução é fruto do tempo infinito.”

“Atualmente há duas teorias científicas sobre a evolução das espécies. Uma,

a mais dominante, é conhecida como “hipótese de Origem Única”, + - e prega

que o Homo sapiens surgiu na África e migrou para fora do continente, algo

em torno de 50 a 100 mil anos atrás, substituindo as populações do Homo

erectus, na Ásia, e a do Homo neanderthalensis, na Europa. A outra teoria,

denominada “Hipótese Multirregional”, + - diz que o H. sapiens evoluiu em

regiões geográficas distintas e separadas.”

“É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em

que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja

no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo

com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o

molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, reação e renovação

em que mecaniza as próprias aquisições.

Allan Kardec introduziu esse conceito quando falou sobre corpo, perispírito e

espírito o que é, sem sombra de dúvidas, uma visão simplificada dos corpos

astrais. Não estamos aqui dizendo que ele não sabia sobre a existência de todos

os corpos astrais. Imagine você que, quando começou a escrever seus livros,

Kardec introduziu uma infinidade de informações e falou sobre coisas antes

nunca ditas tão diretamente. Abordar os sete corpos poderia mais confundir do

que explicar.

O Espírito não é um ponto, uma abstração, mas sim um ser limitado e

circunscrito, que só falta ser visível e palpável, para se assemelhar aos seres

humanos. Ele é definido pelo conjunto total das faculdades intelectuais, um

princípio ou essência da vida incorpórea. Seria equivalente ao Corpo Átmico (ou

Divino).

Já o perispírito modela o organismo de acordo com a necessidade de cada

espírito no processo de reencarnação. Sabendo disso, podemos concluir que

cada ser em desenvolvimento na Terra possui o corpo necessário para a sua

própria evolução. O perispírito pode ser considerado a junção dos seguintes

 corpos: Corpo Búdico, Mental Superior, Mental Inferior, Corpo Astral e Duplo

Etérico.

O corpo físico é esse mesmo que todos conhecemos! Também chamado de

“edifício biológico”

Resumo dos 9 corpos:
1. Corpo Físico

2. Duplo Etérico

3. Corpo Astral

4. Mental Inferior

5. Mental Superior 6. Corpo Búdico
7. Corpo Átmico

8. Corpo atômico

9. Corpo sub atômico

10-Corpo Espiritual segundo Paulo e Perispírito conforme Kardec

Alguns questionaram se tínhamos todos esses corpos realmente e respondemos sem hesitação. Sim!

Todos os seres encarnados na terra possuem os 10 corpos coexistindo.

Joanna de Angelis, em psicografia de Divaldo Franco fala sobre isso:

“De acordo com investigadores modernos (como também para alguns místicos antigos), possuímos vários corpos espirituais dentro de nosso próprio corpo físico, cada qual vibrando numa frequência específica, de modo que informações de frequências diferentes podem existir, semelhantes à difusão de diferentes ondas de rádio num mesmo quarto, ou como mensagens de telefone fluindo ao longo de uma única fibra ótica sem se misturarem. (…) Desde que mantenham suas frequências próprias, também esses corpos podem coexistir como entidades distintas num mesmo espaço.”

Quando morremos, nos desfazemos do corpo físico e, geralmente, mantemos por algum tempo o corpo etérico, com mesmo “formato” do corpo físico. Continuamos existindo de forma mais sutil e vibrando numa frequência tão rápida que o nosso novo corpo se torna invisível à maioria das pessoas não-clarividentes.

Alguns dias depois de nosso desencarne, abandonamos também o Corpo Etérico e passamos a residir no Corpo Astral por um novo período de tempo, que pode durar algumas semanas até séculos, dependendo de inúmeros fatores como reencarnação, elevação espiritual etc. Assim como o Etérico, o corpo Astral tem a mesma forma básica que o nosso corpo físico teve, porém mais sutil. À medida que galgamos degraus na evolução espiritual e nos elevamos às dimensões superiores, nos despojaremos do Corpo Astral.

 

FONTES:

1. Dicionário de filosofia - Google Books

2. COELHO, Humberto Schubert. Genealogia do Espírito

3. SOARES, José Luís. Biologia 2.°grau.

4. Evolução em dois Mundos

5. Evolução e hereditariedade 

6. Entre a Terra e o Céu

7. Missionários da luz.

8. Public Library of Science journal.   

9. http://www.plosbiology.org/article/info:doi/10.1371/journal.pbio.002030

10.O circulo

11. Pensamento e vida

12.Roteiro