segunda-feira, 29 de junho de 2020

CARTAS DE UMA MORTA - resumo

CARTAS DE UMA MORTA

A mãe de Chico Xavier morreu quando ele tinha 5 anos a partir daí sua vida já foi exposta em livro pelo Marcelo Souto Maior. Mas logo Dona Maria João de Deus começou a entrar em contato com Chico e escrever cartinhas, quando Emmanuel permitia, e revisadas por ele. Estudamos e comentamos o livro e fizemos um resumo da primeira parte

 

Para  dona Maria João de Deus as últimas impressões da existência terrena e os primeiros dias transcorridos depois da morte foram muito amargos e dolorosos pois, apesar de crer na imortalidade, sempre a enchia de pavor os aparatos da morte; e dentro do catolicismo, que professava fervorosamente, atemorizava a perspectiva de uma eterna ausência.

Lutou, enquanto lhe permitiram as forças físicas,

Nos últimos instantes do tormento corporal combateu a moléstia, porém chegou o dia. As derradeiras horas foram de excruciante martírio e, depois de dores violentas, veio a noite interminável da agonia.

A VOZ DE COMANDO DESOBEDECIDA

me abandonei, finalmente, àquelas forças poderosas e invencíveis que me subjugavam.

Ouviu tudo quanto se pronunciou ao redor de seu leito e viu a ansiedade de quantos dele se abeiravam, mas todas essas impressões as recebiam como se estivesse mergulhada em mau sonho.

Desejou falar, manifestar vontades e pensamentos; Era impossível.

Percebeu todos os carinhos que dispensaram ao seu corpo material e que sempre foram proporcionados em vida; sentiu a carícia dos braços dos filhos,

- Meus filhos, eu não morri!

Por que chorais aumentando a minha angústia?  Pensava!

Apenas possuía a sensação de lágrimas ardentes, que rolavam sobre as faces descoloridas, como a estátua viva da amargura e do silêncio.

O ataúde pareceu um novo leito; porém, quando se convenceu de que arrebatavam com ele, entre os angustiosos lamentos dos que ficavam, uma impressão penosa, atroz, subjugou-a integralmente. Achou-se, sob indefinível sentimento de medo, que lhe aniquilou a totalidade das fibras emotivas. Um choque de dor brusca dominou sua alma e perdeu a consciência de si mesma...

Após algum tempo, cuja duração não pode determinar, afigurou-se acordar; contudo, a princípio, achava-se envolvida no mesmo panorama de sonho. Como se a memória fosse possuída de um admirável poder retrospectivo, começou a ver todos os quadros da infância e juventude, relembrando um a um os mínimos fatos da existência relativamente breve. Via, esses quadros do pretérito, com naturalidade, sem admiração e sem surpresa...

caiu a ficha então, descerrou-se, o derradeiro véu que obumbrava o seu ser pensante... Sentiu-se sã, ativa, ágil, como se despertasse naquele instante...

Ah! Então havia morrido!

E a morte representava um grande bem, porque se sentia outra, trazendo as faculdades integrais, plena de favoráveis disposições para as lutas da vida. Todavia tinha a impressão de estar só, já que ninguém respondia às suas arguições, embora percebesse que a voz nada perdera de seu vigor e tonalidade.

procurava fazer-se vista por todos, mas uma impossibilidade perturbadora correspondia aos seus pensamentos. Refugiou-se, então, nas mais sinceras e fervorosas preces. Foi quando começou a divisar vultos sutis e ouvir vozes acariciadoras, das quais fugia amedrontada e receosa, na ilusão pueril de que se achava com o corpo físico, com medo e suscetibilidades...

mais de mês já havia transcorrido sobre a data de sua desencarnação.

dirigiu-se à Igreja para orar, lá penetrando, compreendeu que não se achava só, pois percebia que outras almas, talvez padecendo a mesma dor que experimentava, conservavam-se estáticas ao pé dos altares, onde foram buscar um pouco de consolo e de esclarecimento.

assim que se entregou a prece, sentiu uma intraduzível vibração percorrer todas as fibras do seu ser afigurando-se invadida pela influência do sono; mas que durou poucos instantes.

Despertou novamente e viu-se ao lado de uma legião de seres, que se achavam genuflexos como ela. Já outro, porém, era o templo no qual se encontrava (não teve ideia do tempo que dormiu assistida, o sono reparador para a adaptação à nova realidade. Havia um recinto amplo e majestoso, construído à base de elementos que não é possível qualificar, por falta de termos equivalentes no vocabulário humano. Nesse magnificente interior não existia determinado santuário para orações, mas, sim, obras de arte sublime, destacando-se uma tribuna formada de matéria luminosa, como se fosse feita de névoa esvaecentes. Ouvia-se, vozes e uma prece ao Criador,

Aí, relembrou dos afetos que se ligava ao lar; e um receio inundou o seu espírito, amedrontado ante a perspectiva de separação eterna, porque,

não sabia ter sido arrebatada para um local distante.

De onde provinham aquelas cadências harmoniosas?

toda sua alma chorava de amargura e alegria; havia em seu coração um misto de saudade e júbilo.

 

Foi quando se desenhou, na tribuna figura de um parlamentário,

Irradiava do seu olhar uma onda de ternura, que transbordava na sua voz,

- “Irmãos – começou ele:

a vida no Além, decorre em um ambiente que, pelas suas características fluídicas, escapa à vossa compreensão; a vida prossegue sempre; a vida prossegue e a única diferença é que a alma desencarnada não se vê tão compelida ao cansaço, em razão dos elementos da matéria rarefeita.

seus pulmões respiravam e seu coração pulsava, embora se sentisse relativamente feliz, pressentia o mundo que deixara.

Um dos seus primeiros pensamentos de estranheza foi o de compreender que havia morrido e, ao mesmo tempo, conservar o corpo.

um guia invisível lhe dirigiu a palavra:

Impressiona-te o fato de haverdes abandonado a forma corporal, conservando outra idêntica; é que não foste bem esclarecida sobre o problema do organismo espiritual. O teu corpo material constituía somente uma veste que se estragou na voragem do tempo.

os pais da terra não são os criadores, mas apenas os zeladores

Aqueles a quem emprestaste o potencial das tuas energias orgânicas e que representavam, como teus filhos, o grande tesouro de amor do teu coração, são, como somos, as criaturas do Pai de infinita misericórdia. Os pais da Terra não são criadores e sim zeladores das almas, que Deus lhes confia no

sagrado instituto da família, é preciso que considerem os filhos como irmãos bem-amados

Recordava-se dos menores detalhes do lar, quando experimentou sobre os ombros o contato de mãos.

Ergueu seu olhar e, maravilhada viu sua mãe a contemplar-lhe com a melhor das expressões de ternura e amor.

impressionavam, ainda, as sensações corporais, em razão das profundas raízes de sentimentos que a ligavam ao orbe terráqueo. Bastaria que se colocasse em contato com as recordações da vida que deixara, para que revivessem, em seu mundo interior, incidentes que presumia inumados para sempre.

Avivaram-se, então, as próprias dores físicas que experimentara nos seus últimos tempos na Terra; e sentia-se alquebrada pela dor e pelos desgostos.

São essas manifestações de vontade fraca e indecisa que mais torturam os trespassados, no início de sua existência extraterrestre. Na vida livre, o pensamento é quase tudo.

Seus parcos conhecimentos a respeito do espírito e de suas possibilidades dificultavam-lhe a concentração do poder mental.

o ninho acolhedor das almas errantes era o local em que se encontrava e igual ao dos majestosos edifícios da terra, divididos em confortáveis apartamentos; uma grande esfera fluídica, onde todas as nossas impressões tomam corpo de realidade.

a nutrição do espírito absorve os elementos, que regeneram sua vitalidade, no próprio oxigênio que respira, mas Alguns seres, necessitam, por força dos arraigados hábitos, de alimentos análogos por algum tempo apenas na aparência de realidade, até que se acostumem com as novas modalidades de sua existência.

estando indene da fadiga que lhe advém da luta pelo pão diário, pode a alma entregar-se às mais santificadas expansões.

O tempo na dimensão superior não se conta pelos cronômetros terrenos, e o fenômeno do dia e da noite é diversificado, verificando-se em lugar da treva noturna leve diminuição de intensidades da luz solar,

Alguns espíritos executores dos decretos do Altíssimo, auxiliam os seres

rudimentares do reino mineral e vegetal, ajudando-os na organização de suas formas, dos seus pensamentos.

Seu guia perguntou-lhe:- “Sabes em que direção está a Terra?

 E apontou-lhe um ponto obscuro que se perdia na imensidade.

Parecia-me contemplar a impetuosidade de um furacão a envolver grande massa compacta de cinzas enegrecidas.

- “Lá está a Terra com os seus contrastes destruidores; os ventos da

iniquidade varem-na de polo a polo, entre os brados angustiosos dos seres

que se debatem na aflição e no morticínio. efeito das vibrações antagônicas, emitidas pela humanidade atormentada nas calamidades da guerra. Lá alimentam-se as almas com a substância amargosa das dores e sobre a sua superfície a vida é o direito do mais forte.

São comuns, ali, as chacinas, a fome, a epidemia, a viuvez, a orfandade que aqui não conhecemos... Obscuro planeta de exílio e de sombra, no universo, poucos lugares abrigarão tanto orgulho e tanto egoísmo! Por tal motivo é que esse mundo necessita de golpes violentos e rudes.

A grande dificuldade dos desencarnados, reside justamente na ausência de termos comparativos:

falta-lhes, a lei analógica

a vida espiritual transcorre em ambiente semelhante ao da vida terrena.

Suas construções, à base de uma substância para vós desconhecida, têm, mais ou menos, as disposições que aí se observam.

 

FONTE:

LIVRO CARTAS DE UMA MORTA

Maria João de Deus

 

Psicografado por Francisco Candido Xavier

Diversas cartas que sua mãe lhe passou enquanto teve permissão e Chico em sua missão pode em raros momentos psicografar essas cartas reunidas em livro.

 


sábado, 27 de junho de 2020

FILHO DE DAVID

FILHO DE DAVID

Mat. 22:41-46

41. Estando reunidos os fariseus, perguntou-lhes Jesus, 42. dizendo: "Que vos parece a respeito do Cristo? De quem é filho"? Disseram-lhe: De David. 43. Disse-lhes: "como então David, em espírito, chamou-o Senhor, dizendo: 44. Disse o Senhor a meu Senhor, senta à minha direita, até que ponha teus inimigos sob teus pés? 45. Se, pois, David chama-o Senhor, como é filho dele"? 46. E ninguém pode responder-lhe uma palavra, nem ninguém ousou mais interrogá-lo desde esse dia.

Marc. 12:35-37 e 34b

35. E respondendo, Jesus disse, ao ensinar no templo: "Como dizem os escribas que o Cristo é filho de David? 36. O próprio David falou no espírito, o Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta à minha direita, até que ponha teus inimigos sob teus pés. 37. O próprio David di-lo Senhor, donde pois, é filho, dele"? Grande multidão ouvia-o com satisfação. 34b E ninguém ousava mais interrogá-lo.

Luc. 20:41-44 e 40

41. Disse-lhes: "Como dizem ser o Cristo filho de David? 42. Pois o próprio David, no livro dos Salmos, diz: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta à minha direita, 43. até que ponha teus inimigos escabelo de teus pés. 44. David, pois, chama-o Senhor como então é filho dele"? 40. E não ousavam mais perguntar-lhe nada.

*

Depois de ter sido posto à prova, como se tivesse sido "examinado" a respeito de Seus conhecimentos, tendo-Se saído bem de todos os quesitos que Lhe foram propostos, volta-se agora o Mestre e lança uma só pergunta, dirigida ao grupo de fariseus ali na expectativa. E de tal sutileza foi, que nada puderam responder, nem mesmo conseguiram sair do embaraço com um sofisma! Só o silêncio. Emudeceram. E depois disso, "ninguém ousou mais fazer-lhe perguntas": o Mestre estava muito acima de todos eles, reconheciam-no, e nada adiantava terçar (Pugnar, defender tese) armas de inteligência e de conhecimento. Só poderiam vencê-lo, como queriam, com as armas da violência. E, como todos os involuídos do Antissistema, apelaram para a violência, cuidando destruí-Lo, sem sequer desconfiar que essa mesma violência por eles praticada representava um imperativo histórico, e provocou para Ele a conquista de mais um passo evolutivo e a vitória total sobre a "morte". Isso ocorre com frequência entre as criaturas do polo negativo: pensando que destroem, provocam evolução; crendo deter, impulsionam maior velocidade; julgando que derrubam, elevam; pretendendo matar, dão vida mais abundante. Jesus pede as opiniões deles a respeito do Cristo (no sentido de "messias"). "De quem é filho"? A resposta poderia ter sido dada por qualquer pessoa, qualquer criança israelita: de David. A referência é dos profetas: Is. 11:1; Jer. 23:5; 30:9; 33:15; Ez. 34:23; 37:24; Os. 3:5; Amós, 9:11. Isaías o diz "saído do tronco de Jessé" (l.c.); denomina-o Immanu-ei' ("Deus conosco"); e qualifica-o de "maravilhoso conselheiro, poderoso Deus, eterno pai, príncipe da paz" (Is. 9:6), que os LXX traduzem como "Anjo do Grande Conselho". Miquéias (5:2) diz que "as saídas do messias são desde os tempos antigos, desde a eternidade", e Daniel afirma que o Filho do Homem tem origem celestial e se apresenta diante do "Ancião dos Dias" (Dan. 7:13). Também os apócrifos dizem o mesmo (cfr. 4.º Esdras e Henoch, 37:71). A exegese bíblica era o "forte" dos fariseus e escribas. Todos os textos eram estudados e perquiridos (embora, na prática, apenas intelectualmente), mas muitos trechos resultavam obscuros, inexplicáveis, incompreendidos. É um desses trechos que Jesus sorteia como ponto de exame, embora sabendo que todos eles "cristalizariam" diante do enunciado da pergunta. O Salmo (110:1) é citado pelo texto dos LXX: "disse o Senhor ao meu Senhor", pois o texto hebraico massorético está: "disse YHWH ao meu Senhor".

E a pergunta sibilina: se é filho dele, como o chama Senhor? Os comentaristas das teologias ortodoxas escapam da dificuldade dizendo simplesmente que em Jesus há duas naturezas, a humana, descendente de David, e a divina, como segunda pessoa da Trindade. Entreviram a realidade, mas não a compreenderam in toto, por faltar-lhes dados concretos de um conhecimento que foi perdido através das gerações, que se voltaram para as exterioridades, perdendo contato com as lições-mestras das iniciações antigas. Provém a confusão da má interpretação dos textos escriturísticos, tomados à letra e moldados segundo teorias pré-fabricadas, ao invés de serem olhados no sentido em que foram escritos. Daí confundir-se causa com efeito, atribuindo ao Cristo o segundo lugar ao invés do terceiro, na expressão da Divindade, esquecendo-se, ao mesmo tempo, a imanência, e só se considerando a transcendência. Daí o conceito distorcido e o privilégio incompreensível, da Divindade imanente só em Jesus, ao passo que em todas as outras criaturas estava imanente o Diabo, de cujas mãos o messias teria vindo arrancar a humanidade ... Essa concepção teológica, basicamente distorcida, foi causa de muitos outros erros consequentes. Voltando, porém, ao verdadeiro conceito da Trindade considerada em Seus três ASPECTOS (não três "pessoas" - embora nos primeiros tempos, a palavra "pessoa" em latim e "prósôpon" em grego, significassem realmente "aspectos", "aparências"), e colocando a sequência na ordem certa:

·        Espírito Santo;

·        Palavra Criadora, Som;

·        Cristo (Filho Unigênito), como representação de tudo o que existe espiritual e material (efeito do SOM que é a causa, e resultado da condensação da LUZ e do SOM incriados)

 - tudo se esclarece e explica com lógica irrespondível, de acordo com a verdade (isto é, com a verdade que pode ser atingida por nós atualmente, da mesma forma que a explicação dada e que criticamos, era a única verdade possível de ser captada pela evolução dos estudiosos daquela época). Atualmente, pelo contato refeito com as doutrinas iniciáticas antigas (sobretudo através do Espiritismo, da Rosacruz e da Teosofia) torna-se clara e evidente a pergunta de Jesus, que distingue categoricamente o CRISTO, de JESUS (como o fará mais taxativamente ainda no capitulo Mat. 23:10). Baseado na ignorância dos fariseus e escribas não iniciados, coloca-os diante de uma pergunta que jamais poderiam responder. Hoje é compreensível o ensino, pois já foi revelado, não obstante possibilite, ainda, duas interpretações:

I - CRISTO CÓSMICO A LUZ (Espírito-Santo), baixando Sua vibração, produz o SOM (Logos, Verbo, Palavra) que, como PAI, gera as vibrações perceptíveis do CRISTO CÓSMICO (filho realmente UNIGENITO) que dá origem a tudo ("todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada foi feito", João, 1:3) e sustenta tudo, porque está imanente, dentro de tudo: "O Verbo (Pai) se fez (transformou-Se em) carne (matéria) e construiu seu tabernáculo dentro de nós" (João, 1:14).

Esse Cristo Cósmico, portanto, o terceiro aspecto que a Trindade assume, está DENTRO DE TUDO, e nós O denominamos didaticamente, o Cristo INTERNO, a Centelha Divina, o Átomo Monádico, etc. Em nós outros, a personagem é demais grosseira e O oculta totalmente, sendo Ele como uma lâmpada acesa dentro de um revestimento de barro opaco e rude. Em Jesus, ser humano evoluidíssimo, o revestimento da personagem estava purificado: é como uma cobertura de cristal puríssimo, que deixa ver a lâmpada acesa em seu interior. Por isso, olhando para Jesus, vemos nele O Cristo em todo o Seu esplendor. Essa visão começou a dar-se quando, em profundo ato de humildade, Ele aniquilou a sua personalidade, ao submeter-se ao mergulho diante de João Batista, seu inferior hierárquico. Foi a última renúncia de Jesus, ao seu eu menor personalístico, anulado daí em diante. Por isso, Ele passou a denominar-se, com justiça, JESUS, O CRISTO. Daí dizermos que os cristãos das religiões ortodoxas não deixam de ter sua razão, quando afirmam que em Jesus havia duas naturezas: a humana (Jesus) e a divina (o Cristo). Só que eles limitam a Jesus esse que lhes parece um "privilégio", quando, ao invés, isso deverá ocorrer com todos os seres. (que são feitos da essência divina a imagem e semelhança do Pai)

II - CRISTO-MAYTREA A segunda interpretação prende-se à Fraternidade Branca - a Hierarquia que se manifesta em Shamballa (Shamballa significa em sânscrito "um lugar de paz, felicidade, tranquilidade", e acredita-se que seus habitantes sejam todos iluminados.) - e que está, no planeta Terra, como representante da Verdadeira Fraternidade Branca Suprema, existente num planeta da constelação de Sírius, constelação que é o núcleo central da molécula de nosso Universo, molécula denominada pelos cientistas de Galáxia, da qual nosso Sistema Solar é simples átomo. Anteriormente, o Cristo Cósmico se tornou visível em outro ser humano, cujo nome é Maytréa, e por isso também Ele é denominado Maytréa o Cristo. No Supremo Conselho da Fraternidade Branca de Shamballa, sob a chefia de Sanat Kumara (que a Bíblia denomina Melquisedek ou o Ancião dos Dias - e em Hebreus (5:6) é dito claramente que Jesus era "sacerdote da Ordem de Melquisedek, e por meio da 5.ª iniciação, na cruz, se tornou sumo sacerdote dessa ordem (Hebr. 5:10 e 6:20 -) existe uma Hierarquia de Seres que dirigem a evolução do Planeta, do qual o Cristo é o governador).

Vamos tentar esclarecer, dentro de nossas parcas possibilidades. O Apocalipse de João, em seu cap. 4.º, descreve a visão que ele teve da sede dessa Fraternidade Branca no mundo espiritual (Shamballa). Aí viu um trono, "no qual estava sentado UM", e ao lado desse trono outros vinte e quatro, onde se achavam outros tantos anciãos de vestes brancas, coroados de ouro: é o que conhecemos como o "Grande Conselho de Shamballa". Diante do trono havia "sete Tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus", assim representados os chefes dos sete Raios; e ainda em redor do trono "quatro Seres viventes", simbolizando os denominados três Buddhas ("iluminados") mais o Cristo-Maytréa. Representante dos sete Espíritos de Deus (cfr. cap. 5), e englobando em si a força deles (sete chifres) e o conhecimento deles (sete olhos), um dos sete sacrificou-se, encarnando na Terra com o nome Jesus, e por seu sacrifício de amor foi comparado a um Cordeiro que, ao regressar, recebeu as homenagens de todos e a glorificação merecida. O "UM", sentado no trono, é, exatamente, o "Ancião dos Dias" ou Melquisedek (Sanat-Kurnara) a Quem Jesus denomina "O Pai", afirmando ser "UM com Ele". Segundo essa teoria, alguns místicos - embora aceitando como legítima a primeira tese que expusemos - atribuem a classificação de "Cristo" a um lato diferente.

Ou seja, durante o ministério de Jesus encarnado no planeta, e a partir do mergulho diante de João Batista, o Cristo-Maytréa uniu-se a Ele, e os dois trabalharam identificados durante aqueles anos. No momento em que Jesus se submetia à quinta iniciação, na Cruz ("morte de Osíris"), é que o Cristo-Maytréa deixou que Ele galgasse sozinho esse degrau de tão grande importância, permanecendo-Lhe ao lado, embora não unificado com Ele. Em conclusão, pois, dizem esses místicos que o atributo "Cristo" é devido à união com Maytréa, e não pela permeabilização total do Cristo Cósmico em Jesus - ainda que essa permeabilização tenha sido real, mas não perceptível ao ponto de justificar o atributo. A outra união (com Maytréa), sendo mais fácil de perceber-se, é que lhe provocou o título de Cristo. Hipótese que pode ser aceita, mas que não invalida a outra. A palavra Christós em grego significa precisamente "ungido", ou seja, "permeado" pela Força Cristônica divina (como ocorre com Maytréa) e não simplesmente "mediunizado" nem "unificado" a outro ser humano, ainda que esse outro ser esteja, ele mesmo, "permeado" pela Força Cristônica. Julgamos, pois, - SMJ, o que é bem possível que a primeira tese é mais válida, sem que afaste a hipótese de que Maytréa o Cristo tenha trabalhado unido a Jesus, o que nos parece perfeitamente lógico e viável.

 * *     

Por fora desses que, à época, eram "segredos iniciáticos", os letrados nas Escrituras - título que bem exprime o que eram: intérpretes da letra - não podiam perceber o alcance da pergunta, e calaram. O ponto sorteado para exame era de curso superior, e eles estavam no curso primário: só o silêncio lhes cabia. Mas a tese ficou posta, para que a humanidade, mais tarde, pudesse basear-se nessas palavras a fim de penetrar o sentido profundo e oculto. Mas não podemos deixar de salientar o que se diz de David: que falou "em espírito", isto é, mediunizado por um Espírito que era Santo: escreveu divinamente inspirado. Salientemos, ainda, a diferença importantíssima que existe entre os dois termos: a DIVINDADE ABSOLUTA, Suprema e Impenetrável, e DEUS, termo que se refere a um Espírito-Guia. Os deuses tinham manifestações várias, de acordo com sua evolução própria, desde o Deus-Máximo da Terra, Melquisedek, o Ancião dos Dias até o Deus Guia-Nacional dos judeus, o "nosso" Deus, YHWH, e os guias individuais de cada criatura. A hierarquização é segura e rígida, mas todos, por falta de outro termo, são chamados "deuses": os elohim que plasmaram como arquitetos o planeta e presidiram à evolução de todos os seres e do homem, que eles fizeram à sua semelhança; os elohim que dirigiam outras nações, embora alguns bem atrasados ainda, como Moloch, Baal, etc., de espírito sanguinário; os elohim que dirigiam o Egito, a Grécia, a Fenícia, a Babilônia, a Caldéia, a Índia, Roma, as Gálias, etc. etc., todos eram denominados "Deus". Nem por isso, entretanto, se justifica o crasso erro histórico de classificar esses povos de "politeístas" no sentido moderno dessa palavra, pois embora os "deuses" (Espíritos-Guias) fossem numerosos, a DIVINDADE SUPREMA era urna só para todos (a massa ignara do povo é que não entendia isso, como até hoje). Eles eram "politeístas", sim, mas no sentido que os antigos emprestavam a esse termo: reconheciam muitos Espíritos Guias (deuses). E o "monoteísmo" mosaico apenas dizia reconhecer UM ÚNICO ESPÍRITO GUIA para todos os israelitas: YHWH, e proibia contato psíquico com outros Espíritos-Guias "estrangeiros" ... Todos, porém, - pelo menos os espíritos evoluídos - só aceitavam uma Divindade Suprema e Absoluta. Nasceu a confusão da ignorância que via, nos Espíritos Guias, a Divindade Máxima, coisa corriqueira aos indivíduos profanos, que jamais passaram pelas Escolas iniciáticas, existentes desde o longínquo passado (e diga-se de passagem: que ocorreu até mesmo entre os próprios israelitas e seus sucessores, os católicos, que elevaram o Espírito Guia YHWH à Suprema Divindade, personalizando e dando forma humana ao Absoluto ...).

Na verdade Jesus era descendente de Davi por sua mãe Maria, já que José seu pai adotivo não era descendente de Davi.

SUPERIORIDADE DA NATUREZA DE JESUS

Sem nada prejulgar sobre a natureza do Cristo, que não entra no quadro examinar, e não o considerando, por hipótese, senão um Espírito superior, não se pode impedir de reconhecer nele um daqueles de ordem mais elevada, e que colocado, pelas suas virtudes, bem acima da Humanidade terrestre. Pelos imensos resultados que ele produziu, a sua encarnação neste mundo não poderia ser senão uma dessas missões que não são confiadas senão aos mensageiros diretos da Divindade para o cumprimento de seus desígnios. Supondo-o não sendo o próprio Deus para transmitir a sua palavra, ele seria mais do que um profeta, porque seria um Messias divino.

 Como homem, tinha a organização dos seres carnais; mas como Espírito puro, desligado da matéria, deveria viver a vida espiritual mais do que a vida corpórea, da qual tinha as fraquezas. A superioridade de Jesus sobre os homens não se prendia às particulares de seu corpo, mas às de seu Espírito, que dominava a matéria de maneira absoluta, e à de seu perispírito, haurida na parte mais quintessência dos fluidos terrestres.

(...) Agia, pois, por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, assim como podem fazê-lo os encarnados em certos casos e na medida de suas forças. Que Espírito, aliás, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de transmiti-los? Se recebesse um influxo estranho, este não poderia ser senão de Deus; segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus. 

Exclusivos Intuitos de Jesus e seu Pensamento Íntimo

"Eu sou a luz que vim ao mundo, para que o que crê em mim não permaneça nas trevas." (João, XII, 46.)

"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas..."

(João X, 11.)

 "Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida." (João VIII, 12.)

 "Se alguém tiver sede venha a mim e beba" (João VII, 37.)

 "Eu sou o pão vivo que desci do céu." (João, VI, 51.)

"Eu sei, respondeu a mulher, que vem o Messias (que se chama Cristo); quando ele vier, anunciar-nos-á todas as coisas. Disse-lhe Jesus:

Eu o sou, eu que falo contigo" (João, IV, 25-26.)

(...) "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." (João XIV, 6.)

 

As palavras de Jesus excluem antecipadamente todas as ideias falsas que se possam fazer sobre Ele e o seu escopo primordial.

O motivo exclusivo da sua vinda a este mundo foi, como profetizou Isaías, fazer raiar a Luz aos que se achavam na região da morte: dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da Estrada da Vida, animá-los e vivificá-los, finalmente, apresentar-se a todos como o Modelo, o Paradigma, o Enviado de Deus, o único Mestre capaz de legar um ensino puro e perfeito, o verdadeiro representante da Verdade que redime e salva. Daí a sua sentença: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai ao Pai senão por mim."

 Querendo excluir de si mesmo toda a primazia divina, Ele não se apresenta, apesar da sua incomparável missão, como sendo Deus, o Pai, mas, sim, como um seu Enviado - o Cristo.

 (...) Ele apresentou-se no cenário terrestre como o Médico que deveria restabelecer a saúde das almas; como o Pregoeiro a anunciar a todos o Reino de Deus; como um eleito do Céu, cheio de amor e poder para dominar Potestades e Elementos.

 (...) Humilde em extremo, mas de uma energia inquebrantável; bondoso, mas justiceiro; estrito cumpridor dos seus deveres; trabalhador incansável, cujos feitos soube tão brilhantemente unir à sua Palavra redentora, a ponto de chegarem a aclamá-lo Deus.

 

(...) Jesus é a Luz do Mundo, o Sal da Terra, a Água Viva, o Pão, o Suco da Vide, mas, todos esses atributos que o Mestre Galileu a si mesmo conferiu não representam outra coisa senão a Sua Doutrina, o Verbo que nele se fez carne e habitou entre nós.

 Não transviemos o pensamento íntimo de Jesus, dedicando-lhe honrarias e títulos que Ele não usou, e nem revistamos a Sua Palavra de preceitos e de roupagens que só podem desnaturá-la.

 "O discípulo não pode ser mais do que o Mestre" e só nele permaneceremos se a Sua Palavra permanecer em nós, livre dos abusos de interpretações e do dogmatismo bastardo que transvia as almas e obscurece o Seu Evangelho.

 Finalmente, o pensamento íntimo do Mestre quando veio a esse mundo, não teve intuitos glorificadores, mas de concorrer para que essa Religião Sublime do Amor a Deus e ao Próximo se tornasse conhecida de todos e pudesse, em breve tempo, substituir os fermentos farisaicos que até hoje envenenam a Humanidade. 

 A GRANDE LIÇÃO

 Sim, o mundo era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam para o terreno franco da dissolução e da imoralidade; mas o Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores. Escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos e desclassificados. Como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor.  Combateu pacificamente todas as violências oficiais do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa, refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniquidade na balança da redenção. 

Observação:

Apesar de todas as discussões de que pai verdadeiro é quem cria, existe a questão consanguínea que não se pode abandonar e por isso o grupo concordou que Jesus é filho de Maria e sua descendência de Davi é por Maria de Nazaré; uma vez que José foi o pai adotivo do Mestre e não encontraram vínculos de José a Davi.

Referências:

A Epístola Lentuli - Pedro de Campos.

A Gênese - Allan Kardec.

O Evangelho de Tiago - Autor desconhecido.

Memórias de um Suicida - Yvonne A. Pereira, pelo Espírito Camilo Cândido Botelho.
Carlos A. Pastorino

Huberto Rodhen

Wikipedia

Bíblia de Jerusalém

Haroldo Dutra Dias


CAUSAS PRIMARIAS

ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO

 

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.

A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas da criação e formação do mundo e os pródomos da vida na matéria em ignição, do planeta

E a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana (já formada) a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.

 

ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO

1 - O espírito, como elemento geral inteligente, ainda não individualizado ainda essência divina do criador (alma);

2 - A matéria, que, da mesma forma, como elemento geral recebe o nome de Fluido 

      Cósmico;

3 - Deus - o Incriado. O principio de todas as coisas.

 

Questão 23: Que é o espírito?

R: -o principio inteligente do universo

Questão 76:  que definição se pode dar dos Espíritos?

R:-Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o universo, fora do mundo material; a palavra Espírito é empregada aqui para designar a individualidade dos seres extracorpóreos e não mais o elemento do universo; a diferença entre Espírito com “E” maiúsculo e “e” minúsculo é mais aprofundada mas didaticamente podemos dizer que Espírito é o ser desencarnado (alma “espírito” e perispírito como chamou Kardec ou corpo espiritual como chamou Paulo)

 

MATERIA

Antigamente se pensava em apenas 3 estados da matéria, o solido, o liquido e o gasoso. Com a descoberta da eletricidade e do magnetismo notou-se que outros estados poderiam existir. Até que com as bombas de Nagasaki e Hiroshima conheceu-se o quarto estagio “o radiante”.

A matéria é formada de um só elemento primitivo e tudo o mais é transformação da matéria.

O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono, e todos os corpos que consideramos simples, não são mais do que modificações de uma substância primitiva.

Temos também a informação dada pelos espíritos a respeito de uma outra dimensão material, que ordinariamente chamamos de dimensão extra-física, onde a matéria, de tão sutil e etérea, está absolutamente sujeita ao império das forças mentais.

 

CAUSAS PRIMÁRIAS

1 – Que é Deus? Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas – sentimento íntimo

Quando o Príncipe Sidarta Gautama, fez-se Buda, permitindo-se iluminar, acordando da letargia em que vivia, após uma de suas preleções, um discípulo lhe perguntou:

Senhor, já encontrastes Deus?

Ele respondeu : Sim  mas só após penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade e ação dignificadora(isso é explicável porque somos feitos a imagem e semelhança do criador, de sua essência divina, portanto somos Deus intimamente como disse Jesus “vós sois deuses”.).

 

"O que se revela, na causa primaria, uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências, é que pela obra se conhece o autor. A obra e' o Universo. Basta procurar o autor. A incredulidade é gerada pelo orgulho. O homem orgulhoso nada admite acima de si."

2 – Existência de Deus não existe efeito sem causa. Tudo que não é obra do homem...

Um homem sussurrou: Deus fale comigo!

E um rouxinol começou a cantar, mas o homem não ouviu;

Então o homem repetiu:

Deus fale comigo!

E um trovão ecoou nos céus;

Mas o homem foi incapaz de ouvir.

O Homem olhou em volta e disse!

Deus deixe-me vê-lo;

E uma estrela brilhou no céu

Mas o homem não a notou.

O homem começou a gritar!

Deus mostre-me um milagre!

E uma criança nasceu;

Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.

Então o homem começou a chorar e a se desesperar;

Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...

E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro;

O homem espantou a borboleta com a mão e desiludido;

Continuou o seu caminho triste, solitário e com medo.

Essa história é baseada no velho testamento em

(Reis 19:- " Acab contou a Jezabel tudo o que fizera Elias e como passara a fio de espada todos os profetas. "então Jezabel mandou lhe dizer: “Que os deuses me façam este mal, e acrescentem este outro se amanhã, a esta hora, eu não tiver feito da tua vida o que fizeste da vida deles! Elias levantou-se e partiu, para salvar a vida. Chegou a Bersabeia, e deixou seu servo. fez pelo deserto a caminhada de um dia e foi sentar-se debaixo de um junípero (constituído de arbustos ou árvores sempre verdes, com folhas pequenas, escamas apressas, flores terminais diminutas, solitárias, e pequenos cones que se assemelham a bagas).  Pediu a morte dizendo: “agora Basta, Iahweh! Retira-me a vida pois não sou melhor que meus pais. Deitou-se e dormiu debaixo do junípero. Mas um anjo o tocou e disse: “Levanta-te e come”! abriu os olhos e viu que a sua cabeceira, havia um pão cozido sobre pedras quentes e um cantil de água comeu e bebeu e depois tornou a deitar-se. Mas o anjo veio pela segunda vez, tocou-o e disse levante-te e coma, pois do contrário o caminho te será longo demais. Levantou-se comeu, bebeu e depois sustentado por aquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até a montanha de Deus, o Horeb (lugar onde o verdadeiro Deus se revelou e onde a aliança fora concluída unindo sua obra com a de Moises que posteriormente se apresentaram na transfiguração do Cristo).

La ele entrou na gruta, onde passou a noite e esperava uma intervenção divina; um furacão passou quebrando rochedos, mas não viu Iahweh no furacão; logo depois houve um terremoto mas não viu Iahweh no terremoto; depois um fogo mas não viu Iahweh no fogo; depois o ruído de uma leve brisa e só então Elias percebeu a presença de Deus.

 

ATRIBUTOS DA DIVINDADE

A resposta que os espíritos dão a Kardec, na questão 11 , informando que um dia veremos e compreenderemos a  Deus, não se refere, obviamente, ao nosso órgão de visão sensorial, mas à visão profunda, que é atributo das entidades angelicais que já alcançaram as culminâncias do Amor e da Sabedoria. Ou permaneceram no sistema absoluto de Deus ou retornaram a ele como nós em nossa caminhada de volta após a queda.

Quando pela perfeição moral e intelectual o homem tiver se desprendido da matéria, terá condições em seu espírito (chama divina da criação “alma”) da faculdade para a percepção e compreensão da natureza e do mistério da Divindade, pois só a medida que se eleva acima da matéria as entrevê, pelo pensamento.

Sentidos que possuímos.

 

Psicografia – audiência – pintura – mediunidade - eletricidade

Do ponto de vista humano, limitado, Kardec relacionou os seguintes atributos divinos:

* - Deus é Eterno, isto é, não teve começo e não terá fim. Se imaginássemos um começo ou fim teríamos que imaginar também uma entidade existente antes dele e capaz de lhe sobreviver e assim por diante, ao infinito.

* É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.

* É Imaterial. A sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. Caso contrário, não seria imutável, pois estaria sujeito às transformações da matéria.

* É único. A unicidade de Deus é conseqüência do fato de serem infinitas as suas perfeições.

* É onipotente. Se não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber uma entidade mais poderosa.

* É soberanamente justo e bom. A harmonia do universo e a racionalidade das leis que temos demonstram que Deus é totalmente justo e bondoso.

* Nada acontece em nossa vida sem a vontade de Deus e tudo, é para o nosso bem e desenvolvimento. Pela mais perfeita justiça, começamos a ter uma visão mais clara da necessidade das nossas dores e sofrimentos, que são somente provas e expiações para o nosso aprendizado e crescimento espiritual. Reencarnação.

Por isso dizemos que vivemos hoje o dia que escrevemos ontem e estamos escrevendo hoje o dia que iremos viver amanhã quando reencarnarmos. Por esse motivo não podemos reclamar de absolutamente nada pois tudo se resume a “causa e efeito”

É infinitamente perfeito. É impossível conceber-se Deus sem o infinito das perfeições.

Um Ateu que passeava pela floresta tranquilamente quando ouviu um barulho; virou-se e viu um imenso urso babando de fome pelo petisco que iria comer. Correu desesperadamente, mas quanto mais corria parecia que mais perto o urso chegava com suas imensas garras. Sentindo que não havia mais forças para correr, ele ateu gritou Deus me ajude nunca acreditei no senhor, mas se existe me ajude por favor transforme esse urso em um cristão. Parece que o tempo parou, as águas de um riacho pararam; silencio total e absoluto o ateu não ouvido mais o barulho do urso correndo parou e se voltou. Surpreso viu o urso ajoelhado de patas postas como rezando e dizendo Senhor! Obrigado pelo alimento que me proporcionaste. (virou um urso cristão).

 

 

 CRIAÇÃO:CONHECIMENTO DO PRINCIPIO DAS COISAS

A questão 17, quando Kardec pergunta: é dado ao homem conhecer o princípio das coisas? R: Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo".

Neste contexto, entendemos que o princípio das coisas significa conhecer os mecanismos pelos quais o Criador fez todas as coisas, o que evidentemente, devido ao deficiente grau de evolução do homem "neste mundo", isto lhe é vedado.

Hoje ainda é necessário um vírus que só atinge o homem, para que ele reflita e concerte seus maus hábitos.

Por isso os espíritos respondem que, "ao homem, neste mundo", isto ainda não é possível, tornando claro que com a evolução do homem, e, provavelmente em mundos superiores, este princípio das coisas poderá vir a ser do seu conhecimento em função do seu progresso.

Sabemos que certas verdades alcançam o homem sem ser através da ciência ou de seus sentidos físicos.

Foi assim que a Doutrina dos espíritos chegou até nós, vinda diretamente do Alto, como a terceira Revelação - a primeira Revelação chega até ao homem com Moisés, trazendo os conceitos de Justiça; a segunda Revelação vem com Jesus, ensinando o Amor. A terceira Revelação é o Espiritismo, esclarecendo sobre a Verdade. Desta forma se revela o caminho da redenção humana, na concretude do conceito de Espirito Santo: JUSTIÇA, AMOR E SABEDORIA; podemos ainda citar a penicilina que foi descoberta sem que o homem tivesse integral participação.

 

UNIVERSO – NEPS - HEMÁCIA

"Os mundos mais afastados do Sol não estão privados de luz e calor, como ainda pensa a ciência, por motivo desse astro se mostrar apenas com a aparência de uma estrela, pois que há outras fontes de luz e calor além do Sol. A eletricidade, o Magnetismo em certos mundos, desempenham um papel que desconhecemos e bem mais importante do que o que lhes cabe desempenhar na Terra."(Maiores detalhes com a Dona Maria João de Deus, no livro cartas de Uma Morta).

Nossa estrela, o sol, é uma estrela de “quinta grandeza’ velhinho cansado de guerras.

 

Em nossa Via Láctea existem cerca de 100 bilhões de estrelas (apenas na via láctea);-no universo 10 bilhões de galáxias ( espirais-elípticas e irregulares ) sem levarmos em conta os pulsares, quasares, etc. que o primitivo telescópio Espacial Hubble um  satélite artificial  não tripulado transportando um grande telescópio para luz visível e infravermelha. lançado em 1990, portanto há 20 anos atrás.

 

ELEMENTOS GERAIS DO HOMEM

Alma(centelha divina da criação espírito com “e” minúsculo ainda por ser o princípio criado antes da queda) – perispírito – corpo físico(ou corpo espiritual como dizia Paulo – matéria quintessenciada que envolve a alma ou princípio e que possui a mais baixa frequência para entrar em contato com o corpo material e a mais alta frequência para entrar em contato com a alma) –

Centros Vitais

Coronário – Frontal – Laríngeo – Cardíaco – Gástrico – Esplênico – Genésico - Umeral

 

 FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS

Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, nos dizem Emmanuel, são as células albuminoides, algas, amebas e todas as organizações unicelulares, isoladas e livres, que se multiplicam maravilhosamente na temperatura morna dos oceanos.

Esses seres rudimentares somente revelam um sentido – o tato – que deu origem a todos os outros por aperfeiçoamento.

Os operários de Jesus, coordenaram primeiro os elementos da nutrição e da conservação da existência. Depois o coração e os brônquios, depois o princípio celular do sistema nervoso e dos órgãos da procriação.

"No começo, após a formação do planeta, tudo era caos; os elementos estavam em confusão. Pouco a pouco cada coisa tomou o seu lugar. Apareceram, então os seres vivos apropriados ao estado do globo."

"A Terra já continha os germes dos seres vivos que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germes de todos os seres vivos."

Emmanuel na abertura do livro A Caminho da Luz:( “- E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu

pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.

Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.

Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada.

Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à

superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens”).

 Sabe-se que o que caracteriza um ser vivo (em termos biológicos) é a capacidade, dentre outras, de se "replicar" (ou seja, formar uma estrutura a partir da já existente; é o que conhecemos sob o nome de reprodução). isso de maneira bastante imperfeita.

Portanto, desde o instante em que as moléculas inorgânicas que se "polimerizavam" (ou seja, formavam moldes semelhantes a elas) conseguiram se estruturar para formar o material genético em si, o ADN (ácido desoxirribonucleico que é o programa genético), o povoamento ficou mais fácil. E o princípio inteligente vai percorrendo toda esta escala (de mais ou menos 15 milhões de séculos, como afirma André Luiz; e endossa Darwin) para que pudesse um dia emitir seus primeiros pensamentos contínuos.

A Revelação Espirita inclui no seu ensino a formação dos seres vivos na Terra, deixando subentendido que a vida preexistia no Universo quando da formação do nosso planeta. Esses elementos se encontravam no espaço sideral, em meio a grande "fornalha" que era o sistema solar em formação.

Exemplo: Escorpião - gêmeo do crustáceo marinho conserva até hoje de modo geral a forma primitiva enquanto os outros desapareceram.

Sabemos também que o aparecimento do homem ocorreu em vários pontos do planeta (evidenciado pelo estudo dos fósseis), que os espíritos iriam prever em 1857, (questão 53)

P:"O homem surgiu em muitos pontos do globo?

R: sim e em épocas várias", o que também constitui uma das causas da diversidade das raças. Depois, dispersando-se o homem por climas diversos e aliando-se os de uma aos de outras raças, novos tipos se formaram

Sabemos que os princípios inteligentes (espíritos na acepção comum do termo) habitaram corpos que se originaram de ramificações dos primatas existentes, como mostra o conceito do evolucionismo biológico (onde a mutação e a seleção natural também se encontram - Darwin).

Quando questionados por Kardec nessa questão, os espíritos começam a resposta com um "Sim, mas o gérmen primitivo já existia em estado latente."

 

POVOAMENTO DA TERRA–ADÃO-DIVERSIDADE DAS RAÇAS

 Adão representa um conjunto de espíritos exilados de Capela. De acordo com o ensino dos Espíritos, foi a humanidade composta de uma multidão de proscritos de outro mundo em transição que deu origem à chamada raça adâmica e que já encontrou a Terra povoada pelos seus primitivos habitantes, desde tempos imemoriais. (Gênese, cap. XII, item 38 –“ De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica. Quando ela aqui chegou, a Terra já estava povoada desde tempos imemoriais, como a América, quando aí chegaram os europeus.

Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. A Gênese no-la mostra, desde os seus primórdios, industriosa, apta às artes e às ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas, mas concorda com a opinião de que ela se compunha de Espíritos que já tinham progredido bastante. Tudo prova que a raça adâmica não é antiga na Terra e nada se opõe a que seja

considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos, o que não estaria em contradição nem com os fatos geológicos, nem com as observações antropológicas, antes tenderia a confirmá-las.)

 

Às margens do GANGES, HINDUS primeira organização à recordações traduzidas da beleza dos VEDAS, UPANISHADS. Primeiras vozes da filosofia e religião.

Quando exilados reuniram-se em 4 grandes grupos àGRUPO DOS ÁRIAS (brancos indo-europeus – latinos – celtas – gregos – germanos – eslavos) EGITO – ISRAEL (Abraão - Moisés) e as CASTAS DA ÍNDIA (Arianos Puros)). (*) (ouro em vaso sujo)

A diversidade das raças encontradas na Terra é uma prova disso. A negra já existia quando da vinda dos exilados.

Diferenças físicas e morais as distinguem umas das outras. Essas diferenças tem causas diversas, como o clima, a vida e os costumes, ajudados pela miscigenação. Por outro lado, já dissemos o homem surgiu em vários pontos do globo, como o diz a Revelação Espirita, agora já com o atestado da Ciência.

 

Todos somos irmãos, pois somos filhos do mesmo Pai (Deus), tendo a mesma origem e o mesmo fim (embora o "meio” desse caminho evolutivo fique por conta de cada um.

E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas alturas os interpretes divinos do seu pensamento.

Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.

Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.

Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma (conteúdo celular vivo) e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens.

 

RECADO:

Entre em contato consigo mesmo: Interrogue a consciência quanto aos atos diários olhe-se no espelho como fazia Santo Agostinho

Reconheça o desejo: aprenda a ver seus potenciais; coloque as coisas espirituais acima dos materiais

Identifique as metas: decida o que você deseja aperfeiçoar. Fazer o bem sem esperar recompensa

Trabalhe diariamente: pratique auto-observação; Veja o irmão como irmão sem credo, raça, cor. 

Aprenda com os erros: “Esteja em guerra com suas deficiências morais, em paz com seus semelhantes

Esquecer as ofensas – mágoa rancor só causa doenças; aceitar que a dor purifica; A dor e as decepções são provas e expiações.

Pratique – abraçoterapia – amorterapia – beijoterapia

 

ARIANOS PUROS

 

Os arianos da Índia não se compadeceram das raças atrasadas que encontraram em seu caminho e cuja evolução deveria representar para eles um imperativo de trabalho regenerador na face da Terra. Considerando os aborígines como párias da sociedade, os rajás soberanos complicaram mais uma vez, pelo orgulho, seu próprio futuro, e é por isso que eles têm voltado às mesmas estradas, como mendigos desventurados, resgatando o pretérito em amargas provações expiatórias. 

Os arianos eram, na sua maioria, Espíritos revoltados com o seu degredo. Mais revoltados e enrijecidos que todos os demais companheiros exilados na Terra, suas reminiscências traduziam-se numa revolta íntima, amargurada e dolorosa, contra as determinações de ordem divina. Mas eles tinham uma grande virtude, porquanto, embora revoltados e endurecidos, confraternizavam com o selvagem e assimilavam os aborígines, ao contrário dos semitas e dos hindus, que se perderam na cristalização do orgulho religioso. 

Como se a questão fosse determinada por um doloroso atavismo psíquico, o povo hindu deixou crescer no coração o espinho do orgulho que fora, aliás, o motivo de seu exílio, e surgem assim as castas.

Os arianos da Índia não se compadeceram das raças atrasadas que encontraram em seu caminho e cuja evolução deveria representar para eles um imperativo de trabalho regenerador na face da Terra.

Considerando os aborígines como os párias da sociedade, os rajás soberanos complicavam mais uma vez, pelo orgulho, seu próprio futuro, e é por isso que eles voltam hoje às mesmas estradas, como mendigos desventurados, resgatando o pretérito em amargas provações expiatórias.

Dois fatos relacionados com a Índia impressionam por serem paradoxais:

a) nenhum povo da Terra tem mais conhecimentos sobre a reencarnação do que o hindu;

b) a Índia foi a matriz de todas as filosofias e religiões da Humanidade, inclusive do materialismo, que lá nasceu na escola dos charvacas.

(A escola Carvaka foi uma escola de pensamento que existiu na Índia por volta de 600 a.C., e que se extinguiu antes do ano 1000. Ela acreditava que não havia nenhuma alma e que a morte era o fim de toda a existência. Além do mundo material, não existiria nada; nenhum Deus ou alma existe. Em conclusão, os Charvakas acreditavam que a vida humana começa e termina neste mundo)

Se as civilizações hindu e egípcia definiram-se no mundo em breves séculos, o mesmo não aconteceu com a civilização ariana, que ia iniciar na Europa os seus movimentos evolutivos. Conforme já dito, esses arianos eram, na sua maioria, os espíritos revoltados com o seu degredo.

Caminheiros do desconhecido, eles erraram pelas planícies e montanhas desertas, não como o povo hebreu, mas desarvorados; suas incursões entre as tribos selvagens da Europa datam de mais ou menos dez milênios a.C., embora a Humanidade localize sua marcha apenas 4 mil anos a.C.

Mais revoltados e enrijecidos que todos os demais companheiros exilados na Terra, suas reminiscências traduziam-se numa revolta íntima, amargurada e dolorosa, contra as determinações de ordem divina.

Eles tinham, contudo, uma grande virtude, porquanto, embora revoltados e endurecidos, eles confraternizaram com o selvagem e assimilaram os aborígines, ao contrário dos semitas e dos hindus, que se perderam na cristalização do orgulho religioso.

A agricultura e as indústrias pastoris encontraram, com eles, os primeiros impulsos. Com as organizações econômicas, oriundas do trato direto com o solo, deixaram perceber a lembrança de suas lutas no antigo mundo que haviam deixado.

Bastou, então, que inaugurassem na Terra o senso da propriedade, para que o germe da separatividade e do ciúme, da ambição e do egoísmo, lhes destruísse os esforços benfazejos

 

FONTE:

Palestra realizada no C. E. Fonte Viva

A Caminho da Luz - Emmanuel

Manual do Passista - Jacob Melo

Gênesis - Livro dos Espíritos - Kardec

No Limiar do Infinito - Joanna de Ângelis