sábado, 27 de junho de 2020

A Autoridade do Batismo

A Autoridade do Batismo

 

"Aconteceu que certo dia, enquanto ele ensinava o povo no templo anunciando a Boa Nova, os chefes dos sacerdotes, os escribas, e os anciãos, se apresentaram dizendo-lhe: Dize-nos: com que autoridade fazes estas coisas, ou quem é que te concedeu esta autoridade? Ele respondeu: Também eu vos proporei uma questão dizei-me: O batismo de João era do Céu ou dos homens? Eles, porém, raciocinavam entre si dizendo-se respondermos ‘do Céu’, ele dirá: Porque, não creste nele? se respondermos ‘dos homens’, o povo todo nos apedrejará, porque está convicto que João era profeta. E responderam que não sabiam de onde era. e Jesus lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (Lucas, XX, 1-8.)

"foram de novo a Jerusalém e enquanto ele circulava pelo templo, aproximaram-se os chefes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos e lhe perguntavam: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te concedeu tal esta autoridade para faze-las? Jesus Respondeu: e Eu vos proporei uma só questão. respondei-me; e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era do Céu ou dos homens? Respondei-me. Eles arrazoavam uns com os outros dizendo: Se respondermos ‘Do Céu’, ele dirá: Por que então não crestes nele? Mas se respondermos ‘Dos homens’ temiam a multidão pois todos pensavam que João era de fato profeta. Diante disso Responderam a Jesus: Não sabemos. Jesus então lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (Marcos, XI,27-33.)

"vindo ele ao templo, quando estava a ensinar, quando os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo, se aproximaram e perguntaram-lhe: Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te concedeu esta autoridade? Jesus Respondeu: Também eu vos proporei uma só questão. se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. o Batismo de João de onde era? “do Céu ou dos homens”?  eles, porém, arrazoavam entre si dizendo: se respondermos ele nos dirá: Por que, então, não crestes nele? Se respondermos dos homens, temos medo da multidão pois todos consideravam João como profeta. Diante disso Responderam a Jesus: Não sabemos. Ao que ele, também respondeu: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (Mateus, XXI, 23-27.)

A autoridade do batismo tem sido objeto de controvérsia desde os inícios do Cristianismo.

Em tempo algum se deu crédito ao "batismo de João"; o próprio Batista repetia sempre, aos que buscavam o seu batismo, não ser este um preceito divino, uma prática necessária à purificação espiritual.

Já tivemos ocasião de tratar deste assunto, não mais fazendo agora senão confirmar o que deixamos dito.

O batismo de João nunca mereceu a sanção de quem quer que fosse, inclusive a de Jesus que a chamava - de João - isto é, humano, pessoal, e não divino, espiritual.

A questão nesse caso não se cifra em saber se o batismo era realmente do Céu; não se trata de uma dúvida que se teria de resolver, mas, sim do pronunciamento dos escribas, dos fariseus, dos principais sacerdotes a tal respeito. Eles não criam no batismo de João, mas não o atacavam por medo do povo.

Não havia nessa gente o desassombro preciso para confessar o seu modo de ver, externando a sua opinião: eram escravos do preconceito. Para aparecerem e dominarem, curvavam-se às injunções bastardas, ao julgamento inconsciente da massa popular, às tradições de família, aos dogmas esdrúxulos. Acontecia com essa gente o que acontece atualmente com toda a "gente boa" de representação governativa e social: são católicos porque a maioria do povo é. Se a maioria fosse ateia, eles também seriam ateus.

Homem sem ideal, sem espírito religioso, sem conhecimento de Deus, adstritos a vida aparente do berço ao túmulo, e tirando sempre o maior proveito que esse trecho da existência lhes dá, não fazem questão da lapidação do caráter; dominando, divertindo-se, enriquecendo, tudo o mais pouco ou nada se lhes dá, pouco se incomodam que o "batismo de João" seja do Céu ou da Terra, contanto que ninguém os exceda em autoridade, para viverem fartamente, usufruindo a seiva da existência que desfrutam

Corra a religião como correr, tudo lhes serve.

Encham-se os templos de mercadores, esvoacem neles as pombas, pinoteiem as ovelhas, chifrem-se mutuamente os bois! Contanto que comam e bebam a "páscoa", que apareçam nas festas como os mais festejados santos, como as maiores dignidades da era, o resto não importa!

Interpelando-os sobre a autoridade do "batismo de João", Jesus teve por fim desmascarar aqueles hipócritas em praça pública; teve por intuito demonstrar ao povo quem eram os seus chefes, os seus guias, os mestres que lhe ensinavam a "moral", os sacerdotes que lhe ensinavam a "religião", os filósofos que lhe ensinavam a "sabedoria".

O povo não admitia que se fizesse a mínima recriminação a João Batista, e eles não tiveram coragem de fazê-lo.

Como poderiam ter coragem de fazer o expurgo do templo, se eles próprios eram templos infectos, de caráter duvidoso, de consciência transviada!

A autoridade de Jesus era, de fato, a autoridade de quem possui a Verdade e rege-se pelos ditames da Verdade.

O Mestre não se limitava a dizer que tinha autoridade e que essa autoridade Ele a havia recebido de Deus. A sua palavra doutrinária, as suas ações edificantes eram o melhor testemunho da sua autoridade, que o povo, em geral, não deixou de reconhecer, pois, como se viu, o Senhor efetuou com a maior facilidade o expurgo do templo, coisa que os principais sacerdotes, os fariseus e os escribas não puderam fazer.

A verdadeira autoridade é a autoridade moral, porque é a única que merece a sanção divina, e, portanto o auxílio dos Mensageiros de Deus.

Quanto ao "batismo de João", todos sabem muito bem que não era do Céu; se o fosse, não passaria, porque a Palavra do Céu não passa. Disse-o o próprio João vos batizo com água, mas após mim virá quem vos batizará com o Espírito Santo."

FONTES:

Bíblia de Jerusalém Carlos T. Pastorino

Huberto Rodhen

 

 


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