DEUS
+ ESPÍRITO + MATÉRIA = TRINDADE UNIVERSAL
Vamos
começar assim para tentar ficar mais didático
ESPÍRITO
Os Espíritos são a indivualização do principio inteligente,
como os corpos são a individualização do principio material.
Perispirito, é o principio intermediario, substancia semi
materiual ques erve de primeiro envoltorio
Ao Espírito e une a alma ao corpo; Deus lhes
impõe a encarnação para chegar à perfeição de onde saíram ao serem criados. Mas
para alcançarem essa perfeição, tem que sofrer todas as vicissitudes da
existência corpórea.
MATERIA
Matéria
é o agente, o intermediário com o auxilio do qual e sobre o qual atua o
espírito. Toda matéria existente no universo, visível e invisível, tem origem
no fluido cósmico ou matéria cósmica primitiva. Na essência toda matéria é
energia tornada visível.
FLUIDOS
Há
um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o ETER,
ou matéria cósmica primitiva, geradora dos mundos e dos seres.
O
fluido cósmico universal apresenta-se no universo sob dois estados distintos:
1.
Eterização ou
imponderabilidade considerado o estado normal primitivo, comum no plano
espiritual;
2.
Materialização ou
ponderabilidade, que é, de certo modo, consecutivo ao primeiro e predomina no
plano físico.
O termo fluido cósmico
universal ou fluido universal foi primeiramente usado pelo
magnetizador Franz
Mesmer, e estudado
em espiritismo, em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec em 1857. A definição de fluido cósmico universal
segundo o Livro dos Espíritos é:
P: Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o espírito?
R: Sim e acima de
tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus,
espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade
universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que
desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente
dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela.
Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento
material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido
universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o
espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido,
como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com
esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas
de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo,
ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o
qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as
qualidades que a gravidade lhe dá."
O Fluido
Cósmico Universal é um elemento semi material simples e primitivo que cede
a qualquer força e não tem forma independente, mas se amolda ao ambiente em que
se coloca, ou se sujeita a potência de um pensamento inteligente, ou seja, essa
matéria elementar é suscetível de receber todas as modificações e de adquirir
todas as propriedades. Ela possui uma forma determinada, constante para as
moléculas elementares primitivas e variável para as moléculas secundárias, mas
ainda não pode ser apreciada ou medida pelos sentidos humanos. É o agente de
que o Espírito se utiliza; é, também, o princípio sem o qual a matéria estaria
em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade
lhe dá.
·
É cósmico porque está espalhado por todo o espaço
infinito formando seres e astros. É universal porque abrange todas as coisas e
se estende a tudo; é matéria quintessenciada; você não vê como vê a água, mas
não os elementos que a constituem, oxigênio e hidrogênio (dois gases)
·
Para que o Espírito possa exercer ação sobre a
matéria tem que se juntar o fluido universal, pois, é ele que desempenha o
papel intermediário entre o Espírito e a matéria grosseira; chamamos de perispírito
como Paulo chamava de corpo espiritual.
·
É lícito até certo ponto, classificar o fluido
universal com o elemento material (matéria quintessenciada), porém, ele se
distingue, deste por propriedades especiais. Este fluido deve ser considerado
como sendo um elemento semimaterial, pois, está situado entre o Espírito e a
matéria. É o envoltório da alma centelha divina da criação e possui a energia
mais alta para se comunicar com a alma e a mais baixa para se comunicar com o
corpo material.
·
Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar,
sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria
estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a
gravidade lhe dá.
·
P: “O vácuo
absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
R: ‘Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te
escapa aos sentidos e aos instrumentos.’” (“O Livro dos Espíritos”, questão 36)
·
O fluido universal, também referido como fluido cósmico, é a matéria elementar
primitiva. Na obra “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz assim discorre a seu
respeito:
“O fluido
cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
(...) na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a
energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor
os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e
prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa
autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno
Princípio. Compete-nos, pois, anotar que o fluido cósmico ou plasma divino é a
força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual
já se afirmou, e com toda a razão, que ‘em Deus nos movemos e existimos’”
(Paulo de Tarso, em Atos 17:28-“pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como
alguns dos vossos, aliás já disseram”).
Tudo o que
existe de matéria, ponderável e imponderável — ou seja, a matéria que forma
nossos corpos densos e perispirituais —, é originário do Fluido Universal.
Considerando matéria como energia tornada visível, também segundo o mesmo autor
e obra acima citados, entende-se que toda energia também advém do Fluido
Universal. O Princípio Inteligente, outra criação divina, se utiliza de todas
essas formas de energia para se manifestar; não é o Princípio Material, mas faz
uso deste.
Como antenas emissoras e receptoras de radiofrequência, emitimos e recebemos
pensamentos constantemente. Nossos pensamentos, como energia que são, se
propagam por meio do fluido universal, razão pela qual Espíritos podem “ouvir”
nossos pensamentos e se afinizar com os mesmos, independente de qualquer
conotação de mediunidade ostensiva.
Na obra “A Gênese”, encontramos diversas explanações acerca do fluido
universal, como, por exemplo:
“Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra
os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva,
geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às
metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo.”
“A matéria cósmica primitiva continha os elementos
materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas
magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a
primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz. Absolutamente não desapareceu
essa substância donde provêm as esferas siderais; não morreu essa potência,
pois que ainda, incessantemente, dá à luz novas criações e incessantemente
recebe, reconstituídos, os princípios dos mundos que se apagam do livro eterno.
A substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde pelos espaços
interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos
rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou
menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado
por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é
do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a
Natureza há tirado todas as coisas.
Pesquisas científicas do final do século XX e
primeira década do século XXI indicam que o Universo não é dotado de vácuo, ou
seja, não é vazio, em lugar algum. Também se constatou que uma radiação de
fundo, existente desde a formação do Universo, está presente em cada canto
deste. Foi descoberta uma forma de energia ainda não detectável fisicamente,
porém com sua influência verificável de forma teórica e prática. Esta se
denomina energia escura. Em nossa interpretação, a partir das constatações de
diversos artigos científicos, a energia escura pode ser um componente do fluido
universal ainda em seu estado primitivo, ou seja, não transformado em outras
formas de energia e matéria.
Citamos alguns trechos de publicações científicas baseadas em medições de
sondas espaciais como WMAP (Wilkinson
Microwave Anisotropy Probe) e COBE (Cosmic Background Explorer).
Verifica-se, em artigos, que cientistas constatam
uma ordem perfeita na distribuição de massa e energia em cada etapa da
existência do Universo, incompatível com uma formação “ao acaso”. De fato, uma
Inteligência Superior preside a tudo.
“(...) o universo realmente é repleto de uma
radiação em micro-ondas (se os nossos olhos fossem sensíveis a essa radiação,
veríamos um brilho difuso no espaço à nossa volta) cuja temperatura é de
aproximadamente 2,7 graus acima do zero absoluto, o que coincide exatamente com
a expectativa da teoria do big-bang.
Em termos concretos, em cada metro
cúbico do universo — inclusive esse em que você está — existem em média 400
milhões de fótons que compõem coletivamente o vasto mar cósmico da radiação em micro-ondas,
o eco da criação.”
“Energia escura: essa é uma forma verdadeiramente
estranha de matéria, ou talvez uma propriedade do próprio vácuo, que é
caracterizada por uma grande pressão negativa. Esta é a única forma de matéria
que pode fazer a expansão do universo acelerar.”
“WMAP mede a composição do universo. A composição varia conforme o universo
expande: a matéria escura e átomos tornam-se menos densos à medida que o
universo expande (...). Parece que a densidade de energia escura não diminui de
forma alguma, então ela agora domina o universo ainda que tivesse uma minúscula
contribuição há 13,7 bilhões de anos.”
“(...) WMAP confirmou a existência de uma energia
escura que age como uma antigravidade, levando o universo a acelerar sua
expansão.
Se a energia escura tivesse dominado mais cedo, o
universo teria expandido rápido demais para comportar o desenvolvimento de
vida.
Nosso universo aparenta ter o princípio de Goldilocks [da fábula “Cachinhos Dourados e os Três
Ursos- história infantil”]: nada demais e nada de menos — exatamente a massa e
energia suficientes para comportar o desenvolvimento de vida.”
Para
solucionar este problema, Robert R Caldwell, Paul J Steinhardt e Rahul Dave, em
1998, propuseram a quintessência: (...) uma forma de energia dinâmica, que
evolui com o tempo e depende do espaço, com pressão negativa o suficiente para
acelerar a expansão do universo. (...) O nome provém da ideia de um 5º elemento
como um tipo especial de matéria que preenche o cosmos introduzida pelos
gregos. Na cosmologia aristotélica, por exemplo, o universo seria finito,
estático e formado por cinco elementos primordiais: água, ar, terra, fogo e
quintessência.”
Allan Kardec apresentou, aos
Espíritos da falange do Consolador, diversas questões acerca de tal fluido.
Vejamos alguns exemplos.
P: “Será o fluido universal uma emanação da
divindade?
R: ‘Não.’
P: Será uma criação da divindade?
R: ‘Tudo é criado, exceto Deus.’
P: O fluido universal será ao mesmo tempo o
elemento universal?
R: ‘Sim, é o princípio elementar de todas as
coisas.’
(...)
P: Já disseram que o fluido universal é a fonte da vida. Será ao mesmo tempo a
fonte da inteligência?
R: ‘Não, esse fluido apenas anima a matéria.’
P: Pois que é desse fluido que se compõe o
perispírito, parece que, neste ele se acha como num estado de condensação, que
o aproxima, até certo ponto, da matéria propriamente dita?
R: ‘Até certo ponto, como dizes, porquanto não tem
todas as propriedades da matéria. É mais ou menos condensado, conforme os
mundos.’
P: Como pode um Espírito produzir o movimento de um corpo sólido?
R: ‘Combinando uma parte do fluido universal com o fluido, próprio àquele
efeito, que o médium emite.’”
(isso faz
lembrar o filme GHOST, quando o ator em Espírito tenta em uma estação do Metro aprender
a movimentar uma tampinha; e posteriormente consegue fazer uma moeda se
movimentar em uma porta)
P: “Será o fluido universal o veículo do
pensamento, como o ar o é do som?
R: ‘Sim, com a diferença de que o som não pode fazer-se ouvir senão dentro de
um espaço muito limitado, enquanto que o pensamento alcança o infinito. O
Espírito, no Além, é como o viajante que, em meio de vasta planície, ouvindo
pronunciar o seu nome, se dirige para o lado de onde o chamam.’”
P: “Como se comunicam entre si os Espíritos?
R: ‘Eles se veem e se compreendem. A palavra é
material: é o reflexo do Espírito. O fluido universal estabelece entre eles
constante comunicação; é o veículo da transmissão de seus pensamentos, como,
para vós, o ar o é do som. É uma espécie de telégrafo universal, que liga todos
os mundos e permite que os Espíritos se correspondam de um mundo a outro.’”
“De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?
‘Do fluido universal de cada globo, razão por que
não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito
muda de envoltório, como mudais de roupa.’
a) — Assim, quando os Espíritos que habitam
mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais grosseiro?
b) ‘É necessário que se revistam da vossa matéria, já
o dissemos.’”
Ponderando sobre as orientações
acima, dentre outras, Kardec assim conclui a respeito do elemento que forma os
corpos densos e semi materiais:
“O fluido cósmico universal é, como já foi
demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações
constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza (Cap. X). Como
princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de
eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado
normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira,
consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em
matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem
considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois
estados.”
“(...) O corpo perispiritual e o corpo humano têm, pois, sua fonte no mesmo
fluido; um e outro são matéria, conquanto em dois estados diferentes. Assim,
tivemos razão de dizer que o perispírito é da mesma natureza e da mesma origem
que a mais grosseira matéria. Como se vê, nada há de sobrenatural, já que o
perispírito se liga, por seu princípio, às coisas da Natureza, das quais não
passa de uma variedade.
Sendo o fluido universal o princípio de todos os
corpos da Natureza, animados e inanimados e, por conseguinte, da terra, das
pedras, razão tinha Moisés quando disse: “Deus formou o corpo do homem do limo
da terra.” [Gênesis
02:07] Isto não
quer dizer que Deus tomou terra, petrificou-a e com ela modelou o corpo do
homem, como se modela uma estátua com argila e como acreditaram os que tomam as
palavras bíblicas ao pé da letra; mas, sim, que o corpo era formado dos mesmos
princípios ou elementos que o limo da terra.
Moisés acrescenta: “E lhe deu uma alma vivente,
feita à sua semelhança.” [Gênesis 05:01] Ele faz, assim, uma distinção entre a alma e o
corpo; indica que ela é de natureza diferente, que não é matéria, mas
espiritual e imaterial como Deus. Diz: uma alma vivente, para especificar que
nela só está o princípio da vida, ao passo que o corpo, formado da matéria, por
si mesmo não vive. Estas palavras: à sua semelhança, implicam
uma similitude e não uma identidade. Se Moisés
houvesse considerado a alma como uma porção da Divindade, teria dito: Deus o
anima dando-lhe uma alma tirada de sua própria substância, como disse que o
corpo tinha sido tirado da terra.
Estas reflexões são uma resposta às pessoas que
acusam o Espiritismo de materializar a alma, porque lhe dá um envoltório semi material.”
Outra função do fluido universal é
a de veículo do pensamento. Compreendendo tal propriedade, a prece deixa de ser
ritual místico e se torna mecanismo lógico de comunicação, como pontua o
Codificador da Doutrina Espírita a seguir:
“O Espiritismo torna compreensível a ação da prece,
explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a
quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso
pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos
conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres,
encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da
atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do
pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são
circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de
encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece
entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite
o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do
pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é
dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos
se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se
estabelecem a distância entre encarnados.
Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que
não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim
materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que
pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar
subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a
torná-la eficaz.”
O
entendimento de que tudo, mundos e criaturas, provêm do mesmo Criador, nos traz
a noção de todos sermos irmãos. A compreensão de que, na totalidade do
universo, estamos imersos no mesmo fluido universal, interligando tudo e todos,
faz perceber que somos irmãos muito próximos, estejamos em lados opostos da
Terra ou em mundos sitos a milhões de anos-luz de distância do planeta que ora
habitamos.
O que
pensamos, dizemos e fazemos, ecoa por todos os mundos; influi nessa teia
energética que a todos interconecta e, portanto, faz toda a diferença. Nossa
escolha por vencer nossas más tendências, traduzidas por ações em prol do Bem
do próximo, irradia vibrações de frequências mais elevadas — e, portanto, de
maior energia — nesse fluido. Evolui a atmosfera psíquica ao nosso redor e, por
extensão, do próprio Universo. Eis o nosso compromisso.
O Fluido Cósmico Universal
Enviado em 14/04/2015 | Escrito por Paulo Antônio
Ferreira
O FCU ou Fluido Cósmico Universal foi o nome dado pelos
Espíritos ao fluido elementar imponderável que serve como intermediário entre o
Espírito e a matéria, que permite a adesão das partículas de matéria e
apresenta inúmeras combinações que são observadas como campo eletromagnético e
como fluido vital, sendo ainda o princípio da matéria pesada.
Comparando com os conceitos da Física, poderíamos
associá-lo ao éter, ao campo, ao espaço e à energia. Entretanto esses conceitos
da ciência são limitados porque só são válidos no contexto particular ou teoria
em que são mencionados. Por outro lado, os conceitos da Física têm variado com
o passar do tempo. Por exemplo:
·
O conceito de
campo teve diferentes significados dados por Mach, Maxwell e Einstein. Na
física clássica do século IX o campo só existia no interior dos corpos
materiais sendo um conceito auxiliar. Na virada do século XX verificou-se que
os fenômenos de interferência e propagação da luz podiam ser melhor explicados
se considerássemos a luz se propagando num campo capaz de existir também no
espaço vazio, o que implicava na existência do éter como um espaço em repouso
absoluto. Mas a Teoria da Relatividade Especial tornou insustentável a hipótese
de um éter em repouso.
·
O campo passou
então a ser um elemento irredutível da descrição física, tendo sido necessário
renunciar à ideia de que o campo eletromagnético deva ser considerado como um
estado de um substrato material. Hoje, com a teoria do campo quântico, a
palavra campo representa algo bem diverso do seu significado inicial, possuindo
propriedades mecânico-quânticas e partículas associadas.
·
A palavra fluido
também variou muito desde a época de Kardec quando o éter
era pensado como um fluido em repouso. Hoje, em Física, a palavra fluido é um
nome associado apenas a substâncias materiais como os gases e os líquidos,
indicando a possibilidade de movimento relativo interno.
·
Mesmo o conceito
de espaço mudou com a teoria da Relatividade Especial,
passando a ser um contínuo quadrimensional onde tempo e espaço passaram a
ser equivalentes, e depois mudou com a Teoria da Relatividade Geral pois foi
dotado de curvatura que depende da quantidade de matéria presente. Na
atualidade já foi detectado o arrastamento da estrutura do
espaço
próximo de buracos negros, deixando o espaço assim de ser considerado como
tendo existência independente, ou de ser apenas uma entidade matemática, para
ter uma existência objetiva, solidária com a matéria. Mas, diferentemente dos
físicos relativistas, os físicos de partículas vêm o espaço-tempo como um
cenário de fundo fixo no qual os grávitons (partículas do campo
gravitacional) e outros quanta (como os fótons do campo eletromagnético) podem
interagir e se propagar. Para os físicos que estudam a teoria das cordas
supersimétricas o espaço-tempo deve ter dez dimensões sendo que as dimensões
extras são “invisíveis” porque elas se enrolam em círculos muito pequenos, do
tamanho do comprimento de Planck (10-35
m!).
Assim, ninguém poderá afirmar que os conceitos atuais
da Física não continuarão mudando com o advento de novas teorias no futuro.
Que nome seria escolhido hoje para designar algo que
explicasse tanto os
campos quanto a energia, o espaço, o fluido vital e que ainda fosse o elemento
do qual matéria e antimatéria fossem constituídos? Um elemento assim seria
amplo, universal em sua capacidade de explicar tudo, e teria características
análogas a um fluido em sua acepção atual, e preencheria o espaço cósmico. Que
nome seria melhor do que Fluido Cósmico Universal? Se
associarmos o FCU aos conceitos da ciência da época de Kardec isso pareceria um
tanto ultrapassado.
Mas quem pode dizer que o conceito transmitido pelos Espíritos não era mais parecido
com os conceitos atuais da ciência ou quiçá ainda mais avançados, tendo sido
interpretado por Kardec pela compreensão que se tinha atingido até então?
Se lermos com esse novo enfoque as respostas do Livro dos
Espíritos não teremos dúvidas quanto a isso. E o livro “A Estrutura da Matéria
segundo os Espíritos” conceitua o FCU como um campo contendo como partículas
associadas as partículas elementares, partículas elementares essas ainda não
estudadas pela ciência.
Estou certo de que um dia a Física adotará esse nome ou
outro similar para
designar a substância elementar constitutiva do espaço e da matéria. Nesse dia um
tributo será prestado ao Espiritismo por ter salvado esse termo que nos foi dado
pelos Espíritos. Em alguns casos devemos usar palavras diferentes das usadas
por Kardec, para sermos melhor entendidos por todos, mas no caso do FCU não faz
sentido estarmos atualizados com a ciência terrestre quando essa ciência ainda
está engatinhando quando comparada à ciência dos Espíritos.
Além disso não devemos nos preocupar tanto com revisões da Doutrina. Os livros básicos
da Doutrina Espírita devem ser deixados como estão. Seria uma grande pretensão
nossa acharmos que estamos hoje muito adiantados e que os conceitos transmitidos
pelos Espíritos estariam ultrapassados. À vista das constantes mudanças do
significado das palavras com a evolução da Física, como vimos acima, teríamos
que estar então preparados para reescrever os livros da Doutrina Espírita quase
que anualmente.
Usemos, portanto, termos atualizados em nossas palestras,
artigos e novos
livros, fazendo o devido paralelo com os termos da Doutrina para que todos
possam entendê-los, mas não nos esqueçamos que são só palavras, conforme nos
foi dito pelos Espíritos:
– “As palavras pouco importam: Cabe-vos
formular vossa linguagem de modo que possais entender uns aos outros. Quase
sempre vossas disputas vêm de que não vos entendeis quanto às palavras, porque
vossa linguagem é incompleta em relação às coisas que não vos ferem os
sentidos.”
Rio de Janeiro, 15 de julho de 2000.
10. Há um fluido
etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria
cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças
que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que
regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as
combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus
modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra
sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade
ativa. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som,
calor, luz, etc. Em outros mundos, elas se apresentam sob outros aspectos,
revelam outros planos, desdobrados às suas vistas, os horizontes desse mundo.
Compreendem, então, quão ocas eram as teorias com que pretendiam tudo explicar
por meio exclusivamente da matéria. Contudo, esses horizontes ainda lhes
ocultam mistérios que só posteriormente se lhes desvendam, à medida que,
depurando-se, eles se elevam. Desde, porém, os seus primeiros momentos no outro
mundo, veem-se forçados a reconhecer a própria cegueira e quão longe estavam da
verdade.
caracteres
desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número
indefinito se têm desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão
incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para
apreender a universalidade dos fenômenos terrestres.1 Ora, assim como só há uma
substância simples, primitiva, geradora de todos os corpos, mas diversificada
em suas combinações, também todas essas forças dependem de uma lei universal
diversificada em seus efeitos e que, pelos desígnios eternos, foi soberanamente
imposta à criação, para lhe imprimir harmonia e estabilidade.
Plasma divino O
fluído cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do
Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis,
mundos e seres, como peixes no oceano. Co criação em plano maior Nessa
substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as
Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indestrutível,
os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados
templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com
que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co criação em plano
maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles
agentes orientadores da Criação Excelsa. Essas Inteligências Gloriosas tomam o
plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões,
radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis
predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que
se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode
formar ou cocriar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.
Co-criação em
plano menor Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco
utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a
Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia
espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em
que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade
Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também
os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes
desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem
por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo
princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as
edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios. Cabe-nos
assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada
visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos
apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas
leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a
transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de
Todos é o seu Eterno Princípio. Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico
ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da
Francisco Cândido Xavier - Evolução em Dois Mundos - pelo Espírito André Luiz
17 Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus
nos movemos e existimos”.
Este artigo e outros do autor podem ser encontrados na
Internet no endereço:
FONTES:
“Evolução
em Dois Mundos”
“O universo elegante: supercordas,
dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva”
National
Aeronautics and Space Administration NASA
NASA/WMAP Science Team. “Content
of the Universe”
National Aeronautics and Space
Administration
(NASA “Constante Cosmológica”).
"O Livro dos Médiuns"
“O Livro dos Espíritos”
“A Gênese”
“Revista Espírita de março de 1866
“Introdução ao Estudo dos Fluidos
Espirituais”,
“O Evangelho Segundo o Espiritismo
FEB
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