segunda-feira, 15 de junho de 2020

FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL

DEUS + ESPÍRITO + MATÉRIA = TRINDADE UNIVERSAL                                       

Vamos começar assim para tentar ficar mais didático

 

ESPÍRITO

Os Espíritos são a indivualização do principio inteligente, como os corpos são a individualização do principio material.

Perispirito, é o principio intermediario, substancia semi materiual ques erve de primeiro envoltorio

 Ao Espírito e une a alma ao corpo; Deus lhes impõe a encarnação para chegar à perfeição de onde saíram ao serem criados. Mas para alcançarem essa perfeição, tem que sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea.

MATERIA

Matéria é o agente, o intermediário com o auxilio do qual e sobre o qual atua o espírito. Toda matéria existente no universo, visível e invisível, tem origem no fluido cósmico ou matéria cósmica primitiva. Na essência toda matéria é energia tornada visível.

FLUIDOS

Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o ETER, ou matéria cósmica primitiva, geradora dos mundos e dos seres.

O fluido cósmico universal apresenta-se no universo sob dois estados distintos:

1.     Eterização ou imponderabilidade considerado o estado normal primitivo, comum no plano espiritual;

2.     Materialização ou ponderabilidade, que é, de certo modo, consecutivo ao primeiro e predomina no plano físico.

O termo fluido cósmico universal ou fluido universal foi primeiramente usado pelo magnetizador Franz Mesmer, e estudado em espiritismo, em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec em 1857.  A definição de fluido cósmico universal segundo o Livro dos Espíritos é:

P: Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o espírito?

R: Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."

 

O Fluido Cósmico Universal é um elemento semi material simples e primitivo que cede a qualquer força e não tem forma independente, mas se amolda ao ambiente em que se coloca, ou se sujeita a potência de um pensamento inteligente, ou seja, essa matéria elementar é suscetível de receber todas as modificações e de adquirir todas as propriedades. Ela possui uma forma determinada, constante para as moléculas elementares primitivas e variável para as moléculas secundárias, mas ainda não pode ser apreciada ou medida pelos sentidos humanos. É o agente de que o Espírito se utiliza; é, também, o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.

 

·        É cósmico porque está espalhado por todo o espaço infinito formando seres e astros. É universal porque abrange todas as coisas e se estende a tudo; é matéria quintessenciada; você não vê como vê a água, mas não os elementos que a constituem, oxigênio e hidrogênio (dois gases)

 

 

·        Para que o Espírito possa exercer ação sobre a matéria tem que se juntar o fluido universal, pois, é ele que desempenha o papel intermediário entre o Espírito e a matéria grosseira; chamamos de perispírito como Paulo chamava de corpo espiritual.

 

·        É lícito até certo ponto, classificar o fluido universal com o elemento material (matéria quintessenciada), porém, ele se distingue, deste por propriedades especiais. Este fluido deve ser considerado como sendo um elemento semimaterial, pois, está situado entre o Espírito e a matéria. É o envoltório da alma centelha divina da criação e possui a energia mais alta para se comunicar com a alma e a mais baixa para se comunicar com o corpo material.

 

·        Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.

 

·        P: “O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
R: ‘Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.’” (“O Livro dos Espíritos”, questão 36)

·       
O fluido universal, também referido como fluido cósmico, é a matéria elementar primitiva. Na obra “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz assim discorre a seu respeito:

“O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. (...) na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio. Compete-nos, pois, anotar que o fluido cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que ‘em Deus nos movemos e existimos’” (Paulo de Tarso, em Atos 17:28-“pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dos vossos, aliás já disseram”).

Tudo o que existe de matéria, ponderável e imponderável — ou seja, a matéria que forma nossos corpos densos e perispirituais —, é originário do Fluido Universal. Considerando matéria como energia tornada visível, também segundo o mesmo autor e obra acima citados, entende-se que toda energia também advém do Fluido Universal. O Princípio Inteligente, outra criação divina, se utiliza de todas essas formas de energia para se manifestar; não é o Princípio Material, mas faz uso deste.


Como antenas emissoras e receptoras de radiofrequência, emitimos e recebemos pensamentos constantemente. Nossos pensamentos, como energia que são, se propagam por meio do fluido universal, razão pela qual Espíritos podem “ouvir” nossos pensamentos e se afinizar com os mesmos, independente de qualquer conotação de mediunidade ostensiva.

Na obra “A Gênese”, encontramos diversas explanações acerca do fluido universal, como, por exemplo:

“Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo.”

“A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz. Absolutamente não desapareceu essa substância donde provêm as esferas siderais; não morreu essa potência, pois que ainda, incessantemente, dá à luz novas criações e incessantemente recebe, reconstituídos, os princípios dos mundos que se apagam do livro eterno. A substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde pelos espaços interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a Natureza há tirado todas as coisas.

Pesquisas científicas do final do século XX e primeira década do século XXI indicam que o Universo não é dotado de vácuo, ou seja, não é vazio, em lugar algum. Também se constatou que uma radiação de fundo, existente desde a formação do Universo, está presente em cada canto deste. Foi descoberta uma forma de energia ainda não detectável fisicamente, porém com sua influência verificável de forma teórica e prática. Esta se denomina energia escura. Em nossa interpretação, a partir das constatações de diversos artigos científicos, a energia escura pode ser um componente do fluido universal ainda em seu estado primitivo, ou seja, não transformado em outras formas de energia e matéria.


Citamos alguns trechos de publicações científicas baseadas em medições de sondas espaciais como WMAP (
Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) e COBE (Cosmic Background Explorer).

Verifica-se, em artigos, que cientistas constatam uma ordem perfeita na distribuição de massa e energia em cada etapa da existência do Universo, incompatível com uma formação “ao acaso”. De fato, uma Inteligência Superior preside a tudo.

“(...) o universo realmente é repleto de uma radiação em micro-ondas (se os nossos olhos fossem sensíveis a essa radiação, veríamos um brilho difuso no espaço à nossa volta) cuja temperatura é de aproximadamente 2,7 graus acima do zero absoluto, o que coincide exatamente com a expectativa da teoria do big-bang.

Em termos concretos, em cada metro cúbico do universo — inclusive esse em que você está — existem em média 400 milhões de fótons que compõem coletivamente o vasto mar cósmico da radiação em micro-ondas, o eco da criação.”

“Energia escura: essa é uma forma verdadeiramente estranha de matéria, ou talvez uma propriedade do próprio vácuo, que é caracterizada por uma grande pressão negativa. Esta é a única forma de matéria que pode fazer a expansão do universo acelerar.”


“WMAP mede a composição do universo. A composição varia conforme o universo expande: a matéria escura e átomos tornam-se menos densos à medida que o universo expande (...). Parece que a densidade de energia escura não diminui de forma alguma, então ela agora domina o universo ainda que tivesse uma minúscula contribuição há 13,7 bilhões de anos.”

“(...) WMAP confirmou a existência de uma energia escura que age como uma antigravidade, levando o universo a acelerar sua expansão.

Se a energia escura tivesse dominado mais cedo, o universo teria expandido rápido demais para comportar o desenvolvimento de vida.

Nosso universo aparenta ter o princípio de Goldilocks [da fábula “Cachinhos Dourados e os Três Ursos- história infantil”]: nada demais e nada de menos — exatamente a massa e energia suficientes para comportar o desenvolvimento de vida.”

 Para solucionar este problema, Robert R Caldwell, Paul J Steinhardt e Rahul Dave, em 1998, propuseram a quintessência: (...) uma forma de energia dinâmica, que evolui com o tempo e depende do espaço, com pressão negativa o suficiente para acelerar a expansão do universo. (...) O nome provém da ideia de um 5º elemento como um tipo especial de matéria que preenche o cosmos introduzida pelos gregos. Na cosmologia aristotélica, por exemplo, o universo seria finito, estático e formado por cinco elementos primordiais: água, ar, terra, fogo e quintessência.”

 

Allan Kardec apresentou, aos Espíritos da falange do Consolador, diversas questões acerca de tal fluido. Vejamos alguns exemplos.

P: “Será o fluido universal uma emanação da divindade?

R: ‘Não.’
P: Será uma criação da divindade?

R: ‘Tudo é criado, exceto Deus.’

P: O fluido universal será ao mesmo tempo o elemento universal?

R: ‘Sim, é o princípio elementar de todas as coisas.’

(...)
P: Já disseram que o fluido universal é a fonte da vida. Será ao mesmo tempo a fonte da inteligência?

R: ‘Não, esse fluido apenas anima a matéria.’

P: Pois que é desse fluido que se compõe o perispírito, parece que, neste ele se acha como num estado de condensação, que o aproxima, até certo ponto, da matéria propriamente dita?

R: ‘Até certo ponto, como dizes, porquanto não tem todas as propriedades da matéria. É mais ou menos condensado, conforme os mundos.’
P: Como pode um Espírito produzir o movimento de um corpo sólido?
R: ‘Combinando uma parte do fluido universal com o fluido, próprio àquele efeito, que o médium emite.’”

(isso faz lembrar o filme GHOST, quando o ator em Espírito tenta em uma estação do Metro aprender a movimentar uma tampinha; e posteriormente consegue fazer uma moeda se movimentar em uma porta)

P: “Será o fluido universal o veículo do pensamento, como o ar o é do som?
R: ‘Sim, com a diferença de que o som não pode fazer-se ouvir senão dentro de um espaço muito limitado, enquanto que o pensamento alcança o infinito. O Espírito, no Além, é como o viajante que, em meio de vasta planície, ouvindo pronunciar o seu nome, se dirige para o lado de onde o chamam.’”

P: “Como se comunicam entre si os Espíritos?

R: ‘Eles se veem e se compreendem. A palavra é material: é o reflexo do Espírito. O fluido universal estabelece entre eles constante comunicação; é o veículo da transmissão de seus pensamentos, como, para vós, o ar o é do som. É uma espécie de telégrafo universal, que liga todos os mundos e permite que os Espíritos se correspondam de um mundo a outro.’”


“De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?

‘Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.’

a)     — Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais grosseiro?

b)     ‘É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.’”

 

Ponderando sobre as orientações acima, dentre outras, Kardec assim conclui a respeito do elemento que forma os corpos densos e semi materiais:

“O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza (Cap. X). Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados.”


“(...) O corpo perispiritual e o corpo humano têm, pois, sua fonte no mesmo fluido; um e outro são matéria, conquanto em dois estados diferentes. Assim, tivemos razão de dizer que o perispírito é da mesma natureza e da mesma origem que a mais grosseira matéria. Como se vê, nada há de sobrenatural, já que o perispírito se liga, por seu princípio, às coisas da Natureza, das quais não passa de uma variedade.

Sendo o fluido universal o princípio de todos os corpos da Natureza, animados e inanimados e, por conseguinte, da terra, das pedras, razão tinha Moisés quando disse: “Deus formou o corpo do homem do limo da terra.” [Gênesis 02:07] Isto não quer dizer que Deus tomou terra, petrificou-a e com ela modelou o corpo do homem, como se modela uma estátua com argila e como acreditaram os que tomam as palavras bíblicas ao pé da letra; mas, sim, que o corpo era formado dos mesmos princípios ou elementos que o limo da terra.

Moisés acrescenta: “E lhe deu uma alma vivente, feita à sua semelhança.” [Gênesis 05:01] Ele faz, assim, uma distinção entre a alma e o corpo; indica que ela é de natureza diferente, que não é matéria, mas espiritual e imaterial como Deus. Diz: uma alma vivente, para especificar que nela só está o princípio da vida, ao passo que o corpo, formado da matéria, por si mesmo não vive. Estas palavras: à sua semelhança, implicam uma similitude e não uma identidade. Se Moisés houvesse considerado a alma como uma porção da Divindade, teria dito: Deus o anima dando-lhe uma alma tirada de sua própria substância, como disse que o corpo tinha sido tirado da terra.

Estas reflexões são uma resposta às pessoas que acusam o Espiritismo de materializar a alma, porque lhe dá um envoltório semi material.”

Outra função do fluido universal é a de veículo do pensamento. Compreendendo tal propriedade, a prece deixa de ser ritual místico e se torna mecanismo lógico de comunicação, como pontua o Codificador da Doutrina Espírita a seguir:

 

“O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.

A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.”


O entendimento de que tudo, mundos e criaturas, provêm do mesmo Criador, nos traz a noção de todos sermos irmãos. A compreensão de que, na totalidade do universo, estamos imersos no mesmo fluido universal, interligando tudo e todos, faz perceber que somos irmãos muito próximos, estejamos em lados opostos da Terra ou em mundos sitos a milhões de anos-luz de distância do planeta que ora habitamos.


O que pensamos, dizemos e fazemos, ecoa por todos os mundos; influi nessa teia energética que a todos interconecta e, portanto, faz toda a diferença. Nossa escolha por vencer nossas más tendências, traduzidas por ações em prol do Bem do próximo, irradia vibrações de frequências mais elevadas — e, portanto, de maior energia — nesse fluido. Evolui a atmosfera psíquica ao nosso redor e, por extensão, do próprio Universo. Eis o nosso compromisso.

 

O Fluido Cósmico Universal

O FCU ou Fluido Cósmico Universal foi o nome dado pelos Espíritos ao fluido elementar imponderável que serve como intermediário entre o Espírito e a matéria, que permite a adesão das partículas de matéria e apresenta inúmeras combinações que são observadas como campo eletromagnético e como fluido vital, sendo ainda o princípio da matéria pesada.

Comparando com os conceitos da Física, poderíamos associá-lo ao éter, ao campo, ao espaço e à energia. Entretanto esses conceitos da ciência são limitados porque só são válidos no contexto particular ou teoria em que são mencionados. Por outro lado, os conceitos da Física têm variado com o passar do tempo. Por exemplo:

·         O conceito de campo teve diferentes significados dados por Mach, Maxwell e Einstein. Na física clássica do século IX o campo só existia no interior dos corpos materiais sendo um conceito auxiliar. Na virada do século XX verificou-se que os fenômenos de interferência e propagação da luz podiam ser melhor explicados se considerássemos a luz se propagando num campo capaz de existir também no espaço vazio, o que implicava na existência do éter como um espaço em repouso absoluto. Mas a Teoria da Relatividade Especial tornou insustentável a hipótese de um éter em repouso.

·         O campo passou então a ser um elemento irredutível da descrição física, tendo sido necessário renunciar à ideia de que o campo eletromagnético deva ser considerado como um estado de um substrato material. Hoje, com a teoria do campo quântico, a palavra campo representa algo bem diverso do seu significado inicial, possuindo propriedades mecânico-quânticas e partículas associadas.

·         A palavra fluido também variou muito desde a época de Kardec quando o éter
era pensado como um fluido em repouso. Hoje, em Física, a palavra fluido é um
nome associado apenas a substâncias materiais como os gases e os líquidos,
indicando a possibilidade de movimento relativo interno.

·         Mesmo o conceito de espaço mudou com a teoria da Relatividade Especial,
passando a ser um contínuo quadrimensional onde tempo e espaço passaram a
ser equivalentes, e depois mudou com a Teoria da Relatividade Geral pois foi
dotado de curvatura que depende da quantidade de matéria presente. Na
atualidade já foi detectado o arrastamento da estrutura do espaço
próximo de buracos negros, deixando o espaço assim de ser considerado como
tendo existência independente, ou de ser apenas uma entidade matemática, para
ter uma existência objetiva, solidária com a matéria. Mas, diferentemente dos
físicos relativistas, os físicos de partículas vêm o espaço-tempo como um
cenário de fundo fixo no qual os grávitons (partículas do campo
gravitacional) e outros quanta (como os fótons do campo eletromagnético) podem
interagir e se propagar. Para os físicos que estudam a teoria das cordas
supersimétricas o espaço-tempo deve ter dez dimensões sendo que as dimensões
extras são “invisíveis” porque elas se enrolam em círculos muito pequenos, do
tamanho do comprimento de Planck (10-35
m!).

Assim, ninguém poderá afirmar que os conceitos atuais
da Física não continuarão mudando com o advento de novas teorias no futuro.

Que nome seria escolhido hoje para designar algo que explicasse tanto os
campos quanto a energia, o espaço, o fluido vital e que ainda fosse o elemento
do qual matéria e antimatéria fossem constituídos? Um elemento assim seria
amplo, universal em sua capacidade de explicar tudo, e teria características
análogas a um fluido em sua acepção atual, e preencheria o espaço cósmico. Que

nome seria melhor do que Fluido Cósmico Universal? Se associarmos o FCU aos conceitos da ciência da época de Kardec isso pareceria um tanto ultrapassado.
Mas quem pode dizer que o conceito transmitido pelos Espíritos não era mais parecido com os conceitos atuais da ciência ou quiçá ainda mais avançados, tendo sido interpretado por Kardec pela compreensão que se tinha atingido até então?

Se lermos com esse novo enfoque as respostas do Livro dos Espíritos não teremos dúvidas quanto a isso. E o livro “A Estrutura da Matéria segundo os Espíritos” conceitua o FCU como um campo contendo como partículas associadas as partículas elementares, partículas elementares essas ainda não estudadas pela ciência.

Estou certo de que um dia a Física adotará esse nome ou outro similar para
designar a substância elementar constitutiva do espaço e da matéria. Nesse dia um tributo será prestado ao Espiritismo por ter salvado esse termo que nos foi dado pelos Espíritos. Em alguns casos devemos usar palavras diferentes das usadas por Kardec, para sermos melhor entendidos por todos, mas no caso do FCU não faz sentido estarmos atualizados com a ciência terrestre quando essa ciência ainda está engatinhando quando comparada à ciência dos Espíritos.
Além disso não devemos nos preocupar tanto com revisões da Doutrina. Os livros básicos da Doutrina Espírita devem ser deixados como estão. Seria uma grande pretensão nossa acharmos que estamos hoje muito adiantados e que os conceitos transmitidos pelos Espíritos estariam ultrapassados. À vista das constantes mudanças do significado das palavras com a evolução da Física, como vimos acima, teríamos que estar então preparados para reescrever os livros da Doutrina Espírita quase que anualmente.

Usemos, portanto, termos atualizados em nossas palestras, artigos e novos
livros, fazendo o devido paralelo com os termos da Doutrina para que todos
possam entendê-los, mas não nos esqueçamos que são só palavras, conforme nos foi dito pelos Espíritos:

– “As palavras pouco importam: Cabe-vos formular vossa linguagem de modo que possais entender uns aos outros. Quase sempre vossas disputas vêm de que não vos entendeis quanto às palavras, porque vossa linguagem é incompleta em relação às coisas que não vos ferem os sentidos.”

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2000.


10. Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Em outros mundos, elas se apresentam sob outros aspectos, revelam outros planos, desdobrados às suas vistas, os horizontes desse mundo. Compreendem, então, quão ocas eram as teorias com que pretendiam tudo explicar por meio exclusivamente da matéria. Contudo, esses horizontes ainda lhes ocultam mistérios que só posteriormente se lhes desvendam, à medida que, depurando-se, eles se elevam. Desde, porém, os seus primeiros momentos no outro mundo, veem-se forçados a reconhecer a própria cegueira e quão longe estavam da verdade.

caracteres desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número indefinito se têm desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade dos fenômenos terrestres.1 Ora, assim como só há uma substância simples, primitiva, geradora de todos os corpos, mas diversificada em suas combinações, também todas essas forças dependem de uma lei universal diversificada em seus efeitos e que, pelos desígnios eternos, foi soberanamente imposta à criação, para lhe imprimir harmonia e estabilidade.

 

Plasma divino O fluído cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano. Co criação em plano maior Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indestrutível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa. Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou cocriar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.

Co-criação em plano menor Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios. Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio. Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Francisco Cândido Xavier - Evolução em Dois Mundos - pelo Espírito André Luiz 17 Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos”.

 

Este artigo e outros do autor podem ser encontrados na Internet no endereço:

FONTES:
“Evolução em Dois Mundos”

“O universo elegante: supercordas, dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva”
National Aeronautics and Space Administration NASA

NASA/WMAP Science Team. “Content of the Universe”

National Aeronautics and Space Administration

(NASA “Constante Cosmológica”).

"O Livro dos Médiuns"

“O Livro dos Espíritos”

 “A Gênese”

 “Revista Espírita de março de 1866

 “Introdução ao Estudo dos Fluidos Espirituais”,

 “O Evangelho Segundo o Espiritismo

FEB


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