SUBCONSCIENTE E SUPERCONSCIENTE
Não era essa a proposta de estudo, mas que vai se complicando cada vez
mais à medida que a thurma consegue visualizar novos caminhos à medida que a
mente vai se abrindo.
O
quadro da estrutura da consciência humana se divide em duas partes: o
consciente e o inconsciente. O primeiro é a consciência conhecida, normal,
racional, prática, que todos distinguem.
O
segundo se compõe de duas zonas: o subconsciente, que pertence ao passado, e o
superconsciente, que pertence ao futuro. Seus extremos se perdem no infinito
graduar-se da ascensão evolutiva; mas eles se aproximam num ponto que
continuamente se desloca do sub ao superconsciente.
A psique humana é um organismo
em contínuo crescimento (expansão) por descida na profundidade, mediante
estratificações, das sínteses das experiências da vida, as quais gravitam para
o interior. Essa assimilação contínua, operada em zona de livre arbítrio, se
fixa no determinismo dos equilíbrios estabilizados na trajetória do destino. O
subconsciente é precisamente a zona dos instintos formados, das ideias inatas,
dos automatismos criados pela repetição habitual da vida.
A “lei do meio mínimo”
limita o esforço consciente só no campo ativo da construção nova. O resto, o
que foi vivido e constitui síntese completa, vai jazer em repouso
(inconsciência) nos estratos do subconsciente, de que tantas qualidades e
instintos nossos emergem como produtos completos, cujos termos determinantes
nos escapam. A consciência de superfície é, pois, um tentáculo ativo,
consciente, porque em fase de trabalho; o subconsciente é um imenso repositório
de reservas, de produtos estáveis e fixados depois do período de formação
consciente.
Mas, há uma terceira zona que chamamos de
superconsciente, a qual, por estar igualmente fora da consciência normal, foi
confundida com o subconsciente. E entre os dois há a diferença do dia para a
noite. Se o subconsciente pertence ao passado, o superconsciente pertence ao
futuro; o primeiro aprofunda-se nos estratos involutivos dos antecedentes
biológicos, o segundo emerge nos planos evolutivos dos superamentos
espirituais. Estamos nos antípodas (dois pontos
diretamente opostos um do outro).
Em todo esse caminho, a
consciência é pois, uma pequena zona de luz que, partindo da primeira emersão
do psiquismo oriundo das formas dinâmicas, prossegue através da fase biológica
e se aventura agora na fase psíquica e no seu superamento na fase hiperpsíquica,
em que a consciência se encaminha para tomar-se consciente em dimensões hoje
super-racionais para a média normal imersa nas trevas do inconcebível. A
consciência racional é um pequeno vagalume, um risco iluminado, porque de
trabalho e criação, que se desloca ao longo desse extraordinário trajeto, cujo
princípio é abandonado em baixo e cujo fim se perde no alto, além de toda nossa
medida. Assim, o subconsciente, conquanto invisível, porque não emerge a luz da
consciência, contém as bases do edifício e representa os fundamentos que o
sustentam.
Embora não apareça no pormenor,
ele sobrevive ainda assim completamente como síntese e como tal é suscetível de
ser investigado. Se o subconsciente é superado e esquecido, como labor
construtivo consciente, todavia nós o possuímos íntegro como resultado: é
aquele instinto tão rico de misteriosa sabedoria, que rege tantas ações nossas
e é tanto mais sólido quanto mais profundamente radicado nos estratos da
evolução biológica.
Do outro lado, como um
pressentimento, lampeja em jatos o superconsciente. Ora, o gênio se inspira
nesse pressentimento e não no subconsciente que contém somente os fundamentos
do edifício, e não a sua elevação; o gênio cria só como antecipação de
evolução, qual tentáculo lançado no futuro e não por reminiscência de um
passado inferior. Nele, a zona de consciência deslocou-se para além do normal,
aos planos mais altos da evolução. Nas profundezas do subconsciente se pescará
o passado involvido, nunca o futuro superevolvido, que chega.
Assim, o eu se desloca do
subconsciente ao superconsciente, através da fase presente, chamada consciente.
Esta é zona lúcida de consciência racional. O resto nos escapa sob formas de
consciências veladas, intermitentes, inimagináveis. Mas, o resto é o nosso
maior eu da eternidade, que está para lá do nascimento e da morte e com o qual
o ser se identifica, reencontrando-se todo a si mesmo e, então, não conhece
mais fim.
Resume-se,
pois, o quadro da estrutura da consciência humana. Ela se divide em duas
partes: o consciente e o inconsciente. O primeiro é a consciência conhecida,
normal, racional, prática, que todos distinguem. O segundo se compõe de duas
zonas: o subconsciente, que pertence ao passado, e o superconsciente, que
pertence ao futuro. Seus extremos se perdem no infinito graduar-se da ascensão
evolutiva; mas eles se aproximam num ponto que continuamente se desloca do sub
ao superconsciente, mas que é sempre o centro consciente em que o mar do
inconsciente aflora à superfície da sensação, como da ação construtiva. O
subconsciente contém e resume todo o passado e o leva até o limiar da
consciência; o superconsciente contém, no estado de embrião, todo o futuro que
está em expectativa de desenvolvimento. Segundo o próprio grau de evolução e
maturidade, as várias consciências estão diversamente situadas ao longo desta
linha, sobre a qual podemos desenha-las como uma zona em marcha.
Podemos
resumir apenas didaticamente:
Consciente
é tudo o que lembramos hoje;
Subconsciente
dividido em subconsciente mesmo que guarda coisas do passado e que um perfume,
uma musica, uma lembrança que alguém cita, traz para o consciente tudo o que já
se passou;
Superconsciente
que se visualiza o futuro – afinal fomos feitos a imagem e semelhança de Deus e
como temos inato todos os germes virtudes vírus e bactérias, temos também a
condição de acessar um futuro de onde viemos;
Finalmente
o inconsciente que é o somatório de todas as vidas já vividas
Não é
tão simples como parece, mas fomos voto vencido quanto ao tema pela maioria do
grupo.
Enfim...
Fonte:
Carlos Pastorino
Huberto Rodhen
Pietro Ubaldi
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