quinta-feira, 31 de março de 2022

NINGUÉM MORRE ANTES DA HORA?

 

NINGUÉM MORRE ANTES DA HORA?

Muitas vezes nos referimos a morte de uma pessoa como “tendo chegado a hora”, ou ainda “ninguém morre antes da hora”.

Daí a pergunta que muitos fazem: temos pré-determinada a hora de nossa morte? Ninguém morre antes da hora determinada?

Dentro da visão espírita, temos que analisar dois aspectos importantes quando do nascimento (reencarnação) de um ser humano.

O primeiro aspecto é o potencial genético do corpo formado, resultante da fusão de óvulo e espermatozoide, que determinam a formação de um corpo com determinados potenciais e determinadas limitações conforme programação estipulada pelos geneticidas espirituais.

O segundo aspecto é o potencial energético do períspirito, pois este último promove a ligação do espírito com o corpo físico, arrastando para esse corpo energias positivas e/ou negativas, de acordo com as suas características evolutivas específicas. Essas energias provocam alterações nos potenciais genéticos e de funcionamento do corpo físico.

Da interação entre esses dois aspectos no complexo humano (corpo+perispírito+espírito), temos, teoricamente, estabelecido um potencial de vitalidade ou de energia vital que, em tese, determina um potencial máximo de vida para aquele organismo, ou se quiser simplificar, um tempo máximo de vida orgânica.

Colocamos e destacamos “em tese”, pois o exercício do livre arbítrio leva ao períspirito possibilidades de alterar suas características energéticas, com energias positivas ou negativas, o que, por sua vez, altera o potencial de energia vital do complexo humano. Essa alteração pode melhorar ou piorar o potencial de energias vitais.

Da mesma forma, o nosso livre arbítrio também nos leva a utilizar o nosso patrimônio físico, com maior ou menor cuidado com suas necessidades específicas, o que pode gerar um “gasto correto” (econômico) ou um “gasto excessivo” de nossa vitalidade orgânica ou energia vital.

Para melhor explicar isso, vamos exemplificar com o vicio mais comum o tabagismo (vício de fumar). Estudos e pesquisas internacionais, já muito conhecidas (e reconhecidas), provaram que o consumo de um único cigarro “custa” ao organismo físico o desgaste orgânico equivalente a cerca de 12 a 14 minutos de vida. Isso significa que cada 5 cigarros fumados equivalem a “diminuição” de 1 (uma) hora de vida. O que falar então do uso de drogas (tóxicos) e do alcoolismo? Ou ainda da alimentação inadequada, excessiva? Quanto desgaste isso tudo gera ao potencial orgânico?

Fica fácil de entender que a pessoa pode “danificar” seu corpo físico, encurtando seu tempo de vida orgânica em relação ao seu “potencial de vitalidade”. Só isso já poria por terra a teoria de que “ninguém morre antes da hora”. Quem não cuidar das suas energias no períspirito (o que está ligado ao equilíbrio espiritual) e do seu corpo físico, diminui seu tempo de vida orgânica, ou seja, “morre antes da hora”. Com isso, adquire débito energético, ou seja, necessidade de “resgate” desse “débito” em outra (s) encanação (ões).

Analisando de um ângulo externo ao próprio complexo humano, temos que nos lembrar que todos estamos numa vida de relação, com outros indivíduos e com a natureza. E sofremos as consequências disso.

Vamos exemplificar de forma bem direta: uma determinada pessoa resolve ir a uma festa, ingere muita bebida alcoólica, embriaga-se. De forma imprudente, vai voltar para casa dirigindo seu veículo. Em excesso de velocidade, perde o controle do carro, atingindo um ponto de ônibus, onde atropela e mata 3 pessoas, sendo uma criança, um jovem e um adulto.

Essas três pessoas atropeladas estavam na “sua hora de morrer”? Suas mortes estavam “programadas”? Estava escrito? Estava “previsto” na reencarnação de cada um?

É evidente que não, pois em caso contrário não existiria o livre arbítrio, e tudo no mundo seria determinístico, nos tornando meros “robôs” na passagem terrena.

Aquele motorista embriagado ceifou a vida de pessoas que tinham diferentes potenciais de vida, de alguns anos (o adulto) a várias décadas (criança e jovem), e que ainda poderiam viver muito com seu corpo orgânico. As três pessoas “morreram antes da hora”.

Não existe uma “programação de morte”. Existe um potencial de vida, que pode mesmo ser “estendido” pelo equilíbrio espiritual e respeito e cuidado com o corpo físico, ou ainda, encurtado pelo próprio indivíduo ou por terceiros, que responderão por isso nesta e em outras vidas.

Se as mortes estivessem programadas, cada movimento em todo o mundo estaria programado. Se uma pessoa morre atropelada numa rua, na hora do “pico” do movimento, em São Paulo, por exemplo, e isso estivesse “programado”, o atropelador já nasceria com essa “missão”, e para ajustar a sincronia entre atropelador e atropelado, todo o trânsito de São Paulo deveria estar “programado”, para que todos os envolvidos se encontrassem naquele exato instante.

Cremos que com esses argumentos, evidencia-se que não existe “hora de morte programada”.

O que os espíritas devem cuidar é para não se tornarem crentes do determinismo, acreditando numa “programação absoluta da reencarnação”, pois isso fere uma verdade basilar – a do livre arbítrio –, sob a qual reside grande parte da filosofia e doutrina espírita.

É preciso estudar um pouco mais a Lei de Causa e Efeito, relacionando isso com o estudo do registro energético do períspirito, de modo a entendermos o correto mecanismo do “resgate e expiação.

OBSERVAÇÃO:

No exemplo acima citado não podemos negar que aquelas pessoas no ponto de ônibus deveriam ter um tempo de vida ainda que foi interrompido. De acordo com cada caso justifica plenamente as crianças e jovens que morrem em tenra idade, pois reencarnaram para cumprir o tempo de vida que lhe foi encurtado trazendo as famílias uma lição importante que seria de procurar entender por que morreram em tão pouco tempo, se não foi pelo uso de seu livre arbítrio, como no caso do motorista completamente bêbado que saindo de uma boate deu carona a várias pessoas, bateu em uma arvore e desencarnaram todos( e esse caso ficou muito famoso no Rio de Janeiro quando um Honda Civic bateu em uma arvore na lagoa e todos morreram) - uma amiga foi convidada a pegar carona mas alegou que o namorado da amiga estava bêbado e aconselhou a menina a pegar um taxi com ela; a menina não aceitou pois seria uma briga com o namorado - a amiga foi pra casa de taxi e foi a única sobrevivente naquele grupo). Tiveram o livre arbítrio de escolher não aceitar a carona. Mas você perguntaria se isso não estava na programação se eles vieram cumprir um tempo de vida que lhes restava. É mais normal em crianças e jovens que morreram em tenra idade. Mas todos hão de lembrar do caso do menino João Hélio, que desencarnou amarrado ao cinto de segurança caído do carro quando ladrões fugiram com o veículo.. João Hélio é um espírito que só precisava daquele tempo encarnado para ratificar sua pureza.

 

FONTE:

Curitiba, Paraná

Centro Espírita Luz Eterna – CELE

Carlos Augusto Petersen Parchen

 

 

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