quinta-feira, 31 de março de 2022

O SEMBLANTE DE JESUS

 

O SEMBLANTE DE JESUS

A mais de dois mil anos Jesus veio a terra como o filho enviado por Deus para trazer à humanidade a mensagem de paz que pudesse transformar os corações humanos, servindo como o cordeiro oferendado para salvar a humanidade de seus pecados (já que àquela época, era através das oferendas que se encontrava perdão divino). De lá para cá, sua mensagem foi assimilada por muitos, que mudaram a forma de viver nesse planeta, bem como deturpada por outros, que a utilizaram como forma de domínio e de poder.

Naquele tempo, Jesus trazia em sua missão a implantação do amor nos corações humanos para transformá-los tornando-os pessoas melhores rumo ao objetivo da evolução espiritual, contudo, ainda falava por parábolas, conforme deixa claro o Evangelho Segundo o Espiritismo nas lições de Kardec, Allan (p.214, 1978).

Ou seja, àquela época, a humanidade ainda não estava preparada para compreender conceitos existenciais importantes e se ditos naquele momento, não seriam interpretadas como deveriam ser, deturpando a ideia central do que é a vida neste mundo em virtude do arraigado materialismo existencial daquela época.

Assim, muitos anos depois, com as evoluções tecnológicas, culturais e sociais, quando o homem sai da época da barbárie da antiguidade primitiva, avança pela época das convicções próprias medievais, adentra a evolução modernista, tem-se um ser humano ao menos preparado para ouvir e saber interpretar melhor o que é realmente a vida eterna e o seu objetivo neste planeta. Muitos vieram após Jesus para lapidar sua mensagem conforme a lei de amor e, por fim, surge a Doutrina Espírita.

Ainda incipiente, o Espiritismo claudica pela ceara da fenomenologia quando o professor francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, que se intitulava Allan Kardec aprimora o entendimento empírico da nova doutrina partindo da análise do curioso fato das mesas girantes, que virou uma febre em Paris à época de meados do século XIX, analisando friamente o que poderia explicar tal fenômeno partindo das teorias basilares da física e de outras áreas do conhecimento. Surgem as comunicações espíritas, através da transmissão mediúnica nas quais um médium intermedeia o processo comunicativo servindo de meio pelo qual os espíritos expressam suas mensagens do mundo espiritual aos encarnados.

Mas o que as obras literárias do Professor Hippolyte poderiam ter em comum com a mensagem de Jesus Cristo que já há séculos pregava o amor como fonte de transformação da humanidade? O fato é que a doutrina espírita inicialmente elucidou a humanidade acerca das realidades do mundo espiritual, demonstrando que a vida terrena é passageira representando um átomo de tempo frente a real vida, a espiritual, e que aqui viemos para resgatar débitos ou enfrentar desafios para que possamos evoluir moralmente e para galgar vivenciar em mundos mais evoluídos que este, despojados de aspectos primitivos.

Fincada nos pilares da religião, ciência e na filosofia, a doutrina espírita apresenta-se inicialmente sobre as obras do pentateuco de Allan Kardec sendo composta por: O livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno e após seu desencarne, publicou-se o livro Obras Póstumas.

Editado no ano de 1859, o Livro dos Espíritos representou uma verdadeira revolução para a sociedade francesa daquela época. O materialismo ainda era exacerbado, contudo as verdades espíritas não tardaram a ganhar campo e conquistar a atenção de muitos.

Kardec utilizou-se do método empírico para, através da intervenção mediúnica, interrogar os espíritos acerca de diversos temas, desde quem é Deus até o que é o paraíso e o purgatório para criar o corpo da doutrina espírita, confirmando as respostas apresentadas por espíritos sérios através da identidade moral apresentada pelos mesmos, bem como da repetição uniforme de informações em outras mesas mediúnicas pelas psicografias mediúnicas que já se espalhavam incontrolavelmente mundo afora.

Mas o que a obra tem com os ensinamentos de Jesus? Como exemplo, na pergunta 149 do Livro dos Espíritos (Que sucede à alma no instante da morte? “Volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se apartara momentaneamente.”  A alma, após a morte, conserva a sua individualidade? “Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?” a) — Como comprova a alma a sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo material? “Continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.” b) — A alma nada leva consigo deste mundo? “Nada, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela fez da vida. Quanto mais pura for, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.”), Kardec questiona aos espíritos “Em que se torna a alma no instante da morte?” o que prontamente é respondido: “- volta a ser Espírito, quer dizer, retorna ao mundo dos Espíritos, que deixou momentaneamente”.

Elucidando que alma é a condição temporária na qual o espírito se encontra quando encarnado em um corpo material neste ou noutro planeta, e que este espírito interliga-se através do períspirito ao corpo material, tem-se na explicação dada, prova cabal da efemeridade da vida terrena e que quando dela partimos voltamos à vida real, a do no mundo espiritual, recordando de quem realmente somos e de todas as nossas vivências neste mundo ou por onde já passamos através dos séculos, uma vez que somos eternos.

Nesse sentido, Jesus Cristo, em sua mensagem de amor, buscando elucidar a humanidade sobre a necessidade de reformar seus atos e a maneira de enxergar a vida à luz do amor ao próximo, já dizia que “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”, elucidando acerca da necessidade do homem se remodelar moral e sentimentalmente, vendo o mundo de outra forma, se assim quer chegar ao reino de Deus, ou seja, a evolução de si. Mais adiante, no Evangelho Segundo o Espiritismo (p. 45, 1978), em seu Capítulo IV o Mestre reforça o exposto.

Deixando assim, mais do que comprovada à vida após a morte corporal e que é com a evolução que o homem se despoja do arraigado desejo material sublimando para uma visão menos grotesca acerca da sua própria existência e que se nos aproximamos mais da matéria, em seus diversos sentidos, estamos mais afastados de valores como o respeito ao próximo, amor incondicional, perdão, o entendimento da necessidade das dificuldades como forma de equilibrar o universo livrando nossa consciência do remorso retardatário das obras malfazejas de outrora bem como meio de superar desafios capazes de testar nossa aptidão para suportar a dor e os sofrimentos.

Ao Estudar o Evangelho segundo o Espiritismo, é cabível explicitar àqueles que não acreditam em Jesus e questionam-se o motivo pelo qual leem este artigo, que Jesus mais do que qualquer coisa foi um Fato na história da humanidade. A ciência história marcou a linha do tempo da história como Antes e Depois do Cristo, havendo uma contagem de tempo do ano zero para trás e do ano zero para frente, ou seja, é uma comprovação científica e didática passada a todos ao longo dos séculos no aprender da história geral nada tendo a se questionar se Jesus realmente existiu ou não.

Durante sua breve passagem neste planeta, no cumprir de sua missão, Jesus não se dedicou a propagar sua mensagem através da escrita – O tempo era curto, ficando essa tarefa para seus evangelizadores e apóstolos que assimilavam seus ensinamentos doutrinários e os imortalizavam através das escrituras cristãs.

É apropriado ressaltar que antes de Cristo, o velho testamento já trazia a mensagem de Deus para reformar a humanidade, mas era um Pai vingativo e penalizador, pois a humanidade precisava do “chicote” para ser obediente como uma criança mal-educada; já nas novas escrituras, após Jesus, o real Deus é apresentado como benevolente e que busca o equilíbrio universal.

O Evangelho segundo o Espiritismo é justamente o aproveitamento das Leis Morais apresentadas no Evangelho de Jesus à luz dos ensinamentos da nova Doutrina, assim, tem-se passagens na citada escritura que apresentam e que elucidam a vida espiritual como eterna demonstrando a efemeridade da vida carnal, é o exemplo claro do Capítulo IV (“. Qualquer privilégio seria uma preferência, e toda preferência, uma injustiça; mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio.”) pag.76) em que é questionada se a encarnação é uma punição aos espíritos culpados o que prontamente é respondido: “a encarnação não é senão um estado transitório; é uma tarefa que Deus impõe como primeira prova do uso que farão de seu livre arbítrio”.

O próprio Cristo demonstrou através da sua ressurreição que a vida carnal é temporária, ressuscitando para o Divino, e que a vida real é aquela que estamos despojados da matéria, cumprindo sua missão ao ser crucificado.

Após a escrita do Livro dos Espíritos e com a disseminação dos fenômenos mediúnicos por várias partes do mundo através da psicografia, psicofonia, clarividência, inspirações e até o que se chamava paranormalidade a ciência espírita já tinha seu corpo formado e suas bases alicerçadas, mas o trabalho não parou e as obras foram complementando-se para dar continuidade ao edificante trabalho elucidador.

Assim, o livro dos médiuns, ou guia dos Médiuns e dos Evocadores vem esclarecer os gêneros e formas de comunicação com o mundo invisível no ano de 1861 em Paris. Observemos que em determinado trecho da obra, mais precisamente em seu Capítulo XIV, (Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de médiuns, porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites em que precisamos ater-nos. Sabemos, ao demais, que um de nossos amigos, médico, se propõe a tratá-lo em obra especial sobre a medicina intuitiva. Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; no caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.) é questionado se certas pessoas possuem verdadeiramente o dom da cura pelo simples contato, sem o emprego dos passes, e a resposta é que sim.

Não precisamos aqui elencar a quantidade de milagres realizados por Jesus a mais de dois mil anos, mas citamos o caso em que uma mulher fora curada somente ao tocar seu manto com base em sua fé, quando o Mestre responde-lhe “a tua fé te curou”, ou seja, a doutrina espírita, está intrinsecamente ligada aos ensinamentos de Jesus que foram transmitidos àquela época de outra forma em virtude do desenvolvimento e da cultura daquele tempo. Hoje, é tida como a boa nova trazida para consolidar o que já fora apresentado por Jesus.

A Gênese representa a continuidade da evolução da doutrina espírita, publicada em 1868, reflete temas relativos à origem do universo, o esboço geológico da terra desde períodos primitivos ao nascimento do homem, milagres, fluidos, dentre outros temas mais. No evangelho de Mateus, Cap. XXIV, v.35, a mensagem de Jesus é clara ao dizer que “passarão o céu e a terra; minhas palavras, porém, não passarão”, ou seja, mesmo que a terra sofra as evoluções sociais, culturais e estruturais com o passar do tempo, a palavra de Jesus sempre existirá reformando os conceitos morais da humanidade.

E com o homem sempre se rendeu à matéria, até mesmo na forma de adorar a Deus, ou aos deuses nas sociedades politeístas, com a adoração de imagens ou oferendas, inclusive de sangue, os milagres visivelmente realizados ao longo da jornada de Jesus neste planeta foram umas das formas de demonstrar sua autoridade moral e espiritual frente àqueles espíritos em estágio de evolução.

Mas os milagres realizados são fruto da evolução de Jesus, que caminhava ao ápice da evolução espiritual, sabendo bem como atuar com as energias empregando-as para o bem, quando aqui encarnado. Reflexo do exposto, a Gênese (1992, p.192) demonstra que as curas podem se dá ela pele utilização do próprio fluido do magnetizador, pelo fluido de espíritos agindo diretamente sem intermediário, como também pelos fluidos que os espíritos despojam sobre o magnetizador e ao qual este serve de condutor.

Em 1º de agosto de 1865 o professor Rivail brinda o movimento espírita com a obra O Céu e o Inferno, ou, A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, nessa obra observa-se um exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corpórea, a vida espiritual, as penalidades e recompensas futuras, os anjos e os demónios, dentre outros temas.

Não poderia passar despercebido, o nexo existente entre essa tão importante obra com a presença de Jesus em nosso planeta encarnado. Quando aqui veio, deixando sua mensagem de amor ao próximo, perdão e substituição dos sentimentos obscuros por sentimentos puros que possam elevar o ser humano a uma condição moral que o livre do ódio, ambição o egoísmo, dentre outros perniciosos sentimentos, o Cristo demonstrou que através do sofrimento que aqui passamos alcançamos a redenção renunciando a maldade com o aprendizado imposto seguindo para as esferas espirituais mais elevadas dando passos importantes para a elevação espiritual.

Em O Céu e o Inferno (2009, p.309), pode-se observar a comunicação advinda do mundo espiritual trazida por Annaïs Gourdon, (A Sra. ANAIS GOURDON Era muito jovem e notável pela doçura do caráter e de eminentes qualidades morais que a distinguiam, tendo falecido em novembro de 1860. Pertencia a uma família de mineiros dos arredores de Saint-Étienne, circunstância que torna interessante sua posição espiritual. Evocação: - R. Presente. - P. Vosso pai e vosso marido pediram-me para evocar-vos, e felizes se julgariam se obtivessem uma comunicação. 239 ESPÍRITOS FELIZES - R. Eu também sou feliz em dá-la. - P. Por que tão cedo vos furtastes aos carinhos da família? - R. Porque terminei as provações terrenas. - P. Podeis ver algumas vezes os vossos parentes? - R. Oh! estou sempre ao lado deles. - P. Sois feliz como Espírito? - R. Sou feliz. Amo e espero. Os céus não me infundem temor, e cheia de confiança aguardo que asas brancas me alcem até eles. - P. Que entendeis por asas brancas? - R. Tornar-me Espírito puro, resplandecer como os mensageiros celestes que me ofuscam. Nota - As asas dos anjos, arcanjos, serafins, que não passam de Espíritos puros, são evidentemente apenas um atributo pelos homens imaginado para dar ideia da rapidez com que se transportam, visto como a sua natureza etérea os dispensa de qualquer amparo para fender os espaços. Contudo, eles podem aparecer aos homens com tal acessório para lhes corresponderem ao pensamento, assim como os Espíritos se revestem da aparência terrestre a fim de se fazerem cognoscíveis. - P. Podem os vossos parentes fazer algo em vosso favor? - R. Podem, caros irmãos, não mais me entristecendo com as suas lamentações, pois sabem que não estou perdida de todo para eles. Desejo que a recordação de meu ser lhes seja suave e doce. Passei qual flor sobre a Terra, e nada de pesaroso deve subsistir dessa passagem. - P. Como pode ser tão poética a vossa linguagem, e tão pouco em harmonia com a posição que tivestes na Terra?) uma jovem mulher notável pela sua doçura de caráter, bem como qualidades morais, falecida ao findar de 1860. Ela pertencia a uma família de trabalhadores de minas de carvão e fora evocada a pedido do pai e do marido, e assim prossegue em sua comunicação:

“P.- Por que foste arrancada tão cedo ao convívio da família?

“R.- Porque minhas provas terrestres chegaram ao fim.

“P.- Sois felizes como espírito?

1.     Sou feliz. Amo e espero; os céus não constituem terror para mim e aguardo, confiante e com amor, que as brancas asas me conduzam até eles.

 “P.- Que entendeis por essas Asas?

 “R.- Entendo tornar-me espírito puro e resplandecer com o os mensageiros celestes que me deslumbram.”

 

A comunicação realizada séculos após a partida de Jesus, demonstra de forma patente o que seu exemplo deixou para a humanidade acerca das penas e sofrimentos, aprendizado e resignação, evolução para o mundo espiritual. Mas nem todos chegam a esse patamar e muitas vezes penam por encarnações sucessivas até alcançarem o aprendizado.

Após o desencarne do mestre Rivail, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas reuniu, em 1890, uma compilação de estudos do codificador editando esta obra. Em mencionada seleção (2007, p.64) podemos visualizar com o passar dos tempos a adequação à doutrina de Jesus à realidade espírita.

Tem-se ali no §VII a referência às obsessões e a possessões, onde aquela representa a influência que os desencarnados exercem sobre os encarnados através de suas energias – que se adequam ao padrão vibratório do encarnado – e direcionamentos mentais para o mal enquanto esta se refere ao mais alto nível de subjugação que um espírito pode exercer sobre um encarnado, muitas vezes comandando-o como uma marionete que não consegue sequer se controlar.

Aqui a referência faz-se importante, pois por diversas vezes ao retirar-se ao deserto, Jesus Cristo foi tentado pelo “Diabo” como uma forma de o obsidiar a seguir outro caminho e deixar sua missão (Mateus 4: 1-11 – “então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome. Então aproximando-se o tentador, disse-lhe: “se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Mas Jesus respondeu está escrito” não só de pão vive o homem, mas e toda palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo levou-o a cidade santa e o colocou sobre o pináculo do te pelo e disse-lhe. Se és filho de Deus atira-te para baixo, porque está escrito. Ele dará ordem a seus anjos a respeito e eles te tomarão pelas mãos ara que não tropeces em nenhuma pedra. Respondeu-lhes Jesus: também está escrito não tentarás ao Senhor teu Deus. Tornou o diabo a levá-lo agora para um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor e disse-lhe: tudo isto te darei se prostrado me adorares. Ai Jesus lhe disse: vai-te atanas porque está escrito ao Senhor teu Deus adoraras e a ele só prestaras culto. Com isso o diabo o deixou. E os anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo”).

Desta forma, conclui-se que a doutrina do Mestre Jesus Cristo fincou-se em diversos ensinamentos que mudaram o rumo da humanidade, ou pelo menos de uma parcela considerável da mesma, e, quando evoluída, a sociedade foi esclarecida acerca das verdades espirituais através da Doutrina Espírita, contudo, observa-se que mesmo apresentando seu lado Cientifico e também Filosófico, o Espiritismo tem suas bases alicerçadas na doutrina de Jesus e é por isso que tem autoridade moral e é fincada em fatos comprovados perdurando até os tempos de hoje esclarecendo mais e mais seguidores.

 

 

 

 

 

 

 

Jesus Cristo era um espírito como nós, mas com um grau de evolução muito longe da nossa realidade. Esse fato não quer dizer que somos inferiores a ele, se fossemos causaria uma distância muito grande dele conosco e não foi isso que ocorreu quando ele encarnou na terra, tinha um vínculo muito grande com os cidadãos da época.

Não há um “endeusamento” a Jesus, mas sim um reconhecimento pois como diz a doutrina espírita no Cap.1 de O livro dos espíritos:

Jesus Cristo é o espírito mais puro que veio a terra, com isso é nosso maior guia e modelo a ser seguido”.

Diz também Paulo de Tarso sobre Jesus “Não existe um homem que não pecou, não existe um homem bom, apenas Jesus nunca pecou.” Então realmente é um espírito acima de média, um espírito de uma esfera crítica que caminhou entre nós, num exemplo de amor nunca visto antes.

Não era necessário para Jesus encarnar no nosso planeta terra. Ele veio apenas por nós, para mostrar as leis divinas, para passar seus ensinamentos e seguir os seus passos junto com nosso pai que é Deus.

Em João 12:47 temos as seguintes palavras de Jesus Cristo:

“se alguém ouvir minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; pois não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo”.

Jesus não era dotado de algo sobrenatural, mas na realidade ele tinha, capacidade, recursos, inteligência, habilidades, evolução moral e intelectual, desenvolvida a milênios atrás.

Onde e como ele conseguiu evoluir tanto, não podemos nem imaginar, pelo fato de nossa evolução encarnatória que está muito abaixo da dele.

Encare a vida de acordo com os ensinamentos de Jesus, você pode sim se comparar a ele com humildade. Além de seguir seus ensinamentos e deixar que ele guie seus passos que é a melhor opção sempre.
Para saber mais sobre o assunto assista ao programa “Mundo Maior Repórter” que diz sobre: 

FONTES:

TV Mundo maior

Espirito.org

BIBLIA de Jerusalém.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.

KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.

KARDEC, Allan. A Gênese.

KARDEC, Allan. Obras Póstumas

André Barreto Lima

 

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