O SEMBLANTE DE JESUS
A mais de dois mil anos Jesus veio a terra como o filho enviado por Deus
para trazer à humanidade a mensagem de paz que pudesse transformar os corações
humanos, servindo como o cordeiro oferendado para salvar a humanidade de seus pecados
(já que àquela época, era através das oferendas que se encontrava perdão
divino). De lá para cá, sua mensagem foi assimilada por muitos, que mudaram a
forma de viver nesse planeta, bem como deturpada por outros, que a utilizaram
como forma de domínio e de poder.
Naquele tempo, Jesus trazia em sua missão a implantação do amor nos
corações humanos para transformá-los tornando-os pessoas melhores rumo ao
objetivo da evolução espiritual, contudo, ainda falava por parábolas, conforme
deixa claro o Evangelho Segundo o Espiritismo nas lições de Kardec, Allan
(p.214, 1978).
Ou seja, àquela época, a humanidade ainda não estava preparada para
compreender conceitos existenciais importantes e se ditos naquele momento, não
seriam interpretadas como deveriam ser, deturpando a ideia central do que é a
vida neste mundo em virtude do arraigado materialismo existencial daquela
época.
Assim, muitos anos depois, com as evoluções tecnológicas, culturais e
sociais, quando o homem sai da época da barbárie da antiguidade primitiva,
avança pela época das convicções próprias medievais, adentra a evolução
modernista, tem-se um ser humano ao menos preparado para ouvir e saber
interpretar melhor o que é realmente a vida eterna e o seu objetivo neste
planeta. Muitos vieram após Jesus para lapidar sua mensagem conforme a lei de
amor e, por fim, surge a Doutrina Espírita.
Ainda incipiente, o Espiritismo claudica pela ceara da fenomenologia
quando o professor francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, que se intitulava
Allan Kardec aprimora o entendimento empírico da nova doutrina partindo da
análise do curioso fato das mesas girantes, que virou uma febre em Paris à
época de meados do século XIX, analisando friamente o que poderia explicar tal
fenômeno partindo das teorias basilares da física e de outras áreas do
conhecimento. Surgem as comunicações espíritas, através da transmissão
mediúnica nas quais um médium intermedeia o processo comunicativo servindo de
meio pelo qual os espíritos expressam suas mensagens do mundo espiritual aos
encarnados.
Mas o que as obras literárias do Professor Hippolyte poderiam ter em
comum com a mensagem de Jesus Cristo que já há séculos pregava o amor como
fonte de transformação da humanidade? O fato é que a doutrina espírita
inicialmente elucidou a humanidade acerca das realidades do mundo espiritual,
demonstrando que a vida terrena é passageira representando um átomo de tempo
frente a real vida, a espiritual, e que aqui viemos para resgatar débitos ou
enfrentar desafios para que possamos evoluir moralmente e para galgar vivenciar
em mundos mais evoluídos que este, despojados de aspectos primitivos.
Fincada nos pilares da religião, ciência e na filosofia, a doutrina
espírita apresenta-se inicialmente sobre as obras do pentateuco de Allan Kardec
sendo composta por: O livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O
Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno e após seu desencarne,
publicou-se o livro Obras Póstumas.
Editado no ano de 1859, o Livro dos Espíritos representou uma verdadeira
revolução para a sociedade francesa daquela época. O materialismo ainda era
exacerbado, contudo as verdades espíritas não tardaram a ganhar campo e
conquistar a atenção de muitos.
Kardec utilizou-se do método empírico para, através da intervenção
mediúnica, interrogar os espíritos acerca de diversos temas, desde quem é Deus
até o que é o paraíso e o purgatório para criar o corpo da doutrina espírita,
confirmando as respostas apresentadas por espíritos sérios através da
identidade moral apresentada pelos mesmos, bem como da repetição uniforme de
informações em outras mesas mediúnicas pelas psicografias mediúnicas que já se
espalhavam incontrolavelmente mundo afora.
Mas o que a obra tem com os ensinamentos de Jesus? Como exemplo, na
pergunta 149 do Livro dos Espíritos (Que
sucede à alma no instante da morte? “Volta a ser Espírito, isto é, volve ao
mundo dos Espíritos, donde se apartara momentaneamente.”  A alma, após a morte, conserva a sua
individualidade? “Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?” a)
— Como comprova a alma a sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo
material? “Continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do
seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu
perispírito.” b) — A alma nada leva consigo deste mundo? “Nada, a não ser a
lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia de doçura ou
de amargor, conforme o uso que ela fez da vida. Quanto mais pura for, melhor
compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.”), Kardec questiona aos espíritos “Em que se
torna a alma no instante da morte?” o que prontamente é respondido: “-
volta a ser Espírito, quer dizer, retorna ao mundo dos Espíritos,
que deixou momentaneamente”.
Elucidando que alma é a condição temporária na qual o espírito se
encontra quando encarnado em um corpo material neste ou noutro planeta, e que
este espírito interliga-se através do períspirito ao corpo material,
tem-se na explicação dada, prova cabal da efemeridade da vida terrena e que
quando dela partimos voltamos à vida real, a do no mundo espiritual, recordando
de quem realmente somos e de todas as nossas vivências neste mundo ou por onde
já passamos através dos séculos, uma vez que somos eternos.
Nesse sentido, Jesus Cristo, em sua mensagem de amor, buscando elucidar
a humanidade sobre a necessidade de reformar seus atos e a maneira de enxergar
a vida à luz do amor ao próximo, já dizia que “Ninguém pode ver o reino de
Deus se não nascer de novo”, elucidando acerca da necessidade do homem se
remodelar moral e sentimentalmente, vendo o mundo de outra forma, se assim quer
chegar ao reino de Deus, ou seja, a evolução de si. Mais adiante, no Evangelho
Segundo o Espiritismo (p. 45, 1978), em seu Capítulo IV o Mestre reforça o exposto.
Deixando assim, mais do que comprovada à vida após a morte corporal e
que é com a evolução que o homem se despoja do arraigado desejo material
sublimando para uma visão menos grotesca acerca da sua própria existência e que
se nos aproximamos mais da matéria, em seus diversos sentidos, estamos mais
afastados de valores como o respeito ao próximo, amor incondicional, perdão, o
entendimento da necessidade das dificuldades como forma de equilibrar o
universo livrando nossa consciência do remorso retardatário das obras
malfazejas de outrora bem como meio de superar desafios capazes de testar nossa
aptidão para suportar a dor e os sofrimentos.
Ao Estudar o Evangelho segundo o Espiritismo, é cabível explicitar
àqueles que não acreditam em Jesus e questionam-se o motivo pelo qual leem este
artigo, que Jesus mais do que qualquer coisa foi um Fato na história da
humanidade. A ciência história marcou a linha do tempo da história como Antes e
Depois do Cristo, havendo uma contagem de tempo do ano zero para trás e do ano
zero para frente, ou seja, é uma comprovação científica e didática passada a
todos ao longo dos séculos no aprender da história geral nada tendo a se
questionar se Jesus realmente existiu ou não.
Durante sua breve passagem neste planeta, no cumprir de sua missão,
Jesus não se dedicou a propagar sua mensagem através da escrita – O tempo era
curto, ficando essa tarefa para seus evangelizadores e apóstolos que
assimilavam seus ensinamentos doutrinários e os imortalizavam através das escrituras
cristãs.
É apropriado ressaltar que antes de Cristo, o velho testamento já trazia
a mensagem de Deus para reformar a humanidade, mas era um Pai vingativo e
penalizador, pois a humanidade precisava do “chicote” para ser obediente como
uma criança mal-educada; já nas novas escrituras, após Jesus, o real Deus é
apresentado como benevolente e que busca o equilíbrio universal.
O Evangelho segundo o Espiritismo é justamente o aproveitamento das Leis
Morais apresentadas no Evangelho de Jesus à luz dos ensinamentos da nova
Doutrina, assim, tem-se passagens na citada escritura que apresentam e que
elucidam a vida espiritual como eterna demonstrando a efemeridade da vida
carnal, é o exemplo claro do Capítulo IV (“. Qualquer privilégio
seria uma preferência, e toda preferência, uma injustiça; mas a encarnação,
para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus
lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão
do livre-arbítrio.”) pag.76) em que é
questionada se a encarnação é uma punição aos espíritos culpados o que
prontamente é respondido: “a encarnação não é senão um estado transitório; é
uma tarefa que Deus impõe como primeira prova do uso que farão de seu livre
arbítrio”.
O próprio Cristo demonstrou através da sua ressurreição que a vida
carnal é temporária, ressuscitando para o Divino, e que a vida real é aquela
que estamos despojados da matéria, cumprindo sua missão ao ser crucificado.
Após a escrita do Livro dos Espíritos e com a disseminação dos fenômenos
mediúnicos por várias partes do mundo através da psicografia, psicofonia,
clarividência, inspirações e até o que se chamava paranormalidade a ciência
espírita já tinha seu corpo formado e suas bases alicerçadas, mas o trabalho
não parou e as obras foram complementando-se para dar continuidade ao
edificante trabalho elucidador.
Assim, o livro dos médiuns, ou guia dos Médiuns e dos Evocadores vem
esclarecer os gêneros e formas de comunicação com o mundo invisível no ano de
1861 em Paris. Observemos que em determinado trecho da obra, mais precisamente
em seu Capítulo XIV, (Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos
aqui desta espécie de médiuns, porquanto o assunto exigiria desenvolvimento
excessivo para os limites em que precisamos ater-nos. Sabemos, ao demais, que
um de nossos amigos, médico, se propõe a tratá-lo em obra especial sobre a
medicina intuitiva. Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste,
principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque,
pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á,
sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido
magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o
fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização
ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; no caso que
apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os
magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se
convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e
alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção
de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta,
em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas
que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece,
que é uma verdadeira evocação.) é questionado se certas pessoas possuem verdadeiramente o dom da cura
pelo simples contato, sem o emprego dos passes, e a resposta é que sim.
Não precisamos aqui elencar a quantidade de milagres realizados por
Jesus a mais de dois mil anos, mas citamos o caso em que uma mulher fora curada
somente ao tocar seu manto com base em sua fé, quando o Mestre responde-lhe “a
tua fé te curou”, ou seja, a doutrina espírita, está intrinsecamente ligada
aos ensinamentos de Jesus que foram transmitidos àquela época de outra forma em
virtude do desenvolvimento e da cultura daquele tempo. Hoje, é tida como a boa
nova trazida para consolidar o que já fora apresentado por Jesus.
A Gênese representa a continuidade da evolução da doutrina espírita,
publicada em 1868, reflete temas relativos à origem do universo, o esboço
geológico da terra desde períodos primitivos ao nascimento do homem, milagres,
fluidos, dentre outros temas mais. No evangelho de Mateus, Cap. XXIV, v.35, a
mensagem de Jesus é clara ao dizer que “passarão o céu e a terra; minhas
palavras, porém, não passarão”, ou seja, mesmo que a terra sofra as
evoluções sociais, culturais e estruturais com o passar do tempo, a palavra de
Jesus sempre existirá reformando os conceitos morais da humanidade.
E com o homem sempre se rendeu à matéria, até mesmo na forma de adorar a
Deus, ou aos deuses nas sociedades politeístas, com a adoração de imagens ou
oferendas, inclusive de sangue, os milagres visivelmente realizados ao longo da
jornada de Jesus neste planeta foram umas das formas de demonstrar sua
autoridade moral e espiritual frente àqueles espíritos em estágio de evolução.
Mas os milagres realizados são fruto da evolução de Jesus, que caminhava
ao ápice da evolução espiritual, sabendo bem como atuar com as energias
empregando-as para o bem, quando aqui encarnado. Reflexo do exposto, a Gênese
(1992, p.192) demonstra que as curas podem se dá ela pele utilização do próprio
fluido do magnetizador, pelo fluido de espíritos agindo diretamente sem
intermediário, como também pelos fluidos que os espíritos despojam sobre o
magnetizador e ao qual este serve de condutor.
Em 1º de agosto de 1865 o professor Rivail brinda o movimento espírita
com a obra O Céu e o Inferno, ou, A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, nessa
obra observa-se um exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida
corpórea, a vida espiritual, as penalidades e recompensas futuras, os anjos e
os demónios, dentre outros temas.
Não poderia passar despercebido, o nexo existente entre essa tão
importante obra com a presença de Jesus em nosso planeta encarnado. Quando aqui
veio, deixando sua mensagem de amor ao próximo, perdão e substituição dos
sentimentos obscuros por sentimentos puros que possam elevar o ser humano a uma
condição moral que o livre do ódio, ambição o egoísmo, dentre outros
perniciosos sentimentos, o Cristo demonstrou que através do sofrimento que aqui
passamos alcançamos a redenção renunciando a maldade com o aprendizado imposto
seguindo para as esferas espirituais mais elevadas dando passos importantes
para a elevação espiritual.
Em O Céu e o Inferno (2009, p.309), pode-se observar a comunicação
advinda do mundo espiritual trazida por Annaïs Gourdon, (A
Sra. ANAIS GOURDON Era muito jovem e notável pela doçura do caráter e de
eminentes qualidades morais que a distinguiam, tendo falecido em novembro de
1860. Pertencia a uma família de mineiros dos arredores de Saint-Étienne,
circunstância que torna interessante sua posição espiritual. Evocação: - R.
Presente. - P. Vosso pai e vosso marido pediram-me para evocar-vos, e felizes
se julgariam se obtivessem uma comunicação. 239 ESPÍRITOS FELIZES - R. Eu
também sou feliz em dá-la. - P. Por que tão cedo vos furtastes aos carinhos da
família? - R. Porque terminei as provações terrenas. - P. Podeis ver algumas
vezes os vossos parentes? - R. Oh! estou sempre ao lado deles. - P. Sois feliz
como Espírito? - R. Sou feliz. Amo e espero. Os céus não me infundem temor, e
cheia de confiança aguardo que asas brancas me alcem até eles. - P. Que
entendeis por asas brancas? - R. Tornar-me Espírito puro, resplandecer como os
mensageiros celestes que me ofuscam. Nota - As asas dos anjos, arcanjos,
serafins, que não passam de Espíritos puros, são evidentemente apenas um
atributo pelos homens imaginado para dar ideia da rapidez com que se
transportam, visto como a sua natureza etérea os dispensa de qualquer amparo
para fender os espaços. Contudo, eles podem aparecer aos homens com tal
acessório para lhes corresponderem ao pensamento, assim como os Espíritos se
revestem da aparência terrestre a fim de se fazerem cognoscíveis. - P. Podem os
vossos parentes fazer algo em vosso favor? - R. Podem, caros irmãos, não mais
me entristecendo com as suas lamentações, pois sabem que não estou perdida de
todo para eles. Desejo que a recordação de meu ser lhes seja suave e doce.
Passei qual flor sobre a Terra, e nada de pesaroso deve subsistir dessa
passagem. - P. Como pode ser tão poética a vossa linguagem, e tão pouco em
harmonia com a posição que tivestes na Terra?) uma jovem mulher notável pela sua doçura de caráter,
bem como qualidades morais, falecida ao findar de 1860. Ela pertencia a uma
família de trabalhadores de minas de carvão e fora evocada a pedido do pai e do
marido, e assim prossegue em sua comunicação:
“P.- Por que foste arrancada tão cedo ao convívio da família?
“R.- Porque minhas provas terrestres chegaram ao fim.
“P.- Sois felizes como espírito?
1.     Sou feliz. Amo e espero; os céus não constituem
terror para mim e aguardo, confiante e com amor, que as brancas asas me
conduzam até eles.
 “P.- Que entendeis por essas Asas?
 “R.- Entendo tornar-me espírito
puro e resplandecer com o os mensageiros celestes que me deslumbram.”
 
A comunicação realizada séculos após a partida de Jesus, demonstra de
forma patente o que seu exemplo deixou para a humanidade acerca das penas e
sofrimentos, aprendizado e resignação, evolução para o mundo espiritual. Mas
nem todos chegam a esse patamar e muitas vezes penam por encarnações sucessivas
até alcançarem o aprendizado.
Após o desencarne do mestre Rivail, a Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas reuniu, em 1890, uma compilação de estudos do codificador editando
esta obra. Em mencionada seleção (2007, p.64) podemos visualizar com o passar
dos tempos a adequação à doutrina de Jesus à realidade espírita.
Tem-se ali no §VII a referência às obsessões e a possessões, onde aquela
representa a influência que os desencarnados exercem sobre os encarnados
através de suas energias – que se adequam ao padrão vibratório do encarnado – e
direcionamentos mentais para o mal enquanto esta se refere ao mais alto nível
de subjugação que um espírito pode exercer sobre um encarnado, muitas vezes
comandando-o como uma marionete que não consegue sequer se controlar.
Aqui a referência faz-se importante, pois por diversas vezes ao retirar-se
ao deserto, Jesus Cristo foi tentado pelo “Diabo” como uma forma de o
obsidiar a seguir outro caminho e deixar sua missão (Mateus 4: 1-11 – “então
Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Por
quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome. Então
aproximando-se o tentador, disse-lhe: “se és filho de Deus, manda que estas
pedras se transformem em pães. Mas Jesus respondeu está escrito” não só de pão
vive o homem, mas e toda palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo levou-o
a cidade santa e o colocou sobre o pináculo do te pelo e disse-lhe. Se és filho
de Deus atira-te para baixo, porque está escrito. Ele dará ordem a seus anjos a
respeito e eles te tomarão pelas mãos ara que não tropeces em nenhuma pedra.
Respondeu-lhes Jesus: também está escrito não tentarás ao Senhor teu Deus.
Tornou o diabo a levá-lo agora para um monte muito alto e mostrou-lhe todos os
reinos do mundo com o seu esplendor e disse-lhe: tudo isto te darei se prostrado
me adorares. Ai Jesus lhe disse: vai-te atanas porque está escrito ao Senhor
teu Deus adoraras e a ele só prestaras culto. Com isso o diabo o deixou. E os anjos
de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo”).
Desta forma, conclui-se que a doutrina do Mestre Jesus Cristo fincou-se
em diversos ensinamentos que mudaram o rumo da humanidade, ou pelo menos de uma
parcela considerável da mesma, e, quando evoluída, a sociedade foi esclarecida
acerca das verdades espirituais através da Doutrina Espírita, contudo,
observa-se que mesmo apresentando seu lado Cientifico e também Filosófico, o
Espiritismo tem suas bases alicerçadas na doutrina de Jesus e é por isso que
tem autoridade moral e é fincada em fatos comprovados perdurando até os tempos
de hoje esclarecendo mais e mais seguidores.
 
Jesus Cristo era um espírito como nós, mas com um grau de evolução
muito longe da nossa realidade. Esse fato não quer dizer que somos inferiores a
ele, se fossemos causaria uma distância muito grande dele conosco e não foi
isso que ocorreu quando ele encarnou na terra, tinha um vínculo muito grande
com os cidadãos da época.
Não há um “endeusamento” a Jesus, mas sim um reconhecimento pois
como diz a doutrina espírita no Cap.1 de O livro dos espíritos:
“Jesus
Cristo é o espírito mais puro que veio a terra, com isso é
nosso maior guia e modelo a ser seguido”.
Diz também Paulo de Tarso sobre Jesus “Não existe um homem que não
pecou, não existe um homem bom, apenas Jesus nunca pecou.” Então realmente é um
espírito acima de média, um espírito de uma esfera crítica que caminhou entre
nós, num exemplo de amor nunca visto antes.
Não era necessário para Jesus encarnar no nosso planeta
terra. Ele veio apenas por nós, para mostrar as leis
divinas, para passar seus ensinamentos e seguir os seus passos junto com nosso
pai que é Deus.
Em João 12:47 temos as seguintes palavras de Jesus
Cristo: 
“se alguém ouvir minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo;
pois não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo”.
Jesus não era dotado de algo sobrenatural, mas na realidade ele
tinha, capacidade, recursos, inteligência, habilidades, evolução moral e
intelectual, desenvolvida a milênios atrás.
Onde e como ele conseguiu evoluir tanto, não podemos nem imaginar,
pelo fato de nossa evolução encarnatória que está muito abaixo da dele.
Encare a vida de acordo com os ensinamentos de Jesus, você pode
sim se comparar a ele com humildade. Além de seguir seus ensinamentos e deixar
que ele guie seus passos que é a melhor opção sempre.
Para saber mais sobre o assunto assista ao programa “Mundo Maior
Repórter” que diz sobre: 
FONTES:
TV Mundo maior
Espirito.org
BIBLIA de Jerusalém. 
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.
KARDEC, Allan. A Gênese. 
KARDEC, Allan. Obras Póstumas
André Barreto Lima
 
 
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