quarta-feira, 28 de julho de 2021

OBSESSÕES E PSICOPATOLOGIAS

 Deletamos alguns post por postar o artigo completo e não mais em partes.

 OBSESSÕES E PSICOPATOLOGIAS


Certa vez, Dra. Marlene Nobre conversando com o médium Francisco Cândido Xavier sobre revelações espirituais e Ciência, ouviu as ponderações sobre o tema e guardou a conclusão: "A Fé abre uma picada, a Ciência passa por cima e constrói uma estrada".

Mais tarde, deparou-se com um pensamento semelhante em Agostinho: "A fé procura, o intelecto encontra", a propósito de um comentário do santo a Isaías, VII, 9: "Se não crerdes não entendereis".

No livro A Obsessão e suas Máscaras, foi tomada como diretriz básica essas mesmas ideias. Nele, parte da revelação espiritual, procurando dissecar os ensinamentos dos Espíritos da obra de André Luiz, lentando organizar esse filão de informações e propondo aos pesquisadores e estudiosos o desenvolvimento de investigações e trabalhos práticos sobre o assunto. Procura, contribuir, embora reconheça a forma singela desse tentame, para que a Ciência avance nessa direção, uma vez que a obsessão é um dos piores flagelos da humanidade e este trabalho, segue a mesma orientação,

resumindo os assuntos, o estudo, apresenta, algo, visando, ressaltar a tentativa de classificação das obsessões e suas psicopatologias o que o grupo tem estudado em conformidade com as obras de André Luiz, uma de cada vez dissecando.

Um dos ilustres precursores da Psiquiatria, Dr. Inácio Ferreira, responsável pelo Sanatório Espírita de Uberaba, instituição à qual dedicou mais de 50 anos de sua existência física, aplicou, a Medicina da Alma, aliando o tratamento médico ao espiritual. Contando, para esse trabalho, com médiuns valorosos. E os resultados foram surpreendentes, com enorme sucesso terapêutico, onde outros falharam.

Convicto da interferência da humanidade desencarnada na existência humana, o Dr. Inácio ressaltou que os médicos "precisam desviar-se um pouco de suas investigações da matéria, lançando-se ao estudo e às experimentações no campo espiritual". E, antevendo o futuro, enfatizou: "Precisam compreender e chegarão a essa compreensão, quer queiram, quer não, que 70% dessas tragédias que se desenrolam na Humanidade, produzindo esses desequilíbrios mentais, são consequências de atuações psíquicas partidas do mundo invisível aos nossos olhos materializados, porém percebidas e sentidas pelos médiuns, criaturas possuidoras de um sexto sentido".

Kardec referiu-se à obsessão como sendo "o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas".  Embora a tivesse classificado em obsessão simples, fascinação e subjugação, reconheceu que esse estado patológico " apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais".
Na obra de André Luiz encontramos detalhados, praticamente, todos esses caracteres diferentes da obsessão.

Segundo revelação de Emmanuel, na erraticidade, existem mais de 20 bilhões de Espíritos, errantes e conscientes, gravitando em torno da Terra, sendo que a maioria deles está à espera de novas existências para dar prosseguimento à luta evolutiva.  Desses postulantes à reencarnação, três quartas partes são de Espíritos imperfeitos, afeiçoados ainda ao egoísmo destruidor, daí a grande heterogeneidade e as características de atraso e imperfeição do mundo em que vivemos.

Tendo em vista que "a influência dos Espíritos é de todos os instantes e, mesmo os que não creem neles, estão sujeitos a sofrê-la" é possível ter uma ideia do grau de pressão e o tipo de influência que essas três quartas partes exercem sobre a humanidade encarnada.

"Fora erro acreditar alguém que precisa ser médium, para atrair a si os seres do mundo invisível. Eles povoam o espaço; temo-los incessantemente em torno de nós, intervindo em nossas reuniões, seguindo-nos ou evitando-nos, conforme os atraímos ou repelimos", ressalta Kardec.

No século passado, o Espírito de Marilyn Monroe chamou a atenção para esse perigo. Em entrevista a Humberto de Campos, notável escritor brasileiro desencarnado, realizada no Memorial Park Cemetery, em Hollywood, e transmitida a Francisco Cândido Xavier, a famosa estrela confessou-se vampirizada por inimigos desencarnados e classificou a obsessão como um dos piores flagelos da humanidade.

A psicóloga Edith Fiore também ressalta esse tipo de ação afirmando que essa influência "na vida e no comportamento dos hospedeiros desacautelados é sempre negativa e, às vezes, fatal".

É preciso destacar os dois tipos básicos de obsessão:

·        As de natureza anímica, ocasionadas pelos próprios espíritos encarnados,

·        e as de natureza espirítica, provocadas pelos desencarnados.

As obsessões de natureza anímica procedem da capacidade de comunicação dos espíritos encarnados, de se desprenderem dos sentidos físicos, atuando como almas relativamente livres.

As espiríticas são as obsessões propriamente ditas ocasionadas pelos espíritos desencarnados.

 

UMA TENTATIVA DE CLASSIFICAÇÃO

No rastreamento da obra de André Luiz e de alguns outros livros de Chico Xavier, foi possível detectar diferentes aspectos das obsessões anímicas, classificando-as em dois grandes grupos

1.      De Efeitos Inteligentes:

1a- Obsessão Telepática,

1b- Auto obsessão,

1c- Personalidade Antiga Cristalizada (Fixação Mental),

1d- Possessão Partilhada (Parceiros no Vício);

2. De Efeitos Físicos: casos de Poltergeist, referidos, mas não detalhados, na série. Como esse tipo está também presente nas Obsessões Espiríticas, vamos analisá-la, ao final, após ter detalhado os tipos de obsessões Espiríticas de Efeitos Inteligentes.

Quanto às Obsessões Espiríticas, na obra de André Luiz analisamos várias modalidades, partindo dos dois grandes grupos:

1         De Efeitos Inteligentes;

2        -  De Efeitos Físicos.

1 De Efeitos Inteligentes:

1 a -Simbioses em Graus Diversos

1 b- Parasitose Mental ou Vampirismo, com mecanismos

        e graus diversos de atuação:

1 b1-  Infecções Fluídicas,

1 b2- Fixação Mental (Monoideísmo),

1 b3- Psicopatologias do Corpo Espiritual

         (Períspirito): Parasitas, Ovoides,

          Deformidades e Zoantropia (Licantropia),

1b4- Vampirismo com Repercussões Orgânicas:

         Possessão, Epilepsia, Neuroses etc.;

                       1b5-Sintonia: Prevalência do Mecanismo

                               Hipnótico, (Diferentes graus de Alteração da

                               Consciência): Fascinação; Canalização com

                               Dominação Telepática: Obsessão Oculta;

                               Obsessão durante o Sono Físico; obsessão

                               Coletiva.

                                  1d- Pensamentos Sonorizados (Mecanismo semelhante

                                         à Radiofonia e Televisão);

                                  1e-Alergia e Obsessão;

2.     De Efeitos Físicos: Poltergeist: referidos na obra, mas não

detalhados.
Nota: Há casos de Poltergeist que expressam o predomínio da ação dos encarnados, responsáveis pelo aliciamento de Espíritos inferiores no processo obsessivo; em outros, a predominância na ação é dos desencarnados. Em todos esses casos, temos de considerar a utilização negativa dessa força que é o ectoplasma.
Hernani Guimarães Andrade, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), um dos maiores pesquisadores de Poltergeist do mundo, pôde constatar, na maioria dos casos investigados, essa interferência física negativa, que se inicia, quase sempre, sob o comando de encarnados que se acumpliciam com os desencarnados, no intuito de prejudicar a vida de algumas pessoas ou de famílias inteiras.

OBSESSÃO TELEPÁTICA

Fenômenos anímicos são aqueles produzidos pela alma do homem encarnado. Aksakof descreve os quatro tipos de ação extracorpórea do homem vivo:

1)     Aqueles que comportam efeitos psíquicos (telepatia, impressões transmitidas à distância);

2)     Os de efeitos físicos (fenómenos telecinéticos, transmissão de movimento a distância);

3)     Os que determinam o aparecimento de sua imagem (fenômenos telefônicos, aparecimento de duplos);

4)     Aqueles em que há o aparecimento de sua imagem com certos atributos de corporeidade (ele é visto em dois lugares ao mesmo tempo).

Temos, assim, muitas ocorrências que podem resultar nos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração de que o corpo espiritual pode efetivamente desdobrar-se e atuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do corpo físico.
Essa capacidade de sair fora do corpo e atuar como espírito livre também pode ser empregada em condutas patológicas. Nesse caso, estamos diante da obsessão anímica, a influenciação negativa de almas encarnadas entre si.
Uma dessas modalidades é a obsessão anímica telepática, que se traduz pela guerra de pensamentos, "assumindo as mais diversas formas de angústia e repulsão". E é muito mais comum do que podemos imaginar.
Herenwald descreve casos de sua clínica psicanalítica referentes à obsessão telepática.  Um deles é o de um rapaz rejeitado por companheiros de pensão. O detalhe importante é que essa rejeição não era fácil de ser detectada porque tinha caráter oculto, pois todos fingiam apreciá-lo. Com o afastamento do paciente do local, a mudança de ambiente fez com que os sintomas obsessivos desaparecessem, gradualmente, na proporção em que os "amigos" o esqueciam.

Refere-se André Luiz a um caso de dominação telepática em Nos Domínios da Mediunidade.

O casal janta na companhia das três filhas. O marido está alheio à conversação que se faz animada em torno da mesa, mantém ar de enfado, olhar distante. Após ler os jornais, prepara-se para sair. A mulher fica decepcionada, esperava que ele ficasse para as preces que fariam em conjunto, logo mais. Nesse momento, surge em cena, à frente dos olhos do marido, uma surpreendente imagem de mulher, projetada sobre ele a distância, aparecendo e desaparecendo, com intermitências. Apressado, ele despede-se e sai, alegando negócios e compromissos. A esposa não acredita e intui que os compromissos sejam com outra mulher. À medida que a dona da casa a identifica mentalmente e passa a produzir pensamentos hostis em relação a ela, a mesma imagem de mulher que aparecera para o marido começa a surgir à sua frente até se tornar inteiramente presente. Ambas entram em franca contenda mental, trocando mútuas acusações como autênticas inimigas.

Nesses casos de influenciação telepática, o fenômeno está relacionado com a sintonia.

O assistente Áulus adverte: "Muitos processos de alienação mental guardam nele as origens. Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos, uns à frente dos outros, e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Para isso, não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais, alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores".

Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de lutas, em que pensamentos guerreiam pensamentos com angústia e repulsão.

Em Obreiros da Vida Eterna, o assistente Barcelos, benfeitor espiritual também ligado à Psiquiatria, traz, do mesmo modo, importantes ponderações sobre a influência de encarnados entre si.  Refere-se às obsessões do plano espiritual que passam para a existência terrestre e são vivenciadas dentro dos lares: "Os antagonismos domésticos, os temperamentos aparentemente irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos, resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a recapitulações retificadoras do pretérito distante. Congregados de novo, na luta expiatória ou reparadora, as personagens dos dramas, que se foram, passam a sentir e ver, na tela mental, dentro de si mesmas, situações complicadas e escabrosas de outra época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência, carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por 'complexos de inferioridade'".

Barcelos ressalta ainda que o encarnado, nessas condições, é um forte candidato à loucura, porque não sabe explicar as recordações imprecisas que brotam do passado no presente e não contam também com o auxílio de psiquiatras e neurologistas, muito presos ainda às convenções da medicina ortodoxa. Segundo crê, falta-lhes a água viva da compreensão e a luz mental que lhes revele a estrada da paciência e da tolerância, em favor da redenção própria.

E pode haver ainda um agravante. Como reconhece Aksakof: "Nos fatos da telepatia, é frequentemente difícil precisar o momento no qual o fato anímico se torna um fato espirítico".  Daí observarmos, muitas vezes, nos casos de obsessão telepática, a participação de desencarnados de condição inferior, agravando de muito o quadro patológico inicial.


AUTO-OBSESSÃO
Emmanuel, no prefácio do livro Mediunidade e Sintonia, dá um outro enfoque para o ditado popular "Dize-me com quem andas que dir-te-ei quem tu és". O mentor de Chico Xavier lembra que os nossos pensamentos ditam nossa conduta e que, de acordo com nossa conduta, amealhamos companhias, através das quais somos conhecidos, principalmente por observadores do mundo espiritual.

Para a Doutrina Espírita, o estudo do pensamento é fundamental. Pensar é criar, portanto, o ato de pensar está relacionado diretamente à nossa origem espiritual. “Fomos criados à imagem e semelhança de Deus”, com a capacidade de interferir em sua obra.

Como bem lembrou o físico William Barret, "A criação não é mais do que o pensamento divino exteriorizado, e desse atributo divino nós partilhamos muito limitadamente, como parcelas da inteligência infinita".

André Luiz sustenta a mesma ideia: "Nos fundamentos da criação vibra o pensamento imensurável do Criador e sobre esse pensamento divino vibra o pensamento mensurável da criatura, a constituir-se no vasto oceano de força mental, em que os poderes do Espírito se manifestam".

O hausto do Todo Sábio banha tudo quanto existe e nós, com nossa força mental deficitária, somos capazes de influir positiva ou negativamente, ainda que de forma restrita, nesse vasto oceano de energias desconhecidas.
Em 1968, formulou-se a Teoria das Supercordas, na tentativa de unificação da física quântica e gravitacional, entreabrindo-se a possibilidade de existência de infinitas dimensões no universo.

Entre as cordas, a estável corresponderia ao elemento primordial, conceito muito próximo do fluido cósmico primitivo, revelado pelos Espíritos a Kardec, ou do plasma divino na designação atualizada de André Luiz.
Na década de 1980, Andrei Linde, astrofísico russo, radicado nos Estados Unidos, formulando a teoria dos universos inflacionários, utilizou o conceito sopa de plasma, para indicar o elemento do qual o universo é formado, aquele estado "onde não existem átomos, nem elétrons, nem galáxias".
Temos, assim, a possibilidade de co-criar, moldando o fluido cósmico universal, ou plasma divino, através da força mental inerente ao nosso Espírito. Realizamos esse processo através das ideoplastias.

Para o médico e pesquisador Gustave Geley, ideoplastia é a "moldagem da matéria viva, feita pela ideia".  E André Luiz define com clareza: "A ideia é um 'ser' organizado por nosso Espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção".  Assim, através desses "seres" produzidos por nós mesmos, coagulados a partir dos nossos pensamentos, influímos nesse vasto oceano de forças que nos rodeiam.
Desse modo, nossas ideias exteriorizadas criam imagens tão vivas quanto desejamos. Como nossas ações são frutos de nossas ideias, geramos a felicidade ou a desventura para nós mesmos. O encarnado pode, assim, ser perseguido por si mesmo, devido às suas próprias criações mentais. No livro Libertação, André Luiz refere-se a dois casos de auto obsessão.

·        Um deles é o do investigador de polícia que abusou de sua posição para humilhar e ferir e encontrou, na terceira idade, o resultado de suas próprias ações negativas, apresentando-se na condição de perseguido por si mesmo. Com a senectude corporal, o remorso abriu-lhe grande brecha na fortaleza mental, passando, então, a ser atormentado pelo que fez e pelo que tem sido. Com isso, houve o favorecimento do parasitismo ovoide, em um processo de vampirismo espiritual.

·        O outro caso é o de um escritor atormentado pelas próprias criações mentais negativas e destrutivas que criou em seus livros. Os personagens voltam, sob a forma de ideoplastias ou formas-pensamentos, para atormentá-lo. Esse processo pode se dar no mundo espiritual ou durante a encarnação, especialmente na fase da senectude, quando a alma do escritor se torna mais vulnerável.

Em ambos os casos, só com extrema modificação mental e persistente reforma íntima cada protagonista conseguirá melhorar a sua psicopatologia. Aprendemos com os benfeitores espirituais que a maldade deliberada é moléstia da alma e a modificação no plano mental das criaturas jamais pode ser imposta; é, antes, fruto de tempo, de esforço e de evolução.

PERSONALIDADE ANTIGA CRISTALIZADA

Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz refere-se a um caso de emersão do passado ocorrido em uma sessão de desobsessão: uma das senhoras trazidas para tratamento começou a falar como se, de fato, estivesse incorporada por um espírito. Contou que fora vítima de um crime atroz, tem ódio do verdugo e não guarda nenhuma alegria de viver. O orientador da reunião respondeu-lhe normalmente, como se, de fato, estivesse diante de uma comunicação mediúnica. Na realidade, trata-se de um processo anímico. Tudo procede dela mesma. A visita do antigo verdugo, que a ela se liga por vigorosos laços de amor e ódio, perturba-lhe a vida mental. Esse fato ocorrido na existência passada imobilizou grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo, "a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do renascimento no corpo físico, prosseguindo quase intacta". Essa mulher da existência anterior ainda existe nela. A personalidade antiga não foi eclipsada pela matéria densa como seria de desejar.

Para a psiquiatria ortodoxa, é caso para tratamento, com o arsenal terapêutico disponível, mas, do ponto de vista da medicina do Espírito, é uma consciência torturada, uma enferma da alma, necessitada de amparo moral e cultural para renovação.


Esses casos de comunicação de personalidades antigas cristalizadas prendem-se também ao fenómeno hipnótico, uma vez que os algozes do mundo espiritual podem magnetizar os encarnados, fazendo-os recuar a determinado ponto do pretérito, através de deliberada regressão de memória. Com isso, mantém o sujet em certo tipo de recordação, segundo as dívidas cármicas que possua.

Deduz-se também que o processo de emersão do passado pode se verificar por fenómeno de auto hipnose. Nesse caso, um fato relevante, como a simples presença, nos arredores, do inimigo desencarnado ou um acontecimento da existência comum que lembre circunstâncias traumáticas, já vividas por reflexo condicionado, pode detonar a emersão da personalidade anterior.

Esse processo também explica porque muitos mendigos que foram reis permanecem ainda envergando o manto marchetado de ouro, sem conseguirem a menor adaptação à nova condição reencarnatória.
Longe de se apresentar, ao nascer, como uma tabula rasa, como queria Locke e acreditava Freud, o ser humano é mais desconhecido que o Oceano Pacífico.
E ainda vamos despender de muitos séculos até conseguir desbravar um pouco esse território imenso que é a mente humana.

 

POSSESSÃO PARTILHADA (PARCEIROS NO VÍCIO)

Abordamos aqui a obsessão, genericamente conhecida como de encarnado para desencarnado.


A dificuldade de classificação é muito grande porque há casos em que a predominância do encarnado é franca e inequívoca; outros em que ela é variável, em escala de 80% a 60%; e outros ainda - e estes com maior número - em que a responsabilidade fica repartida em partes iguais, meio a meio.

Na obra de André Luiz não há um exemplo típico de predomínio da vontade do encarnado sobre o desencarnado.

Na verdade, muitas vezes perguntamos se não deveria colocar a Possessão Partilhada entre as obsessões espiríticas, já que o termo possessão está mais ligado à subjugação de um encarnado por Espírito já desenfaixado da matéria.
Na série André Luiz, fica bem claro, porém, que na maioria dos casos de viciados, de qualquer natureza, a responsabilidade do espírito encarnado é muito grande. Em Sexo e Destino, referindo-se, especificamente, sobre o conluio entre Cláudio Nogueira e os parceiros desencarnados, alcoólatras contumazes, Félix afirmou que, em nenhum momento, Cláudio fora constrangido a aceitar a companhia dos outros. A escolha era dele. A responsabilidade estava dividida em quotas iguais, porque era uma associação natural, uma parceria consentida.

Ao observar, em especial, a ligação de Cláudio com um dos parceiros, ambos ligados também a uma empreitada sexual menos digna, unidos pelas mesmas sensações inferiores, Félix ressaltou: "O verbo enrodilhar-se, na linguagem humana, figura-se o mais adequado à definição daquela ocorrência de possessão partilhada, que se nos apresentava ao exame, conquanto, não exprima, com exatidão, todo o processo de enrolamento fluídico, em que se imantavam. E afirmamos 'possessão partilhada', porque, efetivamente, ali, um aspirava ardentemente aos objetivos desonestos do outro, completando-se, euforicamente, na divisão da responsabilidade em quotas iguais".

Há também esclarecimentos dos Espíritos sobre os parceiros no vício nos livros Nos Domínios da Mediunidade e No Mundo Maior.

O assistente Áulus, André Luiz e Hilário observavam uma casa noturna, onde se reuniam fumantes e bebedores inveterados. O ambiente saturado de emanações negativas produzia mal-estar nos três observadores espirituais.
Junto dos encarnados que fumavam e bebiam, criaturas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras inveterados.

Áulus explicou que os desencarnados, que se apegam com desvario às sensações da experiência física, ficam colados aos amigos terrestres, temporariamente desequilibrados nos costumes por que se deixam influenciar. Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se de emoções do tipo inferior, que os localizam na vizinhança da animalidade. Na Terra, preferiram o culto das satisfações menos dignas. Como cada alma recebe da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares. Têm medo da verdade, são como a coruja que foge à luz.


Seriam os viciados médiuns? Aulus respondeu que sim, uma vez que essa faculdade é como a de respirar, todas as pessoas a possuem, em menor ou maior grau de desenvolvimento. E acrescentou:

"Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas. Muitas vezes, é possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas dominadas, subjugadas por entidades sombrias ou delinquentes, com as quais se afinam de modo perfeito, servindo ao escândalo e à perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem".

Estudando esse tema das forças viciadas, as formas como os parceiros de Cláudio atuaram sobre ele, lembramo-nos de uma passagem que consta de um outro livro muito importante da série:

Libertação. Nele, há um apontamento do instrutor Gúbio quanto ao modo de atuar dos Espíritos inferiores: "O Espírito encarnado sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro".

Além dessa observação importante, é bom ressaltar que os drogaditos não devem ser tratados, primordialmente, como obsedados. Uma das lutas dos profissionais da saúde, que atuam nessa área, é a de conscientizar o viciado em drogas ou álcool, enfim, o dependente químico, de que precisa se tratar, aderindo ao esquema de desintoxicação, à psicoterapia, ao programa dos dez passos, e outros mais indicados a cada caso.

É claro que o tratamento espiritual na fase de manutenção do tratamento pode ser feito, desde que o interessado se conscientize da sua necessidade de mudar e não descarte sua responsabilidade de, atribuindo sua doença, tão-somente, à influência de desencarnados.

Embora reconhecendo os diversos graus de parceria, devemos considerar, com o estudo da obra de André Luiz, que o espírito do encarnado tem um papel preponderante nesse tipo de ligação viciosa.

Há, nesses casos, uma comunhão de forças negativas e, como sabemos, muitas vezes, fica difícil determinar a linha demarcatória entre a obsessão anímica e a espirítica.


SESSÕES ESPIRÍTICAS

Esse é o modelo clássico de influenciação negativa de desencarnados sobre encarnados.
As raízes desse problema prendem-se ao próprio desenvolvimento do princípio inteligente. Ao atingir a fase hominal, emergindo de um longo processo evolutivo nos reinos inferiores, esse princípio já se transmudou em alma, ganhando o direito de gerar o pensamento de forma ininterrupta. A partir daí, inicia-se no processo conhecido como mentos síntese, baseado em trocas: a alma emite suas próprias ideias e radiações, assimilando as radiações e ideias alheias.

Como meio de mantê-lo estimulado à experiência terrena, a Providência Divina impregnou-o do desejo de satisfação, através da aquisição dos bens terrenos e do afeto. Com a morte física, porém, a alma sente-se alquebrada e aflita por constatar que todos esses sonhos de propriedade e afetividade foram interrompidos.

"Arrebatado aos que mais ama e ainda incapaz de entender a transformação da paisagem doméstica de que foi alijado, revolta-se comumente contra as lições da vida a que é convocado, em plano diferente, e permanece fluidicamente algemado aos que se lhe afinam com o sangue e com os desejos, comunicando-lhes a experiência vulgar". Com isso, desde as mais remotas eras, "aprendeu automaticamente a respirar e a viver justaposto ao hausto e ao calor alheio".


SIMBIOSES
Assim, após a morte, as almas amedrontadas perante o desconhecido são atraídas pelos que lhe choram a perda, permanecendo jungidas a elas, em processo simbiótico.

Surgiram, desse modo, desde tempos imemoriais, as simbioses, "processos de mediunismo consciente ou inconsciente, através dos quais os chamados 'mortos' traumatizados ou ignorantes se aglutinam em grande parte, ao habitat dos chamados 'vivos', partilhando-lhes a existência, a absorver-lhes parcialmente a vitalidade…".

A simbiose é processo comum nos reinos inferiores e na vida humana. Ocorre também do ponto de vista espiritual e, nesse processo, o encarnado entrega-se inconscientemente ao desencarnado que passa a lhe controlar a existência, sofrendo-lhe temporariamente o domínio e, em troca, de certa forma, fica protegido contra o assalto de influências ocultas ainda mais deprimentes.
A simbiose pode ser útil, exploradora, e outras ainda mais prejudiciais em que a espoliação atinge alto grau de vampirismo.

Um fato comum é a permanência dos parentes desencarnados nas residências terrestres.

Alexandre dirigiu-se, com André Luiz, à casa de Ester, localizada em uma rua modesta. Antes mesmo da penetração deles no ambiente doméstico, perceberam uma grande movimentação de entidades de condição inferior, com entradas e saídas constantes.

Penetraram a casa sem que os Espíritos menos evoluídos se dessem conta, em virtude do baixo padrão vibratório que lhes caracterizava as percepções.
A família, constituída da viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, no almoço muito simples. Um fato marcante, até então inédito para André Luiz, estampou-se a ambos: "seis entidades, envolvidas em círculos escuros", alimentavam-se também, pelo sistema de absorção.
Diante do espanto do nosso caro médico desencarnado, Alexandre explicou:
"Meu amigo, os quadros da viciação mental, ignorância e sofrimento, nos lares sem equilíbrio religioso, são muito grandes. Onde não existe organização espiritual, não há defesas da paz de espírito. Isto é intuitivo para todos os que estimem o reto pensamento. Os que desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantêm ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico".
Ao ver a satisfação das entidades que absorviam gostosamente as emanações dos pratos fumegantes, André quis saber se estavam se alimentando de fato.

Alexandre replicou que, efetivamente, aquelas entidades, viciadas nas sensações fisiológicas, estavam encontrando nas substâncias cozidas e desintegradas pelo fogo, absorvidas ali, o mesmo sabor que apreciavam quando estavam no corpo. Segundo lembra, isso não é de se admirar uma vez que o homem terrestre recebe mais de 70% da alimentação comum através dos princípios atmosféricos que ele capta pelas vias respiratórias.
Quanto à argumentação de André Luiz de que era muito desagradável tomar refeições na companhia de estranhos assim de condição inferior, Alexandre pondera que não se trata de desconhecidos, mas de familiares diversos, e que, ainda que fossem estranhas, aquelas almas estariam ali obedecendo às tendências do conjunto, uma vez que cada Espírito tem as companhias que prefere.

Em seguida, o instrutor ressaltou que "a mesa familiar é sempre um receptáculo de influenciações de natureza invisível". Por esse motivo, os que tecem comentários maledicentes à mesa atrairão caluniadores invisíveis, os que buscam a ironia receberão como resposta a presença de entidades galhofeiras e sarcásticas.

E Alexandre deu o diagnóstico completo no caso do lar de Ester: "É o vampirismo recíproco".

Há também os casos de simbioses no plano sexual. Desde longa data, há relatos de íncubos (espíritos masculinos) e súcubos (espíritos femininos), que mantêm relações sexuais com os encarnados. Na obra de André Luiz há referências nos livros E a Vida Continua e Missionários da Luz.



SIMBIOSES E NEUROSES

Em Nos Domínios da Mediunidade, há a descrição de um caso de psiconeurose em virtude de processo obsessivo.

Américo, um rapaz de trinta e poucos anos, procurou o centro espírita em busca de alívio. Desde a infância, tem sofrido a influência de espíritos inferiores que se uniram a ele, em virtude do seu comportamento inadequado em vidas pregressas.

Quando estava na sessão da casa espírita, onde foi procurar ajuda, caiu em estremeções coreiformes.

Áulus explicou que, nesses momentos, ele sofre com a abordagem dos obsessores. Antes do regresso à carne, conviveu largamente com eles, de modo que agora, reencarnado, com a simples aproximação dos verdugos, reflete-lhes a influência nociva, entregando-se a perturbações histéricas, que lhe sufocam a alegria de viver. Vive de médico em médico, fazendo todo tipo de tratamento, sem resultado prático.

O assistente ressaltou que, no mundo espiritual, antes da reencarnação, "foi vítima de hipnotizadores cruéis com os quais esteve na mais estreita sintonia, em razão da delinquência viciosa a que se dedicara no mundo. Sofreu intensamente, voltou à Terra, trazendo certas deficiências no organismo perispiritual. É um histérico, segundo ajusta acepção da palavra". "Acolhido por um heroico coração materno e um pai que lhe foi comparsa, hoje também arrastando pesadas provas - desde os sete anos da nova experiência terrena, quando se lhe firmou a reencarnação, Américo sentiu-se tomado pela desarmonia trazida do mundo espiritual, e, desde então, vem lutando no laborioso processo regenerativo a que se impôs.
Seu sistema nervoso está em péssimas condições patológicas, pelos deploráveis pensamentos de que se nutre, arremessados ao seu espírito pelos antigos companheiros de viciação. Áulus afirmou que o rapaz poderá obter grande melhora consagrando-se à disciplina, ao estudo, à meditação e à prece, com isso renovando-se mentalmente, apressando a própria cura. Depois de curado, poderá cooperar com os trabalhos mediúnicos, de maneira mais proveitosa.

Há outros casos de psiconeurose - fobias, histeria etc. - descritos ao longo da obra de André Luiz.


OS TRÊS ANDARES DO CÉREBRO

Temos que levar em consideração, na análise das psiconeuroses, a estruturação do cérebro humano em três andares, conforme a abordagem feita sobre o assunto no livro No Mundo Maior.


"Descobri, surpreso, que toda a província cerebral (...) se dividia em três regiões distintas. Nos lobos frontais, as zonas de associação eram quase brilhantes. Do córtex motor, até a extremidade da medula espinhal, a claridade diminuía, para tornar-se ainda mais fraca nos gânglios basais".
Calderaro explicou que há três regiões distintas no cérebro, como se ele fosse um castelo de três andares: no primeiro, está situada a "residência de nossos impulsos automáticos", tudo o que já conseguimos realizar no tempo, correspondendo ao subconsciente; no segundo está localizado o "domicílio das conquistas atuais", onde se situam as qualidades que estamos construindo no "hoje", é o consciente; no terceiro, está a "casa das noções superiores", que aponta as eminências que nos cumpre atingir, é o superconsciente.

o   O primeiro andar, o dos impulsos automáticos corresponde ao cérebro inicial, o reptiliano, que abrange medula alongada e nervos;

o   O segundo andar tem como substrato anatômico o córtex motor;

o    E o terceiro andar, os lobos frontais, a parte mais nobre do cérebro.

Desse modo, nervos, zona motora e lobos frontais no cérebro humano traduzem, respectivamente, impulsividade, experiência e noções superiores da alma, constituindo pontos de fixação da mente encarnada.

Calderaro explicou que a criatura pode estacionar na região dos impulsos, nesse caso, perde-se num labirinto de causas e efeitos, desperdiçando tempo e energia; se permanece no "hoje", de modo absoluto, apenas repetindo o esforço maquinal, sem consulta ao passado e sem organização de bases para o futuro, mecaniza a existência; se o indivíduo se refugia exclusivamente no andar superior, na casa das noções superiores, corre o perigo de ficar na contemplação sem as obras.

Para que a nossa mente aproveite a existência é indispensável saber equilibrar presente, passado e futuro, isto é, saber valer-se das conquistas passadas no direcionamento das atividades presentes, amparando-se, ao mesmo tempo, da fonte de idealismo superior.

"E, como nos encontramos indissoluvelmente ligados aos que se afinam conosco, em obediência a indefectíveis desígnios universais, quando nos desequilibramos, pelo excesso de fixação mental, num dos mencionados setores, entramos em contato com as inteligências encarnadas ou desencarnadas em condições análogas às nossas".

Essas informações explicam porque os psiconeuróticos estão ligados, simbioticamente, aos desencarnados que compartilharam ou se afinizam com suas ações pregressas.

 

VAMPIRISMO ESPIRITUAL

A simbiose prejudicial é conhecida como parasitose mental. Esse processo é tão antigo como o próprio homem. Após a morte, os Espíritos continuam a disputar afeição e riquezas com os que permanecem na carne, ou armam empreitadas de vingança e violência contra eles.

Na parasitose mental temos o vampirismo.

Por esse processo, os desencarnados sugam a vitalidade dos encarnados, podendo determinar nos hospedeiros doenças as mais variadas e até mesmo a morte prematura. Para o mundo espiritual, "vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens".

O médico desencarnado Dias da Cruz lembra: "Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva".  E explica a técnica utilizada pelos Espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose. Por ação do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujet, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.
Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, tomam conta de suas zonas motoras e sensoriais, inclusive os centros cerebrais - linguagem e sensibilidade, memória e percepção, dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano. Criam, assim, doenças-fantasmas de todos os tipos, mas causam também degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte. Entre essas doenças, Dias da Cruz afirma que podemos encontrar desde a neurastenia à loucura complexa e do distúrbio gástrico à raríssima afasia estudada por Broca".

Relaciona ainda outras moléstias: "pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio , capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e , através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogénicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte".

Novamente em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz refere-se a um caso interessante de um homem desencarnado e uma mulher encarnada que vivem em regime de escravidão mútua, nutrindo-se da emanação um do outro. Ela busca ajuda na sessão do trabalho desobsessivo realizado por um centro espírita e, com o concurso de entidades abnegadas, consegue o afastamento momentâneo do Espírito obsessor. Bastou, porém, que o Espírito fosse retirado, para que ela o fosse procurar, reclamando-lhe a presença. Há muitos casos como esse, em que o encarnado julga querer o reajustamento, entretanto, no íntimo, alimenta-se com os fluidos doentios do companheiro desencarnado e apega-se a ele instintivamente.

Em Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve cenas de vampirismo em enfermaria de hospital: "Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os é perseguindo-os".

E confessa que os quadros lhe traziam grande mal-estar.


VAMPIRISMO COM REPERCUSSÕES ORGÂNICAS

Na possessão, temos um grau mais avançado de atuação do espírito obsessor, constrangendo de forma quase absoluta a ação do obsidiado. Kardec compreendeu-a como "uma substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado".

Como se trata de um grau mais avançado de vampirismo, as patologias orgânicas estão sempre presentes.

Evidentemente, em um trabalho como este, no qual resumimos nosso livro, não podemos detalhar todos os casos de vampirismo da série André Luiz, como o fizemos nele. Por isso, são consultados vários livros da série: onde as informações foram colhidas.

·        Libertação, Caso da Jovem Clorótica e Caso Margarida-Gregório;

·        Entre a Terra e o Céu, Caso Odila-Zulmira;

·        No Mundo Maior, Caso Camilo-Pedro;

·        Nos Domínios da Mediunidade, Caso da Jovem Parricida. Ainda dentro desse item de vampirismo com repercussões orgânicas, destacamos os casos de epilepsia e obsessão, como por exemplo, no livro Nos Domínios da Mediunidade, encontramos no caso Caso Pedro

Analisando essa casuística, constatamos que a possessão tem características e mecanismos diversos. No caso Pedro-Camilo, instalou-se, ao longo de 20 anos, sob a atuação de um único obsessor, durante esse período, o quimismo espiritual ou a fisiologia do períspirito desequilibrou-se e, consequentemente, desencadeou distúrbios orgânicos, entre os quais, a ameaça de amolecimento cerebral.

No caso Margarida, estabeleceu-se, mais efetivamente, em dez dias, com organização técnica competente e atuação de uma falange, composta de, aproximadamente, sessenta obsessores, entre os quais dois hipnotizadores e dezenas de parasitas ovoides, decretando a falência orgânica quase total, em virtude do controle do sistema endócrino, da pressão sanguínea e de funções importantes da economia orgânica.


INFECÇÕES FLUÍDICAS

Da mesma maneira como existem infecções orgânicas, acontecem também as fluídicas, resultantes do desequilíbrio mental.

O Instrutor Aniceto, em conversa com André Luiz, argumenta:  "se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos, como almas".

Os homens não têm preparo quase nenhum para a vida espiritual. Em geral, não têm a mínima ideia de que "a cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima".

E cada uma dessas viciações da personalidade produz as larvas mentais que lhe são consequentes, contaminando o meio ambiente, onde quer que o responsável pela sua produção circule ou estagie. Elas não têm forma esférica, nem são do tipo bastonete, como as bactérias biológicas, entretanto, formam colônias densas e terríveis. E tal qual acontece no plano físico, o contágio também pode verificar-se na esfera psíquica.

Na condição de parasitismo mental, as larvas servem de alimento habitual, porque são portadoras de vigoroso magnetismo animal.

Para nutrir-se desse alimento, "bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital".

Dentro do estudo que propomos, temos de considerar também a produção dos espíritos inferiores desencarnados. As "substâncias" destrutivas, produzidas dentro do quimismo que lhes é próprio, atingem os pontos vulneráveis de suas vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatias e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos, dos fulcros energéticos do tálamo, no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, em absoluto primitivismo nas linhas da Natureza. Os obsessores tomam conta dos neurónios do hipotálamo, "acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações, e produzem nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático".
Temos aí um intrincado processo de vampirismo, que leva as vítimas ao medo, à guerra nervosa, alterando-lhes a mente e o corpo.

É possível compreender, assim, os casos de possessos, relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas, quando os Espíritos inferiores, que os subjugavam, foram retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.

Por enquanto, os médicos estão às voltas com a extensa variedade de micro-organismos patogênicos que devem combater, diuturnamente. Mas, no futuro, "a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa, dignifica a missão do consolo, da instrução e do alívio. Mas, no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito".


FIXAÇÃO MENTAL

A fixação mental representa a aderência do pensamento a um objeto (ser ou coisa), impedindo-lhe o fluxo normal e cristalizando-o de maneira que se lhe obsta qualquer modificação. Diferencia-se da concentração mental, porque, nesta, a fixação da atenção ocorre de modo deliberado, temporariamente.
Nos casos de fixação mental, o indivíduo não consegue afastar a atenção de um determinado alvo, sendo a amnésia uma das consequências desse estado psicopatológico.

" A ideia aflitiva ou obcecante nos corrói a vida mental, levando-nos à fixação".
O Espírito não se interessa por outro assunto a não ser aquele que o empolga, que é a sua própria ociosidade, a sua própria dor, ou o seu próprio ódio. Assim, paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, enfim, qualquer grande perturbação interior pode imobilizar-nos por tempo indeterminado.

Aprendemos com os Espíritos que quase todas as perturbações congénitas da mente estão relacionadas com as fixações que a antecederam na volta ao mundo.

Aqueles que fracassaram, retornam à vida terrena fazendo parte da vasta área dos neuróticos, dos loucos, dos mutilados, dos feridos e dos enfermos de toda casta.

"E só as lutas na carne vão processando a 'extroversão' indispensável à cura das psicoses de que são portadores".

É preciso esclarecer que fixação mental, monoideísmo e parasita ovoide estão absolutamente imbricados, porque são estágios diferentes do mesmo processo. Na verdade, a fixação mental leva ao monoideísmo que, por sua vez, leva ao parasita ovoide.

Precisamos confessar a nossa dificuldade em classificar os processos obsessivos, porque as diferentes modalidades estão profundamente entrelaçadas. Mas, essa tentativa de classificação é um esforço inicial, e deve ser melhorada por todos quantos se dediquem ao estudo das obsessões.
Recomendamos para estudo da fixação mental o Caso Antônio Olímpio.

De forma resumida, podemos dizer que Antônio Olímpio (Ação e reação) assassinou os dois irmãos para apossar-se, sozinho, da herança dos pais. O crime foi praticado à noitinha, em um lago, e não foi descoberto pela polícia terrena, que considerou as mortes acidentais. Mas a cena continua a martelar diuturnamente a cabeça de Antônio Olímpio, após a sua desencarnação. O complexo de culpa faz com que reviva as cenas, repetidamente:
"Em meu pensamento (...) vejo apenas o barco no crepúsculo sinistro (...) ouvindo os brados de minhas vítimas (...) que soluçam e gargalham estranhamente (...) Ai de mim! (...) estou preso à terrível embarcação (...) sem que me possa desvencilhar (...) quem me fará dormir ou morrer? (...)"
Mesmo recolhido à Mansão Paz, posto de socorro do mundo espiritual, Antônio Olímpio permanece prisioneiro da fixação mental.


PSICOPATOLOGIAS DO CORPO ESPIRITUAL (PERISPÍRITO)

MONOIDEÍSMO
O homem selvagem emprega a força e a astúcia para dominar os seres inferiores e a natureza à sua volta, mas não tem preparo algum para enfrentar o grande desconhecido que se descortina, para ele, após a morte física.
"O espetáculo da vastidão cósmica perturba-lhe o olhar e a visita de seres extraterrestres mesmo benevolentes e sábios, infunde-lhe pavor, crendo-se à frente de deuses bons ou maus, cuja natureza ele próprio se incumbe de fantasiar, na exiguidade das próprias concepções".

Assim, depois do óbito, permanece, tímido, ao pé dos seus, em cuja companhia passa a viver, em outras condições vibratórias, em processos variados de simbiose, ansioso por voltar à existência corpórea iludido, acreditando que assim poderá voltar.

Mantém-se, assim, vinculado à choça, aos seus, e "não tem outro pensamento senão voltar - voltar ao convívio revitalizante daqueles que lhe usam a linguagem e lhe comungam os interesses".

Tal qual as bactérias que se transformam em esporos, quando as condições do meio lhe são adversas, tornando-se imóveis e resistentes ao ambiente, durante anos a fio, assim também, o espírito do selvagem perde os órgãos do corpo espiritual, que se lhe atrofiam por falta de função.

Isso porque estabelece-se em seu íntimo o monoideísmo, a ideia fixa de voltar para a carne, e esse desejo eclipsa todos os demais.

Dá-se, então, o que André Luiz chama de monoideísmo auto hipnotizante, provocado por pensamento fixo-depressivo, nascido de sua inadaptação ao mundo extra físico.

Por esse processo, o desencarnado perde o seu corpo espiritual, transformando-se em ovoide, forma pela qual expressa o seu corpo mental.
No monoideísmo, o núcleo da visão profunda, no centro coronário, sofre disfunção específica pela qual o Espírito contemplará tão-somente os quadros terríficos relacionados com as culpas contraídas. Tudo o mais ele deixa de observar.

 

Vejamos o caso de Leonardo Pires, desencarnado há vinte anos, vive, agora, na casa da neta, Antonina. Apresenta-se como um velhinho, conforme seus últimos dias terrestres. A mente dele, porém, está fixada nos lances da última existência, em recordações que o obcecam. Quando jovem, foi empregado do marechal Guilherme Xavier de Souza e, hoje, conserva a mente detida num crime de envenenamento, que cometeu quando integrava as forças brasileiras acampadas em Piraju, no Paraguai. Enciumado, sentindo-se preterido pela mulher leviana com a qual se relacionava, por causa de um colega de farda, Leonardo idealizou o crime e executou-o, utilizando vinho envenenado. Como as tropas deveriam seguir rumo ao Paraguai, o caso foi encerrado, sem maiores investigações. Leonardo seguiu em frente, convivendo por algum tempo com a mulher que fora pivô do crime, mas, de regresso ao Brasil, casou-se, deixando vários descendentes, entre os quais, Antonina.

No leito de morte, reconheceu que a lembrança do crime castigava-lhe o mundo íntimo, centralizando todos os episódios apenas nesse.

No além, o monoideísmo persistiu. Com o olhar de louco, segue a única imagem que se lhe vitaliza, a cada dia, na memória, ao influxo da própria consciência que se considera culpada.

Como ensinam os Espíritos Reveladores a Allan Kardec: "a lei de Deus está inscrita na consciência".  E ninguém pode ludibriá-la, impunemente.


PARASITAS OVOIDES

Há Espíritos que perdem a forma humana de apresentação do seu Períspirito, surgindo como esferas ovoides. "Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que, por muitos anos, elegeram em centro de interesses fundamentais".  Inúmeros desencarnados, empolgados pela ideia de fazerem justiça com as próprias mãos ou apegados a vícios aviltantes, por repetirem infinitamente, essas imagens degradantes, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, sofrendo, então, enormes transformações na morfologia do psicossoma. Por falta de função, os órgãos psicossomáticos ficam retraídos, e surge a forma ovoide.

Atingida essa forma permanecem colados àqueles que foram seus sócios nos crimes, obedecendo à orientação das inteligências que os entrelaçam na rede do mal. Por isso servem às empreitadas infelizes nos processos de obsessão.
Nas regiões inferiores, onde André Luiz esteve, em missão de paz, em companhia do instrutor Gúbio, e que estão descritas no livro” Libertação”, grande número de entidades transportavam essas esferas, como se estivessem imantadas às suas próprias irradiações.

O médico desencarnado explicou que esses ovoides são pouco maiores que um crânio humano, variando muito nas particularidades; alguns denunciam movimento próprio, como se fossem grandes amebas, outros parecem em repouso, aparentemente inertes, ligados ao halo vital de outras entidades.
Qual a situação psíquica desses ovoides? A maioria deles dorme em estranhos pesadelos, incapazes de exteriorizações maiores.


ALTERAÇÕES E DEFORMAÇÕES DO CORPO ESPIRITUAL

Ao lado de espíritos que já conquistaram belas vestes de apresentação, encontramos outros cujos psicossomas revestem-se de verdadeiras deformidades.
No livro Libertação, André Luiz teve oportunidade de constatar, de forma inesperada, um caso com essas alterações.

A senhora de um médico revelava extremo cuidado com a aparência externa, apresentando-se sempre muito bem penteada e maquiada, no entanto, o médico desencarnado teve oportunidade de vê-la como autêntica bruxa, igual à dos contos infantis, quando, pela ação do sono, o seu Períspirito desprendeu-se do corpo físico. As aparências enganam.
Em Evolução em Dois Mundos, André Luiz utiliza a nomenclatura corrente no mundo espiritual para designar as diversas alterações do psicossoma, consequentes a patologias mentais diferentes. A dinâmica seria a queda mental no remorso; Hiperdinamia a patologia consequente aos delírios da imaginação, provocando hipo ou hipertensão no movimento circulatório das forças que o mantêm.

Utiliza também a denominação Miopraxia (Diminuição da capacidade funcional de um órgão em consequência de qualquer lesão ou de inatividade prolongada.) do Centro Genésico Atonizado para designar a patologia do organismo sutil no caso do aborto provocado, que seria a arritmia do chacra responsável pela organização das energias sexuais.

Em Ação e Reação, nos trabalhos de socorro da Mansão Paz, situada nas regiões inferiores, mas que permanece sob a jurisdição da cidade Nosso Lar, foi recolhido um desencarnado, disforme, onde todos os traços se confundiam, qual se fosse uma esfera estranha e, além disso, seus braços e pernas eram hipertrofiados, enormes. Depois de consultá-lo, o instrutor Druso afirmou que o desencarnado em questão encontrava-se sob terrível hipnose, tendo sido conduzido a essa posição por adversários temíveis, que, decerto, para torturá-lo, fixaram-lhe a mente em alguma penosa recordação. Era Antônio Olímpio, o fazendeiro que assassinara os dois irmãos e cujo crime passou despercebido da justiça humana. Sua história está também no estudo da fixação mental.

Em Libertação, porém, os relatos reportam-se a zonas muitíssimo inferiores, as regiões infernais. Lá estão presentes a velhice, a moléstia, o desencanto, o aleijão, as deformidades de toda a sorte e os ovoides. O Períspirito de todos os habitantes dessas regiões é opaco, como o corpo físico, e pode sofrer ainda alterações mais profundas, deixando sua forma humana, para apresentar-se como a de um animal. É o fenômeno conhecido, genericamente, como Zoantropia, mas que tem na Licantropia - transformação em lobo - o processo mais conhecido.

Nas regiões inferiores, uma mulher é julgada por um tribunal constituído de entidades inteligentes e perversas.  Diante dos juízes, confessou que matou quatro filhinhos, e contratou o assassinato do próprio marido, entregando-se depois às "bebidas de prazer", mas nunca pôde fugir da própria consciência.
Através de olhar temível, o juiz sentenciou-a, dizendo que ela não passava de uma loba. A mulher desencarnada passou a modificar-se, paulatinamente, diante da sentença repetida várias vezes, chegando ao resultado final da licantropia. Segundo explicações espirituais, ela não passaria por essa humilhação se não a merecesse. A renovação mental, porém, depende dela. Deus mantém a senda redentora sempre aberta a seus filhos. Tornou-se clássica na literatura espiritualista o caso de Nabucodonosor, rei cruel e despótico, que viveu, sentindo-se como animal, durante sete anos. Diz a Bíblia (Dn 4.33-“nesse instante, pois, a razão me voltou. E, para honra da minha realeza voltaram-me também a gloria e o esplendor”) que "o seu corpo foi molhado de orvalho do céu, até que lhe cresceu pelo como as penas da águia e suas unhas como as das aves".

SINTONIA OU HIPNOSE EM GRAUS DIVERSOS:

FASCINAÇÃO
Há um caso de xenoglossia (
consiste no falar, de forma espontânea, em língua ou línguas, que não foram previamente aprendidas) que ilustra a questão da fascinação.  Enquanto esperava o tratamento em um centro espírita, sob a ação de um obsessor, uma senhora caiu em transe e começou a falar em um idioma estranho. Estudando o caso, o assistente Áulus inteirou-se de que a desavença perdura por mais de um milénio. Conseguiu decifrar também o dialeto da velha Toscana em que se exprimia o obsessor, descobrindo, então, que por causa dessa senhora, tornara-se cruel estrangulador. Era legionário de Ugo, o poderoso duque da Provença, no século X (...) A entidade reporta-se ao saque de que participou, naquela época, quando teve a infelicidade de assassinar os próprios pais para satisfazer a essa mulher, que lhe partilhava a existência.

Nesses casos de xenoglossia ou de mediunidade poliglota, o filtro mediúnico e a entidade que se utiliza dele acham-se tão intensamente afinados entre si que a passividade do instrumento é absoluta. O obsessor mantém os mesmos hábitos de outrora, de séculos atrás, exprimindo-se pela médium através de frases e modos que lhe foram típicos.

Intrigado com o fenômeno, Hilário perguntou ao assistente Áulus se ele é atribuível à mediunidade propriamente dita ou à sintonia completa, e o benfeitor informou: "O problema é de sintonia".

Hilário voltou à carga: "Contudo, se a doente não lhe houvesse partilhado da experiência terrestre, como legítima associada de seu destino, poderia o comunicante externar-se no dialeto com que se caracteriza?"


"Positivamente não", esclareceu Áulus, "Em todos os casos de xenoglossia, é preciso lembrar que as forças do passado são trazidas ao presente. Os desencarnados, elaborando fenômenos dessa ordem, interferem, quase sempre, através de impulsos automáticos, nas energias subconsciências, mas exclusivamente por intermédio de personalidades que lhes são afins no tempo. Quando um médium analfabeto se põe a escrever sob o controle de um amigo domiciliado em nosso plano, isso não quer dizer que o mensageiro espiritual haja removido milagrosamente as pedras da ignorância. Mostra simplesmente que o psicógrafo traz consigo, de outras encarnações, a arte da escrita já conquistada e retida no arquivo da memória, cujos centros o companheiro desencarnado consegue manobrar."
Hilário insistiu: "Podemos concluir, então, que se a enferma fosse apenas médium, sem o pretérito de que dá testemunho, a entidade não se exprimiria por ela numa expressão cultural diferente da que lhe é própria...".
"Sim, sem dúvida alguma", aprovou o instrutor, " em mediunidade há também o problema da sintonia no tempo..." O fato sob nossas vistas pode ser, de certo modo, comparado às correntes de água. Cada qual tem seu nível. As águas à flor da terra guardam a serventia e o encanto que lhes são peculiares, contudo, somente as águas profundas encerram o tesouro educado ou inculto das enormes forças latentes, que podem ser convenientemente utilizadas quando aquelas são li azulas à superfície.

Segundo apontamento do orientador, mesmo à distância, depois de separados, o algoz e a vítima continuavam unidos pela fusão magnética.

OBSESSÃO OCULTA

A hipnose é fenômeno corriqueiro na Terra, gerando associações maléficas e destrutivas. Grande parte dos crimes, escândalos, e, de certa forma, dos suicídios tem, aí, sua origem.

Há também muita loucura mascarada de bom senso. O magnetizador atua sobre a mente passiva do hipnotizado provocando estados alucinatórios.
Para se precaver de semelhante calamidade, o ser humano precisa prestar atenção à natureza de seus próprios pensamentos e ideoplastias, o que vale dizer, à qualidade dos raios mentais que elege como combustível de suas emoções mais profundas.

Kardec referiu-se às mil formas de obsessão oculta; O evangelista João escreveu sobre a ação de um Espírito obsessor, que teria colocado no cérebro de Judas a ideia de negação do apostolado; André Luiz, em suas obras, dá vários exemplos desse tipo de obsessão. Vejamos um caso prático de um dos seus livros; entre a terra e o céu.

“Nas dependências de um bar, em um ambiente noturno de péssimas vibrações espirituais, por causa das libações alcoólicas, das ondas de fumo e dos pensamentos desregrados, um jovem jornalista escreve embalado pelo conhaque e pelo cigarro. Ao seu lado, um Espírito de aspecto repelente controla o cérebro do moço, embebendo-o de uma substância escura e pastosa que lhe escorria das mãos. Imantado, através da imaginação, o rapaz, que é médium psicógrafo, sem o suspeitar, assimila as ideias do verdugo espiritual. As páginas que irá produzir vai enredar uma jovem em noticiário escabroso dos jornais. Houve um homicídio. A jovem não está diretamente implicada, mas, sob o império do obsessor, o rapaz vai colocá-la no centro dos acontecimentos. Com qual finalidade? O espírito, que é obsessor da jovem, pretende desfibrar-lhe o caráter, a fim de arremessá-la ao vício e, desse modo, dominá-la mais facilmente E o rapaz? Tornou-se instrumento do obsessor, porque deseja produzir matéria escandalosa, de impacto junto ao público, dentro do ideário do que se conhece como imprensa marrom. A imantação das mentes ocorre, portanto, naturalmente, pela natureza dos raios mentais emitidos de parte a parte”.

OBSESSÃO DURANTE O SONO FÍSICO

A pequena parcela de seres humanos que já se apercebeu da contínua comunicação entre os Espíritos e dos aspectos nefastos que ela pode assumir, ainda não está suficientemente desperta para a necessidade de vigilância nos estados passivos. Por isso, a meditação e o sono físico, comumente, são portas abertas para a recepção de pensamentos, que nos são sugeridos por Inteligências desencarnadas, que nem sempre querem a nossa felicidade espiritual, enredando-nos na obsessão.

No livro Libertação, durante a missão que desenvolvem nas regiões infernais para salvar Gregório, André Luiz e Elói, sob a tutela de Gúbio, tiveram oportunidade de observar o intenso intercâmbio entre encarnados e desencarnados, no período dedicado ao sono físico.

Perguntado sobre o assunto, Gúbio esclareceu: "A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contato conosco e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração, qual este em que nos movimentamos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne".

Somos informados, então, que os grandes crimes que ocorrem na Terra são planejados nessas horas, nessas regiões infelizes e que acontecimentos muito mais estarrecedores poderiam ocorrer, se não fosse o trabalho ativo dos Espíritos protetores que se desvelam em benefício da humanidade.
Ao lermos essa passagem, lembramo-nos dos filmes de violência gratuita, dos personagens monstruosos, que apresentam enormes deformações de caráter; as cenas de deboche, com evidente desvirtuamento do emprego do sexo e ficamos com a convicção de que muitos diretores, artistas e produtores de cinema devem frequentar, habitualmente, essas paragens infelizes.
No livro Evolução em Dois Mundos, André Luiz afirma que, durante o sono físico, a mente é suscetível à influenciação dos desencarnados, quer sejam evoluídos ou não, e que são atraídos pela nossa aura. Se nos mostramos inclinados à elevação moral, os Espíritos Superiores aproveitam o descanso do corpo físico para nos oferecer ajuda; se trazemos, porém, no halo psíquico sinais de ociosidade ou de intenção maligna, somos procurados por entidades malfazejas que nos envolvem em obsessões viciosas.

OBSESSÃO COLETIVA

Conhecida de longa data, a obsessão coletiva é relatada em livros históricos e no Novo Testamento.

Kardec analisa o assunto em várias oportunidades. Em A Obsessão, ele comenta: "Compreende-se que semelhantes a uma nuvem de gafanhotos, um bando de maus Espíritos pode cair sobre um certo número de criaturas, delas se apoderar e produzir uma espécie de epidemia moral".

Edith Fiore também se refere a esse assunto: 'Alguns sítios são povoados por bandos de desencarnados. Dois pacientes que viveram perto de desfiladeiros, referiram inúmeros acidentes, incêndios, desastres, visões de espíritos e mortes infelizes nesses lugares".

Em Atos dos Apóstolos (vers. 5 e 7 do Cap. 8 –“foi assim que Filipe tendo descido a uma cidade da Samaria... de muitos processos os espíritos impuros saiam, dando grandes gritos, e muitos paralíticos e coxos foram curados”), há a citação de que Filipe curou muitos coxos e paralíticos, entre os samaritanos, enquanto transmitia a mensagem de Cristo.

Nos linchamentos, vemos a conjugação de mentes que se unem, como uma reação em cadeia, desfechando crimes bárbaros.


PENSAMENTOS SONORIZADOS

MECANISMO SEMELHANTE AO DA RADIOFONÍA E TELEVISÃO

Chico Xavier descreveu uma outra modalidade de obsessão que vem acompanhada de uma espécie de crise alucinante de labirintite, com todo o desconforto que esse barulho característico causa. O médium passou por isso, em Pedro Leopoldo, na década de 1950, tendo consultado seu oftalmologista, em busca de ajuda. Foi aconselhado tanto pelo médico quanto por seu guia a manter a calma. E o fenômeno só cessou, quando, em 1959, instalou-se, definitivamente, na cidade de Uberaba.
Em entrevista ao jornal O Espírita Mineiro, em 1991, o médium falou sobre a volta desse mesmo mal-estar.

"Recentemente, no entanto, a questão voltou, mais ou menos há uns dois anos, com grande intensidade. Desta vez não só ouvíamos o barulho característico da labirintite, como também registramos a voz nítida dos espíritos inimigos da Causa Espírita Cristã, perturbando-nos a tranquilidade interior. Essa presença de espíritos infelizes, desde então, tem sido uma constante. Ouvimos-lhe diariamente o ataque à Mensagem Cristã e à Doutrina Espírita; as sugestões desagradáveis; as induções ao desequilíbrio; os sarcasmos em relação aos episódios por nós vividos no decorrer desta existência; as alusões ferinas às ocorrências menos dignas de nossos círculos doutrinários; as calúnias em relação a fatos conhecidos por nós; e até maledicências dirigidas ao nosso círculo de amizades. Tudo isso de forma tal que nos sentimos tolhidos na liberdade de pensar". E ressaltou:

"Nossos Amigos Espirituais classificam este tipo de atuação como sendo pensamentos sonorizados dos obsessores em nós mesmos. Dr. Bezerra de Menezes nos recomendou muita calma em relação ao assunto, incentivando-nos, inclusive, a conversar com esses irmãos infelizes pelo pensamento, mostrando-lhes o ângulo de visão que nos é próprio e rogando-lhes paciência e compreensão para as nossas atividades mediúnicas. Mesmo assim, apesar de estarmos tentando dialogar com esses Espíritos, somente em 80% dos casos eles desistem do sinistro propósito de nos retardar as tarefas. Assim, ainda 20% deles continuam renitentes em seu desiderato infeliz. Outro dia mesmo recorremos ao nosso mentor Emmanuel, e ele nos pediu mais paciência. Segundo a afirmativa dele, isso ainda duraria por algum tempo e em breve tudo voltaria ao normal".
se passaram anos da entrevista e, atualmente, podemos observar um dos resultados positivos dessa perturbação, pacientemente suportada pelo médium: a recepção de novos livros. No começo, os pensamentos sonorizados causaram-lhe muito sofrimento, mas, com o passar do tempo, essa recepção treinou-lhe a capacidade de ouvir o pensamento dos Espíritos Superiores que, agora, se comunicam por ele, utilizando-se dessa via auditiva, uma vez que já não consegue mais psicografar.


OBSESSÃO DE EFEITOS FÍSICOS – POLTERGEIST

A obsessão pode dar-se no campo físico, como bem lembrou Allan Kardec.
Nesse caso, os obsessores produzem manifestações ruidosas e persistentes, através de pancadas, batidas, transportes de objetos, combustão espontânea etc.


De vez em quando, os jornais estão noticiando casos assim, em que pedras são atiradas sobre o telhado e os moradores da casa, quebrando vidraças; panelas e utensílios voam pelos aposentos, pratos e xícaras espatifam-se no chão; poltronas, armários e até colchão de bebê pegam fogo espontaneamente. Ninguém encontra o autor de tais façanhas, nem mesmo a polícia, geralmente chamada nessas circunstâncias, mas que testemunha o seu desconcerto ante o desconhecido. Diante desses fatos, paira o desalento e o temor.

Várias vezes, na Revista Espírita, o mestre de Lyon teve oportunidade de comentar esses fenômenos, muitos dos quais ocorridos à sua época, como o do Espírito batedor de Bergzabern , na Baviera, nos anos de 1852 e 53.
Quanto à natureza e objetivos desses Espíritos, na produção desses fatos, tendo entrevistado muitos deles, o Codificador pôde certificar-se de que, em sua maioria, não têm outro objetivo senão divertir-se. E explica:" ( ) são Espíritos mais levianos do que maus, que se riem dos terrores que causam e das pesquisas inúteis que se empreendem para a descoberta da causa do tumulto. Agarram-se com frequência a um indivíduo, comprazendo-se em o atormentarem e perseguirem de casa em casa. Outras vezes, apegam-se a um lugar, por mero capricho. Também, não raro, exercem por essa forma uma vingança (...)."

"Em alguns casos, mais louvável é a intenção a que cedem: procuram chamar a atenção e pôr-se em comunicação com certas pessoas, quer para lhes darem um aviso proveitoso, quer com o fim de lhes pedirem qualquer coisa para si mesmos. Muitos temos visto que pedem preces; outros que solicitam o cumprimento, em nome deles, de votos que não puderam cumprir; outros, ainda, que desejam, no interesse do próprio repouso, reparar uma ação má que praticaram quando vivos".

Kardec aconselha, nesses casos, chamar o Espírito perturbador e, através de um bom médium, interrogá-lo. "Pelas respostas, veremos imediatamente com quem estamos tratando e agiremos conforme o caso".

Os Espíritos Superiores afirmaram a Kardec que é necessária a presença de alguém responsável pelos fenômenos, do contrário eles não ocorrem. Em geral, as entidades agem por vingança, ou com a finalidade de se divertirem provocando medo e desespero.

Nas pesquisas do dr. Andrade, aparecem muitos casos de magia, de "trabalhos" de umbanda encomendados por encarnados para prejudicar pessoas. A esses propósitos vingativos, associam-se os desencarnados de condição inferior, escravizados nesse tipo de comércio de forças espirituais, para satisfazerem apetites grosseiros da matéria.

No Poltergeist de Suzano, um dos 32 casos investigados pelo IBPP e descrito no livro citado, as quatro condições propostas no modelo de pesquisa do dr. Andrade foram encontradas: 1) o feiticeiro; 2) os agentes - ou agente - incorpóreos; 3) as práticas mágicas capazes de acionar os agentes incorpóreos; 4) a presença do epicentro no local. Na parte conclusiva, dr. Hernani enfatiza:

"Os fatos mostraram que o exorcismo dos espíritas funcionou, bloqueando a segunda condição, isto é, suprimindo a ação dos agentes incorpóreos".
Como dissemos, o leitor poderá descer a detalhes lendo essa importante obra.
Para concluir, gostaríamos de ressaltar que, nesses casos, temos a ação anímico-espirítica em plena associação, sendo que, em boa parte deles, há manifesta preponderância das almas dos encarnados, no comando e aliciamento dos fenómenos. Enquadramos em obsessões espiríticas tais ocorrências, mas podemos transpô-las, tranquilamente, para o quadro das obsessões anímicas.

São esses os tais fenómenos partilhados que ora se encaixam numa ou noutra classificação, por serem muito ténues os limites de separação entre eles.
Mas, como a ordem dos fatores não altera o produto, devemos considerá-los como uma terrível associação entre encarnados e desencarnados, com a formação de quadrilha organizada, tendo em vista uma ação vingativa conjunta.
Assim, quando formos chamados a auxiliar, nesses casos de Poltergeist ou de obsessão por efeito físico, devemos estar sempre atentos para a alta porcentagem de participação de encarnados, buscando, tanto quanto possível, espalhar a excelência do Evangelho de Jesus, a fim de que o perdão entre os encarnados seja definitivo e a paz duradoura volte a reinar.

CONCLUSÃO
Esperamos que, um dia, as obsessões e suas psicopatologias sejam estudadas nos meios científicos, especialmente nas áreas da saúde. Kardec anteviu esse momento: "Um dia, (as obsessões) virão a ser, incontestavelmente, arroladas entre as causas patológicas que requerem, por sua natureza especial, especiais meios de tratamento, revelando a causa do mal, o Espiritismo rasga nova senda à arte de curar e fornece à Ciência meio de alcançar êxito onde até hoje, quase sempre, vê malogrados seus esforços, pela razão de não atender à causa do mal".
O dr. Inácio Ferreira passou cerca de 50 anos de sua carreira como médico, comprovando essa verdade antevista por Kardec. Em Novos Rumos à Medicina, ele afirma: "Com os ensinamentos; comas sessões de investigações processadas com critério e rodeadas de todas as garantias; com médiuns sinceros, criaturas boas e simples, tivemos explicações para quase todas as falhas encontradas e, em pouco tempo, onde trabalhávamos, produzia uma média de curas, como poucos, em condições idênticas, embora com deficiência de tudo".

Mesmo com dificuldades de aparelhagens, enfermeiros e remédios, dr. Ferreira obteve resultados altamente positivos. Foi o caso, por exemplo, de um rapaz, que ele classificou como sendo portador de pseudo epilepsia, depois que constatou que os sintomas e sinais da doença resultavam de irradiações do espírito obsessor e que cessaram após tratamento desobsessivo.

Respondendo sobre a correlação entre disritmia cerebral e obsessão, Chico Xavier teve oportunidade de afirmar que a Ciência, no futuro, dirá que existe essa correspondência. E acentuou: "A chamada disritmia cerebral, na maioria dos casos, funciona como sendo um implemento de fixação de onda do espírito comunicante. Muitas vezes, também, a mesma disritmia cerebral está no processo obsessivo. São questões que o futuro nos mostrará em sua amplitude, com as chaves necessárias para a solução do problema".
Edith Fiore também é de opinião que "o conceito de possessão precisa ser incluído no material de curso (em Psicologia e Psiquiatria anormais etc.), em nossos colégios, universidades e escolas de medicina".

E reconhece: "Deviam ser encetadas pesquisas que visassem a ampliar o nosso entendimento do papel que os Espíritos desempenham na vida humana".
Por tudo isso, concluímos que a classificação das doenças mentais precisa sofrer grandes modificações. Para tanto, devem influir os médicos espíritas e espiritualistas, bem como os outros profissionais ligados à área de saúde mental, apresentando estudos e pesquisas que contribuam para essa reclassificação.

Recordamos aqui a assertiva do Espírito do notável médico, dr. Miguel Couto: "A ciência mental, com bases nos princípios que presidem à prosperidade do Espírito, será, no grande futuro, o alicerce da saúde Humana".
Esperamos nós, os que lutamos pela Medicina da Alma, que esse futuro não esteja muito longe, para que haja mais amplas conquistas da humanidade no campo da saúde e da felicidade real.

Fontes:

Obsessões e suas Máscaras

Dra. Marlene Rossi Severino Nobre

Santo Agostinho, De Trinitate

Citações diversas das obras de André Luiz:

Ø Nosso Lar

Ø Os Mensageiros

Ø Missionários da Luz

Ø Obreiros da Vida Eterna

Ø No Mundo Maior

Ø Libertação

Ø Entre a Terra e o Céu

Ø Nos Domínios da Mediunidade

Ø Ação e Reação

Ø Evolução em Dois Mundos

Ø Mecanismos da Mediunidade

Ø Sexo e Destino

Ø Desobsessão

E a Vida Continua

Novos Rumos à Medicina

O Livro dos Médiuns

A Génese

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O Livro dos Médiuns

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Possessão Espiritual

Animismo e Espiritismo

Mediunidade
Obreiros da Vida Eterna

Animismo e Espiritismo

William Fletcher Barret

Nos Umbrais do Além

Mecanismos da Mediunidade

Teoria das Supercordas

The Self-Reproducing Inflationary Universe

Pensamento e Vontade

Libertação
E a Vida Continua

Colocações do Dr. Dias da Cruz em Instruções Psicofônicas

O Livro dos Espíritos

O Livro dos Médiuns

Novos Rumos à Medicina

Lições de Sabedoria

Possessão Espiritual

Falando à Terra