AVE MARIA
A sua primeira parte é tirada do Evangelho
de São Lucas: consiste na saudação
do Anjo Gabriel a Maria: “Alegra-te,
cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28b), e na segunda
a saudação de Isabel: “Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!" (Lc 1,42b).
Como surgiu
a oração da Ave-Maria?
Vale a pena lembrar o sermão no
qual S. Bernardino de Senna (+
1444), ao comentar a Ave-Maria, disse que, ao final desta se poderia
acrescentar “Santa Maria, rogai por nós pecadores”. A súplica a Maria, começa com o adjetivo
santa, porque Maria é a primeira entre todos os santos venerados pela Igreja,
pois somente Ela é “cheia de graça”.
A fórmula atual da Ave Maria, que se
difundiu lentamente, foi divulgada no breviário publicado em 1568, por ordem do
papa Pio V.
A partir do século XVI, veio o final da oração com as palavras
“agora e na hora de nossa morte”.
O papa São Pio V colocou no Breviário a Ave Maria assim rezada.
Ave maria cheia de graças
O Senhor é convosco
Bendito é o fruto
do vosso ventre, Jesus
Muito agrada à Santíssima Virgem
a saudação angélica,
pois através dela renovamos a alegria que sentiu,
quando São Gabriel lhe anunciou que fora escolhida
para mãe de Deus.
Nessa intenção devemos saudá-la muitas vezes com a Ave Maria.
A Santíssima Virgem disse a Santa Matilde que “não lhe podemos dirigir saudação
mais agradável do que com a Ave Maria”.
A Santa Gertrudes, prometeu a Mãe de Deus que lhe daria tantos
auxílios na hora da morte quantas Ave Marias lhe houvesse recitado em vida.
Promessas grosseiras que caracterizam o selo e o carimbo do poder
temporal.
Jesus jamais poderia ser Deus, pois se Deus é todo poderoso e único
Enfim a igreja se perdeu nos seus dogmas dando um nó em pingo
d’água e não há como consertar esse erro grosseiro sem se desmentir caindo cada
vez mais na sua loucura da infalibilidade papal onde os fiéis devem aceitar o
que dizem, sem questionamentos.
Desde o século III tanto a segunda parte da prece
(Santa Maria), como a súplica, já eram empregadas na antiga “LADAINHA DE TODOS
OS SANTOS”, que é um melhoramento da Oração dos Fieis, onde constavam os nomes dos santos
mártires, cujas memórias eram celebradas durante a Missa.
E com o passar dos anos a lista foi ampliada e passou a ser
chamada Ladainha ou Litania de
Todos os Santos.
Em 446 d.C. Theodoro Ancyrani acrescentou o nome
“MARIA” às palavras de saudação do Arcanjo Gabriel, “enviado“ por Deus a
fim de anunciar a divina maternidade da Maria:
“AVE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR É
CONTIGO” (LC 1, 28).
E se forjou a prece mariana por antonomásia,
(Antonomásia é a substituição de um nome por uma expressão que lembre uma
qualidade),
Por volta do século VI à SAUDAÇÃO DO ANJO (melhorada por Theodoro
Ancyrani), foi unida com à SAUDAÇÃO DA ISABEL, (a prima da Maria), que,
proclamou:
“BENDITA ÉS TU
ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DE TEU
VENTRE” (Lc 1, 42).
Pois a SAUDAÇÃO de ISABEL já era parte das liturgias orientais em uso tonto as Igrejas de
Jerusalém, como na Igreja Copta, e na Igreja de Constantinopla.
Mas através do São Gregório Magno foi
acrescentado às palavras do anjo, que é a primeira parte das saudações e da
ORAÇAO AVE MARIA.
No século XIII, em determinado código da
Biblioteca Nacional Florentina, que já pertencera aos Servos de Maria do
Convento da Beata, a Maria Virgem é Saudada pelo Anjo, com as palavras:
“Ave dulcíssima e imaculada Virgem Maria, cheia de Graça, o
Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu
ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, mãe da graça e da
misericórdia, rogai por nós agora e na hora da morte. Amém”.
Nesta formulação, faltam somente dois vocábulos:
[Nós] pecadores e nossa [morte].
No poema acróstico de 1498, do Venerável
Gasparini Borro, já se ler a Ave Maria como é rezada hoje.
Em torno de 1560 o Papa São Pio V promulgou o
novo Breviário Romano, no qual figura a fórmula do referido Venerável Gasparini
Borro, sendo estabelecida solenemente sua recitação no início do Ofício Divino,
após a recitação do Pai Nosso e prescrita para todos os sacerdotes.
Em 8/12/1854 o papa Pio IX promulgou o dogma da imaculada
conceição.
Para essa oração chegar ao conhecimento público da forma como é
rezada hoje levou mais de 1500 anos. O Brasil ainda nem tinha sido descoberto.
A primeira parte é uma saudação e a segunda parte é uma suplica.
O primeiro parágrafo tem
uma origem, mas o segundo parágrafo não há um consenso e foi se formando aos
poucos.
A primeira frase é Ave cheia de Graça, o /Senhor é contigo, foi a
saudação que o Anjo (e não arcanjo) Gabriel anunciou que maria ficaria gravida
do filho de Deus, saudação que está no evangelho de Lucas 1:28
: Alegra-te cheia de graça, o Senhor está contigo
Logo adiante em Lucas 1:42
Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre
A junção desses dois versículos, foi acontecendo com o tempo em
meditações espontâneas e logo ele foi incorporado à liturgia da missa.
La pelo século IV,V, há registro dessa oração nesse formato com os
dois versículos conjugados, nas igrejas de São Tiago, São Marcos e de São João Crisóstomo;
depois o tempo foi passando e várias referências dizendo Santa Maria mãe de
Deus e Santa maria rogai por nós, oram surgindo espontaneamente de diversas
fontes na Europa, não se sabendo aonde, mas se popularizou essa frase, essa
invocação Santa Maria rogai por nós, mas encontra-se um registro de um poema de
Gasparini Borro em ‘1498 aonde a Ave Maria está exatamente como a conhecemos
hoje
“Jesus” e “Maria” as palavras, foram acrescentadas posteriormente
à oração em períodos diferentes; ou seja, ela era Alegra-te (com o tempo
transformada em Salve) cheia de graça e passou a ser Ave Maria cheia de graça
(“já o homem modificando aa saudação angelical); e a oração concluía assim,
bendito é o fruto do vosso ventre; depois foi acrescentada uma vírgula e a
palavra Jesus Cristo (como se não se soubesse quem era o habitante do ventre de
Maria e posteriormente permaneceu apenas Jesus.
Oficialmente a ave maria no formato que nós a conhecemos, foi
oficializada pelo papa Pio V em seu breviário publicado em 1578.
O breviário é o livro que contém a liturgia das horas que os
religiosos devem rezar diariamente (em determinados horários do dia).
Agora uma reflexão para aqueles que contestam a ave maria. Não há
o que se discutir sobre a primeira parte da oração, pois a primeira é bem
clara. O anjo Gabriel foi enviado a maria e a saudou como alegra-te (trocado
por Ave) cheia de graça o Senhor é contigo – a palavra ave era uma saudação
usada para saudar os imperadores, não uma pobre serva como maria e o anjo sendo
um ser superior enviado por Deus, mensageiros de Deus, a saudou com “alegra-te”
mas o homem achou por bem trocar para Ave; então podemos concluir que as
palavras do anjo são as palavras do próprio Deus.
A segunda parte, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o
fruto de teu ventre, foram palavras de Isabel sua prima “repleta do Espirito
Santo” como disse Lucas em 1:41, ou seja, também inspiração divina.
Já o início do segundo parágrafo Santa maria mãe de Deus, rogai
por nós pecadores, logo nos primeiros séculos entre o segundo e o terceiro,
consta a oração mariana mais antiga “Sub tuum praesidium” (À
vossa proteção),”, encontrado no
Egito em 1927, um fragmento de papiro que
remonta ao século III; qualquer semelhança entre essa oração e a segunda parte
da ave maria , não será uma mera coincidência; “a vossa proteção recorremos,
santa mãe de Deus; n]ao desprezeis as nossas suplicas em nossas necessidades,
mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita, amém!
Uma oração que começa com a anunciação, no acreditar dos católicos, de Deus
vindo como homem, apesar de Jesus inúmeras vezes dizer que é filho de Deus.,
uma oração de louvor e suplica a virgem Maria, mas tão cristocentrica quanto
qualquer outra oração. Jesus é o centro da ave maria - apesar da crença
grosseira de que seja Deus encarnado-, seja no sentido místico ou literal da
palavra. A Palavra jesus aparece bem no meio da oração da ave maria.
Não é uma oração onde Maria é o centro, pelo contrário é a
oração a maria que nos remete a Jesus; ave maria cheia de graça. O Senhor (“Deus”)
é convosco
AVE MARIA
A sua primeira parte é tirada do Evangelho de São Lucas: consiste na saudação
do Anjo Gabriel a Maria: “Alegra-te,
cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28), e na saudação de
Isabel: “Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!" (Lc 1,42b).
Foi somente no século XV que se acrescentou a segunda parte
da Ave Maria: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós
pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém. ” E foi nesta época
também que se acrescentou o nome “Jesus” no final da primeira parte.
Esta segunda parte é de origem popular-eclesial e também foi surgindo aos
poucos.
Vale a pena lembrar o sermão no qual S. Bernardino de Senna (+ 1444),
ao comentar a Ave-Maria, disse que, ao final desta se poderia acrescentar
“Santa Maria, rogai por nós pecadores”. A súplica a Maria, começa com o adjetivo santa, porque Maria é a primeira
entre todos os santos venerados pela Igreja, pois somente Ela é “cheia de
graça”.
ORAÇÃ DE MARIA POR CHICO XAVIER
Ave Maria! Senhora
Do amor que ampara e redime,
Ai do mundo se não fora
A vossa missão sublime!
Cheia de graça e bondade,
É por vós que conhecemos
A eterna revelação
Da vida em seus dons supremos.
O Senhor sempre é convosco,
Mensageira da ternura,
Providência dos que choram
Nas sombras da desventura.
Bendita sois vós, Rainha!
Estrela da Humanidade,
Rosa mística da fé,
Lírio puro da humildade!
Entre as mulheres sois vós
A Mãe das mães desvalidas,
Nossa porta de esperança,
E Anjo de nossas vidas!
Bendito o fruto imortal
Da vossa missão de luz,
Desde a paz da Manjedoura,
Às dores, além da Cruz.
Assim seja para sempre,
Oh! Divina Soberana,
Refúgio dos que padecem
Nas dores da luta humana.
Ave Maria! Senhora
Do amor que ampara e redime,
ai do mundo se não fora,
A vossa missão sublime!
Ave Maria
“Versão Ortodoxa”
A segunda parte da Ave Maria (Santa maria mãe de Deus…) pode ser rastreada até o
século XV, quando finalmente a igreja criou seus dogmas inclusive o de Jesus
ser igual a Deus tirando da divindade seus atributos.
“Toribus”, foi encontrado nos
escritos de São Bernardo de Siena (1380-1444). A Ave Maria, como nós a conhecemos hoje, é creditada a
São Pedro Canísio.
Versão Católico Romana
pós-Tridentina
Ave, Maria, cheia de graça,
O Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres,
e Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus!
Donde me vem que a mãe do meu Senhor, me visite
Todas as religiões cristãs reverenciam, com extremo carinho e
profunda gratidão, a figura ímpar de Maria de Nazaré, a sublime mãe de Jesus.
No Espiritismo doutrina que se assenta em bases científicas, filosóficas e
religiosas, sendo que, nesta última , como Cristianismo redivivo, caracteriza o
Consolador prometido por Jesus – também aprendem a reconhecer em Maria uma
Entidade evoluidíssima , que já havia conquistado, há 2000 anos, elevados
virtudes , tornando-se apta a desempenhar na crosta terrestre tão elevada
missão , recebendo em seus braços o Emissário de Deus que se fez menino para se
transformar “no modelo da perfeição moral que a Humanidade pode pretender sobre
a Terra”.
Além do que se conhece nas antigas tradições religiosas,
especialmente no Novo Testamento, encontramos na literatura espírita outros
importantes dados biográficos da Maria, que vieram até nós por via mediúnica,
naturalmente extraídos de arquivos fidedignos do Mundo Espiritual,
revelando-nos que ela continua até hoje zelando com muito carinho pela
Humanidade terrestre, encarnada e desencarnada.
PREPARATIVO E INÍCIO DA MISSÃO
Conta-nos Emmanuel que, precedendo a vinda de Jesus,
entidades angélicas se movimentaram, tomando vastas e importantes providencias
no Plano Espiritual.
‘Escolhem-se os instrutores os precursores imediatos, os
auxiliares divinos. Uma atividade única registra-se, então, nas esferas mais
próximas do planeta...
Com a chegada do Mestre “a manjedoura assinalava o ponto
inicial da lição salvadora de Cristo, como a dizer que a humildade representa a
chave de todas as virtudes. Inutilmente os escritores materialistas de todos os
tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos
mediúnicos que o precederam. As figuras de Simão, Ana, Isabel, João Batista,
José, bem como a personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto
de observação injustas e maliciosas, mas a realidade é que somente com o
concurso daqueles mensageiros da Boa Nova, portadores da contribuição de fervor,
crença e vida, poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade
inabalável.
PRIMEIROS TEMPOS -
DRAMA DO CALVÁRIO - MUDANÇAS PARA
ÉFESO
O Espírito de Humberto de Campos narra, num de
seus livros, a importante visita que Isabel e seu filho João Batista fizeram ao
lar de Jesus, em Nazaré, propiciando oportuno encontro entre as duas crianças
que revolucionariam o Mundo.
O diálogo entre as duas primas é muito significativo,
revelando-se perfeitamente preparadas para a sublime tarefa:
“- o que me espanta – dizia Isabel com caricioso sorriso – é
o temperamento de João , dado às mais fundas meditações, apesar da sua pouca
idade.
(..) – Essas crianças, a meu ver – respondeu-lhe Maria, intensificando o brilho
suave de seus olhos – trazem para a humanidade a luz divina de um caminho novo.
Meu filho também é assim, envolvendo-me o coração numa atmosfera de incessantes
cuidados. Por vezes, vou encontrá-lo a sós, junto das águas, e, de outras, em
conversação profundas com os viajantes que demandam a Samaria ou as aldeias
mais distantes, nas adjacências do lago. Quase sempre, surpreendo-lhe a palavra
caridosa que dirige às lavadeiras, aos transeuntes, aos mendigos sofredores. Fala
de sua comunhão com Deus com uma eloquência que nunca encontrei nas observações
dos nossos doutores e, constantemente, ando a cismar, em relação ao seu
destino.”
Nesse mesmo livro, Humberto de Campos dedica
o derradeiro capítulo a Maria, descrevendo a suas impressões intimas diante do
filho crucificado A sua curta estadia em Batanéa, sua mudança, com João
Evangelista, para Éfeso, onde “estabeleceriam um pouso e refúgio aos
desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa vontade
e, como mãe e filho(Maria e João), iniciaria uma nova era de amor, na
comunidade universal”
De fato, “a casa de João, ao cabo de algumas semanas, se
transformou num ponto de assembleias adoráveis (…) Maria externava as suas
lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo
comentava as verdades evangélicas, apreciando os ensinos recebidos. E não foi
só. Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sítio
singelo e generoso (…) sua choupana era, então, conhecida pelo nome de Casa da
Santíssima (..) eram velhos trôpegos e desenganados do mundo, que lhe vinham
ouvir as palavras confortadoras e afetuosas, enfermos que invocavam a sua
proteção, mães infortunadas que pediam a benção de seu carinho, especiais para suicidas;
”
LUCAS RECEBE INFORMAÇÕES DE MARIA
PARA FUNDAMENTAR O SEU EVANGELHO
Segundo narrativa de Emmanuel , o Apostolo Paulo,
ao visitar Éfeso, atendendo insistentes chamados de João, para promover a
fundação definitiva da igreja cristã naquela cidade, visitou a Mãe de Jesus na
sua casinha singela, que dava para o mar . Impressionou-se fortemente com a
humildade daquela criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo
vestido de mulher. Paulo de Tarso interessou-se pelas suas narrativas
cariciosas, a respeito da noite do nascimento do Mestre, gravou no íntimo suas
divinas impressões e prometeu voltar na primeira oportunidade, a fim de
recolher os dados indispensáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os
cristãos do futuro.
Numa próxima viagem, a caminho da Palestina pela última vez,
Paulo de Tarso também passou, rapidamente, por Éfeso e “a própria Maria,
avançada em anos, acorrera de longe em companhia de João e outros discípulos,
para levar uma palavra de amor ao paladino intimorato do Evangelho de seu
Filho”
E mais tarde, quando o Apóstolo dos gentios esteve preso, por
dois anos, em Cesaréia, aproveitou esse período para manter relações constantes
com as suas igrejas. “A esse tempo, o ex-doutor de Jerusalém chamou a atenção
de Lucas para o seu velho projeto de escrever uma biografia de Jesus,
valendo-se das informações de Maria, lamentou não poder ir a Éfeso,
incumbindo-o desse trabalho, que reputava de capital importância para os
adeptos do Cristianismo. O médico amigo satisfez-lhe integralmente o desejo,
legando à posteridade o precioso relato da vida do mestre, rico de luzes e
esperanças divinas.
RETRATO DE MARIA
Ainda no século XX um novo quadro de Maria, a Mãe de Jesus,
foi divulgado num programa da TV Record, de São Paulo, com a presença de
Francisco Cândido Xavier.
Contou, Chico Xavier, no final da reunião pública do Grupo Espírita da Prece,
em Uberaba, na noite de 1º de dezembro de 1984, que com vistas às homenagem do
Dia das Mães de 1984, o Espírito de Emmanuel ditou, por ele, um retrato falado
de Maria de Nazaré ao fotógrafo Vicente Avela, de São Paulo. Esse trabalho
artístico foi sendo realizado aos poucos, desde meados de 1983, com retoques
sucessivos realizados pela grande habilidade de Vicente, em mais de vinte
contatos com o médium mineiro, na Capital paulista.
Em rápida entrevista, Chico frisou que a fisionomia de Maria assim retratada,
revela tal qual Ela é conhecida quando de Suas visitas às esferas espirituais
mais próximas e perturbadas da crosta terrestre; como por exemplo, disse ele,
na Legião dos Servos de Maria, grande instituição de amparo aos suicidas
descrita detalhadamente no livro Memórias
de um Suicida, recebido mediunicamente por Yvonne A. Pereira.
E, ao final do diálogo fraterno, atendendo pedido, Chico
forneceu o endereço do fotógrafo-artista para ser registrado mais algum detalhe
do trabalho realizado.
A DESENCARNAÇÃO E SEU DESENCARNE
(MORTE)
Elevada nas suas meditações, Maria viu aproximar-se o vulto
de um pedinte. Minha mãe – exclamou o
recém chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho – venho fazer-te
companhia e receber a tua benção.
Maternalmente, ela o convidou a entrar, impressionada com aquela voz que lhe
inspirava profunda simpatia . O peregrino lhe falou do céu,
confortando-a delicadamente . Comentou as bem-aventuranças divinas que aguardam
a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a entender que lhe
compreendia as mais ternas saudades do coração.
Maria sentiu-se empolgada por tocante supressa. Que mendigo
seria aquele que lhe acalmava as dores secretas da alma saudosa, com balsamos
tão dulçorosos?
Nenhum lhe surgira até então para dar; era sempre para pedir
alguma coisa. No entanto, aquele viandante desconhecido lhe derramava no íntimo
as mais santas consolações. Onde ouvira noutros tempos aquela voz meiga e
caridosa?!
Que emoções eram aquelas que lhe faziam pulsar o coração de
tanta caricia? Seus olhos se umedeceram de ventura, sem que conseguisse
explicar a razão de sua terna emotividade.
Foi quando o hospede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e
lhe falou com profundo acento de amor:
– Minha mãe, vem aos meus braços…
A alvorada desdobrava o seu formoso leque de luz quando
aquela alma eleita se elevou da Terra, onde quantas vezes chorava de júbilo, de
saudade e de esperança. Não mais via seu filho bem-amado que certamente a
esperaria, com boas-vindas, no seu reino de amor; mas, extensas multidões de
entidades angélicas a cercavam cantando hinos de glorificação.
Experimentando a sensação de se estar afastando do mundo, desejou rever a Galileia
com os seus sítios preferidos. Bastou a manifestação de sua vontade para que a
conduzissem à região do lago de Genesaré, de maravilhosa beleza. Reviu todos os
quadros do apostolado de seu filho e, só agora, observava do alto a paisagem,
notava que o Tiberíades, em seus contornos suaves, apresentava a forma de um
alaúde. Lembrou-se, então, de que naquele instrumento da Natureza Jesus cantara
o mais belo poema de vida e amor, em homenagem a Deus e à humanidade. Aquelas
águas mansas, filhas do Jordão maravilhoso e calmo, haviam sido as cordas
sonoras do cântico evangélico.
Dulcíssimas alegrias lhe invadiam o coração e já a caravana
espiritual se dispunha a partir, quando Maria se lembrou dos discípulos
perseguidos pela crueldade do mundo e desejou abraçar os que ficariam no vale
das sombras, à espera das caridades definitivas do Reino de Deus. Emitindo esse
pensamento, imprimiu novo impulso as multidões espirituais que a seguiam de
perto. Em poucos instantes, seu olhar divisava uma cidade soberba e maravilhosa,
espalhada sobre colinas enfeitadas de carros puxados por cavalos e monumentos
que lhe provocavam assombro. Os mármores mais ricos esplendiam nas
magnificentes vias públicas, onde as liteiras patrícias passavam sem cessar,
exibindo pedrarias e peles, sustentados por misérrimos escravos.
Mais alguns momentos seu olhar descobria outra multidão
guardada a ferros nos escuros calabouços. Penetrou os sombrios cárceres do
esquilino, onde centenas de rostos amargurados retratavam padecimentos atrozes.
Os condenados sentiram no coração um consolo desconhecido.
Maria se aproximou de um a um, participou de suas angustias e orou com as suas
preces, cheias de sofrimento e confiança . Sentiu-se mãe daquela assembleia de
torturados pela injustiça do mundo. Espalhou a claridade misericordiosa de seu
espírito entre aquelas fisionomias pálidas e triste.
Eram anciães que confiava no Cristo, mulheres que por ele haviam desprezado o
conforto do lar , jovens depunham no Evangelho do Reino toda a sua esperança.
Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir sinceramente desejou deixar-lhe
nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar? Mas
Jesus ensinara que com ele todo o jugo é suave e todo o fardo seria leve,
parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus do que a falsa liberdade nos desvãos
do mundo. Recordou que seu filho deixara a força da oração como um poder
incontrastável entre os discípulos amados. Então rogou ao Céu que lhe desse a
possibilidade de deixar entre os cristãos oprimidos, a força de alegria. Foi
quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento,
lhe disse ao ouvido.
-Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo! ….
Convertamos as nossas dores da Terra em alegria para o Céu…..
Ä triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe
fez vibrar subitamente o coração . De olhos extáticos, contemplado o firmamento
luminoso, através das grades poderosas, ignorando a razão de sua alegria,
cantou um hino de profundo e enternecido amor a Jesus em que traduzia sua
gratidão pelas dores que lhe eram enviadas, transformando todas as suas
amarguras em consoladoras rimas de júbilo e esperança. Daí a instantes, seu
canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no
cárcere, aguardando o glorioso testemunho.
Logo a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as
mulheres, desde este dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm
cantado na terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave
lembrança de nossa Mãe Santíssima…
Por essa razão , irmãos meus, quando ouvirdes o cânticos nos templos das
diversas famílias religiosas do Cristianismo, não vos esqueçais de fazer no
coração um brando silencio, para que a rosa Mística de Nazaré espalhe ai o seu
perfume!
FONTES:
“Recanto das Letras”
Laudenir Ramos
Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos
Xavier, Francisco Candido, Espírito Emmanuel – A caminho da
Luz
Xavier, F.C. Esp. Humberto de Campos – Boa Nova cap. 30
Emmanuel -Paulo e Estevão
Pereira, Ivone Amaral – Memórias de um Suicida
Wikipédia (apenas para
apoio)
Chico Xavier.com
Richard Simonetti
Bíblia de Jerusalém
O povo-sincronicidade
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