A AURA HUMANA
Já estudamos este assunto e até já postamos mas a necessidade de revisão nos fz voltar ao assunto quando alguma colocação é feita erradamente, apesar do entendimento na ocasião.
Muitos de nós, já viram ou tiveram notícia de quadros famosos que apresentam
pinturas de místicos e santos, com auréolas em torno de suas cabeças, ou, às
vezes, circundando o corpo todo. Essa luminescência faz parte de uma crença
antiga na existência da aura, camada luminosa que circunda tanto objetos
inanimados como seres vivos e que pode ser detecta da por algumas pessoas
dotadas de particular sensibilidade visual. Os teosofistas distinguem nela
cinco subdivisões: a aura da saúde, a vital, a cármica, a do caráter e a
espiritual. Segundo a coloração com que a enxergam, os sensitivos podem
descrever os estados emocionais das criaturas observadas. Assim, a vermelho
escura indicaria paixão e sensualidade; a vermelho brilhante, cólera (ira) e
força; a marrom, avareza; a amarela, atividade intelectual superior; a púrpura,
espiritualidade; a rosa, afeição, amor; a azul, devoção espiritual; a verde em
tom mais profundo, simpatia; mais claro, falsidade e ciúme, e assim por diante.
Essas informações foram colhidas de alguns poucos sensitivos que, em seu estado
normal, são capazes de distinguir essa luminescência que envolve as pessoas e
parece emanar dos refolhos da própria alma. Mas foi com o barão Karl von
Reichenbach (1788-1869) que se realizaram os primeiros trabalhos para se
conhecer melhor essa luminescência, que ele denominou eflúvios ódicos. A
designação vem da palavra od, que em sânscrito significa o que penetra tudo.
Dois de seus trabalhos foram traduzidos do alemão para o francês pelo
engenheiro Albert de Rochas, sob o título, Les Phénomenes Odiques (Paris,
Flammarion, 1907) e Le Fluide des Magnetiseurs (Paris, 1891). Embora não tenham
conseguido repercussão no meio científico oficial, os escritos de Remchenbach
influenciaram muito os metapsiquistas da época. O próprio de Rochas traria sua
contribuição à pesquisa do Espírito, com abordagens importantes no campo do
magnetismo, da exteriorização da sensibilidade e da reencarnação. Mas muitos
outros investigadores, como o comandante Darget e o dr. Luys, no final do
século XIX, interessaram-se também pela pesquisa dos eflúvios ódicos, buscando
a comprovação física da aura através de aparelhos especialmente construídos
para essa finalidade. Os vigilantes cientistas oficiais, no entanto, orientados
pelo paradigma reducionista-materialista, desacreditaram esses experimentos,
impedindo, de certa forma, o aprimoramento deles. O médico inglês Walter
Kilner, no final do século passado e começo deste, interessou-se pelo fenômeno
da aura e procurou também desenvolver um método para investigá-la, uma vez que
estava convencido de que poderia fazê-lo, se utiliza desse anteparo colorido e
substâncias adequadas que auxiliassem a visão. Depois de testar várias
substâncias, decidiu-se pela dicianina, que se mostrou mais eficiente, em bora
outras também se prestassem à análise que desejava. A dicianina é um corante de
anilina, extraído do carvão mineral, já utilizado na indústria fotográfica como
sensibilizador para as radiações infravermelhas. Em seu livro A Aura Humana,
Kilner faz sugestões aos pesquisadores para procurarem substitutos da
dicianina, produto caro e difícil de ser encontrado, recomendando que se
concentre a busca entre os corantes de coloração azul, para que se tenha, 190 A
Obsessão e suas Máscaras nos experimentos, menores comprimentos de onda do
espectro e menos proporção de ondas mais longas. Em sua técnica, colocava o
paciente despido, contra um fundo negro e iluminado pela luz intensa do dia;
como observador, postava-se de costas viradas para a fonte luminosa, em geral,
uma janela, mas que lhe permitia controlar ou regular a intensidade da luz,
durante o experimento, e, à sua frente punha uma cuba estreita de material
transparente, contendo uma solução alcóolica de dicianina. Isso bastava para
ver a aura das pessoas, segundo sua observação e a de outras pessoas. Kilner
recomenda, em seu livro, que não se ultrapasse uma hora diária de experimento,
porque, segundo observou, a dicianina age sobre as células fotossensíveis da
retina ou mesmo sobre o nervo óptico, o que a tornaria prejudicial à visão. Mas
o fato é que não se tem certeza quanto a esse mecanismo, como também não se
sabe qual a concentração ideal do corante, uma vez que ele não a especificou.
Descreveu, no entanto, dezenas de auras vistas com o auxílio do anteparo de
dicianina, e, ao que parece, em concentrações variáveis. Teve oportunidade de
reparar diferenças, quanto à forma, entre o homem e a mulher, m as, em ambos,
observou três partes distintas: (1) 1) O duplo eterico: uma camada escura,
transparente e uniforme, que rodeia todo o corpo com espessura em torno de 0,5
a 1 cm. Por vezes, ela pode ser invadida pela segunda camada áunca. 2) A aura
interna. Esta camada áunca é a mais densa, mostra-se relativamente uniforme em
espessura, seja na frente, nas costas ou nos lados, seguindo os contornos do
corpo. Inicia-se normalmente a partir do duplo eterico, porém, pode parecer, às
vezes, como se estivesse em contato com a superfície do corpo. 3) A aura
externa, que começa logo depois da aura interna, tem espessura variável. Está
no extremo limite externo visível da aura. Eventualmente, essas duas últimas
camadas podem aparecer fundidas em uma só auréola. Embora tenha se referido a
uma quarta camada, a aura ultra exterior, Kilner não dá detalhes quanto a ela.
O método e os experimentos indicados em seu livro, estão aí para serem
aprimorados. Em 1939, Semyon Kirlian e sua mulher Valentina, trabalhando em Krasnodar,
União Soviética, descobriram um efeito especial a partir de eletrografias. Mais
tarde, em 195 8, enviaram relatório ao mundo científico, a respeito de suas
descobertas, mas foi a partir de 1970, com a publicação do livro Experiências
Psíquicas Além da Cortina de Ferro, de Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, que o
chamado efeito Kirlian foi mais amplamente difundido no mundo. Belíssimas fotos
foram obtidas em vários centros de investigação, inclusive no Brasil, com o
pioneirismo do Instituto de Pesquisas Psicobiofísica (IBPP), que obteve a
primeira Kirliangrafia do ocidente, uma eletrografia tirada da folha de um
chuchu. O avanço das pesquisas revelou, porém, que muitos fatores, muitas
variáveis, interfere m no efeito Kirlian, dificultando a repetição dos achados
e invalidando a proposta d e pesquisa científica da aura. É preciso aprimorar
ainda mais a aparelhagem e o método para que as interferências sejam
eliminadas. Certamente, haveria muito mais a dizer sobre esse halo energético,
mas esse desdobramento precisa ser feito em volume à parte, dada a exiguidade
de espaço. Vejamos agora o que aporta sobre o assunto.
Ensina André
Luiz: Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor
microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que
todas as agregações celulares 192 A Obsessão e suas Máscaras emitam radiações e
que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se
constituírem de recursos que podemos nomear por tecidos de força, em torno dos
corpos que as exteriorizam. Por isso, todos os seres vivos, dos mais
rudimentares aos mais complexos, revestem-se desse halo energético, dessa
espécie de atmosfera eletromagnética que tem características próprias conforme
a espécie. No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente
enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se
ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da
personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas
espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura. (3) O pensamento
humano circula por essa túnica eletromagnética, dando-lhe colorido
característico, inerente às vibrações e imagens que produz. Desse modo, a alma
exibe, aí, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes
de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda. Assim, temos nessa
conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada
indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, a maneira
de campo ovoide, não obstante afeição irregular em que se configura, valendo
por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam, com sinais característicos
e em que todas as ideias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram
em vigor e semelhança, como no cinematógrafo comum. Essa fotosfera psíquica,
entretecida em elementos dinâmicos, apresenta-se em cromática v ariada, segundo
a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos e m cores e
imagens que nos correspondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou
deprimentes. Assim é que o halo vital de cada criatura permanece tecido de
correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais,
dentro de normas que correspondem à lei dos quanta de energia e aos princípios
da mecânica ondulatória, que lhes imprimem frequência e cor peculiares. A matéria
mental conserva aí o seu mais amplo poder. Constitui-se, portanto, na nossa plataforma
onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do Espírito,
em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através
da qual somos vistos e examinados pelas Inteligência s Superiores, sentidos e
reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e
auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior â nossa. As simpatias
e antipatias são automáticas, não há necessidade de palavras. E por essa
couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência
constrói seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na Terra,
considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para
corresponder-se com o s homens liberados do corpo físico. Desde tempos
imemoriais, quando a permuta entre os Espíritos foi iniciada no mundo, a
apresentação da própria aura realizava a seleção: os homens melhores atraíam
para si os Espíritos humanos melhorados; e os homens rebeldes às leis de Deus,
acumpliciavam-se com entidades da mesma espécie. Assim, as ondas de pensamento,
por suas características de frequência e trajeto, natureza e objetivo,
enovelavam-se umas às outras; iniciando os núcleos de progresso dos homens
nobres que assimilaram as correntes mentais dos Espíritos Superiores, para
gerar trabalho edificante e educativo. E também foi assim a associação ou
simbiose das almas estacionárias que se rebelaram 194 A Obsessão e suas
Máscaras contra os imperativos da evolução, estabelecendo obsessões
lamentáveis. Fica claro, nessa análise que a intuição foi o sistema inicial de
intercâmbio. (11) Edith Fiore, em sua obra. Possessão Espiritual enfatiza para
os seus pacientes o valor dessa couraça: A aura está para a dimensão emocional,
mental e espiritual de uma pessoa como o sistema de imunização está para o
corpo físico. E assim como o sistema de imunização enfraquecido deixa o indivíduo
suscetível a doenças e infecções, assim uma aura enfraquecida gera
vulnerabilidade à invasão de espíritos. (12) O estudo do pensamento vai
possibilitar mais amplas descobertas sobre a aura e, consequentemente, sobre o
conhecimento de nós mesmos.
Fontes:
Obsessão e suas
máscaras
Dra. Marlene
Nobre
Artigos de
Hernani Guimarães Andrade, sob o pseudônimo de Lawrence Black Smith
Evolução em Dois
Mundos
Mundo Maior
Possessão
Espiritual
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