POR QUE MOISÉS DEMOROU 40 ANOS
PARA ATRAVESSAR O SINAI, QUE SÓ TEM 200 KM DE LARGURA?
Moisés demorou 40 anos para atravessar o deserto do Sinai com os
israelitas, que fugiam da escravidão no Egito. Ele morreu pouco antes de entrar
no seu destino, a Terra Prometida. Quem entrou na terra prometida com o povo
foi Josué.
Depois da morte de Moisés, servo de IAHWEH, IAHWEH falou a Josué
filho de Num, auxiliar de Moisés e lhe disse:
"Moisés, meu Servo, morreu; agora
levanta-te Atravessa este Jordão, tu e todo este povo, para a terra que dou aos
Israelitas. Todo lugar que a planta dos vossos pés pisar eu vo-lo dou, como
disse a Moisés. Desde o deserto e o Líbano até o grande rio, o Eufrates, toda a
terra dos eteus, e até o grande mar, no poente do sol, será o vosso território
(segundo o livro de Josué, diferentemente do livro dos Juízes, a conquista deve
ser obra de todo o povo, e não o resultado dos esforços isolados das tribos).
Ninguém te poderá resistir durante a tua vida;
assim como estive com Moisés, estarei contigo, jamais te abandonarei, nem te
desampararei.
Sê firme e corajoso, porque farás este povo herdar a terra que a
seus pais jurei dar-lhes. Tão somente sê de fato firme e corajoso, para teres o
cuidado de agir segundo toda a lei que te ordenou Moises, meu servo. Não te
apartes dela, nem para a direita, nem ´para a esquerda, para que triunfes em
todas as tuas realizações (Josué 1:1,7)
Nota: Acreditamos que aí está a base da eterna guerra entre a
diminuta e reduzida faixa de gaza imposta por Israel sob a proteção dos USA.
Acontece que o Sinai ocupa uma península de apenas 200 quilômetros
de largura. A estrada que liga o norte do Egito à Palestina pode ser percorrida
em duas horas de carro. Dá para ir e voltar no mesmo dia. Por que então a
epopeia de Moisés se estendeu por tanto tempo?
A explicação contida na Bíblia e na Torá judaica é a de que os
israelitas tiveram de vagar esse tempo todo como punição.
Deus ficou bravo porque alguns murmuravam contra ele e decidiu que todos ali,
com raras exceções, deveriam morrer antes de entrar na Terra Prometida. Só seus
filhos poderiam fazê-lo. O que complica a história são os absurdos que
nascem daí.
O texto sagrado fala que 600 000 homens
cruzaram o Mar Vermelho para o Sinai. Incluindo mulheres, crianças e idosos,
eles poderiam passar de 3 milhões – o equivalente a toda a população do Egito
na época. Porém, por mais que arqueólogos tenham
escavado o Sinai, até agora não se depararam com um único vestígio de Moisés e
de seus seguidores. Nenhuma sepultura, objeto ou inscrição em uma pedra foi
achado.
Como todo esse povo teria se alimentado? Segundo a Bíblia, foi com
maná, um pão que descia do céu com o orvalho e tinha sabor de bolo de mel.
Nenhuma explicação razoável foi dada até hoje sobre o que seria isso.
Com tantas dúvidas e contradições, é natural suspeitar que
a narrativa fala de algo que não
aconteceu. O texto, por exemplo, sequer dá a localização do Monte Sinai, onde
Moisés teria recebido os dez mandamentos de Deus. “Como o ponto do Monte Sinai
pode ter se apagado da memória a ponto de ninguém hoje estar certo de
sua localização, mesmo sendo o mais importante local para a história religiosa
de Israel? Por que o Monte Sinai não tem sido um lugar regular de peregrinação
e um centro de culto ao longo da história antiga de Israel?, pergunta o
arqueólogo egípcio James Hoffmeier no livro Ancient
Israel in Sinai (Oxford
University Press). Até nome da montanha aparece de duas formas: Horeb e Sinai.
Também não há nos documentos egípcios qualquer referência sobre o
êxodo dos judeus que teria acontecido “aos olhos de todos”. Por fim, em lugar algum da Bíblia se diz qual seria o nome do faraó ou
do rei do Egito que perseguiu o grupo no início da empreitada. Na novela Os Dez Mandamentos, da TV Record, ele foi batizado de Ramsés.
Então fica combinado assim. Para os que acreditam que a Bíblia ou
a Torá contêm a verdade e se bastam, a história de Moisés é plenamente
aceitável. Para os que acham que é preciso algo mais, a travessia ainda carece
de alguma comprovação para ganhar veracidade.
FONTE:
Veja
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