sexta-feira, 25 de setembro de 2020

FICA EM CASA

 

* FICA EM CASA*

    

Fazem 2300 anos, muito antes do Islã, os árabes descobriram que obrigar as pessoas a cobrir o nariz e a boca, quebrava sua vontade e individualidade, e as despersonalizava.

As tornavam mais submissas. Por isso impuseram a toda mulher o uso obrigatório de um véu sobre o rosto.

Logo o Islã converteu isso em um símbolo de submissão da mulher à Alah, ao homem dono do Harem, e ao Rei.

A psicologia moderna explica isso: sem um rosto não existimos como Seres independentes. A criança se olha no espelho entre dois e três anos e se descobre como um ser independente. Poucos animais prestam atenção no espelho, somente os golfinhos e os chimpanzés, o restante somente se individualiza por outros meios, por exemplo seu olfato...

Aquele que não conhece a sua história está condenado a repeti-la...

*FICA EM CASA *:

Que nós te deixaremos sem trabalho e levaremos tua empresa a bancarrota, essa que te custou tantos anos em criar.

*FICA EM CASA *:

Que nós decidimos por ti; a que horas podes sair e em que condições.

*FICA EM CASA *:

Que "nós" (teus donos) decidiremos como vais morrer e quando.

*FICA EM CASA *:

Mesmo que não tenhas dinheiro para comprar comida.

*FICA EM CASA *:

Mesmo que restem poucos anos de vida à tua mãe ela te necessite.

*FICA EM CASA *:

E não veja teus netos com dúvida que talvez te contagiem.

*FICA EM CASA *:

Mas ainda assim tens que seguir pagando teus impostos mesmo que não geres entradas.

*FICA EM CASA *:

Enquanto nós criamos cortinas de fumaça para que te distraias e vivas confuso com coisas banais e absurdas, e não vejas o que realmente estamos fazendo com teus direitos.

*FICA EM CASA *:

Enquanto reinventamos a economia tirando-te teu meio de sobrevivência, porque não podes fazer nada, e te empurraremos algum "estudo" que te faça acreditar que tudo está bem, e os policiais farão com que cumpras “nossas” ordens.

*FICA EM CASA *:

Porque se saíres fora de tua casa corres o risco de morrer de uma gripe com 2% de mortalidade.

*FICA EM CASA *:

Assim podemos executar nosso plano sem escutar protestos, porque de nada te servem teus direitos porque estão restritos.

*FICA EM CASA *:

Assim podemos te controlar melhor com nossos dispositivos aéreos ainda que tu penses que são naves espaciais de outro planeta.

*FICA EM CASA *:

Assim podemos continuar com nossa agenda mundial sem interferências.

*FICA EM CASA *:

Que nós te deixaremos uma lista de entretenimento virtual para que não faças perguntas sobre a nova normalidade.

*FICA EM CASA *:

Que nós estamos trabalhando duro para nos asseguramos de que a cada dia estejas mais distante de teus vínculos e te meteremos mais medos.

*FICA EM CASA *:

E cuidado com o que fazes porque teus vizinhos também atuam como nossos policiais.

*FICA EM CASA *

Não te exponhas à luz solar, nem aos germes, assim terminamos de destruir teu sistema imunológico.

*FICA EM CASA *:

Falando banalidades ao telefone de coisas absurdas enquanto nós escutamos tuas chamadas e nos aproximamos um pouco mais do plano perfeito.

*FICA EM CASA *:

Não uses o pouco dinheiro que te resta, assim o tiramos de circulação e criamos uma só moeda.

*FICA EM CASA*:

Assim podemos subir torres radioativas sem que percebas isso.

*FICA EM CASA *:

E se sair, tens que colocar uma máscara, para gerar separação, não imunidade.

*FICA EM CASA *:

Te afastes de tudo que te faz humano, assim nossa interferência é mais sutil e não encontrarás culpáveis.

*FICA EM CASA *:

Assim vamos estudando teu comportamento já que isso será a nova normalidade.

*FICA EM CASA *:

Como quando o modelo hitleriano dava ordens e as pessoas cumpriam. 

Só que ele fazia isso com armas e nós com teu medo.

*FICA EM CASA *:

Não lutes por teus direitos como cidadão nem por tua família, te queremos dócil, não rebelde.

*FICA EM CASA *:

Sem liberdade, sem trabalho, sem férias, sem capacidade de discernir, sem viagens, sem futuro, sem escola, mas com Netflix.

*FICA EM CASA *:

Enquanto seguimos gestando uma ditadura graças à tua ignorância e tolerância.

*FICA EM CASA *:

Até que te desumanizes por completo e percas a empatia pela tua gente criando uma divisão impossível de remediar.

*FICA EM CASA*:

E REPITA ESTA MENSAGEM MIL VEZES E DIGA PARA OUTROS QUE TAMBÉM REPITAM.

PORQUE DE TANTO REPETIR, VAIS ACABAR ACREDITANDO. 

NÃO POR DOIS MESES OU UM ANO, SENÃO PELO RESTO DE TUA VIDA.

Entera-te, não te querem saudável, te querem escravo.

Pelo VERDADEIRO DESPERTAR E PELA VERDADEIRA LIBERDADE!!!

Fonte:

ZAP

 

INTROITO

 

INTROITO

"O espírito é que vivifica". Sem espírito não há vida, não há sabedoria, não há verdade.

Em todos os seres existe o espírito vivificante. Em todas as coisas realça a iniciativa, que é o resultado, o produto da inteligência que caracteriza o espírito: nas nobres instituições, nos grandes empreendimentos, é o espírito que impera, dirige, mantém, orienta.

Nos animais inferiores e nas criaturas humanas, o espírito é a entidade viva, que domina e equilibra a forma.

Nas instituições, a letra do Código, do Regimento, reveste sempre um escopo determinativo, que se denomina - o "espírito da lei". A lei não se interpreta por si mesma, mas representa a interpretação do "espírito".

O Cristianismo, sob os ditames de Jesus, é uma Religião Viva, representada por um corpo de espíritos que se acham a ele subordinados e que dirigem e animam o Cristianismo.

O Espírito do Cristianismo, que apresentamos aos leitores, é a forma interpretativa da Religião do Cristo, segundo o nosso critério.

No livro Parábolas e Ensinos de Jesus nos esforçamos, tanto quanto possível, para traduzir as parábolas e explicar os ensinos do Senhor, bem como as exposições apostólicas, de acordo com a interpretação espiritual dos trechos, sem nos deixar vencer pela "letra que mata".

No Espírito do Cristianismo, que é um complemento dessa obra, modelamos a interpretação dos capítulos e versículos, em seu conjunto, sem truncar a forma, de acordo com o pensamento íntimo de Jesus Cristo, corporificado nos quatro Evangelhos. Enfim, falamos do Espírito ao espírito livre dos dogmas sectários, das interpretações humanas.

Criada a Religião do Cristo na Revelação, e não podendo esta efetuar-se sem a base da Imortalidade, não quisemos entregar nossa obra à publicidade sem fazê-la preceder de um ligeiro esboço elucidativo do Espírito. Ele não representa mais do que uma resumidíssima síntese da Ideologia Espírita, aclarada com rara maestria pelo grande Missionário, Alan Kardec, e explicada, com lógica e clareza, pelos dois grandes luminares, Gabriel Delanne e Léon Denis, cujas, existências foram das mais profícuas para o engrandecimento da Verdade.

 

ESPÍRITO E MATÉRIA

O homem é um ser inteligente: pensa, sente, quer; odeia e ama; estuda e progride; em seu coração palpitam afetos e do seu cérebro brotam luzes.

O homem é o "rei da criação", título que auferiu pela superioridade da inteligência, que tem sobre a dos animais, que lhe são inferiores.

"O seu corpo: carne, sangue, nervos, ossos, desde as mais tênues camadas do cérebro, até a carcaça óssea, que representa o reino mineral e faz parte do seu organismo, como aliás aconteceu com todos os outros seres, nasce, cresce e morre; transforma-se e modifica-se, pois que é composto desses mesmos elementos imponderáveis que se decompõem, oriundos da matéria cósmica universal: hidrogênio, oxigênio, azoto, carbono, constituintes das variedades da matéria, que se apresentam com nomes de cal, fósforo, sódio, potássio, enxofre, flúor, cobre, chumbo, etc.

Mas, existe no homem um princípio que não deve sua existência à Terra; existe no homem uma luz mais intensa do que a que resulta do fósforo.

Esse princípio é o que constitui seu verdadeiro EU; essa luz não arde no túmulo como um fogo-fátuo; deve, forçosamente, permanecer na Eternidade (a centelha divina da criação protegida e envolvida por um corpo espiritual como chamava Paulo ou Períspirito como chamou Kardec.) Nosso edifício biológico jamais teria movimento se não fosse esse corpo duplo centelha+involucro= Espírito), posto que ao se desprender do corpo material pelo fenômeno da morte, a matéria vira pó e não pode ser recomposta

Tal conclusão não é só um ditame da razão, um aviso prévio do sentimento; mas é o resultado de sábias lições que, durante prolongadas vigílias, aprendemos pela indução e dedução da análise comparativa dos sistemas filosóficos, científicos e religiosos, que passam pela nossa mente como o desenrolar de uma guerra sem tréguas, de exércitos inimigos que se combatem e se aniquilam, deixando, entretanto, imanentes os princípios que não entraram em luta e que, ignorados por uns, e proclamados intuitivamente por outros, atravessam eras e gerações, sem serem atingidos por uma negação lógica e positiva.

Mas, não é só no ápice dessas escolas, umas proclamando soberania da matéria, outras aplaudindo o reinado do Espírito, que nós vemos aparecer esse princípio, que tem animado as gerações, fixando-se através dos tempos.

É também na tela imensa, no grande panorama da vida terrena: com suas grandezas e misérias, suas investidas para a luz e quedas para as trevas, que a Vida se apresenta em sua forma mais positiva, e a alma se realça com um ser que desempenha o seu papel (cada qual na sua esfera de ação) neste planeta que chamamos Terra.

E se deixarmos essa esfera de observação comum, e entrarmos nos domínios da Metafísica e da Metapsíquica, ficaremos admirados ao ver homens de responsabilidade moral e cientifica negarem a existência da alma e chegarem a confundir a ação que esta exerce, com as funções dos órgãos, tomando o efeito pela causa e inutilizando todos os princípios da lógica e do raciocínio, que devem guiar nossos passos na pesquisa da Verdade mas, limitemo-nos a estes anseios da alma à síntese que, à guisa de prefácio, damos a este livro, e comecemos a analisar o pró e o contra referentes ao princípio anímico, ou seja, o princípio da Imortalidade que, segundo afirma Pascal, "é preciso ter perdido todo o sentimento e aniquilado toda a razão, para dele não tratar"

 

FENÔMENOS DA MEMÓRIA

A memória é a faculdade que mais tem atraído a atenção dos filósofos de todas as épocas: "A faculdade misteriosa que reflete e conserva os acidentes, as formas e as modificações do pensamento, no espaço e no tempo. Ela representa essa sucessão de ideias, imagens e acontecimentos que já se esvaíram e ficaram sepultados no passado. Ressuscita-os espiritualmente na mesma graduação pela qual o cérebro os experimentou e a consciência os percebeu e formou."

Aí estão os fenômenos, aí estão os fatos subjetivos, mas reais; como negá-los? Como explicá-los sem a admissão de um princípio imutável que os coordena e expende?

"Thompson, Vierodt, Flourens, dizem que os fatos justificam plenamente a suposição de que o corpo renova a maior parte da sua substância em um lapso de 20 a 30 dias, e acrescentam: "até o ar que respiramos muda a cada instante a composição do cérebro e dos nervos".

Como demonstrar que, apesar dessas mutações contínuas, nos conservamos sempre idênticos?

"Entretanto envelhecemos e sabemos que nosso EU não mudou. No meio das vicissitudes da existência, nossas faculdades podem alargar-se ou alternar-se, e mesmo obliterar-se; nossas predileções podem variar indefinidamente, e nossa conduta apresentar as contradições mais singulares, contudo, estamos persuadidos de que conservamos o mesmo ser primitivo, e temos consciência de que ninguém se colocou em nosso lugar; entretanto, em todos os elementos do nosso corpo, nenhum dos átomos que o constituíam há dez anos atrás subsiste presentemente neles."

Como permanece a memória que temos dos acontecimentos passados?

Foram os fenômenos da memória, e tão somente da memória, que fizeram a Escola Espiritualista proclamar a existência, no homem, de um princípio que é imutável, e cuja natureza indivisível não se acha sujeita, como a da matéria, à destruição.

Conseguintemente, é a alma que conserva a reminiscência dos fatos verificados, assim como favorece as conquistas da inteligência e o desdobramento das virtudes, lentamente adquiridas na luta incessante contra as paixões: 

Até     aqui, nada de novo adiantamos: Aristóteles, Descartes, Leibnïtz, São Tomás de Aquino, Ballanche, Helmont e inúmeros filósofos da Antiguidade proclamaram esta doutrina, ou seja, a doutrina da existência da alma.

Mas, o que é a alma? No que consiste este princípio imutável, cuja natureza indivisível não está sujeita às leis físico-químicas, por não se adstringir ao tempo e espaço?

Não se pode deixar de concluir que a alma não é a resultante do organismo, do corpo, desde que permanece apesar das mutações da matéria, à qual soube resistir e vencer.

Então que será ela? - Uma chama, uma luz, uma estrela, uma nuvem, uma coisa abstrata, que nem ideia de si nos possa dar?

Aqui intervêm o Espiritismo, cujos ensinos constituem a solução do maior de todos os problemas que têm embaraçado os filósofos de todos os tempos.

O homem terreno, por mais ilustrado e perspicaz que seja, não pode perceber nem compreender as coisas Espirituais, senão por manifestações, como dissemos, subjetivas e objetivas, ou sejam, diretas ou indiretas.

A alma de per si, sem uma forma, sem um corpo para sua manifestação passaria, como passam as ondas hertzianas, a matéria radiante, os raios imponderáveis e invisíveis.

Tanto isso é verdade que o filósofo materialista Hartmann disse: "Se se pudesse demonstrar que o Espírito individual persiste depois da morte, eu concluiria daí que, apesar da desagregação do corpo, a substância do organismo persistiria sob uma forma inalienável, porque só com esta condição posso conceber a persistência do Espírito individual."

Pois é justamente isso que o Espiritismo explica, demonstrando por meio de fatos incontestes, que uma substância do organismo persiste sob forma inalienável; e é justamente essa substância que constitui o períspirito corpo espiritual que é inseparável da alma.

Segundo o Espiritismo, a ideia de alma é inseparável da ideia de uma forma que a envolve. Assim como o corpo carnal é parte integrante do homem, o corpo espiritual é parte integrante da alma.

O períspirito não é uma concepção filosófica para remediar complacentemente as dificuldades da investigação é uma realidade física, um órgão que não se conhecia e é hoje constatado até pela chapa fotográfica. A noção do períspirito vem esclarecer o fenômeno da memória, pois ele se nos apresenta como o local dos estados de consciência passados, o armazém de lembranças, a região no qual se faz a fixação mnemônica. Pois bem, o ser pensante continua a existir depois da morte, com esse corpo que é inalienável.

 

AS MANIFESTAÇÕES PÓSTUMAS

O Espiritismo é um campo vasto de estudos; é um repositório, um manancial de sabedoria, único capaz de solucionar todos os problemas da Vida e da Morte.

Pena é que a opinião pública, mal orientada, não veja nele o que, de fato, ele é.

Quanto à Moral, o Espiritismo é o protótipo, o fac-símile da Doutrina de Jesus Cristo; como Filosofia e Ciência, é um sistema maravilhosamente erguido sobre fatos escrupulosamente observados e constatados pelos sábios de maior nomeada e dos mais circunspetos do mundo.

Analisando-se com espírito inteligente, imparcial, mesmo prevenido, os fenômenos de aspectos múltiplos, chamados supranormais, sejam os casos de materializações, transportes, levitações, fotografias (que constituem os fenômenos objetivos); sejam as comunicações faladas ou escritas pelos médiuns (que constituem fenômenos subjetivos), não se pode deixar de chegar à conclusão da sobrevivência da alma, com todas as suas prerrogativas e aquisições.

Seria mesmo estultícia negar tais fatos ou lhes querer dar explicação diversa da que eles mesmos exprimem.

A constância, a persistência dessas manifestações, o caráter que exprimem, tudo nos induz a crer que o EU Subsisto à morte do corpo, assim como perante às renovações contínuas das substâncias que o mantêm durante a influência vital, que não permite a desagregação das suas células.

Assim, pois, o método indutivo, que é a regra geral para o estudo dos fatos que se verificam em todos os ramos da Ciência, confirma categoricamente o que o Espiritismo ensina sobre a existência e imortalidade do Espírito.

Encaremos agora nossa tese sob outro prisma: a dedução.

Comecemos do maior para o menor; do grande para o pequeno; do Macrocosmo para o Microcosmo; do ômega para o alfa; da causa para os efeitos; do princípio para as consequências; do geral para o particular.

Ao contemplarmos os vastos horizontes que cobrem aa imensas paisagens, o céu infinito recamado de estrelas, é que notamos quão insignificantes somos neste conjunto da Criação! Entretanto, nos sentimos presos a essa criação, sentimos fazer parte dela; admiramo-la, estudamo-la e aumenta nossa ansiedade por conhecermos os seus enigmas.

É então que, sejam quais forem nossas crenças, seja qual for nossa posição social, sentimos a necessidade de nos conhecer intimamente e de saber as leis que regem nossa existência. Quaisquer que sejam nossas preocupações, sentimo-nos invencivelmente levados a ocuparmo-nos do nosso destino e de saber as leis que o regem.

É no contato com a Natureza, essa sublime criação de Deus, que a alma se eleva, que a razão se aclara, que o sentimento se abre para aprofundar os mistérios da existência.

Se no meio das cidades populosas essa necessidade domina muitas vezes nosso espírito, com quanto maior força ela se apodera de nós ao nos encontrarmos perante a Natureza eterna!

O que é a Terra? O que é esse firmamento marchetado de estrelas que cintilam sobre nossas cabeças?

Esses sítios que perlustramos e que já foram calcados por multidões de homens que, de sua passagem, não deixaram mais que o vestígio do pó dos seus ossos; homens que viveram como nós, que amaram, que sofreram; esses sítios que se vão engrandecendo todos os dias com o trabalho inteligente das gerações, representarão, porventura, uma vasta cloaca onde o progresso, palavra sem significação literal, ergue escolas, edifica monumentos, faz cruzar redes aéreas e subterrâneas para unir os povos e desenvolver civilizações; para logo depois, após alguns anos, fazer desaparecer nos báratros do nada, nos hiantes sorvedouros das trevas, sem aproveitar a quem quer que seja, nem fazer prevalecer a sua obra, para formação, engrandecimento e persistência das inteligências submetidas aos seus ditames, ao seu império dominador?

Por que é para que todo esse movimento contínuo de trabalhos, de lucubrações modernas, de galas e esplendores, de consecução de um ideal, se de todo esse harmonioso conjunto não resulta ao menos uma luz para esclarecer nosso futuro?

Se tudo é matéria e não passa de matéria; se a sabedoria não é mais que uma função do cérebro e a virtude uma vibração do coração, vamos abrir bancarrota à Moral e continuemos a caminhar ao léu da sorte dará, aos barulhos do acaso, sem Deus, sem alma, sem religião, visto que tudo não passa de mera convenção humana!

Para que a vida, se não existe alma? Para que a verdade, se tudo é falsidade? Para que a luz, se as trevas virão dominar até seus últimos reflexos?

Existem, no infinito, globos como o nosso, que obedecem a regras invariáveis e cuja harmonia é tão admirável que não podemos deixar de reconhecer uma profunda sabedoria presidindo à sua disposição!

Como admitir sem autoria de uma Inteligência Suprema e Permanente no Universo, essa complicada máquina celeste, que liga em suas órbitas milhões de mundos, com uma regularidade tão poderosamente estabelecida, que a mais fértil imaginação somente com muito esforço pode descobrir as suas leis mais elementares! Quem não fica maravilhado e não estremece de emoção vendo as miríades de estrelas, sóis gigantescos, centros de outros sistemas planetários, pairando no espaço! Quem não se sente admirado pensando no astro em que pousamos, que desliza no éter com a velocidade superior à de uma bala de canhão, e sem outro ponto de apoio que não seja a atração de um astro longínquo! Quem não compreenderá que a harmonia não pode nascer do caos, e que a casualidade, a força-cega não pode engendrar a ordem e a regularidade?!

 

A Ciência Moderna nos veio abrir novos horizontes à inteligência. Ela nos diz que, desde o tempo em que a Terra não era mais que uma porção de matéria cósmica, efetuaram-se nela infinitas metamorfoses, até produzir-se o resultado que nos é dado conhecer na época atual. Não se pode, pois, negar o desenvolvimento da vida, através dos períodos geológicos; e, em virtude dessa progressão, desse aperfeiçoamento contínuo, ininterrupto do nosso mundo, que vai do simples para o concreto, do mínimo para o máximo, da fealdade para a beleza e harmonia, poderemos negar a arte denunciadora da Inteligência que tudo modela, que tudo aperfeiçoa?

Seja no plano físico, seja na esfera animal, seja na manifestação espiritual do ideal, não há que negar as fases transformativas que precederam o estado atual do nosso mundo, considerado um dos compartimentos da Casa de Deus, e que se vai tornando digno de ser habitado por Espíritos de maior progresso moral e espiritual.

Onde estão as ruas e praças de então, os veículos, terrestres e marítimos que tanto serviço prestaram a nossos avós? Aonde se foram as candeias que os alumiaram, as máquinas medievais de que se serviram, como auxiliares do seu trabalho, como instrumentos dos seus esforços nas lutas cotidianas da aquisição do pão e das vestes?

Nada desapareceu, mas tudo se transformou, tudo melhorou, tudo se aperfeiçoou!

Tudo evolui, tudo progride no Mundo, no Universo, na Natureza! A própria Natureza é testemunha e dá testemunho do progresso, da evolução que constitui a Lei Suprema de Deus.

Partindo do mínimo para o máximo, nós vemos traçadas com letras indeléveis, no plano da Natureza, a palavra: Evolução! Começando do máximo para o mínimo, salienta-se com exuberância a sentença que inspirou o filósofo, para em altos surtos do pensamento glorificar a Deus: Sempre ascendens!

 

Pelo exposto podemos confirmar que a razão, a inteligência, o entendimento, seja pela indução, seja pela dedução, não se podem deixar de curvar à ideia Mater da Imortalidade, que embalou as gerações passadas e abre, atualmente, novos e ilimitados horizontes às gerações futuras.

A Imortalidade é a base única e inamovível, sobre a qual se deve erguer o edifício social e religioso.

Portanto, não poderia o Cristianismo fundar-se em outra qualquer rocha, ou sobre outros quaisquer alicerces.

Na análise indutiva da alma e sua sobrevivência, partindo dos efeitos para as causas, todas as razões, todos os fatos vieram em favor da nossa tese, proclamando o espírito como o fator de todas as ocorrências que se desdobram diariamente às nossas vistas, como que nos despertando para uma ideia mais nobre, para um ideal mais puro do que aquele que limitava nossas ocupações e prazeres.

Na análise dedutiva, do Macrocosmo ao Microcosmo, do Universo ao Homem, tomando como premissas as grandes causas da Verdade Eterna, do mesmo modo, chegamos à conclusão da existência de Deus, como o Grande Fator Primordial de tudo quanto existe, e da existência da alma, base elementar da vida e autora dos fenômenos espíritas e metapsíquicos de que fala a História de todos os tempos.

O estudo do Cristianismo, digno de toda a atenção e observação, está intimamente ligado ao estudo da alma, do espírito. Não se pode compreender as leis morais e sua razão de ser, sem se haver desvendado os mistérios da Psique em suas mais esplendorosas formas.

De fato, o que nos valem os ensinos de Jesus, os exemplos que nos legou de uma vida de pureza, as maravilhas que produziu, se não temos a crença na Imortalidade, se julgamos que tudo se finda com a morte, se o nosso Saduceísmo vai ao ponto de crer que Deus é só para esta existência!

O Apóstolo dos Gentios dizia: "Se cremos em Cristo só para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens."

A Doutrina do Ressuscitado é a manifestação viva da Sobrevivência que já começou a explodir no mundo todo e que se cumprirá em todo o orbe como o Pentecoste no cenáculo de Jerusalém que repercutiu por toda a Judéia.

Escrevendo, pois, este livro, quisemos concorrer, de certa forma, para que a Ideia Religiosa se estreite cada vez mais com a Ideia da Imortalidade, para que o Evangelho mereça um lugar de destaque no nosso coração e aí possa o Espírito de Jesus Cristo erigir a sua cátedra.

Oxalá que nesta humilde obra possam os estudiosos encontrar a Luz que ilumina, a Fé que orienta, a Verdade que alegra e felicita!

EXCLUSIVOS INTUITOS DE JESUS E SEU PENSAMENTO ÍNTIMO

"Eu sou a luz que vim ao mundo, para que o que crê em mim não permaneça nas trevas." (João, XII, 46-“eu a luz vim ao mundo para que aquele que crê em mim, não permaneça nas trevas.)

"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas..." (João X, 11-“ eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas.)

"Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida." (João VIII, 12-“de novo Jesus lhe falava: ”Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andara nas trevas, mas terá a luz da vida””)

"Se alguém tiver sede venha a mim e beba" (João VII, 37-no último dia da festa, o mais solene, Jesus de pé disse em voz alta: “se alguém tem sede venha a mim e beberá””.)

"Eu sou o pão vivo que desci do céu." (João, VI, 51-“eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer desse pão vivera para sempre., o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo”.)

"Eu sei, respondeu a mulher, que vem o Messias (que se chama Cristo); quando ele vier, anunciar-nos-á todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo" (João, IV, 25-26-“ a mulher lhe disse: sei que vem um Messias (que se chama Cristo). Quando ele vier nos explicará tudo., disse-lhe Jesus. “Sou eu, que falo contigo””!)

"Como João no cárcere tivesse ouvido falar nas obras do Cristo, mandou pelos seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que há de vir, ou é outro o que devemos esperar?"

"Respondeu Jesus: Ide contar a João o que estais ouvindo e observando: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados; aos pobres anunciasse-lhes o Evangelho; bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço." (Mateus, XI, 1-6.-“quando Jesus acabou de dar instruções a seus doze discípulos, partiu dali para ensinar e pregar, nas cidades deles.

João ouvindo falar, na prisão, a respeito das obras de Cristo, enviou-lhe alguns dos seus discípulos para lhe perguntarem: és tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro? Jesus respondeu-lhes ide contar a João o que ouvis e vedes: os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem; os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. E bem-aventurado aquele que não se escandalizar por causa de mim”)

"João, chamando dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar: És tu aquele que há de vir, ou havemos de esperar outro? Quando esses homens chegaram a Jesus, disseram: João Batista enviou-nos para perguntar: És tu aquele que há de vir, ou havemos de esperar outro? Na mesma hora curou Jesus a muitos de moléstias, de flagelos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. Então lhes respondeu.

"Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, aos pobres anunciasse-lhes o Evangelho; e bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço." (Lucas VII, 19-23.)

"A ninguém sobre a Terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está no Céu. Nem queirais ser chamados mestres, porque só um é o vosso mestre, o Cristo." (Mateus XXIII, 9-10-“ao ouvir tais palavras, Jesus ficou admirado e, voltando-se para a multidão que o seguia disse: ” eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. E ao voltarem para casa os enviados encontraram o servo em perfeita saúde.”.)

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." (João XIV, 6.)

As palavras de Jesus excluem antecipadamente todas as ideias falsas que se possam fazer sobre Ele e o seu escopo primordial.

O motivo exclusivo da sua vinda a este mundo foi, como profetizou Isaías, fazer raiar a Luz aos que se achavam na região da morte: dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da Estrada da Vida, animá-los e vivificá-los, finalmente, apresentar-se a todos como o Modelo, o Paradigma, o Enviado de Deus, o único Mestre capaz de legar um ensino puro e perfeito, o verdadeiro representante da Verdade que redime e salva. Daí a sua sentença: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai ao Pai senão por mim."

Querendo excluir de si mesmo toda a primazia divina, Ele não se apresenta, apesar da sua incomparável missão, como sendo Deus, o Pai, mas, sim, como um seu Enviado - o Cristo.

Os intuitos da sua vinda ao mundo não foram, pois, o de ser deificado, o de que se levantassem igrejas ou catedrais em seu nome, nem se fizesse dos seus ensinos uma religião hierárquica, em que dominasse o formalismo, regida por um ritual.

Ele apresentou-se no cenário terrestre como o Médico que deveria restabelecer a saúde das almas; como o Pregoeiro a anunciar a todos o Reino de Deus; como um eleito do Céu, cheio de amor e poder para dominar Potestades e Elementos.

A interpelação dos Mensageiros de João, a sua resposta foi categórica: "Ide contar a João o que estais ouvindo e observando."

Humilde em extremo, mas de uma energia inquebrantável; bondoso, mas justiceiro; estrito cumpridor dos seus deveres; trabalhador incansável, cujos feitos soube tão brilhantemente unir à sua Palavra Redentora, a ponto de chegarem a aclamá-lo Deus, estamos certos não poder Jesus ser solidário com uma "religião" de franjas, de paramentos, de dogmas, que não condiz com o Verbo que reboou no Carmelo e resplandeceu no Tabor, livre de todas as pompas que pudessem desnaturar a sua beleza natural.

Sua Doutrina é mais do que igrejas e sacerdotes, mais do que catecismos e sacramentos, mais do que todo e qualquer princípio de partidarismo que divide a família humana em vez de reuni-la sob um só preceito de moral, abrangendo a obediência a Deus e o Amor ao próximo.

Jesus não só é a Luz do Mundo, o Sal da Terra, a Água Viva, o Pão, o Suco da Videira, mas, todos esses atributos que o Mestre Galileu conferiu a si mesmo e não representam outra coisa senão a Sua Doutrina, o Verbo que nele se fez carne e habitou entre nós.

Não transviemos o pensamento íntimo de Jesus, dedicando-lhe honrarias e títulos que Ele não usou, e nem revistamos a Sua Palavra de preceitos e de roupagens que só podem desnaturá-la.

"O discípulo não pode ser mais do que o Mestre" e só nele permaneceremos se a Sua Palavra permanecer em nós, livre dos abusos de interpretações e do dogmatismo bastardo que transvia as almas e obscurece o Seu Evangelho.

Finalmente, o pensamento íntimo do Mestre quando veio a esse mundo, não teve intuitos glorificadores, mas de concorrer para que essa Religião Sublime do Amor a Deus e ao Próximo se tornasse conhecida de todos e pudesse, em breve tempo, substituir os fermentos farisaicos que até hoje ainda envenenam a Humanidade.

FONTE:

Caibar Schutel

Bíblia de Jerusalém