terça-feira, 8 de setembro de 2020

PERDÃO DAS OFENSAS

 

PERDÃO DAS OFENSAS

Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem

O perdão de Deus está na reencarnação, onde é exercida toda justiça, bondade, misericórdia, amor, permitindo que aquele espírito retorne a carne para resgatar seus erros.

 

Existem duas maneiras de se perdoar:

·        Uma que se faz apenas com os lábios, mas que sente um certo prazer quando algo lhe acontece. 

·        Outra que se faz com o coração, que é o perdão verdadeiro. O perdão verdadeiro, que Paulo chama de "perdão cristão", é o que lança um véu sobre o passado e é esse perdão que devemos começar a treinar.

 

Em que o perdão se aproxima da Lei de Amor?

A Lei do Amor é a maior das Leis, a ela todas as outras Leis estão subordinadas. Jesus nos ensinou que para termos o Reino de Deus em nós é necessário amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Não é possível amarmos ao nosso próximo com o coração repleto de rancor e mágoas. Todos fomos criados pelo Pai de Amor e o Amor é o nosso destino.

Por sei a Lei de Deus é o sistema de Deus onde muitos espíritos criados não quiseram ingressar ocorrendo aquilo que se convencionou chamar de “queda dos anjos”, porque criados a imagem e semelhança de Deus de sua essência divina todos eram espíritos puros, bastando aceitar seu sistema para permanecermos.

Mas o orgulho a vaidade a ganancia e vontade de ser igual a Deus os incriados (Que existe sem ter sido criado) se rebelaram e caíram energeticamente na matéria sub universo que Deus criou para ampara-los, tornando-=se simples e ignorantes e sujeitos a várias reencarnações, para retornarmos ao sistema divino.

 

Jesus nos legou uma beleza de ensinamento sobre o esforço que temos que fazer em nos melhorar justamente através do perdão, quando disse a Pedro que deveríamos perdoar nosso irmão não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Enquanto não perdoamos, não nos livramos dos fluidos grosseiros que mais estão ligados à animalidade do que a delicadeza de sentimentos.

 

Justamente ao perdoarmos setenta vezes sete, ou seja, infinitamente estamos cumprindo a maior das Leis, a Lei de Amor, tal qual nos ensinou Mestre Jesus.

 

"Perdoar os inimigos (desafetos) é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que ficamos melhor."

 

Na hora da cólera, você exclamou: "Vingar-me-ei!" E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.

Humilhado pela ignorância, você retrucou: "Infeliz perseguidor!" E desperdiçou o ensejo de iluminar em silêncio

Esbofeteado pela agressividade da intolerância, você reagiu: "Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!" E jogou fora a lição do sofrimento.

Dominado pela preguiça, você justificou: "Amanhã farei a assistência programada." E esqueceu que agora é a hora da ação edificante.

Acuado pela perseguição geral, você indagou: "Por que Deus me abandonou?" E não enxergou a divina presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.

Aturdido pela maledicência, você desabafou: "Ninguém presta!" E feriu, sem motivo, muitas almas boas, generalizando a invigilância e a crueldade.

Esmagado pela pobreza, você inquiriu: "Onde o socorro celeste?" E atestou o apego às coisas terrenas.

Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: "Só os maus vencem!" E desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de infâmia onde Ele pereceu.

Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: "Estou perdido!" E não se recordou daquele que é o nosso caminho.

Entretanto, poderia dizer sempre: "Em ti confio, Senhor, e a ti me entrego." Ele, nunca abandona os que nele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.

Quando os tempos chegaram, chegou também a hora de transformar os instintos em sentimentos

Psicografia: Divaldo Pereira Franco

 

A nossa maior dificuldade, em relação ao perdão, às ofensas é a falta do entendimento de que nós somos os primeiros a sermos beneficiados por esse ato de misericórdia, pois aquele que não perdoa, claro que guarda mágoa, partindo para os distúrbios orgânicos.

 Joanna de Ângelis afirma que "Muitas distonias são resultado do veneno da Mágoa, que gerando altas cargas tóxicas sobre a máquina mental produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com tristes conseqüências nos aparelhos circulatório, digestivo e nervoso. ”

 

Vai mais longe quando diz que "A ilusão é o anestésico da alma."

 

A primeira ilusão que nos apresenta, é que somos melhores do que aquele que nos ofendeu, ou ainda que, somos perfeitos; isso não acontece comigo e não tenho nenhuma necessidade de que Deus me perdoe, pois, já sabemos, que seremos perdoados à medida que perdoarmos os nossos ofensores.

 

Mais uma vez Joanna: "O despertar de valores internos é, de uma certa forma, dilacerador." E nos traz o exemplo da semente, que para se transformar em uma árvore tem que romper a barreira de sua própria casa e da terra para ir em busca da luz.

 

Nesse caso, a dor funciona como recurso para desenvolvimento de uma virtude. O perdão se torna possível quando não permitimos mais, que a dor do passado possa reger nossa vida.

 

Dois soldados foram capturados pelos adversários e sofreram muitos flagelos. Anos após o fim da guerra, se encontraram e conversaram:

- Você conseguiu perdoar os inimigos?

- Não! E você, conseguiu?

- Depois de muito esforço, consegui.

- Eu não. Penso todos os dias em tudo o que passamos naquele período.

Então, meu caro amigo, continua prisioneiro da guerra e mais ainda, uma muito pior a de você contra você mesmo.

Eu já consegui esquecer e curto a minha liberdade.

 

A gente chega a conclusão que perdoar significa libertar-se do passado, aproveitar as experiências do presente e planejar o futuro.

 

A questão 642, de O Livro dos Espíritos é clara: "Não basta deixar de fazer o mal, mas fazer o bem no limite de nossas forças, porque cada um responderá por todo o mal que resulte do bem que não haja feito."

 

Quantas vezes perdoarei as faltas cometidas por aqueles que insistem em nos ofender? Essa pergunta foi feita por Pedro, ao Senhor Jesus e ele lhe disse: "Não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes". O que significa infinitamente, indefinidamente, tantas vezes quantas forem necessárias, pois não há limites para o perdão.

 

A TERAPIA DA PRECE como forma de nos harmonizar, é muito importante pois a prece refaz os sentimentos de paz e serenidade, facilitando a harmonização interior.

 

Cada infração cometida às leis divinas é uma ofensa, para com o Pai, e cada dívida contraída será paga na mesma moeda. Ação e Reação.

 

Jesus no início de seu postulado foi convidado a descansar em Naim, perto de Magdala, na casa de um Fariseu chamado Simão, quando uma mulher pecadora, entrou e lavou seus pés com lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e ungiu-os com óleo.

Simão havia convidado o Mestre com intenção de pegá-lo em alguma falta: Se Ele fosse um profeta saberia que a mulher que lhe toca é uma pecadora.

Jesus lendo o pensamento propôs:

Um credor tinha dois devedores.

Um lhe devia 50 dinheiros e o outro 500. Como não havia como pagarem o credor perdoou os dois.

Qual dos dois haverá de amá-lo mais?

Simão disse que pensava ser o que mais devia.

Julgaste bem!

Vê esta mulher?

Entrei em tua casa e não me destes água para os pés. Não me destes ósculos, mas ela não para de beijar meus pés.

Não me destes óleo, mas ela ungiu meus pés.

Seus muitos pecados lhe são perdoados porque muito amou.

Perdão das ofensas é perdoar aos inimigos

E perdoar os inimigos é perdoar primeiro a si mesmo.

Joanna nos diz que só através do perdão verdadeiro é que aprenderemos a amar.

Fontes:

Bíblia de Jerusalém

Livro dos Espíritos

Divaldo Pereira Franco

Martins Peralva

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