PERDÃO DAS OFENSAS
Pai, perdoa-lhes
porque não sabem o que fazem
O perdão de Deus está
na reencarnação, onde é exercida toda justiça, bondade, misericórdia, amor,
permitindo que aquele espírito retorne a carne para resgatar seus erros.
Existem duas maneiras
de se perdoar:
·
Uma
que se faz apenas com os lábios, mas que sente um certo prazer quando algo lhe
acontece.
·
Outra
que se faz com o coração, que é o perdão verdadeiro. O perdão verdadeiro, que
Paulo chama de "perdão cristão", é o que lança um véu sobre o passado e é esse perdão que devemos
começar a treinar.
Em que o perdão se aproxima
da Lei de Amor?
A Lei do Amor é a
maior das Leis, a ela todas as outras Leis estão subordinadas. Jesus nos
ensinou que para termos o Reino de Deus em nós é necessário amarmos a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Não é possível amarmos ao
nosso próximo com o coração repleto de rancor e mágoas. Todos fomos criados
pelo Pai de Amor e o Amor é o nosso destino.
Por sei a Lei de Deus
é o sistema de Deus onde muitos espíritos criados não quiseram ingressar
ocorrendo aquilo que se convencionou chamar de “queda dos anjos”, porque
criados a imagem e semelhança de Deus de sua essência divina todos eram
espíritos puros, bastando aceitar seu sistema para permanecermos.
Mas o orgulho a
vaidade a ganancia e vontade de ser igual a Deus os incriados (Que existe
sem ter sido criado) se rebelaram e caíram energeticamente na matéria sub
universo que Deus criou para ampara-los, tornando-=se simples e ignorantes e
sujeitos a várias reencarnações, para retornarmos ao sistema divino.
Jesus nos legou uma
beleza de ensinamento sobre o esforço que temos que fazer em nos melhorar
justamente através do perdão, quando disse a Pedro que deveríamos perdoar nosso
irmão não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Enquanto não perdoamos, não
nos livramos dos fluidos grosseiros que mais estão ligados à animalidade do que
a delicadeza de sentimentos.
Justamente ao
perdoarmos setenta vezes sete, ou seja, infinitamente estamos cumprindo a maior
das Leis, a Lei de Amor, tal qual nos ensinou Mestre Jesus.
"Perdoar os
inimigos (desafetos) é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é
dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que ficamos
melhor."
Na hora da cólera,
você exclamou: "Vingar-me-ei!" E perdeu uma feliz oportunidade de
exercitar o perdão.
Humilhado pela
ignorância, você retrucou: "Infeliz perseguidor!" E desperdiçou o
ensejo de iluminar em silêncio
Esbofeteado pela
agressividade da intolerância, você reagiu: "Nunca mais terás outra
ocasião de ferir-me!" E jogou fora a lição do sofrimento.
Dominado pela
preguiça, você justificou: "Amanhã farei a assistência programada." E
esqueceu que agora é a hora da ação edificante.
Acuado pela
perseguição geral, você indagou: "Por que Deus me abandonou?" E não
enxergou a divina presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.
Aturdido pela
maledicência, você desabafou: "Ninguém presta!" E feriu, sem motivo,
muitas almas boas, generalizando a invigilância e a crueldade.
Esmagado pela
pobreza, você inquiriu: "Onde o socorro celeste?" E atestou o apego
às coisas terrenas.
Ante a felicidade
aparente dos levianos, você disse: "Só os maus vencem!" E
desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de infâmia onde Ele
pereceu.
Ao impacto de
acusações injustas, você baqueou: "Estou perdido!" E não se recordou
daquele que é o nosso caminho.
Entretanto, poderia
dizer sempre: "Em ti confio, Senhor, e a ti me entrego." Ele, nunca
abandona os que nele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.
Quando os tempos
chegaram, chegou também a hora de transformar os instintos em sentimentos
Psicografia: Divaldo
Pereira Franco
A nossa maior
dificuldade, em relação ao perdão, às ofensas é a falta do entendimento de que
nós somos os primeiros a sermos beneficiados por esse ato de misericórdia, pois
aquele que não perdoa, claro que guarda mágoa, partindo para os distúrbios
orgânicos.
Joanna de Ângelis afirma que "Muitas
distonias são resultado do veneno da Mágoa, que gerando altas cargas tóxicas
sobre a máquina mental produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com tristes
conseqüências nos aparelhos circulatório, digestivo e nervoso. ”
Vai mais longe quando
diz que "A ilusão é o anestésico da alma."
A primeira ilusão que
nos apresenta, é que somos melhores do que aquele que nos ofendeu, ou ainda
que, somos perfeitos; isso não acontece comigo e não tenho nenhuma necessidade
de que Deus me perdoe, pois, já sabemos, que seremos perdoados à medida que
perdoarmos os nossos ofensores.
Mais uma vez Joanna:
"O despertar de valores internos é, de uma certa forma, dilacerador."
E nos traz o exemplo da semente, que para se transformar em uma árvore tem que
romper a barreira de sua própria casa e da terra para ir em busca da luz.
Nesse caso, a dor
funciona como recurso para desenvolvimento de uma virtude. O perdão se torna
possível quando não permitimos mais, que a dor do passado possa reger nossa
vida.
Dois soldados foram
capturados pelos adversários e sofreram muitos flagelos. Anos após o fim da
guerra, se encontraram e conversaram:
- Você conseguiu
perdoar os inimigos?
- Não! E você,
conseguiu?
- Depois de muito
esforço, consegui.
- Eu não. Penso todos
os dias em tudo o que passamos naquele período.
Então, meu caro
amigo, continua prisioneiro da guerra e mais ainda, uma muito pior a de você
contra você mesmo.
Eu já consegui
esquecer e curto a minha liberdade.
A gente chega a
conclusão que perdoar significa libertar-se do passado, aproveitar as
experiências do presente e planejar o futuro.
A questão 642, de O
Livro dos Espíritos é clara: "Não basta deixar de fazer o mal, mas fazer o
bem no limite de nossas forças, porque cada um responderá por todo o mal que
resulte do bem que não haja feito."
Quantas vezes
perdoarei as faltas cometidas por aqueles que insistem em nos ofender? Essa
pergunta foi feita por Pedro, ao Senhor Jesus e ele lhe disse: "Não sete
vezes, mas setenta vezes sete vezes". O que significa infinitamente,
indefinidamente, tantas vezes quantas forem necessárias, pois não há limites
para o perdão.
A TERAPIA DA PRECE
como forma de nos harmonizar, é muito importante pois a prece refaz os
sentimentos de paz e serenidade, facilitando a harmonização interior.
Cada infração
cometida às leis divinas é uma ofensa, para com o Pai, e cada dívida contraída
será paga na mesma moeda. Ação e Reação.
Jesus no início de seu
postulado foi convidado a descansar em Naim, perto de Magdala, na casa de um
Fariseu chamado Simão, quando uma mulher pecadora, entrou e lavou seus pés com
lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e ungiu-os com óleo.
Simão havia convidado
o Mestre com intenção de pegá-lo em alguma falta: Se Ele fosse um profeta
saberia que a mulher que lhe toca é uma pecadora.
Jesus lendo o
pensamento propôs:
Um credor tinha dois
devedores.
Um lhe devia 50
dinheiros e o outro 500. Como não havia como pagarem o credor perdoou os dois.
Qual dos dois haverá
de amá-lo mais?
Simão disse que
pensava ser o que mais devia.
Julgaste bem!
Vê esta mulher?
Entrei em tua casa e
não me destes água para os pés. Não me destes ósculos, mas ela não para de
beijar meus pés.
Não me destes óleo,
mas ela ungiu meus pés.
Seus muitos pecados
lhe são perdoados porque muito amou.
Perdão das ofensas é
perdoar aos inimigos
E perdoar os inimigos
é perdoar primeiro a si mesmo.
Joanna nos diz que só
através do perdão verdadeiro é que aprenderemos a amar.
Fontes:
Bíblia de Jerusalém
Livro dos Espíritos
Divaldo Pereira
Franco
Martins Peralva
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