Procuram partículas e partículas, bósons, quarks, quanta, enfim a busca não para. É bom que não pare para que cheguem à partícula que está bem perto, ou melhor, dizendo, dentro de cada um: FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL, a maior força de coesão que existe, a maravilhosa sensação, Deus, que acompanha suas criaturas bem de pertinho, dentro delas mesmas, para que não se percam e as traz de volta ao Seu seio. Amor infinito e sem medidas.) bom não esquecer que fomos feitos a imagem e semelhança do criador de sua essência divina)
Fluido
Universal
“O vácuo
absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
‘Não, não
há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos
sentidos e aos instrumentos.’” (“O Livro dos Espíritos”, questão 36)
O fluido universal,
também referido por fluido cósmico, é a matéria elementar primitiva. Na obra
“Evolução em Dois Mundos” , André Luiz assim discorre a seu respeito:
“O fluido
cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
(...) na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a
energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor
os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e
prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa
autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno
Princípio. Compete-nos, pois, anotar que o fluido cósmico ou plasma divino é a
força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual
já se afirmou, e com toda a razão, que ‘em Deus nos movemos e existimos’”
(Paulo de Tarso, em Atos 17:28).
Tudo o que
existe de matéria, ponderável e imponderável — ou seja, a matéria que forma
nossos corpos densos e perispirituais —, é originário do Fluido Universal.
Considerando matéria como energia tornada visível, também segundo o mesmo autor
e obra acima citados, entende-se que toda energia também advém do Fluido
Universal. O Princípio Inteligente, outra criação divina, se utiliza de todas
essas formas de energia para se manifestar; não é o Princípio Material, mas faz
uso deste.
Como antenas emissoras e receptoras de radiofrequência, emitimos e recebemos
pensamentos constantemente. Nossos pensamentos, como energia que são, se
propagam por meio do fluido universal, razão pela qual Espíritos podem “ouvir”
nossos pensamentos e se afinizar com os mesmos, independente de qualquer
conotação de mediunidade ostensiva.
Na obra “A Gênese”, encontramos diversas explanações acerca do fluido
universal, como, por exemplo:
“Há um
fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria
cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as
forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e
necessárias que regem o mundo.”
“A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e
vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da
eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e,
sobretudo, a eterna geratriz. Absolutamente não desapareceu essa substância
donde provêm as esferas siderais; não morreu essa potência, pois que ainda,
incessantemente, dá à luz novas criações e incessantemente recebe,
reconstituídos, os princípios dos mundos que se apagam do livro eterno. A
substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde pelos espaços
interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos
rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou
menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado
por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é
do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a
Natureza há tirado todas as coisas.
Pesquisas
científicas do final do século XX e primeira década do século XXI indicam que o
Universo não é dotado de vácuo, ou seja, não é vazio, em lugar algum. Também se
constatou que uma radiação de fundo, existente desde a formação do Universo,
está presente em cada canto deste. Foi descoberta uma forma de energia ainda
não detectável fisicamente, porém com sua influência verificável de forma
teórica e prática. Esta se denomina energia escura. Em nossa interpretação, a
partir das constatações de diversos artigos científicos, a energia escura pode
ser um componente do fluido universal ainda em seu estado primitivo, ou seja,
não transformado em outras formas de energia e matéria.
De fato, uma Inteligência Superior preside a
tudo.
“(...) o
universo realmente é repleto de uma radiação em microondas (se os nossos olhos
fossem sensíveis a essa radiação, veríamos um brilho difuso no espaço à nossa
volta) cuja temperatura é de aproximadamente 2,7 graus acima do zero absoluto,
o que coincide exatamente com a expectativa da teoria do big-bang.
Em termos
concretos, em cada metro cúbico do universo — inclusive esse
em que você está — existem em média 400 milhões de fótons que compõem
coletivamente o vasto mar cósmico da radiação em microondas, o eco da criação.”
Allan
Kardec apresentou, aos Espíritos da falange do Consolador, diversas questões
acerca de tal fluido. Vejamos alguns exemplos.
“Será o
fluido universal uma emanação da divindade?
‘Não.’
Será uma criação da divindade?
‘Tudo é
criado, exceto Deus.’
O fluido
universal será ao mesmo tempo o elemento universal?
‘Sim, é o
princípio elementar de todas as coisas.’
(...)
Já disseram que o fluido universal é a fonte da vida. Será ao mesmo tempo
fonte da inteligência?
‘Não, esse
fluido apenas anima a matéria.’
“Como se comunicam entre si os Espíritos?
‘Eles se
veem e se compreendem. A palavra é material: é o reflexo do Espírito. O fluido
universal estabelece entre eles constante comunicação; é o veiculo da
transmissão de seus pensamentos, como, para vós, o ar o é do som. É uma espécie
de telégrafo universal, que liga todos os mundos e permite que os Espíritos se
correspondam de um mundo a outro.’”
“De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?
‘Do fluido
universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos.
Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de
roupa.’
a) — Assim,
quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um
perispírito mais grosseiro?
b) ‘É
necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.’”
Ponderando
sobre as orientações acima, dentre outras, Kardec assim conclui a respeito do
elemento que forma os corpos densos e semimateriais:
“O fluido
cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva,
cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos
corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo, ele assume dois
estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar
o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é,
de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação
do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca,
porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio
entre os dois estados.”
“(...) O corpo perispiritual e o corpo humano têm, pois, sua fonte no mesmo
fluido; um e outro são matéria, conquanto em dois estados diferentes. Assim,
tivemos razão de dizer que o perispírito é da mesma natureza e da mesma origem
que a mais grosseira matéria. Como se vê, nada há de sobrenatural, já que o perispírito
se liga, por seu princípio, às coisas da Natureza, das quais não passa de uma
variedade.
Sendo o fluido universal o princípio de todos os corpos da Natureza, animados e
inanimados e, por conseguinte, da terra, das pedras, razão tinha Moisés quando
disse: “Deus formou o corpo do homem do limo da terra.” [Gênesis 02:07] Isto não
quer dizer que Deus tomou terra, petrificou-a e com ela modelou o corpo do
homem, como se modela uma estátua com argila e como acreditaram os que tomam as
palavras bíblicas ao pé da letra; mas, sim, que o corpo era formado dos mesmos
princípios ou elementos que o limo da terra.
Moisés
acrescenta: “E lhe deu uma alma vivente, feita à sua semelhança.”
[Gênesis 05:01] Ele faz,
assim, uma distinção entre a alma e o corpo; indica que ela é de natureza
diferente, que não é matéria, mas espiritual e imaterial como Deus. Diz: uma
alma vivente, para especificar que nela só está o princípio da vida, ao passo
que o corpo, formado da matéria, por si mesmo não vive. Estas palavras: à
sua semelhança, implicam uma similitude e não uma identidade.
Se Moisés houvesse considerado a alma como uma porção da Divindade, teria dito:
Deus o anima dando-lhe uma alma tirada de sua própria substância, como disse
que o corpo tinha sido tirado da terra.
Estas
reflexões são uma resposta às pessoas que acusam o Espiritismo de materializar
a alma, porque lhe dá um envoltório sem imaterial. ”
Outra
função do fluido universal é a de veículo do pensamento. Compreendendo tal
propriedade, a prece deixa de ser ritual místico e se torna mecanismo lógico de
comunicação, como pontua o Codificador da Doutrina Espírita a seguir:
“O Espiritismo
torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do
pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer
no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre
em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que
ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos
achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma
impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença
de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido
universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser
qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa,
uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao
outro o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia
da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os
Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se
encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem
suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.
Essa
explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da
prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe
inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem
por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em
todas as coisas, único apto a torná-la eficaz. ”
O entendimento de que tudo, mundos e criaturas,
provêm do mesmo Criador, nos traz a noção de todos sermos irmãos. A compreensão
de que, na totalidade do universo, estamos imersos no mesmo fluido universal,
interligando tudo e todos, faz perceber que somos irmãos muito próximos,
estejamos em lados opostos da Terra ou em mundos sitos a milhões de anos-luz de
distância do planeta que ora habitamos.
O que pensamos, dizemos e fazemos, ecoa por
todos os mundos; influi nessa teia energética que a todos interconecta e,
portanto, faz toda a diferença. Nossa escolha por vencer nossas más tendências,
traduzidas por ações em prol do Bem do próximo, irradia vibrações de
frequências mais elevadas — e, portanto, de maior energia — nesse fluido.
Evolui a atmosfera psíquica ao nosso redor e, por extensão, do próprio
Universo. Eis o nosso compromisso.
Referências:
“Evolução em Dois Mundos”. Pelo Espírito André
Luiz.
“A
Gênese”.
Idem, item 17.
http://map.gsfc.nasa.gov/universe/uni_life.html.
Departamento de Astronomia. Instituto de Física.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
http://www.if.ufrgs.br/~thaisa/cosmologia/Constante_Cosmologica1.htm.
"O
Livro dos Médiuns".
“O
Livro dos Espíritos”. Questão 282.
Idem,
Questão 94.
“A Gênese”.
“Revista
Espírita de março de 1866”. “Introdução ao Estudo dos Fluidos Espirituais”.
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