CHICO XAVIER E TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
Chico
Xavier fala sobre a transição planetária
A
conversa abaixo foi feita no dia 5 de janeiro de 1954
P: -
Que pode o irmão dizer-nos a respeito do astro que se avizinha, segundo a
predição de Ramatís?
C X –
Esclarece nosso orientador espiritual que o assunto alusivo à aproximação de um
Planeta ou de Planetas, da zona – ou melhor da aura da Terra – deve, naturalmente, basear-se em estudos científicos,
que possam saciar a curiosidade construtiva das novas gerações renascentes no
mundo. (Ver: Planeta
X)
O
problema, desse modo, envolve acurados exames, com a colaboração da ciência e
da observação de nossos dias. Razão por que pede ele que não nos detenhamos na
expressão física dos acontecimentos que se vizinham, para marcar maiores
acontecimentos – acontecimentos esses de natureza espetacular – na
transformação do plano em que estamos estagiando, no presente século (XX !).
Afirma
nosso amigo que o progresso da óptica e das ciências matemáticas, serão
portadoras, naturalmente, de ilações, conclusões da mais alta importância para
os nossos destinos, no futuro próximo.
P: –
Pode Emmanuel dizer-nos algo a respeito da verticalização do eixo da Terra e
das transformações que esta sofrerá, segundo Ramatís?
C X:
– Afirma nosso Orientador espiritual que não podemos esquecer que a Terra, em sua constituição física, propriamente considerada, possui os seus
grandes períodos de atividade e de repouso (matéria já abordada no estudo dos
Ciclos).
Cada
período de atividade e cada período de repouso da Matéria Planetária, que hoje
representa o alicerce de nossa morada temporária, pode ser calculado, cada um,
em duzentos e sessenta mil (260.000) anos. Atravessando o período de repouso da
matéria terrestre, a vida se reorganiza, enxameando de novo, nos vários
departamentos do Planeta, representando, assim, novos caminhos para a evolução
das almas.
Assim
sendo, os GRANDES INSTRUTORES da Humanidade, nos PLANOS SUPERIORES, consideram
que, desses 260.000 anos de atividade, 60 a 64 mil anos são empregados na
reorganização dos pródromos da vida organizada.
Logo
em seguida, surge o desenvolvimento das grandes raças que, como grandes
quadros, enfeixam assuntos e serviços, que dizem respeito à evolução do
espírito domiciliado na Terra.
Assim,
depois desses 60 a 64 mil anos de reorganização de nossa Casa Planetária, temos
sempre grandes transformações, de 28 em 28 mil anos.
Depois
do período dos 64 mil anos, tivemos duas raças na Terra, cujos traços se
perderam, por causa de seu primitivismo.
Logo
em seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana, como
portadora de uma inteligência algo mais avançada, detentora de valores mais
altos, nos domínios do espírito.
Após
a raça Lemuriana – em seguida aos 28.000 anos de trabalho Lemuriano
propriamente considerado – chegamos ao grande período da raça Atlântida, era de
outros 28.000 anos de grandes trabalhos, no qual a inteligência do mundo se
elevou de maneira considerável.
Achamo-nos,
agora, nos últimos períodos da grande raça Ariana.
Podemos
considerar essas raças, como grandes ciclos de serviços, em que somos chamados
de mil modos diferentes, em cada ano de nossa permanência na crosta do planeta,
ou fora dela, ao aperfeiçoamento espiritual, que é o objetivo de nossas lutas,
de nossos problemas, de nossas grandes questões, na esfera de relações, uns
para com os outros.
Assim
considerando, será mais significativo e mais acertado, para nós, venhamos a
estudar a transformação atual da Terra sob um ponto de vida moral, para que o serviço espiritual, confiado às nossas mãos e aos nossos
esforços, não se perca em considerações, que podem sofrer grandes alterações,
grandes desvios; porque o serviço interpretativo da filosofia e da ciência está
invariavelmente subordinado ao Pensamento Divino, cuja grandeza não podemos
perscrutar.
Cabe-nos,
então, sentir, e, mais ainda, reconhecer, que os fenômenos da vida moderna e as
modificações que nosso “habitat” terreal vem apresentando nos indicam a
vizinhança de atividades renovadoras, de considerável extensão.
Daí
esse afluxo de revelações da vida extraterrestre, incluindo sobre as cogitações
dos homens; esses apelos reiterados, do mundo dos espíritos; essa manifestação
ostensiva, daqueles que, supostamente mortos na Terra, são vivos na eternidade,
companheiros dos homens em outras faixas vibratórias do campo em que a
humanidade evolui.
Toda
essa eclosão de notícias, de mensagens, de avisos da vida espiritual, devem
significar para o homem, domiciliado na Terra do presente século, a urgência do
aproveitamento das lições de JESUS. Elas deverão ser apreciadas em si mesmas, e examinadas igualmente no
exemplo e no ensinamento de todos aqueles que, em variados setores culturais,
políticos e filosóficos do globo – lhe traduzem a vontade divina, que na
essência é sempre a nossa jornada para o Supremo Bem.
*Os
termos da comunicação obtida em Curitiba (a “Conexão de Profecias”, de
Ramatís) são de admirável conteúdo para a nossa inteligência, de vez
que, realmente, todos os fatos alusivos à evolução da Terra, e referentes a
todos os eventos, que se relacionam com a nossa peregrinação para a vida mais
alta, estão naturalmente planificados, por aqueles MINISTROS de Nosso Senhor
JESUS CRISTO; os quais, de acordo com Ele, estabelecem programas de ação para a
COLETIVIDADE Planetária, de modo a facilitar-lhe os voos para a divina
ascensão.
Embora,
porém, esta mensagem, por isso mesmo, seja digna de nosso melhor apreço, contudo, na experiência de companheiro mais velho, recomenda-nos
nosso Orientador Espiritual (Emmanuel) um interesse mais efetivo, para a
fixação de valores morais em nossa personalidade terrena, de conformidade com
os padrões estabelecidos no Evangelho de nosso Divino Mestre. Porque,
para nossa inteligência, os fenômenos renovadores da existência que nos cercam
têm qualquer coisa sensacional, de surpreendente, nosso coração de inclinar-se,
humilde, diante da Majestade do Senhor, que nos concede tantas oportunidades de
trabalho, em nós mesmos, a revelação dos grandes acontecimentos porvindouros;
novo soerguimento íntimo, novo modo de ser, a fim de que estejamos realmente
habilitados a enfrentar valorosamente as lutas que se avizinham de nós, e
preparados para desfrutar a Nova Era que, qual bonança depois da tempestade,
facilitará nossos círculos evolutivos.
Será,
todavia, muito importante encarecer, que não devemos reclamar, do TERCEIRO Milênio,
uma transformação absolutamente radical, nos processos que caracterizam, por
enquanto, a nossa vida terrestre.
O
prazo de 47 anos é diminuto, para sanar os desequilíbrios morais, de tantos
séculos, em que o nosso campo coletivo e individual adquiriu tantos débitos,
diante da sabedoria e diante do amor, que incessantemente apelam para nossa
alma, no sentido de nos levantarmos, para um clima mais aprimorado da
existência.
Não
podemos esquecer, que grandes imensidades territoriais, na América, na África e
na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho. Não podemos olvidar, também,
que a Europa, super alfabetizada, se encontra num Karma de débitos clamorosos,
à frente da LEI, em dolorosa expectação, para o reajuste moral, que Ihe é
necessário.
Aqui
mesmo, no Brasil, numa nação com capacidade de asilar novecentos (900) milhões
de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos – os
espíritos, encarnados na Terra em que temos a bênção de aprender ou recapitular
a lição do Evangelho – mal estamos passando das faixas litorâneas.
Serviços
imensos esperam por nossas almas no futuro próximo.
E, se
é verdade que devemos aguardar, em nome de Nosso Senhor JESUS CRISTO, condições
mais favoráveis para a estabilização da saúde humana, para o acesso mais fácil
às fontes da ciência; se nos compete a obrigação de esperar o melhor para o dia
de amanhã cabe-nos, igualmente, o dever de não olvidar que, junto desses
direitos, responsabilidades constringentes contam conosco, para que o Mundo
possa, efetivamente, atender ao programa Divino, através, não somente da
superestrutura do pensamento científico – que é hoje um teto brilhante para os
serviços de inteligência do mundo – mas também, através de nossos corações,
chamados a plasmar uma vida, que seja realmente digna de ser vivida por aqueles
que nos sucederão nos tempos duros; entre os quais, naturalmente, milhões de
nós os reencarnados de agora, formaremos, de novo, como trabalhadores que
voltam para o prosseguimento da tarefa de auto acrisolamento, para a ascensão
sublime, que o Senhor nos reserva.
Considerando,
assim, a questão sob este prisma, cabe-nos contar com o concurso
da ciência, no setor das observações de ordem material; com a
evolução dos instrumentos de óptica; com o avanço dos processos de exame, na
esfera da Química Planetária, na qual os mundos podem ser analisados, como átomos
da amplidão de universos, que se sucedem uns aos outros, no infinito da Vida.
Será
lícito, então, esperar que certas afirmativas, referentes a vida material, se
positivem satisfatoriamente, para mais altas concepções da MENTE Planetária; de
vez que, muito breve, o homem estará ligado à glória da Religião Cósmica, da
Religião do Amor e da Sabedoria, que o CRISTIANISMO RENASCENTE, no Espiritismo
de hoje, edificará para a Humanidade, ajustando-a ao concerto de bênçãos, que o
grande porvir nos reserva. (Ver: Planeta
X)
Pergunta:
– Foi, de fato, há 37.000 anos que submergiu a Atlântida?
Chico
Xavier: – Diz nosso Amigo (Emmanuel) que o cálculo é, aproximadamente, certo,
considerando-se que as últimas ilhas, que guardavam os remanescentes da
civilização Atlântida, submergiram, mais ou menos, 9 a 10 mil anos, antes da
Grécia de Sócrates.
Pergunta:
* – Acha nosso irmão que a Mensagem de Ramatís deva ser divulgada com
amplitude?
Chico
Xavier: – Diz nosso Orientador que a Mensagem é de elevado teor… E todo
trabalho organizado com o respeito, com o carinho e com a dignidade, dentro dos
quais essa Mensagem se apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de
vez que todos nós, em todos os setores, somos estudiosos, que devemos permutar
as nossas experiências e as nossas conclusões para a assimilação do progresso,
com mais facilidade em favor de nós mesmos.
Revista Boa Vontade, Ano 1, nº 4 – outubro de 1956.
A
mensagem acima reproduzida contém a íntegra de uma entrevista realizada com o
médium Francisco Cândido Xavier e seu Instrutor Espiritual chamado Emmanuel,
publicada pela “Revista Espírita Allan Kardec”, em sua edição de nº 43.
Logo
que apareceram as primeiras publicações da “Conexão de Profecias*”, de Ramatís
(atualmente com o nome “Mensagens do Astral”), fomos a Pedro Leopoldo, a fim de
ouvir a palavra autorizada de Emmanuel, através daquele aparelho maravilhoso
que é Francisco Cândido Xavier. Isto, porque o que era dito pelo espirito de Ramatís,
parecia-nos perfeitamente lógico. Mas, como constituía novidade, não queríamos
aceitar de pronto algo que não passasse pelo crivo de várias manifestações
mediúnicas, através de diversos aparelhos. *Obs. Hoje com o título: “Mensagens
do Astral”.
Desta
forma, munidos do aparelho de gravação em fita, fomos atendidos gentilmente
pelo médium, que respondeu às perguntas que fazíamos, repetindo as palavras da
resposta, que eram ditadas por Emmanuel. A gravação foi feita no dia 5 de
janeiro de 1954. Conservamos até hoje o rolo gravado em nosso poder.
FONTE:
Entrevista
de Francisco Candido Xavier para a LBV em 1952
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