sábado, 24 de abril de 2021

PERSONALIDADE ANTIGA CRISTALIZADA (FIXAÇÃOMENTAL)

PERSONALIDADE ANTIGA CRISTALIZADA (FIXAÇÃOMENTAL)

Quanto mais nos aprofundamos no conhecimento da mediunidade e de suas psicopatologias, mais nos convencemos do tamanho de nossa ignorância, em relação à mente humana e ao seu psiquismo. O que seria, na verdade, o Inconsciente? A personalidade humana, entre as criaturas terrestres, é mais desconhecida que o Oceano Pacífico, afirmou o médico Gotuzo ao colega André Luiz E como ele tem razão! Em Nos Domínios da Mediunidade, há um caso que expõe essa complexidade. André Luiz e Hilário receberam as explicações de Áulus sobre à Emersão do Passado.

A senhora X e a personalidade emergente. Em uma sessão espírita dedicada ao intercâmbio mediúnico, foram admitidos três senhores e duas senhoras para receberem assistência. Após a tarefa normal dos médiuns habituais da Casa, uma das senhoras enfermas, que viera para tratamento, caiu em pranto convulsivo, e começou a falar de uma lâmina enterrada em sua carne, clamando contra um homem que lhe arruinou o destino. A questão é que não havia nenhuma entidade comunicante. Áulus explicou: Estamos diante do passado de nossa companheira. A mágoa e o azedume, tanto quanto a personalidade supostamente exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mesma... Ante a aproximação de antigo desafeto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra em seguida a padecer insopitável melancolia. O assistente prosseguiu esclarecendo que essa nossa irmã imobilizara grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo, em torno da experiência referida, a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa lembrança, principalmente por causa da presença do antigo verdugo, ligado a ela por laços de amor e ódio, passou a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teimava em ressuscitar. É então que se deu a conhecer como personalidade diferente, a referir-se á vida anterior. Na verdade, era mesmo alguém que volta do passado a comunicar-se no presente. Nesses momentos, ela centraliza todos os seus recursos mnemónicos tão-somente no ponto nevrálgico, onde viciou o pensamento. André Luiz reconheceu que está diante de um processo de autêntico animismo. E concluiu: Nossa amiga   supõe encarnar uma personalidade diferente, quando   apenas exterioriza o mundo de si mesma... nesses casos, os doutrinadores ou esclarecedores devem agir normalmente, como se estivessem realmente diante de uma entidade comunicante. Se nos fixarmos na ideia de mistificação, passaremos a ter uma atitude desrespeitosa, diante do seu padecimento moral. Áulus ressaltou que essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. Ela, portanto, devia ser considerada uma enferma espiritual, uma consciência torturada que precisava ser amparada, para entrar no campo da renovação íntima, única base sólida para a sua recuperação definitiva. Este fenômeno é muito mais comum do que podemos imaginar. Quantos mendigos que não se veem com os trajes, andrajosos do presente, mas com os mantos de purpura dos castelos de outrora! Quantos servos que mantêm o orgulho dos poderosos senhores que já foram! Foi o que destacou Áulus.   Em Mecanismos da Mediunidade André Luiz chama a atenção para outro aspecto da questão: Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipos de recordação, segundo as dívidas cármicas a que se acham presas. Em tais casos, ocorre uma modalidade de obsessão espiritica, que teremos oportunidade de estudar posteriormente, em que as entidades desencarnadas mantêm as vítimas, sob efeito de hipnose, em algum lugar do passado, através de deliberada regressão de memória. Deduz-se também que, no caso analisado neste capítulo, o processo de emersão do passado verificou-se por fenômeno de auto hipnose. Um fato relevante, como a

Simples presença, nos arredores, do inimigo desencarnado ou um acontecimento da existência comum, que lembre circunstâncias traumáticas já vividas, pode detonar a emersão da personalidade anterior, tendo por base o mecanismo dos reflexos condicionados. Estão aqui enquadrados os mendigos que ainda mantêm o orgulho dos poderosos senhores que foram outrora e, de certa forma, a maioria de nós, os habitantes da Terra, que vivemos, muito mais no passado, do que no presente, segundo observação (dos Instrutores Espirituais. Em maior ou menor grau, repetimos: os reflexos condicionados estabelecidos em vivências anteriores, requerem hoje ressurgem no psiquismo, sob a forma de fortes lembranças que podem ser detonadas a qualquer tempo, influenciando diretamente o nosso comportamento, daí a importância do recondicionamento de nossos pensamentos e atos, segundo As normas evangélicas de Cristo. Esse recondicionamento exige empenho, de cada

Um de nós, no aqui e no agora. Estamos propondo, pois, um reexame dos reflexos condicionados congênitos, porque não somos uma tabula rasa, não trazemos, tão-somente, os instintos animais, próprios da espécie, quando ingressamos no berço, mas carregamos uma bagagem enorme de condicionamentos de vidas anteriores, no campo do psiquismo, que surgirão no hoje, influenciando diretamente as nossas ações, sobretudo a partir da adolescência. Só esse estudo daria matéria para vários volumes, devido a seu natural desdobramento nas áreas da psicologia e da educação e, principalmente, porque deveria estar fundamentado no modelo de inconsciente proposto pelo paradigma espírita, a ser devidamente concebido pelos especialistas.

FONTES:

Nos Domínios da Mediunidade

Mecanismos da Mediunidade,

Obsessão e suas máscaras Marlene Nobre

 

 

 


CONFISSÕES DE SANTO AGOSTINHO

 

CONFISSÕES DE SANTO AGOSTINHO

O livro Confissões de Santo Agostinho está sendo discutido em estudo desde 2011.

Agostinho de Hipona (em latimAurelius Augustinus Hipponensis), conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo, cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia católica.

Ele foi o bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África.

Escrevendo na era patrística, ele é amplamente considerado como sendo o mais importante dos Padres da Igreja no ocidente. Suas obras-primas são De Civitate Dei ("A Cidade de Deus") e "Confissões", ambas ainda muito estudadas atualmente.

De acordo com Jerônimo, seu contemporâneo, Agostinho "restabeleceu a antiga fé".

Em seus primeiros anos, Agostinho foi muito influenciado pelo

 maniqueísmo e, logo depois, pelo neoplatonismo de Plotino.

Depois de se converter ao cristianismo e aceitar o batismo  obrigatório pelo sínodo da igreja de Roma(387), desenvolveu uma abordagem original à filosofia e teologia, acomodando uma variedade de métodos e perspectivas de uma maneira até então desconhecida. 

Acreditando que a graça de Cristo era indispensável para a liberdade humana, ajudou a formular a doutrina do pecado original e deu contribuições seminais ao desenvolvimento da doutrina da guerra justa.

Aos dezessete, graças à generosidade de um amigo, Romano, Agostinho mudou-se para Cartago para estudar retórica.

Embora tenha sido criado um cristão, passou a seguir ali o maniqueísmo, para desespero de sua mãe. Como todos os jovens de sua época e classe social, Agostinho adotou um estilo de vida hedonista por um tempo, associando-se a outros jovens que se vangloriavam de suas aventuras sexuais com mulheres e homens. Os mais velhos estimulavam os mais inexperientes a contar ou inventar histórias sobre aventuras para que fossem aceitos. 

É deste período uma famosa oração de Agostinho, "Senhor, conceda-me castidade e continência, mas não ainda".

Dois anos depois, Agostinho iniciou um romance com uma jovem cartaginesa, mas, provavelmente para manter-se em condições de realizar o desejo de sua mãe de casar com alguém de sua própria classe social, o casal se manteve em concubinato por mais de treze anos, período no qual tiveram um filho, Adeodato, um rapaz considerado extremamente inteligente por seus contemporâneos.

Em Mediolano, sua mãe retomou a pressão para que ele se reconvertesse ao cristianismo. Os próprios estudos de Agostinho sobre o neoplatonismo também passaram a atraí-lo, uma direção que foi depois estimulada por seu amigo Simpliciano. Mas foi o bispo de Mediolano, “Ambrósio, quem mais influenciou Agostinho. Como ele, Ambrósio era um mestre na retórica, mas era mais velho e mais experiente.

Em Mediolano, Agostinho permitiu que sua mãe lhe arranjasse um casamento e foi por conta disso que ele abandonou sua concubina. Acredita-se que Agostinho realmente amasse sua parceira de mais de treze anos e o rompimento foi bastante difícil para ele. Confirmando esta tese, há evidências de que Agostinho tenha considerado seu relacionamento como equivalente ao matrimônio, apesar de não ser válido perante a lei. 

Em suas Confissões, ele admitiu que a experiência da separação acabou amortecendo gradualmente sua sensibilidade à dor.

Agostinho teve que esperar por mais dois anos até que sua noiva atingisse a idade para casar e logo em seguida tomou uma nova concubina. Finalmente terminou o noivado com sua prometida (que tinha onze anos), mas não retomou o relacionamento com nenhuma de suas antigas concubinas.

Alípio de Tagaste foi o responsável por afastar Agostinho do casamento ao ensinar-lhe que jamais poderia viver no amor a sabedoria se casasse. Muitos anos depois(já na igreja de Roma), Agostinho relembrou seus dias em Cassicíaco (Cassago Brianza), uma vila nos arredores de Mediolano onde viveu com seus seguidores, e descreveu-os como Christianae vitae otium – a vida cristã de ócio.

No verão de 386, depois de ouvir a história da vida de Santo Antão do Deserto por Placiano e seus amigos, Agostinho se converteu. Como ele próprio contou depois, a conversão foi incitada por uma voz infantil que ele ouviu pedindo-lhe para "tomar e ler" (em latimtolle, lege), o que ele entendeu ser um comando divino para abrir a Bíblia, abri-la e ler a primeira coisa que encontrasse. Agostinho abriu na Epístola aos Romanos num trecho conhecido como "transformação dos crentes", os capítulos 12 ao 15, no qual Paulo delineia como o Evangelho transforma os crentes e seu comportamento. O trecho exato, segundo ele, foi:

«Como de dia andemos decentemente; não em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes. Mas vesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne”.(Romanos 13:13-14).

Paulo se dirigia aos Romanos e sua epístola foi escrita na prisão pouco antes de ser executado.

Agostinho já estava profundamente influenciado pela retorica de seus mestres mais experientes e pela pressão de sua mãe. Era importante possuir alguém no Clero e com voto de castidade e pobreza, não deixaria herdeiros e toda fortuna que herdasse seria repassada para o vaticano.

Porém, Agostinho foi um dos primeiros autores cristãos latinos a professar uma visão clara soe a antropologia teológica] ao defender o ser humano como a união perfeita de duas substâncias, o corpo e a alma. Em seu tratado tardio "Sobre os Cuidados com os Mortos" (420), por exemplo, defendeu o respeito ao corpo dos mortos afirmando que ele era parte da natureza humana. Uma das metáforas preferidas de Agostinho para ilustrar esta unidade é o matrimôniocaro tua, coniunx tua ("Seu corpo é sua esposa"). Ele acreditava que os dois elementos estavam inicialmente em perfeita harmonia, mas, depois da queda da humanidade, passaram a combater entre si de forma dramática. Afirmava também que os dois elementos são parte de duas categorias bem distintas. Enquanto o corpo é um objeto tridimensional composto de quatro elementos, a alma não tem dimensões espaciais[51] e é composta por um tipo de substância adequada para governar o corpo e que é parte da razão. Agostinho não estava preocupado, como Platão e Descartes, em explicar em detalhes a metafísica envolvida nesta união. Bastava para ele admitir que os homens eram formados por duas substâncias metafisicamente distintas, sendo a alma superior ao corpo. Esta última afirmação baseada em sua própria classificação hierárquica para todas as coisas, classificando em ordem de importância as coisas que somente existem, as que existem e vivem e, finalmente, as que existem, vivem e tem inteligência ou dispõem da razão.

Assim como outros Padres da Igreja, como Atenágoras por exemplo, Agostinho "condenou vigorosamente a prática do aborto induzido" e considerava-o um crime em qualquer estágio da gravidez, embora ele tenha aceitado a distinção entre fetos "formados" e "não formados" mencionada na tradução da Septuaginta do Êxodo 21:22-23, um trecho que, segundo ele, não classificava como assassinato o aborto de um feto "não formado", pois não se podia defender com certeza se ele já teria recebido uma alma

FONTE:

Wikipedia

Bíblia de Jerusalém

PATOLOGIAS DO CORPO ESPIRITUAL (PERISPÍRITO)

 

PATOLOGIAS DO CORPO ESPIRITUAL (PERISPÍRITO)

MONOIDEÍSMO

Vamos recordar, aqui, o processo simbiótico utilizado pelo espírito, desde as mais remotas eras, para enfrentar a solidão após a morte. Na base desse processo, está o monoideísmo, a ideia fixa em voltar para junto dos seus, onde encontra calor e afeto.

Assim, o homem selvagem que se reconhece dominador na hierarquia animal, cruel habitante da floresta, que apura a inteligência, através da força e da astúcia, na escravização dos seres inferiores que se lhe avizinham da caverna, desperta, fora do corpo denso, qual menino aterrado, que ,em se sentindo incapaz da separação para arrostar o desconhecido, permanece, tímido, ao pé dos seus, em cuja companhia passa a viver, noutras condições vibrarias, em processos multifários de simbiose, ansioso por retomar a vida física que lhe surge a imaginação como sendo a única abordável a própria mente.

Nessa fase, não temos apoio do suprimento espiritual para pensar em termos diferentes.

O espetáculo da vastidão cósmica perturba-lhe o olhar e a visita de seres extraterrestres, mesmo benevolentes e sábios, infunde-lhe pavor, crendo-se a frente de deuses bons ou maus, cuja natureza de próprio se incumbe de fantasiar, na exiguidade das Próprias concepções.

Mantém-se, assim, vinculado à choça

Aos seus, e não tem outro pensamento senão voltar ao convívio revitalizante daqueles que lhe usam a linguagem e lhe comungam os interesses.

Tal qual as bactérias que se transformam em esporos, quando as condições do meio lhe são adversas, tornando-se imóveis e resistentes ao ambiente, durante anos a fio, assim também, o espírito do selvagem perde os órgãos do corpo espiritual, que se lhe atrofiam por falta de função.

Isso porque estabelece-se em seu íntimo o monoideísmo, a ideia fixa de voltar para a carne, e esse desejo eclipsa todos os demais. Dá-se, então, o que André Luiz chama de monoideísmo auto hipnotizante, provocado por pensamento fixo-depressivo, nascido de

Sua inadaptação ao mundo extra físico.

Por esse processo, o desencarnado perde o seu corpo espiritual, transformando-se

Em ovoide, forma pela qual expressa o seu corpo mental. Logo a seguir, vamos nos deter um pouco mais no estudo dessa forma patológica do envoltório espiritual.

Com o passar do tempo, o monoideísmo tanto quanto a simbiose perduraram como processos largamente utilizados pelo Espírito, mantendo-se ainda lastreado na ignorância

Das leis divinas, mas agora acrescida d o grau de responsabilidade consequente ao grau de conhecimento adquirido. É assim que o pavor do desconhecido perdura, a vontade de voltar para a Terra também, mas imensamente complicados por crimes e distorções

diversas, em desrespeito às Leis Divinas, gerando culpas e remorsos.

No monoideísmo, o núcleo da visão profunda, no centro coronário, sofre disfunção específica

Qual o Espírito contemplará tão-somente os quadros terríficos relacionados

Com as culpas contraídas. Tudo o mais ele deixa de observar.

CASOLEONARDOPIRES

No caso de Leonardo Pires (livro evolução em dois mundos), desencarnado há vinte anos, vive, agora, na Casa da neta, Antonina. Apresenta-se como um velhinho, conforme seus últimos dias terrestres. A mente dele está fixada em recordações que o obcecam.

Após sondar-lhe o íntimo, Clarêncio explica que, quando jovem, foi empregado do Marech Al Guilherme Xavier de Souza e, hoje, conserva a mente detida num crime de envenenamento que cometeu, quando integrava as forças brasileiras acampadas em Piraju, No Paraguai.

Enciumado, sentindo-se preterido pela mulher leviana com a qual se relacionava,

Por causa de um colega de farda, Leonardo idealiza o crime e executando-o, utilizando vinho envenenado. Como as tropas deveriam segui rumo a Paraguai o caso é encerrado, sem maior investigação. Leonardo segue em frente, convive por algum tempo com A mulher que fora pivô do crime, mas, de regresso ao Brasil, casa-se deixando vários descendentes, entre os quais Antonina.

No leito de morte, reconhece que a lembrança do crime castiga-lhe o mundo íntimo, centralizando todos os episódios apenas nesse.

No além, o monoideísmo persiste. Com o olhar de louco, segue a única imagem que se lhe vitaliza, a cada dia, na memória, ao influxo da própria consciência que se considera culpada.

Como ensinam os Espíritos Reveladores a Allan Kardec: a lei de Deus está inscrita na consciência.

Também sofrem de monoideísmo as almas que dormem após a morte. Têm a mente eivadas de pesadelos angustiosos e quando acordam, estão em plena alienação. É muito interessante o Estudo que André Luiz faz sobre esse mortos-vivos, verdadeiras múmias no mundo espiritual. Como já foi visto: na criatura reencarnada, quase todas as perturbações congênitas da mente estão relacionadas com as fixações que a antecederam na volta ao mundo. Aqueles que fracassaram retornam à vida terrena    fazendo parte da vasta área dos neuróticos, dos loucos, dos mutilados dos feridos e dos enfermos de toda casta.

E só as lutas na carne vão processando a extroversão indispensável à cura indispensável das psicoses de que são portadores.

 

PARASITASOVÓIDES

Espíritos existem que perdem a forma humana de apresentação do seu períspirito, surgindo como esferas ovoides.

Nas regiões inferiores, onde André Luiz esteve, em missão de paz, em companhia do instrutor Gúbio, e que estão descritas no extraordinário livro Libertação, grande número de entidades transportavam essas esferas, como se estivessem imantadas às suas próprias irradiações.

O médico desencarnado explica que esses ovoides são pouco maiores que um crânio humano, variando muito nas particularidades; alguns denunciam movimento próprio, como se fossem grandes amebas, outros parecem em repouso, aparentemente inertes, ligados ao halo vital de outras entidades.

Gúbio lembrou que o vaso perispirítico é também transformável e perecível, embora estruturado em tipo de matéria rarefeita. O Espírito, ao atingir mais alto grau de perfeição, pode ter uma segunda morte, a perda do organismo perispirítico. André Luiz recordou-se de ter tido notícias de raros amigos que tiveram essa segunda morte, por atingirem mais alto grau de perfeição, no dever bem cumprido.

Um tipo de transformação muito antiga, a miniaturização, que consiste em operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos; todos os Espíritos já passaram por ela, um número incontável de vezes, ao reingressarem no mundo, pelas portas da reencarnação.

Mas Gúbio ressaltou aqueloutra espécie, a ovoidização, pela qual passam, um dia, os desencarnados ignorantes e maus, transviados e criminosos.

Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que, por muitos anos, elegeram em centro de interesses fundamentais. Em Evolução em Dois Mundos, André Luiz explica que, inúmeros desencarnados, empolgados pela ideia de fazer justiça com as próprias mãos ou apegados a vícios aviltantes, por repetirem infinitamente essas imagens degradantes, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, sofrendo, então, enormes transformações na morfologia do psicossoma. Por falta de função, os órgãos psicossomáticos ficam retraídos, e surge a forma ovoide.

Atingida a forma ovoide, permanecem colados àqueles que foram seus sócios nos crimes, obedecendo à orientação das inteligências que os entrelaçam na rede do mal. Por isso, servem às empreitadas infelizes nos processos de obsessão. Nesses casos, os parasitas ovoides agem como a Sacculma Carcini, que, provida de órgãos perfeitamente diferenciados na fase de vida livre, enraíza-se depois nos tecidos do crustáceo hospedador, perdendo as características morfológicas primitivas, para converter-se em massa celular parasitária.

Qual a situação psíquica desses ovoides? Gúbio esclareceu a André Luiz que a maioria deles dorme em estranhos pesadelos, incapazes de exteriorizações maiores. São, na verdade, fetos ou amebas mentais, mobilizáveis, contudo, por entidades perversas ou rebeladas.

 

O que acontece com esses esferoides vivos, tristes mentes humanas sem apetrechos de manifestação? Como ficam na reencarnação? Assim como a semente jogada à cova escura vai formar a árvore adulta, os ovoides vão se desenvolver, normalmente como embriões e fetos humanos, formando o novo casulo de carne, na companhia de sócios e desafetos, usufruindo da abençoada oportunidade de se acertarem ante a lei universal do amor.

ABENÇOADA MATERNIDADE

Qual Dante Alighieri do século XX, André Luiz penetra as regiões mais profundas do inferno. Eis uma de suas descrições:

A frente, numa distância de dezenas de quilômetros, sucediam-se furnas e abismos, qual se nos situássemos perante imensa cratera de vulcão vivo, alimentado pela dor humana, porque, lá dentro, turbilhões de vozes explodiam, ininterruptos, parecendo estranha mistura de lamentos de homens e animais.

Tremeram-me as fibras mais íntimas, e, não só em mim, mas igualmente no espírito de Elói, o movimento era de recuo instintivo.

E ante o assombro, a explicação de Gúbio:

Amontoam-se aqui, como se fossem lenhos secos, milhares de criaturas que abusaram de sagrados dons da vida. São réus da própria consciência, personalidades que alcançaram a sobrevivência, sobre as ruínas do próprio eu, confinados em escuro setor de alienação mental. Esgotam resíduos envenenados que acumularam na esfera íntima, através de longos anos vazios de trabalho edificante, no mundo físico, entregando-se, presentemente, infindáveis dias de tortura redentora.

Descendo alguns metros nessa cratera, encontraram uma mulher muito magra estendida no solo. Estava cercada de três formas ovoides, diferenciadas entre si nas disposições e nas cores, justapostas ao seu períspirito. Segundo André Luiz, esses ovoides eram constituídos de matéria semelhante à gelatina, fluida e amorfa.

CASO DA MULHER CIUMENTA

A mulher registrou a aproximação dos visitantes, clamando pela presença de Joaquim.

Enquanto André Luiz auscultava os ovoides, ouvindo dos três, frases com pedidos de vingança; Gúbio analisou a mente da pobre senhora. Não foi difícil o diagnóstico: A mulher estendida ao solo, em tristes condições, fora senhora de engenho, esposa de Joaquim, que, antes do casamento, tinha um relacionamento com uma das escravas, do qual resultaram dois filhos. Como o marido continuasse a manter a escrava e os filhos na fazenda, a esposa, tão logo se inteirou da verdade, agiu de forma violenta. Separou a mãe dos filhos, vendendo-a para uma região palustre, onde veio a falecer de febre maligna; os dois filhos acusados de furto pelo capataz, a mando da senhora, sofreram no tronco e encontraram a morte por tuberculose, em virtude dos maus tratos.

Hoje são os três ovoides que ela carrega adesos ao próprio períspirito. Segundo programação espiritual, certamente Joaquim já reencarnou, vai casar-se com a senhora, que está sob observação, e esta não descansará enquanto não receber os três ovoides como filhos, a fim de restituir-lhes a vida e o afeto que lhes tirou.

Segundo Gúbio, na nova encarnação, esta senhora conhecerá enfermidades de diagnóstico difícil, por enquanto, no estágio atual dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível atuação dos inimigos de outra época. Transportará consigo três centros vitais desarmônicos e, até que os reajuste na forja do sacrifício, recambiando-os a estrada certa, será, na condição de mãe, um ímã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de dor, concluiu.

DEFORMAÇÕES E ZOANTROPIA (LICANTROPIA)

Ao acompanharmos a obra de André Luiz, deparamo-nos com a descrição de Espíritos que se apresentam com expressões fisionômicas harmônicas, sem rugas, de aparência mais jovem ou mais amadurecida, com cabelos brancos ou de outra coloração, conforme a preferência de cada um. Isso em Nosso Lar ou em cidades e instituições congêneres.

A esposa do psiquiatra de Margarida - Na Terra, porém, o corpo físico nem sempre denota a posição espiritual do morador, em compensação o espírito...

Vejamos um caso do livro Libertação. (14) André Luiz faz observações na casa do médico que cuida do caso Margarida.

O duelo mental nesta casa é enorme. Ninguém cede, ninguém desculpa e o combate espiritual permanente transforma o recinto numa arena de trevas, disse-lhe Maurício, um espírito amigo, que havia sido enfermeiro do médico.

Casado em segundas núpcias, o dono da casa possuía dois filhos do primeiro matrimônio.

Mas o desentendimento e a desarmonia na casa eram enormes, porque, além da incompreensão dos dois filhos, pesava no ambiente a atuação da primeira esposa, que considerava a casa como sua propriedade exclusiva.

André Luiz fixou a atenção na segunda esposa, agora sentada à mesa do almoço: apuro na apresentação, muito bem penteada e maquiada, traje elegante, joias discretas; sem dúvida, uma dama de fino trato. O médico desencarnado, contudo, examinou corpo e alma e observou um halo escuro que lhe denunciava a posição de inferioridade. Suas observações eram corretas. Quando a senhora tirava sono da sesta, num divã largo e macio, o seu períspirito, abandonando o corpo físico, deixou transparecer a sua condição espiritual.

A senhora tornara-se irreconhecível. Estampava no rosto os sinais das bruxas dos velhos contos infantis. A boca, os olhos, o nariz e os ouvidos revelavam algo monstruoso.

Ao vê-la, André Luiz recordou-se do livro de Oscar Wilde, O Retrato de Donan Gray. Nele, à medida que o dono se alterava, intimamente, com a prática do mal, o retrato adquiria horrenda expressão.

Maurício concordou e acrescentou: Sim, meu amigo, a imaginação de Wilde não fantasiou. O homem e a mulher, com os seus pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira forma espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e sulcos horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada pensamento superior acrescentam beleza e perfeição a forma perispiritica, dentro da qual a individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do corpo denso. Há criaturas belas e admiráveis na carne e que, no fundo, são verdadeiros monstros mentais, do mesmo modo que há corpos torturados e detestados, no mundo, escondendo Espíritos angélicos, de celestial formosura.

ALTERAÇÕES E DEFORMAÇÕES

Em Evolução em Dois Mundos, André Luiz adianta a nomenclatura utilizada no mundo espiritual para diversas alterações do psicossoma, consequentes a patologias mentais diferentes. A dinamia seria a queda mental no remorso; Hiperdinamia, a patologia consequente aos delírios da imaginação, provocando hipo ou hipertensão no movimento circulatório das forças que o mantêm.

Utiliza também a denominação Miopraxia (Diminuição da capacidade funcional de um órgão em consequência de qualquer lesão ou de inatividade prolongada.) do Centro Genésico Atonizado para designar a patologia do organismo sutil no caso do aborto provocado, que seria a arritmia do chacra responsável pela organização das energias sexuais.

CASO ANTÔNIO OLÍMPIO

No livro Ação e Reação, nos trabalhos de socorro da Mansão Paz, estabelecimento situado nas regiões inferiores, mas que permanece sob a jurisdição da cidade Nosso Lar, foi recolhido um desencarnado, cujo rosto era disforme, todos os traços se confundiam, qual se fosse uma esfera estranha e, além disso, seus braços e pernas eram hipertrofiados, enormes. Depois de consultá-lo, o instrutor Druso afirmou que o desencarnado em questão encontrava-se sob terrível hipnose, tendo sido conduzido a essa posição por adversários temíveis, que, decerto, para torturá-lo, fixaram-lhe a mente em alguma penosa recordação. Era Antônio Olímpio, o fazendeiro que assassinara os dois irmãos e cujo crime

passou despercebido da justiça humana. Sua história está também no estudo da fixação mental.

CASO DA MULHER LOBA

Em Libertação, porém, os relatos reportam-se a zonas muitíssimo inferiores, às regiões infernais. Lá estão presentes a velhice, a moléstia, o desencanto, o aleijão, as deformidades de toda a sorte e os ovoides. O períspirito de todos os habitantes dessas regiões é opaco, como o corpo físico e pode sofrer ainda alterações mais profundas, deixando sua forma humana, para apresentar-se como a de um animal. É o fenômeno conhecido, genericamente, como Zoantropia, mas que tem na Licantropia - transformação em lobo - o processo mais conhecido.

Nas regiões inferiores, onde habitava Gregório antes de sua reencarnação, conseguida após setecentos anos de erraticidade, os desencarnados são julgados semanalmente por juízes implacáveis. As operações seletivas realizam-se com base nas irradiações de cada um, por técnicos que identificam os diversos males, através das cores da aura dos Espíritos ignorantes, perversos e desequilibrados.

Gúbio explicou que cada mente vive na companhia que elege para si mesma. Ali estavam, aos magotes, almas envilecidas, esquecidas das lições de amor do mestre Jesus.

Uma mulher foi trazida ao tribunal para julgamento. Confessa, diante dos juízes, que matou quatro filhinhos, e contratou o assassinato do próprio mando, entregando-se depois às bebidas de prazer, mas nunca pôde fugir da própria consciência.

Através de olhar temível, o juiz sentenciou-a, dizendo que ela não passava de uma loba.

A mulher desencarnada passou a modificar-se, paulatinamente, diante da sentença repetida várias vezes.

Via-se, patente, naquela exibição de poder, o efeito do hipnotismo sobre o corpo perispirítico. Núbio enfatizou a relevância do remorso, estado de alma, que conduz à corrigenda da falta, mas que também abre brecha, através da qual o credor se insinua, cobrando o pagamento. Esse estado aliado ao hipnotismo explica a transformação do períspirito.

O hipnotismo é tão velho quanto o mundo e é recurso empregado pelos bons e pelos maus, tomando-se por base, acima de tudo, os elementos plásticos do períspirito, enfatizou. Tornou-se clássica na literatura espiritualista o caso de Nabucodonosor, rei cruel e despótico, que viveu, sentindo-se como animal, durante sete anos. Diz a Bíblia (Dn 4.33) que o seu corpo foi molhado de orvalho do céu, até que lhe cresceu pelo como as penas da águia e suas unhas como as das aves.

Quanto à irmã transformada em loba, Gúbio afirmou que ela não passaria por essa humilhação se não a merecesse e quem o dera renovar-se mentalmente, se o desejar, pois, para todos os Espíritos, Deus mantém aberta a senda redentora.

O número de comunicações de Espíritos de apresentação animalesca nas sessões espíritas é muito. Como afirma André Luiz - A obsessão é flagelo geminado com a ignorância, somente a desobsessão remove as trevas do espírito.

ABENÇOADA MATERNIDADE

Qual Dante Alighieri do século XX, André Luiz penetra as regiões mais profundas do inferno. Eis uma de suas descrições:

A frente, numa distância de dezenas de quilômetros, sucediam-se furnas e abismos, qual se nos situássemos perante imensa cratera de vulcão vivo, alimentado pela dor humana, porque, lá dentro, turbilhões de vozes explodiam, ininterruptos, parecendo estranha mistura de lamentos de homens e animais.

Tremeram-me as fibras mais íntimas, e, não só em mim, mas igualmente no espírito de Elói, o movimento era de recuo instintivo.

E ante o assombro, a explicação de Gúbio:

Amontoam-se aqui, como se fossem lenhos secos, milhares de criaturas que abusaram de sagrados dons da vida. São réus da própria consciência, personalidades que alcançaram a sobrevivência, sobre as ruínas do próprio eu, confinados em escuro setor de alienação tal. Esgotam resíduos envenenados que acumularam na esfera íntima, através de longos anos vazios de trabalho edificante, no mundo físico, entregando-se, presentemente, a infindáveis dias de tortura redentora.

Descendo alguns metros nessa cratera, encontraram uma mulher muito magra estendida no solo. Estava cercada de três formas ovoides, diferenciadas entre si nas disposições e nas cores, justapostas ao seu períspirito. Segundo André Luiz, esses ovoides eram constituídos de matéria semelhante à gelatina, fluida e amorfa.

CASO DA MULHER CIUMENTA

A mulher registrou a aproximação dos visitantes, clamando pela presença de Joaquim.

Enquanto André Luiz auscultava os ovoides, ouvindo dos três, frases com pedidos de vingança; Gúbio analisou a mente da pobre senhora. Não foi difícil o diagnóstico: A mulher estendida ao solo, em tristes condições, fora senhora de engenho, esposa de Joaquim, que, antes do casamento, tinha um relacionamento com uma das escravas, do qual resultaram dois filhos. Como o marido continuasse a manter a escrava e os filhos na fazenda, a esposa, tão logo se inteirou da verdade, agiu de forma violenta. Separou a mãe dos filhos, vendendo-a para uma região palustre, onde veio a falecer de febre maligna; os dois filhos acusados de furto pelo capataz, a mando da senhora, sofreram no tronco e encontraram a morte por tuberculose, em virtude dos maus tratos.

Hoje são os três ovoides que ela carrega adesos ao próprio perispírito. Segundo programação espiritual, certamente Joaquim já reencarnou, vai casar-se com a senhora, que está sob observação, e esta não descansará enquanto não receber os três ovoides como filhos, a fim de restituir-lhes a vida e o afeto que lhes tirou.

Segundo Gúbio, na nova encarnação, esta senhora conhecerá enfermidades de diagnóstico difícil, por enquanto, no estágio atual dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível atuação dos inimigos de outra época. Transportará consigo três centros vitais desarmônicos e, até que os reajuste na forja do sacrifício, recambiando-os a estrada certa, será, na condição de mãe, um ímã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de dor, concluiu.

FONTES:

Evolução em Dois Mundos

O Livro dos Espíritos,

Os mensageiros

Nos domínios da mediunidade

Libertação

ONDAS, CORRENTES E CIRCUITOS

 

ONDAS, CORRENTES E CIRCUITOS

Para estabelecermos a ligação entre os circuitos elétrico e o mediúnico é preciso recordar alguns conceitos importantes.

Falamos muito em vibração, mas para melhor compreendê-la é preciso tomarmos a imagem do pêndulo em funcionamento. Seguiremos aqui o roteiro do professor C. Torres Pastorino, por julgá-lo bastante didático.

No pêndulo distinguimos:

a) o momento de repouso ou de equilíbrio, quando ele se acha exatamente na vertical;

b) os pontos máximos atingidos ao movimentar-se.

A partir daí, reconhecemos que a vibração pode ser:

·        Simples: percurso de um ponto máximo A ao outro ponto máximo A.

·        Dupla: constituída de ida e volta (de A a A e de A a A). A

A esta vibração dupla chamamos oscilação. O tempo de uma oscilação, medida em segundos, é conhecido como período.

c) para que essa medida seja “ bastante precisa, costumamos dividir a oscilação em quatro partes, denominadas fases. Podemos ver a primeira fase (de A a B); a segunda fase (de B a A); a terceira fase (de A a B); quarta fase (de B a A).

Frequência: número de oscilações executadas durante um segundo. Quanto maior o número de oscilações, mais alta a frequência é; quanto menor, mais baixa.

Como exemplo, podemos dizer, que uma fonte que executa dez oscilações em um segundo, tem baixa frequência; se realiza dez mil oscilações em um segundo, tem frequência alta.

Chamamos ciclos o número de oscilações (ou frequência) contadas ao passar por determinado ponto, durante um segundo.

A oscilação (frequência ou vibração) caminha de um lado para outro, constituindo a onda.

Nesta, há que se considerar a amplitude, ou a força da onda, medida pela distância maior ou menor de subida e descida numa linha média; é, em outras palavras, o tamanho da oscilação. Dizemos que a onda tem baixa amplitude, quando as oscilações são pequenas; ao contrário, tem alta amplitude, quando as oscilações são grandes. Há ainda que se considerar o comprimento da onda que é a distância entre duas oscilações. Para que essa medida seja uniforme, deve-se medir a distância entre duas cristas consecutivas.

Compreendendo-se como crista o ponto máximo de uma oscilação. Para medirmos o comprimento de onda utilizamos o metro, no caso das mais longas, e o angström (Antigamente, o angstrom era utilizado para medir comprimentos de onda e distâncias intermoleculares, mas atualmente foi substituído pelo nanómetro: 1 Å = 0,1 nm), no das mais curtas.

Para se ter ideia da pequeníssima medida que é o angström, basta lembrar que um milímetro tem dez milhões de angströns. Devemos, para o nosso estudo, lembrar dos seguintes tipos de onda:

 Ondas Longas: são todas as superiores a 600 metros de comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno alcance.

Ondas Médias: são as de comprimento entre 150 e 600 metros. Caminham em parte ao longo da superfície, mas Ondas Longas: são todas as superiores a 600 metros de comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno alcance, mas ultracurtos, em processos ainda inacessíveis à observação comum, enquanto que a mente humana se exterioriza por meio de oscilações curtas, médias e longas. Para atingir estados mais elevados, a criatura humana terá que passar por situações consideradas extraordinárias, como no caso das emoções profundas, das dores muito intensas, das concentrações laboriosas, das súplicas aflitivas, quando, então, a sua mente emitirá raios muito curtos ou de imenso poder transformador, próximos dos raios gama.

Podemos entender que esses raios muito curtos são medidos em angströns e têm um alto poder de penetração.

Remetemos a alguns instantes sublimes da obra de André Luiz, relatados na

primeira parte, quando Espíritos iluminados, como Cipriana e Matilde, triunfam sobre as trevas e transformam corações empedernidos, utilizando-se tão-somente da emissão desses raios super-ultracurtos, nascidos das profundezas de suas almas Engrandecidas, conseguindo dinamitar de forma suave e definitiva a couraça do mal em que se envolviam, seus tutelados.

CIRCUITO ELÉTRICO E MEDIÚNICO

Chamamos corrente elétrica ao deslocamento da massa elétrica, através de um fio condutor.

Quando a intensidade e o sentido da propagação da corrente são invariáveis, dizemos que acorrente é contínua ou direta.

Quando a intensidade e o sentido variam periodicamente, obedecendo ao movimento de vai-e-vem temos a corrente alternada.

Também na mediunidade, podemos ter uma corrente contínua ou direta, nos casos de passividade absoluta, quando a corrente mediúnica caminha tão-somente do Espírito comunicante para o médium. Do mesmo modo, podemos ter corrente alternada, quando o médium age, com seu pensamento, sobre o Espírito comunicante. Nos casos de manifestação de entidades sofredoras, através da corrente alternada, a mente do médium poderia auxiliar na doutrinação. Mas, essa corrente alternada também pode explicar o grau de interferência do médium na comunicação recebida.

Denominamos circuito elétrico o conjunto de aparelhos onde se pode estabelecer uma corrente elétrica. O gerador é a parte interna do circuito; os demais aparelhos constituem o circuito externo.

Na verdade, gerador elétrico é o aparelho que realiza a transformação de uma forma qualquer de energia em energia elétrica.

Fechar um circuito é efetuar a ligação que permite a passagem da corrente elétrica; abrir é interromper essa corrente. Para realizar essas operações, utilizamo-nos de uma chave.

 André Luiz faz uma analogia entre circuito elétrico e mediúnico:

Aplica-se o conceito de circuito mediúnico a extensão do campo de integração magnética em que circula uma corrente mental, sempre que se mantenha a sintonia psíquica entre os seus extremos ou, mais propriamente, o emissor e o receptor.

O circuito mediúnico, dessa maneira, expressa uma vontade-apelo e uma vontade-resposta, respectivamente, no trajeto ida e volta, definindo o comando da entidade comunicante e a concordância do médium, fenômeno esse exatamente aplicável tanto a esfera dos Espíritos desencarnados, quanto â dos Espíritos encarnados, porquanto exprime conjugação mental. Para a realização dessas atividades, o emissor e o receptor guardam consigo possibilidades particulares nos recursos do cérebro, em cuja intimidade se processam circuitos elementares do campo nervoso, atendendo a trabalhos espontâneos do Espírito, como sejam, ideação, seleção, autocrítica e expressão.

Para que a corrente elétrica se mantenha, é preciso que o circuito esteja fechado, isto é, que o interruptor esteja ligado. No circuito mediúnico, para que a corrente mental permaneça em circulação, é também necessário que esse circuito se mantenha fechado, o que vale dizer que a entidade comunicante tenha o pensamento constante de aceitação ou adesão do médium em constante equilíbrio. Se o médium se mostrar desatento, a corrente de associação mental não se articula.

RESISTÊNCIA, INDUTÁNCIA E CAPACITÂNCIA

Quando se aplica a mesma diferença de potencial entre os extremos de duas barras, uma de cobre e outra de madeira, as correntes resultantes são muito diferentes. Nesse caso, é relevante a característica do condutor chamada resistência.

Qualquer condutor de eletricidade opõe uma resistência à passagem da corrente. Esta varia segundo diversos fatores: material de que é composto o condutor, temperatura, características do fio etc.

André Luiz lembra: Resistência é a propriedade que assinala o gasto de energia elétrica no circuito, como provisão de calor, correspondendo à despesa de atrito em mecânica.

Igualmente no circuito mediúnico, a resistência significa a dissipação de energia mental, destinada à sustentação de base entre o Espirito comunicante e o médium.

E André Luiz ressalta um outro fator importante a ser analisado:

No circuito elétrico, indutância é a peculiaridade através da qual a energia é acumulada no campo magnético provocado pela corrente, impedindo-lhe a alteração, seja por aumento ou por diminuição. Uma vista da indutância, quando a corrente varia, aparece na intimidade da célula e, como resultado dele, há liberação de uma substância semelhante à histamina, a substância H, que atua sobre os vasos capilares, as fibras e o sangue, ocasionando distúrbios diversos, tais como a dermatite, a coriza, a asma e o edema, a urticária, a enxaqueca, e outros.

Dias da Cruz faz um paralelo entre essa reação física e a espiritual.

Todos os nossos pensamentos, definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos, que podem ser bons ou maus. As radiações mentais, na maioria das vezes, apresentam-se como agentes R, estes estão na base da formação da substância H, presente em quase todas as perturbações neuropsíquicas, e que usa o cérebro como órgão de choque.

A cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada porcentagem de agentes R de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós, tanto exógenos, quanto endógenos, suscetíveis de fixar-nos por tempo indeterminado em deploráveis labirintos da desarmonia mental.

Para sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmos, é preciso cogitar dos agentes R que estamos emitindo. E isso porque, quando exteriorizamos correntes de enfermidade e morte, quer atinjam ou não o alvo, voltam-se fatalmente contra nós, segundo o princípio da atração do ímã comum.

Como se vê, o pensamento é força determinante que pode destruir ou edificar a felicidade em nossas vidas.

O médico Dias da Cruz lembra passagem de Paulo à Igreja de Filipos:

Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é nobre, tudo o que é puro, tudo o que é santo, seja, em cada hora da vida, a luz dos vossos pensamentos.

Ensinamento para não se esquecer!

FONTE:

Obsessão e suas máscaras Dra. Marlene Nobre