ONDAS,
CORRENTES E CIRCUITOS
Para
estabelecermos a ligação entre os circuitos elétrico e o mediúnico é preciso
recordar alguns conceitos importantes.
Falamos
muito em vibração, mas para melhor compreendê-la é preciso tomarmos a imagem do
pêndulo em funcionamento. Seguiremos aqui o roteiro do professor C. Torres
Pastorino, por julgá-lo bastante didático.
No
pêndulo distinguimos:
a)
o momento de repouso ou de equilíbrio, quando ele se acha exatamente na
vertical;
b)
os pontos máximos atingidos ao movimentar-se.
A
partir daí, reconhecemos que a vibração pode ser:
·
Simples: percurso de um ponto máximo A
ao outro ponto máximo A.
·
Dupla: constituída de ida e volta (de
A a A e de A a A). A
A
esta vibração dupla chamamos oscilação. O tempo de uma oscilação, medida em
segundos, é conhecido como período.
c)
para que essa medida seja “ bastante precisa, costumamos dividir a oscilação em
quatro partes, denominadas fases. Podemos ver a primeira fase (de A a B); a
segunda fase (de B a A); a terceira fase (de A a B); quarta fase (de B a A).
Frequência:
número de oscilações executadas durante um segundo. Quanto maior o número de
oscilações, mais alta a frequência é; quanto menor, mais baixa.
Como
exemplo, podemos dizer, que uma fonte que executa dez oscilações em um segundo,
tem baixa frequência; se realiza dez mil oscilações em um segundo, tem
frequência alta.
Chamamos
ciclos o número de oscilações (ou frequência) contadas ao passar por
determinado ponto, durante um segundo.
A
oscilação (frequência ou vibração) caminha de um lado para outro, constituindo
a onda.
Nesta,
há que se considerar a amplitude, ou a força da onda, medida pela distância
maior ou menor de subida e descida numa linha média; é, em outras palavras, o
tamanho da oscilação. Dizemos que a onda tem baixa amplitude, quando as
oscilações são pequenas; ao contrário, tem alta amplitude, quando as oscilações
são grandes. Há ainda que se considerar o comprimento da onda que é a distância
entre duas oscilações. Para que essa medida seja uniforme, deve-se medir a
distância entre duas cristas consecutivas.
Compreendendo-se
como crista o ponto máximo de uma oscilação. Para medirmos o comprimento de
onda utilizamos o metro, no caso das mais longas, e o angström (Antigamente, o angstrom era
utilizado para medir comprimentos de onda e distâncias intermoleculares, mas
atualmente foi substituído pelo nanómetro: 1 Å = 0,1 nm), no das mais
curtas.
Para
se ter ideia da pequeníssima medida que é o angström, basta lembrar que um
milímetro tem dez milhões de angströns. Devemos, para o nosso estudo, lembrar
dos seguintes tipos de onda:
Ondas Longas: são todas as superiores a 600
metros de comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno
alcance.
Ondas
Médias: são as de comprimento entre 150 e 600 metros. Caminham em parte ao
longo da superfície, mas Ondas Longas: são todas as superiores a 600 metros de
comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno alcance, mas
ultracurtos, em processos ainda inacessíveis à observação comum, enquanto que a
mente humana se exterioriza por meio de oscilações curtas, médias e longas.
Para atingir estados mais elevados, a criatura humana terá que passar por
situações consideradas extraordinárias, como no caso das emoções profundas, das
dores muito intensas, das concentrações laboriosas, das súplicas aflitivas,
quando, então, a sua mente emitirá raios muito curtos ou de imenso poder
transformador, próximos dos raios gama.
Podemos
entender que esses raios muito curtos são medidos em angströns e têm um alto
poder de penetração.
Remetemos
a alguns instantes sublimes da obra de André Luiz, relatados na
primeira
parte, quando Espíritos iluminados, como Cipriana e Matilde, triunfam sobre as
trevas e transformam corações empedernidos, utilizando-se tão-somente da
emissão desses raios super-ultracurtos, nascidos das profundezas de suas almas Engrandecidas, conseguindo dinamitar de forma
suave e definitiva a couraça do mal em que se envolviam, seus tutelados.
CIRCUITO
ELÉTRICO E MEDIÚNICO
Chamamos
corrente elétrica ao deslocamento da massa elétrica, através de um fio
condutor.
Quando
a intensidade e o sentido da propagação da corrente são invariáveis, dizemos
que acorrente é contínua ou direta.
Quando
a intensidade e o sentido variam periodicamente, obedecendo ao movimento de
vai-e-vem temos a corrente alternada.
Também
na mediunidade, podemos ter uma corrente contínua ou direta, nos casos de
passividade absoluta, quando a corrente mediúnica caminha tão-somente do
Espírito comunicante para o médium. Do mesmo modo, podemos ter corrente
alternada, quando o médium age, com seu pensamento, sobre o Espírito
comunicante. Nos casos de manifestação de entidades sofredoras, através da
corrente alternada, a mente do médium poderia auxiliar na doutrinação. Mas,
essa corrente alternada também pode explicar o grau de interferência do médium
na comunicação recebida.
Denominamos
circuito elétrico o conjunto de aparelhos onde se pode estabelecer uma corrente
elétrica. O gerador é a parte interna do circuito; os demais aparelhos
constituem o circuito externo.
Na
verdade, gerador elétrico é o aparelho que realiza a transformação de uma forma
qualquer de energia em energia elétrica.
Fechar
um circuito é efetuar a ligação que permite a passagem da corrente elétrica;
abrir é interromper essa corrente. Para realizar essas operações, utilizamo-nos
de uma chave.
André Luiz faz uma analogia entre circuito
elétrico e mediúnico:
Aplica-se
o conceito de circuito mediúnico a extensão do campo de integração magnética em
que circula uma corrente mental, sempre que se mantenha a sintonia psíquica
entre os seus extremos ou, mais propriamente, o emissor e o receptor.
O
circuito mediúnico, dessa maneira, expressa uma vontade-apelo e uma
vontade-resposta, respectivamente, no trajeto ida e volta, definindo o comando
da entidade comunicante e a concordância do médium, fenômeno esse exatamente
aplicável tanto a esfera dos Espíritos desencarnados, quanto â dos Espíritos
encarnados, porquanto exprime conjugação mental. Para a realização dessas
atividades, o emissor e o receptor guardam consigo possibilidades particulares
nos recursos do cérebro, em cuja intimidade se processam circuitos elementares
do campo nervoso, atendendo a trabalhos espontâneos do Espírito, como sejam,
ideação, seleção, autocrítica e expressão.
Para
que a corrente elétrica se mantenha, é preciso que o circuito esteja fechado,
isto é, que o interruptor esteja ligado. No circuito mediúnico, para que a
corrente mental permaneça em circulação, é também necessário que esse circuito
se mantenha fechado, o que vale dizer que a entidade comunicante tenha o
pensamento constante de aceitação ou adesão do médium em constante equilíbrio.
Se o médium se mostrar desatento, a corrente de associação mental não se
articula.
RESISTÊNCIA,
INDUTÁNCIA E CAPACITÂNCIA
Quando
se aplica a mesma diferença de potencial entre os extremos de duas barras, uma
de cobre e outra de madeira, as correntes resultantes são muito diferentes.
Nesse caso, é relevante a característica do condutor chamada resistência.
Qualquer
condutor de eletricidade opõe uma resistência à passagem da corrente. Esta
varia segundo diversos fatores: material de que é composto o condutor,
temperatura, características do fio etc.
André
Luiz lembra: Resistência é a propriedade que assinala o gasto de energia
elétrica no circuito, como provisão de calor, correspondendo à despesa de
atrito em mecânica.
Igualmente
no circuito mediúnico, a resistência significa a dissipação de energia mental,
destinada à sustentação de base entre o Espirito comunicante e o médium.
E
André Luiz ressalta um outro fator importante a ser analisado:
No
circuito elétrico, indutância é a peculiaridade através da qual a energia é
acumulada no campo magnético provocado pela corrente, impedindo-lhe a
alteração, seja por aumento ou por diminuição. Uma vista da indutância, quando
a corrente varia, aparece na intimidade da célula e, como resultado dele, há
liberação de uma substância semelhante à histamina, a substância H, que atua
sobre os vasos capilares, as fibras e o sangue, ocasionando distúrbios
diversos, tais como a dermatite, a coriza, a asma e o edema, a urticária, a
enxaqueca, e outros.
Dias
da Cruz faz um paralelo entre essa reação física e a espiritual.
Todos
os nossos pensamentos, definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de
nós raios específicos, que podem ser bons ou maus. As radiações mentais, na
maioria das vezes, apresentam-se como agentes R, estes estão na base da
formação da substância H, presente em quase todas as perturbações
neuropsíquicas, e que usa o cérebro como órgão de choque.
A
cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a
irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada
porcentagem de agentes R de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós,
tanto exógenos, quanto endógenos, suscetíveis de fixar-nos por tempo
indeterminado em deploráveis labirintos da desarmonia mental.
Para
sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmos, é preciso cogitar dos agentes R
que estamos emitindo. E isso porque, quando exteriorizamos correntes de
enfermidade e morte, quer atinjam ou não o alvo, voltam-se fatalmente contra
nós, segundo o princípio da atração do ímã comum.
Como
se vê, o pensamento é força determinante que pode destruir ou edificar a
felicidade em nossas vidas.
O
médico Dias da Cruz lembra passagem de Paulo à Igreja de Filipos:
Tudo
o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é nobre, tudo o que é
puro, tudo o que é santo, seja, em cada hora da vida, a luz dos vossos
pensamentos.
Ensinamento
para não se esquecer!
FONTE:
Obsessão
e suas máscaras Dra. Marlene Nobre
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