sábado, 24 de abril de 2021

ONDAS, CORRENTES E CIRCUITOS

 

ONDAS, CORRENTES E CIRCUITOS

Para estabelecermos a ligação entre os circuitos elétrico e o mediúnico é preciso recordar alguns conceitos importantes.

Falamos muito em vibração, mas para melhor compreendê-la é preciso tomarmos a imagem do pêndulo em funcionamento. Seguiremos aqui o roteiro do professor C. Torres Pastorino, por julgá-lo bastante didático.

No pêndulo distinguimos:

a) o momento de repouso ou de equilíbrio, quando ele se acha exatamente na vertical;

b) os pontos máximos atingidos ao movimentar-se.

A partir daí, reconhecemos que a vibração pode ser:

·        Simples: percurso de um ponto máximo A ao outro ponto máximo A.

·        Dupla: constituída de ida e volta (de A a A e de A a A). A

A esta vibração dupla chamamos oscilação. O tempo de uma oscilação, medida em segundos, é conhecido como período.

c) para que essa medida seja “ bastante precisa, costumamos dividir a oscilação em quatro partes, denominadas fases. Podemos ver a primeira fase (de A a B); a segunda fase (de B a A); a terceira fase (de A a B); quarta fase (de B a A).

Frequência: número de oscilações executadas durante um segundo. Quanto maior o número de oscilações, mais alta a frequência é; quanto menor, mais baixa.

Como exemplo, podemos dizer, que uma fonte que executa dez oscilações em um segundo, tem baixa frequência; se realiza dez mil oscilações em um segundo, tem frequência alta.

Chamamos ciclos o número de oscilações (ou frequência) contadas ao passar por determinado ponto, durante um segundo.

A oscilação (frequência ou vibração) caminha de um lado para outro, constituindo a onda.

Nesta, há que se considerar a amplitude, ou a força da onda, medida pela distância maior ou menor de subida e descida numa linha média; é, em outras palavras, o tamanho da oscilação. Dizemos que a onda tem baixa amplitude, quando as oscilações são pequenas; ao contrário, tem alta amplitude, quando as oscilações são grandes. Há ainda que se considerar o comprimento da onda que é a distância entre duas oscilações. Para que essa medida seja uniforme, deve-se medir a distância entre duas cristas consecutivas.

Compreendendo-se como crista o ponto máximo de uma oscilação. Para medirmos o comprimento de onda utilizamos o metro, no caso das mais longas, e o angström (Antigamente, o angstrom era utilizado para medir comprimentos de onda e distâncias intermoleculares, mas atualmente foi substituído pelo nanómetro: 1 Å = 0,1 nm), no das mais curtas.

Para se ter ideia da pequeníssima medida que é o angström, basta lembrar que um milímetro tem dez milhões de angströns. Devemos, para o nosso estudo, lembrar dos seguintes tipos de onda:

 Ondas Longas: são todas as superiores a 600 metros de comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno alcance.

Ondas Médias: são as de comprimento entre 150 e 600 metros. Caminham em parte ao longo da superfície, mas Ondas Longas: são todas as superiores a 600 metros de comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno alcance, mas ultracurtos, em processos ainda inacessíveis à observação comum, enquanto que a mente humana se exterioriza por meio de oscilações curtas, médias e longas. Para atingir estados mais elevados, a criatura humana terá que passar por situações consideradas extraordinárias, como no caso das emoções profundas, das dores muito intensas, das concentrações laboriosas, das súplicas aflitivas, quando, então, a sua mente emitirá raios muito curtos ou de imenso poder transformador, próximos dos raios gama.

Podemos entender que esses raios muito curtos são medidos em angströns e têm um alto poder de penetração.

Remetemos a alguns instantes sublimes da obra de André Luiz, relatados na

primeira parte, quando Espíritos iluminados, como Cipriana e Matilde, triunfam sobre as trevas e transformam corações empedernidos, utilizando-se tão-somente da emissão desses raios super-ultracurtos, nascidos das profundezas de suas almas Engrandecidas, conseguindo dinamitar de forma suave e definitiva a couraça do mal em que se envolviam, seus tutelados.

CIRCUITO ELÉTRICO E MEDIÚNICO

Chamamos corrente elétrica ao deslocamento da massa elétrica, através de um fio condutor.

Quando a intensidade e o sentido da propagação da corrente são invariáveis, dizemos que acorrente é contínua ou direta.

Quando a intensidade e o sentido variam periodicamente, obedecendo ao movimento de vai-e-vem temos a corrente alternada.

Também na mediunidade, podemos ter uma corrente contínua ou direta, nos casos de passividade absoluta, quando a corrente mediúnica caminha tão-somente do Espírito comunicante para o médium. Do mesmo modo, podemos ter corrente alternada, quando o médium age, com seu pensamento, sobre o Espírito comunicante. Nos casos de manifestação de entidades sofredoras, através da corrente alternada, a mente do médium poderia auxiliar na doutrinação. Mas, essa corrente alternada também pode explicar o grau de interferência do médium na comunicação recebida.

Denominamos circuito elétrico o conjunto de aparelhos onde se pode estabelecer uma corrente elétrica. O gerador é a parte interna do circuito; os demais aparelhos constituem o circuito externo.

Na verdade, gerador elétrico é o aparelho que realiza a transformação de uma forma qualquer de energia em energia elétrica.

Fechar um circuito é efetuar a ligação que permite a passagem da corrente elétrica; abrir é interromper essa corrente. Para realizar essas operações, utilizamo-nos de uma chave.

 André Luiz faz uma analogia entre circuito elétrico e mediúnico:

Aplica-se o conceito de circuito mediúnico a extensão do campo de integração magnética em que circula uma corrente mental, sempre que se mantenha a sintonia psíquica entre os seus extremos ou, mais propriamente, o emissor e o receptor.

O circuito mediúnico, dessa maneira, expressa uma vontade-apelo e uma vontade-resposta, respectivamente, no trajeto ida e volta, definindo o comando da entidade comunicante e a concordância do médium, fenômeno esse exatamente aplicável tanto a esfera dos Espíritos desencarnados, quanto â dos Espíritos encarnados, porquanto exprime conjugação mental. Para a realização dessas atividades, o emissor e o receptor guardam consigo possibilidades particulares nos recursos do cérebro, em cuja intimidade se processam circuitos elementares do campo nervoso, atendendo a trabalhos espontâneos do Espírito, como sejam, ideação, seleção, autocrítica e expressão.

Para que a corrente elétrica se mantenha, é preciso que o circuito esteja fechado, isto é, que o interruptor esteja ligado. No circuito mediúnico, para que a corrente mental permaneça em circulação, é também necessário que esse circuito se mantenha fechado, o que vale dizer que a entidade comunicante tenha o pensamento constante de aceitação ou adesão do médium em constante equilíbrio. Se o médium se mostrar desatento, a corrente de associação mental não se articula.

RESISTÊNCIA, INDUTÁNCIA E CAPACITÂNCIA

Quando se aplica a mesma diferença de potencial entre os extremos de duas barras, uma de cobre e outra de madeira, as correntes resultantes são muito diferentes. Nesse caso, é relevante a característica do condutor chamada resistência.

Qualquer condutor de eletricidade opõe uma resistência à passagem da corrente. Esta varia segundo diversos fatores: material de que é composto o condutor, temperatura, características do fio etc.

André Luiz lembra: Resistência é a propriedade que assinala o gasto de energia elétrica no circuito, como provisão de calor, correspondendo à despesa de atrito em mecânica.

Igualmente no circuito mediúnico, a resistência significa a dissipação de energia mental, destinada à sustentação de base entre o Espirito comunicante e o médium.

E André Luiz ressalta um outro fator importante a ser analisado:

No circuito elétrico, indutância é a peculiaridade através da qual a energia é acumulada no campo magnético provocado pela corrente, impedindo-lhe a alteração, seja por aumento ou por diminuição. Uma vista da indutância, quando a corrente varia, aparece na intimidade da célula e, como resultado dele, há liberação de uma substância semelhante à histamina, a substância H, que atua sobre os vasos capilares, as fibras e o sangue, ocasionando distúrbios diversos, tais como a dermatite, a coriza, a asma e o edema, a urticária, a enxaqueca, e outros.

Dias da Cruz faz um paralelo entre essa reação física e a espiritual.

Todos os nossos pensamentos, definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos, que podem ser bons ou maus. As radiações mentais, na maioria das vezes, apresentam-se como agentes R, estes estão na base da formação da substância H, presente em quase todas as perturbações neuropsíquicas, e que usa o cérebro como órgão de choque.

A cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada porcentagem de agentes R de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós, tanto exógenos, quanto endógenos, suscetíveis de fixar-nos por tempo indeterminado em deploráveis labirintos da desarmonia mental.

Para sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmos, é preciso cogitar dos agentes R que estamos emitindo. E isso porque, quando exteriorizamos correntes de enfermidade e morte, quer atinjam ou não o alvo, voltam-se fatalmente contra nós, segundo o princípio da atração do ímã comum.

Como se vê, o pensamento é força determinante que pode destruir ou edificar a felicidade em nossas vidas.

O médico Dias da Cruz lembra passagem de Paulo à Igreja de Filipos:

Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é nobre, tudo o que é puro, tudo o que é santo, seja, em cada hora da vida, a luz dos vossos pensamentos.

Ensinamento para não se esquecer!

FONTE:

Obsessão e suas máscaras Dra. Marlene Nobre

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