A CASA
NA ROCHA
“Também
eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja”.
(Mateus, XVI, 16: 18.)
Jesus
conta a história de dois homens, um prudente e outro. Ambos construíram suas
casas, porém, cada um deles edificou de uma forma. Um deles construiu os
alicerces de sua casa sobre uma rocha, enquanto o outro construiu na areia.
Jesus evidencia a diferença das duas construções, comparando-as com o tipo de
crença de cada indivíduo. Existem aqueles que ouvem e praticam a sua palavra e os
que fazem o contrário porque ouvem como se nada tivesse ocorrido.
Jesus
compara a crença com um edifício. Crença é a ação de acreditar naquilo que
convencionamos adotar como verdade; bem diferente de fé. Algumas são
verdadeiras; outras não. A boa crença é semelhante ao sólido edifício
construído sobre a rocha; a má crença é como um edifício de má construção,
levantado sobre a areia movediça.
A boa
crença nasce do estudo, do livre-exame, da observação; portanto, é racional e
científica, não é imposta. A má crença é passiva; aceita os dogmas, rituais e
mistérios, que lhe são sugeridos, sem análise, sem questionar, como animal que
anda com antolhos.
Devemos
analisar o ideal que alimentamos. Ele deve ser puro, elevado, e, sobretudo ter
como base fundamentos que não se alteram, pois, as leis de Deus não se
modificam. Precisamos adquirir uma crença inabalável a respeito da
realidade. A convicção se adquire pelo estudo e pela investigação e
cresce em nós à medida que a cultivamos. Ou seja, a fé (exemplos, pensamentos,
comportamentos, atitudes com base no Mestre) necessita de uma base, e essa base
é a compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, não
basta crer, é preciso compreender.
A
Doutrina Espírita oferece uma crença que se apoia na razão. Prova o
futuro por fatos evidentes; diz, em termos claros, que não nos deixa dúvidas, o
que o Cristo disse por parábolas, metáforas, símbolos; explica as verdades
desconhecidas ou falsamente interpretadas; revela a existência do mundo
invisível, ou dos Espíritos, e inicia o homem nos mistérios da vida futura;
prova a possibilidade dos Espíritos que são os mortos que já viveram de se
comunicarem com os vivos; explica-nos a causa dos nossos sofrimentos neste
mundo e o meio de abrandá-los; enfim, vem estabelecer, entre os homens, o
reino da caridade e da solidariedade anunciado pelo Cristo.
As
palavras de Jesus são eternas, pois são a verdade que atravessam milênios.
Através da observância dos Seus ensinos recebemos a fortaleza moral que precisamos
para nos proteger das dificuldades da vida. Com o espírito
fortificado pelo conhecimento que possuímos das leis divinas, vamos triunfar diante
dos sofrimentos terrenos e edificar nossas vidas em bases sólidas, que não
poderão ser abaladas pelas ilusões da terra. Mas, não basta estudar ou ouvir os
ensinos de Jesus, é preciso colocá-los em prática (exercitar a fé).
Além do
estudo contínuo do Evangelho, podemos fortalecer nosso espírito pela prece,
pela leitura de bons livros, pela frequência a centros de cultura espiritual e
pela prática da caridade. A prece fortifica, principalmente se feita como
um ato diário; forma-se, então, em nosso ambiente uma pequenina corrente
espiritual, da qual receberemos benéficos fluidos, que fortificam nosso corpo e
nossa alma. A leitura dos bons livros fortalece a alma, pois assimilando
os altos pensamentos dos bons escritores, nosso espírito se revigora e se
aparelha para resistir aos embates da vida. Visitando doentes, idosos, levando-lhes
nosso carinho e nossa palavra amiga de estímulo e de conforto, também
adquirimos forças espirituais. Aliás, tudo isso são meios muito bons de
fortificar nossa alma, ou seja, são formas para edificar nossa casa sobre
a rocha, para que a chuva, os rios e os ventos não a derrubem.
Tradição
é ato de transmissão oral ou escrita de costumes, lendas ou fatos levados de
geração a geração através dos tempos. Quanto mais antigos, mais notáveis e fora
do comum eles se tomam. Uma vez atingida essa dimensão, transformam-se em
crenças inquestionáveis. As criaturas assimilam conceitos simplesmente porque
outras, que elas julgam importantes e entendidas, lhes disseram que são
verdadeiros. As crenças de toda espécie começaram geralmente através das
histórias e dos costumes criados por alguém. Com o passar dos séculos,
tomaram-se regras éticas. Crença é a ação de acreditar naquilo que
convencionamos adotar como verdade. Evidentemente, algumas são verdadeiras;
outras não.
Há,
pois, duas crenças: a crença verdadeira e a falsa crença.
A boa
crença nasce do estudo, do livre-exame, da observação; é a crença ativa,
racional, científica.
A má
crença é passiva, tradicional, hereditária; aceita os dogmas que lhe são
sugeridos, sem consciência, sem análise, sem convicção.
A
crença verdadeira representa o edifício construído sobre a rocha; a falsa, é a
edificada sobre a areia.
Alegoria
magnífica.
Fontes:
- O
Evangelho Segundo o Espiritismo.
- O
Livro dos espíritos.
-
Parábolas e Ensinos de Jesus. Cairbar Schutel.
- O
Evangelho dos Humildes.
- Nas
pegadas do Mestre. Vinicius.
-
Depois da morte. León Denis.
- O
Consolador. Chico Xavier.
-
Cristianismo e Espiritismo.
-Bíblia
de Jerusalém
-Francisco do Espírito Santo Neto).
-
Parábolas e Ensinos de Jesus. Os dois fundamentos. Cairbar Schutel)
-Programa Verdade e Vida na Rede
Bandeirantes.
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