PAI PORQUE TU ME ABANDONASTE
Jesus durante todo o seu ensinamento, falou por
parábolas, citou os profetas e principalmente salmos.
Pensar que em algum momento Jesus demonstrou
fraqueza, medo, demonstrou incerteza é declarar que não conhece seu evangelho e
principalmente se leu não entendeu e não estudou ficando com as interpretações
que o poder temporal resolver destinar ao entregar a uma pessoa incompetente o
destino de traduzir, com as adaptações e interpolações que julgaram
necessárias, a ponto dessa pessoa declarar:
"Obrigas-me fazer de
uma Obra antiga uma nova… da parte de quem deve por todos ser julgado, julgar
ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o
mundo já envelhecido. Qual, de fato, o douto e mesmo o indouto que, desde que
tiver nas mãos um exemplar, depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo
que se acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha
imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego, um falsário, porque terei tido
a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros?
(Meclamitans esse sacrílego qui aldeão liquida in verteres libres adere, multar,
corrigir). Um duplo motivo me consola desta acusação. O primeiro é que vós, que
sois o soberano pontífice, me ordenais que o faça; o segundo é que a verdade
não poderia existir em coisas que divergem, mesmo quando tivessem elas por si a
aprovação dos maus". (Obras de São Jerônimo, edição dos Beneditinos, 1693,
t. It. Col. 1425).
Teria Jesus acreditado na ausência do Pai?
Há alguns anos, um grupo de jovens espíritas da
Baixada Fluminense, carregavam uma dúvida sobre “as fraquezas de Jesus”. Um
tema inusitado e qual deveria ser o motivo da dúvida e disseram que havia
passagens nos Evangelhos que sugeriam ter Jesus fraquejado algumas vezes e,
como exemplo, citaram a passagem em que Jesus, antes de desencarnar diz a
frase –“Pai porque me abandonastes”.
Pesquisando o assunto, verificamos que os judeus no
momento da grande aflição e, a morte é um desses momentos, costumavam apelar
para O Senhor, pedindo a sua ajuda. Foi exatamente isto o que Jesus fez.
E, para se dirigir ao pai, ele se vale do salmo XXII que começa exatamente
dizendo: “Pai,
Pai, por que me abandonaste”. Jesus, portanto, não está
lamentando o “abandono” de Deus no momento extremo, mas conversando com ele,
por meio da prece. Reforça esta ideia o fato de que este salmo é um salmo
messiânico típico, que trata dos sofrimentos do justo e que se adequa
perfeitamente à situação de Jesus.
Diz este salmo:
Meus Deus meu Deus, Porque me abandonastes?
descuidado de me salvar, apesar das palavras de meu rugir? Meu Deus eu grito de
dia, e não me respondes, de noite e nunca tenho descanso(...) cercaram-me cães poderosos,
um bando de malfeitores me envolve, como para retaliar, minhas mãos e meus pés.
Posso contar meus ossos todos, as pessoas me olham e me veem, repartem entre si
as minhas vestes e sobe a minha túnica tiram sorte(...)
“ Cães numerosos me cercam. Um bando de
malfeitores me envolve,
Como para retalhar minhas mãos e meus pés.
Posso contar todos os meus ossos. As pessoas me
olham e me vêm ;
Repartem entre si as minhas veste; e sobre a minha túnica tiram sorte.
Se continuarmos a leitura deste salmo, veremos que
ele começa com uma aparente lamentação e acaba com a exaltação. Com ele
Jesus expressa a sua crença firme em Deus e revela, ao final da sua vida
terrena que ele era o Messias de Israel, o Cristo de Deus.
FONTE:
CARLOS
T PASTORINO
Bíblia
de Jerusalém
Correio
Espirita
Huberto
Rodhen
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