sexta-feira, 13 de agosto de 2021

A FORMAÇÃO DOS CASAIS

 

A FORMAÇÃO DOS CASAIS

Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem.

A Terra ainda é um mundo caracterizado por provas e expiações, ou seja, tudo o que ocorrem em nosso planeta leva as marcas das provações e das expiações.

Na formação dos pares, as coisas não se passam de maneira diferente.

Há um pensamento comum de que todos os pares vieram já formados das regiões invisíveis, significando no solo planetário o mero cumprimento de algo que já estava traçado, estabelecido e confirmado, previamente, o que não passa de um cochilo de observação.

Há casais que são formados no invisível, em razão de compromissos sérios que deverão assumir na Terra.

Porém é exagerado pensar que cada par encontrado no planeta já tenha sido plasmado assim, desde a Pátria Espiritual, como se cada qual levasse chips de registro ou de identificação do outro.

Espíritos nas faixas de provas e expiações, vivendo toda a sorte de carências, frustrações e conflitos na esfera afetivo emocional, caracterizam-se quase todos os terrestres pela semelhança de pendores, de necessidades, conseqüentemente, de anseios.

Quase a totalidade da população terrena se acha marcada por imensas indefinições no campo dos anelos (anseios), da libido, das buscas afetivas.

 

A BUSCA DO COMPLEMENTO PSÍQUICO

Embora as diferenças individuais facilmente perceptíveis, o certo é que todos são muito semelhantes, em linhas gerais, todos amam, odeiam, sofrem, anseiam, invejam, doam, choram e riem enquanto seguem a procura da luz do Criador em si mesmos.

Assim é comum que cada individuo renascido no planeta, seja homem, ou seja, mulher, no tempo devido, passa a necessitar, então, de um outro psiquismo que complemente o seu próprio.

Salvo os relacionamentos com disfunções psicológicas ou psiquiátricas, o que se vê no mundo são vínculos de complementação psíquica. Indivíduos cuja dinâmica psicológica seja mais lenta sentem-se seguros com indivíduos de psiquismo mais ágil; pessoas medrosas, desencorajadas, prezam encontrar as mais atiradas, corajosas, animadas; os que pouco falam buscam os mais falantes, enfim, por ai...

 

Todas as peculiaridades podem se apresentar nos mais diversos níveis de superficialidade ou de aprofundamento.

É então que identificamos as afinidades de pendores, de gostos, de visão do mundo.

Vemos que podemos deparar comportamentos psicológicos femininos em indivíduos de morfologia masculina ou comportamentos psicológicos viris em indivíduos morfologicamente femininos.

Todos são muito semelhantes

No seio das relações sociais as criaturas costumam ter seu primeiro contato exteriormente. O homem vê a mulher e a mulher vê o homem, a principio, via corpo. Disso surgem interesses ou desinteresses, aproximações ou afastamentos, simpatias ou antipatias. É no contato mais próximo, após ouvir a exposição dos pensamentos sobre a vida, política, religião, família, relacionamento intimo, filhos, etc..., que se confirmam ou não os interesses ou os desinteresses; que se confirmam ou não as simpatias ou as antipatias. Não é raro encontrar pessoas que se apreciaram, que se gostaram à primeira vista, e que após maior aproximação, percebem que, de fato não tinham nada em comum. Não é difícil pessoas que se antipatizaram num contato superficial e, na medida em que se foram conhecendo melhor, passaram a sentir recíproca simpatia, chegando até algumas a experiências conjugais...

É assim no mundo terreno. Os indivíduos, em geral, estão à procura, consciente ou inconscientemente, de um psiquismo que se ajuste ao seu, complementando-o.

 

Cada alma que chega a Terra, pelo fio da reencarnação, chega portando “um conjunto de necessidades e de compromissos a ser atendido”.

Onde quer que se encontre, deparara com outra, ou com outras, com elementos capazes de lhe auxiliar no seu programa de evolução, em nome da lei de afinidade.

Por aí podem se explicar que cônjuges que se desvinculam pela desencarnação, separações, divórcios, venham a encontrar outros parceiros tão ou mais especiais que os anteriores, havendo os que vivem em melhores condições afetivo-emocional, na relação seguinte.

Então parece ficar claro que, para cada alma no mundo encarnada, há diversas outras em grau evolutivo tal que lhe permitiria atender a programação que a enviou ao planeta.

No entanto, cumpre a cada parceiro o respeito ao outro, seja pela vivencia da fidelidade, da cooperação recíproca, da cumplicidade, da compreensão e das renuncias positivas exigidas na relação.

Compreendemos que não há nos planos de Deus determinações conjugais fechadas, ou almas gêmeas, em caráter absoluto.

Repetimos que na Terra, não obstante as diferenças individuais, todos são, em linhas gerais, muito semelhantes.

 

VARIAÇÕES EXPIATÓRIAS

No que se refere a provas e as expiações terrestres, poder-se-ia supor que um casal sob essas injunções deveria viver as turras, entregando-se ao pugilato, a violência, as agressões, a fim de se configurar a experiência provacional-expiatoria, o que não pertence ao domínio do bom senso.

O bom senso aponta para o fato de quem se acha num estagio de provas, queira ser aprovado, ou de que aquele que deve, deseje ver-se livre do debito, quitando-o honradamente com os credores.

Conforme nos ensinam os Guias Tutelares todos devemos experimentar, durante a encarnação, todas as vicissitudes da vida corporal.

Na esfera conjugal, um par poderá querer se profundamente, poderá respeitar-se e viver moralmente muito bem e enfrentar, dificuldades graves na área da saúde de um ou de outro, do desemprego par um ou para ambos, problemas com filhos e agregados, na faixa da doença, da drogadição, da criminalidade, da aberração sexual, verdadeiras dores morais, que perturbam a vida.

Logo podemos ver que o processo provacional ou expiatório de um casal pode não estar referido aos maus tratos entre os dois, mas as vicissitudes da existência no mundo.

Vale considerar, quanto aprendizado se pode extrair da vida a dois, quando a dupla, tem a devida maturidade ou a necessária lucidez, a fim de buscar a compreensão dos motivos.

Muito importante é que cada um aprenda com seu cônjuge o que este tenha a lhe oferecer.

FONTE:

José Raul Teixeira em Desafios da vida familiar

Pelo Espírito Camilo

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