A
FORMAÇÃO DOS CASAIS
Duráveis
somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a
causa que lhes deu origem.
A Terra
ainda é um mundo caracterizado por provas e expiações, ou seja, tudo o que
ocorrem em nosso planeta leva as marcas das provações e das expiações.
Na
formação dos pares, as coisas não se passam de maneira diferente.
Há um
pensamento comum de que todos os pares vieram já formados das regiões
invisíveis, significando no solo planetário o mero cumprimento de algo que já
estava traçado, estabelecido e confirmado, previamente, o que não passa de um
cochilo de observação.
Há casais
que são formados no invisível, em razão de compromissos sérios que deverão
assumir na Terra.
Porém é
exagerado pensar que cada par encontrado no planeta já tenha sido plasmado
assim, desde a Pátria Espiritual, como se cada qual levasse chips de registro
ou de identificação do outro.
Espíritos
nas faixas de provas e expiações, vivendo toda a sorte de carências,
frustrações e conflitos na esfera afetivo emocional, caracterizam-se quase
todos os terrestres pela semelhança de pendores, de necessidades,
conseqüentemente, de anseios.
Quase a
totalidade da população terrena se acha marcada por imensas indefinições no
campo dos anelos (anseios), da libido, das buscas afetivas.
A BUSCA DO COMPLEMENTO PSÍQUICO
Embora as
diferenças individuais facilmente perceptíveis, o certo é que todos são muito
semelhantes, em linhas gerais, todos amam, odeiam, sofrem, anseiam, invejam,
doam, choram e riem enquanto seguem a procura da luz do Criador em si mesmos.
Assim é
comum que cada individuo renascido no planeta, seja homem, ou seja, mulher, no
tempo devido, passa a necessitar, então, de um outro psiquismo que complemente
o seu próprio.
Salvo os
relacionamentos com disfunções psicológicas ou psiquiátricas, o que se vê no
mundo são vínculos de complementação psíquica. Indivíduos cuja dinâmica
psicológica seja mais lenta sentem-se seguros com indivíduos de psiquismo mais
ágil; pessoas medrosas, desencorajadas, prezam encontrar as mais atiradas,
corajosas, animadas; os que pouco falam buscam os mais falantes, enfim, por ai...
Todas as
peculiaridades podem se apresentar nos mais diversos níveis de superficialidade
ou de aprofundamento.
É então
que identificamos as afinidades de pendores, de gostos, de visão do mundo.
Vemos que
podemos deparar comportamentos psicológicos femininos em indivíduos de
morfologia masculina ou comportamentos psicológicos viris em indivíduos
morfologicamente femininos.
Todos são
muito semelhantes
No seio
das relações sociais as criaturas costumam ter seu primeiro contato
exteriormente. O homem vê a mulher e a mulher vê o homem, a principio, via
corpo. Disso surgem interesses ou desinteresses, aproximações ou afastamentos,
simpatias ou antipatias. É no contato mais próximo, após ouvir a exposição dos
pensamentos sobre a vida, política, religião, família, relacionamento intimo,
filhos, etc..., que se confirmam ou não os interesses ou os desinteresses; que
se confirmam ou não as simpatias ou as antipatias. Não é raro encontrar pessoas
que se apreciaram, que se gostaram à primeira vista, e que após maior
aproximação, percebem que, de fato não tinham nada em comum. Não é difícil
pessoas que se antipatizaram num contato superficial e, na medida em que se foram
conhecendo melhor, passaram a sentir recíproca simpatia, chegando até algumas a
experiências conjugais...
É assim
no mundo terreno. Os indivíduos, em geral, estão à procura, consciente ou
inconscientemente, de um psiquismo que se ajuste ao seu, complementando-o.
Cada alma
que chega a Terra, pelo fio da reencarnação, chega portando “um conjunto de
necessidades e de compromissos a ser atendido”.
Onde quer
que se encontre, deparara com outra, ou com outras, com elementos capazes de
lhe auxiliar no seu programa de evolução, em nome da lei de afinidade.
Por aí
podem se explicar que cônjuges que se desvinculam pela desencarnação,
separações, divórcios, venham a encontrar outros parceiros tão ou mais
especiais que os anteriores, havendo os que vivem em melhores condições
afetivo-emocional, na relação seguinte.
Então
parece ficar claro que, para cada alma no mundo encarnada, há diversas outras
em grau evolutivo tal que lhe permitiria atender a programação que a enviou ao
planeta.
No
entanto, cumpre a cada parceiro o respeito ao outro, seja pela vivencia da
fidelidade, da cooperação recíproca, da cumplicidade, da compreensão e das
renuncias positivas exigidas na relação.
Compreendemos
que não há nos planos de Deus determinações conjugais fechadas, ou almas gêmeas,
em caráter absoluto.
Repetimos
que na Terra, não obstante as diferenças individuais, todos são, em linhas
gerais, muito semelhantes.
VARIAÇÕES EXPIATÓRIAS
No que se
refere a provas e as expiações terrestres, poder-se-ia supor que um casal sob
essas injunções deveria viver as turras, entregando-se ao pugilato, a
violência, as agressões, a fim de se configurar a experiência
provacional-expiatoria, o que não pertence ao domínio do bom senso.
O bom
senso aponta para o fato de quem se acha num estagio de provas, queira ser
aprovado, ou de que aquele que deve, deseje ver-se livre do debito, quitando-o
honradamente com os credores.
Conforme
nos ensinam os Guias Tutelares todos devemos experimentar, durante a
encarnação, todas as vicissitudes da vida corporal.
Na esfera
conjugal, um par poderá querer se profundamente, poderá respeitar-se e viver
moralmente muito bem e enfrentar, dificuldades graves na área da saúde de um ou
de outro, do desemprego par um ou para ambos, problemas com filhos e agregados,
na faixa da doença, da drogadição, da criminalidade, da aberração sexual,
verdadeiras dores morais, que perturbam a vida.
Logo
podemos ver que o processo provacional ou expiatório de um casal pode não estar
referido aos maus tratos entre os dois, mas as vicissitudes da existência no
mundo.
Vale
considerar, quanto aprendizado se pode extrair da vida a dois, quando a dupla,
tem a devida maturidade ou a necessária lucidez, a fim de buscar a compreensão
dos motivos.
Muito
importante é que cada um aprenda com seu cônjuge o que este tenha a lhe
oferecer.
FONTE:
José Raul
Teixeira em Desafios da vida familiar
Pelo
Espírito Camilo
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