sexta-feira, 13 de agosto de 2021

O ESTUPRO E ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA

O ESTUPRO E ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA

Em diversas oportunidades, quando se fala em reencarnação e aborto, convém questionar também a dolorosa e delicada circunstância do estupro.

Embora o tema seja muito polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação planetária. A grande discussão que a sociedade tem levantado é a legitimidade, ou não, do aborto, quando a gravidez é consequência de um ato de violência física.

Gostaria de nos posicionarmos em relação ao aspecto legal da questão nos permitindo não fazer maiores comentários no campo jurídico, pois leis e constituições os povos já tiveram inúmeras e muitas outras terão, mesmo porque as nossas já são obsoletas demais. Nossa abordagem será pelo ângulo transcendental e reencarnacionista considerando que são três (3) espíritos, no mínimo, envolvidos na tragédia em questão.

Igualmente, quanto ao aspecto da ética médica, lembramos que esta ética é diferente em cada país do planeta. Numa escala de -10 a 10, teremos todas as notas, conforme a nação e o continente que nos reportarmos.

Cumpre-nos esclarecer que o livre arbítrio é o maior patrimônio que nós, espíritos humanos, temos alcançado ao atingirmos a faixa evolutiva pensante. Livre arbítrio que não legitima atitudes, mas dá oportunidade às criaturas decidir e serem responsabilizadas pelas consequências de seus atos.

Outra premissa que devemos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que possuímos.

Importante também chamar atenção para que não há atos perversos que tenham sido planejados pela espiritualidade superior.  Seria de uma miopia intelectual sem limites, a ideia de que alguém deve reencarnar a fim de ser estuprado, ou abortado.

A concepção do Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos sobre a vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor. É a Lei maior que a tudo preside, uma lei de amor que coordena as leis da natureza. Como conceber a violência física?  Como enquadrar a onipresença divina em situações e sofrimentos que observamos?  Deus estaria ausente nestas circunstâncias?  Ou estaria presente?  Para muitos indivíduos descrentes se estivesse presente ou não já seria motivo para não crer na sua existência ou na sua infinita bondade e onisciência.

Outra questão importante: Quem é a "vítima"?  Cada um de nós ao reencarnar trouxe todo o seu passado impresso gravado em si mesmo, são os núcleos energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos em vidas passadas.

Espíritos que somos e pelas inúmeras viagens que já fizemos, representadas pelas inúmeras vidas, possuímos no nosso "passaporte" inúmeros "carimbos" das pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória destas experiências se traduz em fonte energética que irradia constantemente do nosso interior para a superfície desta vida. Assim, é também a vítima. A jovem que hoje se apresenta de forma diferente, traz em seu passado profunda marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de desequilíbrio que são gravadas em si mesma. Algumas delas participaram intelectualmente de verdadeiras emboscadas visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras foram executoras diretas, pela autoridade que eram investidas, de crimes nesta área.

Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que agora pulsa constantemente nos arquivos vibratórios da personagem neste drama.

Pela Lei Universal, a sintonia de vibrações, poderá ocorrer em um dado momento dependendo da facilidade criada por atitudes mentais da personagem, apresentada como surpresa desagradável para a agredida. Como orientar a vítima?  Identificados dois dos protagonistas (mãe e filho) vamos falar a respeito da entidade reencarnante.   Em certas ocasiões, o ser que mergulha na carne nesta dolorosa circunstância é alguém que vibra na mesma faixa de desequilíbrio. Um espírito que pelo ódio se imantava magneticamente à aura da jovem como que lhe pedindo contas pelos sofrimentos causados por ela, se vê preso às malhas energéticas do organismo biológico que se forma. O processo obsessivo que vinha se desenvolvendo já o fixara perifericamente à trama perispiritual materna e agora passa a aderir definitivamente naquele organismo feminino.

Apesar do momento cruel, a Lei maior pode aproveitar para retirar o perseguidor desta situação adormecendo-o.  Acordará, talvez, embalado pelos braços de seu antigo algoz que aprenderá a perdoar e até amar em função do sábio esquecimento do passado. Lembramos, novamente, não foi em hipótese alguma programado o estupro, nem ele em qualquer circunstância teria justificativa. No entanto o crime existindo, a espiritualidade sempre fará o máximo para do "mal" poder resultar algum bem. Mas, muitas vezes, a vítima pressionada pelos vínculos familiares opta por interromper a gravidez indesejada.

Somos contrários ao teatro dos que exibem recursos chocantes de fragmentos ensanguentados de bebês em formação, jogados nos baldes frio da indiferença humana. A falta de argumento e conhecimento espírita do processo que se desencadeia, é que faz lançar mão destes métodos agressivos de exposição. Mesmo porque a mídia e a autopromoção justificam tais meios.  A visão espiritual da situação dispensa estes recursos dos quais podem se servir outras religiões e seitas que desconhecem a preexistência da alma, o mecanismo da reencarnação, etc. O espírito submetido à violência do aborto sofre intensamente no processo, conforme o seu grau de maturidade espiritual. Perante a Lei divina sabemos que o espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência cometida por outro. Ninguém paga pelos outros. Violência que gera violência, Lei de Talião, um ciclo triste que para ser rompido com um ato de amor a um entezinho que muitas vezes aspira por uma oportunidade de evolução em nova vida. O aborto provocado gera muitas vezes profundos traumas em todos os envolvidos agravando a dolorosa situação cármica da constelação familiar. Ninguém é mãe ou filho de outro por casualidade. Há, sempre, um mecanismo sábio da lei que visa corrigir ou suavizar sofrimentos. Há, também, espíritos afins e benfeitores que, visando amparar a futura mãe, optam pelo reencarne na situação surgida.  A vítima do estupro, poderá ter ao seu lado toda luz de alguém que poderá vir a ser o seu arrimo e consolo na velhice. Irmãos cheios de ternura em seu coração, com projetos de dedicação e amparo, aproveitam o momento criado pelo crime para auxiliar, diretamente, na vida material, dando todo seu trabalho afetivo para aquela que amam. Renascem como seu filho. A eliminação da gravidez, através do aborto provocado, nestes casos, irá anular este laborioso auxílio que o espírito protetor lamentará ter perdido.

Pelo que disse, a interrupção da gestação mesmo decorrente de violência, é sempre uma atitude arbitrária que só ampliará o sofrimento dos familiares. Se a jovem for emocionalmente incapaz de atender os requisitos da maternidade, a adoção, preferencialmente por pessoas de vínculos próximos, deverá ser o remédio por nós indicado. E aí podemos falar de cadeira, tese e mestrado. Se não houver possibilidades psiquicamente aceitáveis de recepção por parte de familiares, deve-se seguir os caminhos legais para adoção de quem receberá aquela criatura com o amor necessário ao seu processo redentor e educativo.

Quanto ao restante, o tempo se encarregará de cicatrizar os ferimentos da alma.

 

Agora com permissão do grupo falaremos algo a respeito da reencarnação.

O reencarne é sempre um acontecimento constrangedor para o espírito. Habitando um mundo menos denso e agindo com mais liberdade, ele se vê forçado a um mergulho na carne, condenado ao esquecimento de sua própria história, para recomeçar quase sempre trabalhos incompletos, missões naufragadas ou de ajuda para se aperfeiçoar. Pode acompanhar-lhe ainda, extensa relação de dificuldades, como doenças, atrofias, deficiências, etc...

Voltar a carne significa esforço iniciado bem antes da gestação, quando é feita uma busca dos futuros pais, amigos e inimigos.

Segue-se o planejamento para um novo corpo, a elaboração de um mapa genético que é levado a efeito com ou sem a presença do reencarnante.

O espírito para reencarnar deverá passar inevitavelmente pela redução perispiritual, para que seja acoplado ao óvulo.

As células germinativas são coloridas.  O óvulo apresenta uma cor alaranjada e o espermatozoide é azulado. Existe no óvulo uma espécie de fio, muito tênue, que não é notado pelo microscópio, talvez por encontrar-se em sua parte energética.

Esse fio vai ligar-se ao períspirito formando o cordão de prata. Todo óvulo fecundado, que se destina ao acoplamento com o períspirito possui esse cordão 

No momento em que o espermatozoide bombardeia o óvulo, perde o quanto (aquele rabinho); este se fecha sobre si então sai dele esse fiozinho, como uma linha.

Esse períspirito que foi reduzido na câmara espiritual é ligado através do fio existente no óvulo fecundado.  O rompimento desse fio neutraliza a oportunidade de retorno para o candidato reencarnante.  O feto perispiritual é um bonequinho perfeito. A saúde ou doença que venha a alojar-se em tão nobre miniatura dependerá do que lhe foi predestinado pelo seu mapa genético, em concordância com as leis cármicas.

O períspirito crescerá dentro do útero, afrouxando devagar a compressão molecular imposta pela cabina.  Sofrerá transformações no seu semblante, ajustando-se à carga genética materna e paterna determinando-lhe as futuras características físicas que portará.

O períspirito ao ser ligado ao óvulo, o faz através desse fio, gerando o cordão prateado. Imediatamente devido à constituição celular do óvulo, o contato espírito matéria se estabelece. Isso ocorre com a fecundação.

Por isso podemos concluir que toda e qualquer modelagem perispiritual é em última instância, promovida pelo espírito que dela necessita, sendo a grande variedade de técnica utilizadas pelos cientistas espirituais, métodos indutores para que ele tenha condições de se automodelar.

FONTE:

Estudos Espíritas

 


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