segunda-feira, 31 de agosto de 2020

PRIMEIRA CARTA AOS CORINTIOS

 

PRIMEIRA CARTA AOS CORINTIOS

I Coríntios é uma carta de aconselhamento. Na ocasião em que Paulo encontrava-se em Éfeso, ele ouviu falar dos problemas da congregação cristã na cidade de Corinto, através de um membro da igreja coríntia, chamada Cloé e, por isso, passa várias instruções sobre diversos assuntos. Depois de tratar dos problemas da igreja que enfrentava dissensões e uma situação de desordem, Paulo passa a responder sobre as dúvidas dos cristãos daquela igreja.

Instruções acerca dos dons espirituais

Paulo passa algumas instruções sobre o uso dos dons espirituais, conhecidos no catolicismo como os carismas do Espírito Santo (mas na verdade mediunidade já comprovada pela ciência).

Paulo explica que os dons são dados por um único Deus para o cumprimento de sua obra na Terra, buscando situar a igreja como um só corpo e os cristãos como membros desse corpo. E, assim como no corpo humano cada parte tem uma função específica, o mesmo deve ser aplicado quanto às manifestações dos dons espirituais na Igreja (I Coríntios 12:12 –“Com efeito o corpo é um e, não obstante,, tem muitos membros, mas todos os membros do corpo,, apesar de serem muitos,, formam um só corpo. Assim também acontece com Cristo. ”).

Convém lembrar que Igreja é uma comunidade sem número definido de pessoas, que aceitaram a pregação de Paulo a respeito da Boa Nova e passaram a seguir os ensinamentos de Jesus.

Após uma pausa em que fala sobre a suprema excelência do amor, durante o capítulo 13, Paulo detém-se no uso dos dons de línguas e de profecias. Neste sentido, ele orienta que os cristãos devem procurar com zelo os dons espirituais, principalmente o de profetizar (mediunidade de psicofonia ou mesmo psicografia).

Embora muitos relacionem a profecia como uma previsão de acontecimentos futuros, o seu principal propósito no Novo Testamento bíblico, de acordo com a epístola, seria o de comunicar a mensagem de Deus às pessoas, dando esclarecimentos, advertências, correção e encorajamento:

Mas aquele que profetiza aos homens; edifica, exorta, consola. (I Coríntios 14:3)

A respeito do dom de falar em línguas, Paulo orienta as igrejas para que procurem manter uma disciplina durante o culto, ressaltando qual a finalidade dessa manifestação espiritual que seria a edificação pessoal do cristão em sua oração individual a Deus.

O poema sobre o amor

É no capítulo 13 da epístola que Paulo fala grandiosamente sobre o amor (em grego ágape) que, em algumas traduções, aparece com o vocábulo caridade:

Ainda que eu falasse língua, as dos homens e as  dos anjos; se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine. Ainda que tivesse o dom da profecia,  o conhecimento de  todos os mistérios e de toda a ciência, e ainda que tivesse toda a , a ponto de transportar montanhas, e não tivesse a caridade, nada seria. Ainda que distribuísse todos os meus bens aos famintos; ainda que entregasse meu corpo as chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A Caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, nãos e irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará; quanto as profecias, desaparecerão; quando as línguas, cessarão; quanto a ciência, também desaparecerá; pois o nosso conhecimento, é limitado e limitada é a nossa profecia; mas quando viera perfeição, o que é limitado desaparecerá. Quando era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança. Agora vemos em espelho de maneira confusa, mas depois o veremos face a face; agora meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem  fé, esperança e caridade, essas três coisas; a maior delas, porém é a caridade.

Advertências contra a imoralidade sexual e orientações acerca do casamento

Na sua primeira epístola aos Coríntios, Paulo faz sérias advertências sobre o caso de incesto e a imoralidade entre eles e as relações sexuais ilícitas, determinando que fosse expulso da congregação um homem que havia abusado da mulher do seu pai (capítulo 5) e alertando que o homem que se une a uma prostituta torna-se uma só carne com ela.

Paulo situa o corpo do cristão como um membro de Jesus Cristo e o templo onde o Espírito Santo habita que virá a ser restaurado por Deus na ressurreição dos mortos. Assim, o apóstolo explica que o cristão não pode fazer o que bem entender com o seu corpo participando de relações sexuais contrárias aos mandamentos bíblicos porque o corpo do cristão passa a pertencer a Deus.

Após advertir duramente contra a imoralidade sexual na segunda parte do capítulo 6 da epístola (versos de 12 a 20), Paulo passa a falar no capítulo 7 dos deveres quanto ao casamento onde exalta a fidelidade conjugal entre o marido e a esposa. Fala daqueles fazem a sua opção por fica solteiro para se dedicarem mais às atividades que se diz respeito ao reino de Deus, porém recomenda que aqueles que não tenham a vocação para uma vida de santidade que se casassem. Também permite um novo matrimônio para as viúvas, considerando ser mais adequado as pessoas se casarem do que terem uma vida de imoralidade contrária aos propósitos divinos.

Muito interessante observar que, a respeito da união entre cristãos e incrédulos, Paulo orienta que tais matrimônios não devem ser desfeitos por causa das diferenças religiosas, dizendo que o esposo não convertido é santificado pela sua esposa e que o contrário também se aplica.

Esta epístola condena a prática do sexo dito não natural. Nos versos de 9 a 10 do capítulo 6, é utilizado a palavra sodomita, fazendo uma menção às práticas homossexuais das cidades de Sodoma e Gomorra que, de acordo com o livro de Gênesis, foram destruídas por Deus na época de Abraão, cujos habitantes não apenas tinham relações homossexuais, mas eram seres perversos.

Da mesma maneira, a epístola condena a prática feminina de falar na igreja, caracterizando a atitude como "vergonhosa". Nos versos 33 e 34 do capítulo 14, determina-se às mulheres que fiquem caladas na igreja e que, querendo aprender algo, perguntem em casa aos maridos.

A importância da celebração da Ceia

Preocupado com a maneira como as igrejas em Corinto estavam celebrando a Ceia cristã, Paulo alerta que tal momento deve ser de reflexão e cita as últimas palavras ditas por Jesus a seus discípulos antes de morrer na cruz.

Assim, o apóstolo orienta que os cristãos devem comemorar esta passagem de modo certo e disciplinado, condicionando que cada homem deve examinar-se a si mesmo e só então comer do pão e beber do cálice.

Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas por seus julgamentos, o Senhor nos corrige, para que não sejamos condenados com o mundo. (I Coríntios 11:31-32)

Sobre a ressurreição dos mortos

Outro tema muito importante que é abordado na epístola é a ressurreição dos mortos.

Paulo ensina que se não existisse a ressurreição dos cristãos, seria em vão tanto a fé quanto os trabalhos de pregação do Evangelho.

T6enhoi de que me gloriar em Cristo Jesus, pois não ousaria falar de coisas que o Cristo não tivesse realizado pela força de sinais e prodígios, na força do espirito de Deus: como, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria eu levei a termo o anuncio do evangelho de Cristo, onde o nome de Cristo ainda não era conhecido. (I Coríntios 15:19)

Demonstrando que, assim como Cristo ressuscitou e vive para sempre, os mortos também deverão ressuscitar um dia, Paulo explica que, da mesma maneira como a morte afetou todos os homens por causa da desobediência de Adão, a ressurreição é alcançada por intermédio de Cristo.

Pois assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida. (I Coríntios 15:22)

Deste modo, o corpo corruptível de cada membro da igreja será um dia transformado em um corpo celestial, semelhante ao de Cristo, que viverá e reinará eternamente com Jesus.

Assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente; o último Adão, tornou-se espirito que dá a vida. Primeiro foi feito não o que é espiritual, mas o que é psíquico; o que é espiritual vem depois. O primeiro homem tirado da térrea é terrestre. O segundo homem vem do céu. Tal foi o homem terrestre, tais são também os terrestres. Tal foi o homem celeste, tais serão os celestes. E assim como trouxemos a imagem do homem terrestre, assim também traremos a imagem do homem celeste(I Coríntios 15:45-49)

Concluindo todo o seu ensinamento, durante o capítulo 15 da epístola, Paulo então recomenda aos cristãos que fossem firmes e constantes em seus caminhos, cientes de que os trabalhos de evangelismo na obra divina não seriam em vão.

A efetiva primeira epístola de Paulo aos Coríntios não se encontra perdida, mas não foi aceita pelo cânonTeólogos a estudam mesmo assim.

Fonte:

Wikipédia

Bíblia de Jerusalém

 

PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES

 

Células e corpo espiritual PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES — Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores (cavalo – cachorro – golfinho – elefante) e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.

 

FORMAS DAS CÉLULAS — Animálculos infinitesimais, que se revelam domesticados e ordeiros na colmeia orgânica, assumem formas diferentes, segundo a posição dos indivíduos e a natureza dos tecidos em que se agrupam, obedecendo ao pensamento simples ou complexo que lhes comanda a existência. São cenositos –(uma célulatecido ou organismo multinucleado )ou microrganismos que podem viver livremente, como autositos (, ou como parasitos; sincícios ou massa de células que se fundem para a execução de atividade particular, como, por exemplo, na musculatura cardíaca ou na camada epitelial que compõe a parte externa da placenta, com ação histolítica sobre a estrutura da organização materna; células anastomosadas, como as que se coordenam na formação dos tecidos conjuntivos; células em grupos coloniais, com movimentos perfeitamente coordenados, quais as que se mostram nos volvocídeos; células com matriz intersticial, que elaboram substâncias imprescindíveis à conservação da vida na província corpórea e as células que podem diversificar-se, constituindo-se elementos livres, como na preparação dos glóbulos da corrente sanguínea. Articulam-se em múltiplas formas, adaptando-se às funções que lhes competem, no veículo de manifestação da criatura que temporariamente as segrega, à maneira de peças eletromagnéticas inteligentes, em máquina eletromagnética superinteligente, atendendo com precisão matemática aos apelos da mente, assemelhando-se, de certo modo, no organismo, aos milhões de átomos que constituem harmonicamente as cordas de um piano, acionadas pelos martelos minúsculos dos nervos, ao impacto das teclas que podemos simbolizar nos fulcros energéticos do córtice encefálico, movimentado e controlado pelo Espírito, através do centro coronário que sustenta a conjunção da vida mental com a forma organizada em que ela própria se expressa. MOTORES ELÉTRICOS MICROSCÓPICOS — Dispostas na construção da forma em processo idêntico ao da superposição dos tijolos numa obra de alvenaria, as células são compelidas à disciplina, perante a ideia orientadora que as associa e governa, quanto os tijolos vulgares são constrangidos à submissão ante as linhas traçadas pelo arquiteto que lhes aproveita o concurso na concretização de projeto específico. É assim que são funcionárias da reprodução no centro genésico, trabalhadores da digestão e absorção no centro gástrico, operários da respiração e fonação no centro laríngeo, da circulação no centro cardíaco, servidoras e guardiãs fixas ou migratórias do tráfego e distribuição, reserva e defesa no centro esplênico, auxiliares da inteligência e elementos de ligação no centro cerebral e administradoras e artistas no centro coronário, amolgando-se às ordens mentais recebidas e traduzindo na região de trabalho que lhes é própria a individualidade que as refreia e influencia, com justas limitações no 23 tempo e no espaço. Temo-las, desse modo — repetimos —, por microscópicos motores elétricos, com vida própria, subordinando-se às determinações do ser que as aglutina e que lhes imprime a fixação ou a mobilidade indispensáveis às funções que devam exercer no mar interior do mundo orgânico, formado pelos líquidos extracelulares, a se definirem no líquido lacunar que as irriga e que circula vagarosamente; na linfa que verte dos tecidos, endereçada ao sangue; e no plasma sanguíneo que se movimenta, rápido, além de outros líquidos intersticiais, característicos do meio interno. O TODO INDIVISÍVEL DO ORGANISMO — Lógico entender, dessa forma, que, diante do governo mental, a reunião das células compõe tecidos, assim como a associação dos tecidos esculpe os órgãos, partes constituintes do organismo que passa a funcionar, como um todo indivisível em sua integridade, cingido pelo sistema nervoso e controlado pelos hormônios ou substâncias produzidas em determinado órgão e transportadas a outros arraiais da atividade somática, que lhes excitam as propriedades funcionais para certos fins, hormônios esses nascidos de impulsão mecânica da mente sobre o império celular, conforme diferentes estados emotivos da consciência, enfeixando cargas de elementos químicos em nível ideal, quando o equilíbrio íntimo lhe preside as manifestações, e consubstanciando recursos de manutenção e preservação da vida normal, perfeitamente isoláveis pela ciência comum, como já acontece com a adrenalina das suprarrenais, com a insulina do pâncreas, a testosterona dos testículos e outras secreções glandulares do cosmo orgânico. AUTOMATISMO CELULAR — É da doutrina celular corrente no mundo que as células tomam aspectos diferentes conforme a natureza das organizações a que servem, competindo-nos desenvolver mais amplamente o asserto, para asseverar que a inteligência, influenciando o citoplasma, que é, no fundo, o elemento intersticial de vinculação das forças fisiopsicossomáticas, obriga as células ao trabalho de que necessita para expressar-se, trabalho este que, à custa de repetições quase infinitas, se torna perfeitamente automático para as unidades celulares que se renovam, de maneira incessante, na execução das tarefas que a vida lhes assinala. EFEITOS DO AUTOMATISMO — Perfeitamente compreensíveis, nessa base, os estudos científicos que reconhecem os agrupamentos colaboracionistas das células especializadas, através da cultura artificial dos tecidos orgânicos, em que um fragmento qualquer desses mesmos tecidos, seja da epiderme ou do cérebro, permanece vivo, por muito tempo, quando mergulhado em soro que, cuidadosamente imunizado e mantido na temperatura correspondente à do corpo físico, acusa uma vida intensa. Decorridas algumas horas, os produtos de excreta intoxicam o soro, impedindo o desenvolvimento celular; mas, se o líquido for renovado, continuam as células a crescer no mesmo ritmo de movimento e expansão que lhes marca a atividade no edifício corpóreo. Todavia, fora do governo mental que as dirigia, não se revelam iguais às suas irmãs em função orgânica. As células nervosas, por exemplo, com as suas fibrilas especiais, não produzem células com fibrilas análogas, e as que atendem nos músculos aos serviços da contração se desdiferenciam, regredindo ao tipo conjuntivo. Todas as que se ausentam do conjunto estrutural do tecido inclinam-se 24 para a apresentação morfológica da ameba, segundo observações cientificamente provadas. Isso ocorre porque as células, quando ajustadas ao ambiente orgânico, demonstram o comportamento natural do operário mobilizado em serviço, sob as ordens da Inteligência, comunicando-se umas com as outras sob o influxo espiritual que lhes mantém a coesão, e procedem no soro quais amebas em liberdade para satisfazer aos próprios impulsos. FENÔMENOS EXPLICÁVEIS — Dentro do mesmo princípio de submissão das células ao estímulo nervoso, é que a experiência de transplante dos tecidos de embriões entre si, com alguns dias de formação, pode oferecer resultados surpreendentes, de vez que as células orientadas em determinado sentido, quando enxertadas sobre tecidos outros “in vivo”, conseguem gerar órgãos-extras em regime de monstruosidade, obedecendo a determinações especializadas resultantes das ordens magnéticas de origem que saturavam essas mesmas células. E é ainda aí, pelo mesmo teor de semelhante saturação, que vamos entender as demonstrações do faquirismo e outras realizadas em sessões experimentais do Espiritismo, nas quais a mente superconcentrada pode arremessar fluídos de impulsão sobre vidas inferiores, como seja a das plantas, imprimindo-lhes desenvolvimento anormal, e explicar os fenômenos da materialização mediúnica. Neste caso, sob condições excepcionais e com o auxílio de Inteligências desencarnadas, o organismo do médium deixa escapar o ectoplasma ou o plasma exteriorizado, no qual as células, em tonalidade vibratória diferente, elastecem-se e se renovam, de conformidade com os moldes mentais que lhes são apresentados, produzindo os mais significativos fenômenos em obediência ao comando da Inteligência, por intermédio dos quais a Esfera Espiritual sugere ao Plano Físico a imortalidade da alma, a caminho da Vida Superior.

Fonte:

Mundo Maior

Evolução em Dois Mundos

Carlos T. Pastorino

DIAMANTES FATÍDICOS

 DIAMANTES FATÍDICOS

Os espíritos superiores traziam desencarnados para consolo dos familiares quanto à sobrevivência da vida à disjunção molecular através do fenômeno da morte biológica.

Buscando comunicar-se com os afetos que ficaram banhados de saudade na retaguarda carnal.

Não se esmagam ideais de humanidade sem que ressurjam, à frente, mais graves e odientos.

Essa sem dúvida, é uma das mais graves conseqüências da miséria moral, a total ausência de interesse por uma existência melhor, por mudanças para outros patamares de comportamento.

O futuro é imprevisível e muitas vezes, chega antes que o presente conclua o seu programa.

As criaturas humanas necessitam com freqüência de momentos de beleza e reflexão, a fim de sintonizarem com o amor que esplende em toda a parte.

Na azáfama das buscas desnecessárias e no resfolegar das paixões inferiores, perdem o contato com a própria realidade, deslocando-se em fugas espetaculares, para conseguirem coisas e esquecerem responsabilidades e deveres, anestesiando os sentimentos.

Conforme as estruturas do pensamento, do sentimento, assinalam-se no comportamento as características do ser oculto que é.

O fenômeno da morte apenas liberta o Espírito encarcerado, ao invés de aniquilar a vida. Essa é tese inconfundível de todas as doutrinas religiosas existentes no mundo.

O psiquismo, que é a primeira forma com que Deus cria os seres, transfere-se das aglutinações moleculares dos minerais para os vegetais, quando surgem os primeiros estímulos de sensibilidade e de um embrionário sistema nervoso, desatando as possibilidades de que dispõem inatas, avançando pelo reino animal, quando desenvolve o instinto para alcançar o seu estágio de humanidade, no qual a inteligência, o sentimento, a razão, a consciência esplendem, a fim de avançar futuro em fora, ao encontro da Divindade. Desse modo, tudo morre para transformar-se, desaparecendo uma estrutura para dar lugar a outra.

O denominado pecado está sempre na mente daquele que o comete e não no ato em si mesmo, porquanto, pessoas há que se mantêm puras apenas no exterior vivenciando experiências perturbadoras no mundo íntimo, que terminam por desequilibrar o sistema nervoso e o direcionamento mental.

As cavilosas proibições religiosas, derivadas da prepotência de antigos mandatários humanos que se encarregaram de punir a sociedade pelo crime de aspirar pela felicidade, que eles, por uma ou outra razão, portadores de tormentos masoquistas, não podiam usufruir, tiveram a preocupação de apenas proibir, castigar, perseguir, quando deveria haver-se dedicado a orientar, esclarecer, conduzir, amar e deixar ao arbítrio de cada qual a melhor maneira de direcionar a existência.

O problema não é da polaridade sexual, mas, sim, de cada ser, conforme o seu estágio de evolução, de seu comportamento moral.

Todas as aflições, todos os sofrimentos procedem do egoísmo e do desrespeito que o Espírito se permite ante as Leis de Deus.

Não é a primeira vez que transitas no mundo com aquele que hoje te fere de morte. Perdoa-o e perdoa-te, a fim de tornares menos pesado o teu fardo de aflições.

Qualquer um de nós, quando convidados aos padecimentos, sejam de natureza orgânica pelas doenças, emocional e mental pelos transtornos neuróticos e psicóticos, pela pobreza, pela solidão, pela crueldade que nos seja imposta, não dispondo de um suporte filosófico para compreender-lhes a necessidade, resvala na alucinação e tomba no suicídio, no homicídio ou em outro qualquer desalinho moral, por falta de apoio mental e espiritual para preservar e retirar o melhor proveito da situação.  A reencarnação, portanto, é a luz no fim do túnel convidando a saída honrosa das sombras na direção do espaço aberto e claro da vida.

Por que nascem no mesmo lar, gênios e imbecis?

Porque são criados seres felizes e atormentados, sem possibilidade de mudança de situação?

Qual a razão pela qual uns sofrem desde o berço, enquanto outros são aquinhoados pela deusa fortuna com todas as alegrias facilidade imagináveis?

Por qual motivo existem raças malsinadas desde recuadas épocas da história experimentando perseguições sistemáticas e impiedosas?

Como compreender a abundância excessiva e a miséria devastadora entre as criaturas, todas filhas do mesmo Pai?

Porque ocorrem as mortes prematuras, os bons sofrendo sem cessar e os maus prosperando a olhos vistos?

Enfim... Mil interrogações que não podem ser elucidadas pela tese da denominada vida única, após a qual, mediante a morte vem o julgamento ou o sono, até o dia do Juízo Final, quando a terra devolverá todos aqueles que sepultou...

E quando todos forem consumidos pelas chamas, devorados pelas feras das selvas, pelos peixes nas águas, nos afogamentos?  E as vítimas das explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki?

Mas não se reduzem a apenas esses conflitos os tormentos de fé.

A impiedade bíblica é tão vigorosa, para não dizer cruel, que no capítulo do adultério, sempre se fazem referências à mulher que pecou, que foi surpreendida, à pecadora, mas nunca aos quais se entregou, que foram surpreendidos no ato ignóbil da traição -  os pecadores masculinos... É claro que somente ocorreu prevaricação da mulher porque houve um parceiro que a seduziu, que a fez tombar no hórrido desrespeito ao esposo, mas as conveniências socioreligiosas sempre escamotearam a presença do homem covarde que a induziu ao delito.

Essa multimilenar vítima da hediondez machista encontra na atualidade sua chance de libertação, seu momento de encontrar a grandeza de que é possuidora.

Despreparada para viver em liberdade a mulher utiliza al a conquista conseguida e derrapa nas licenças morais perturbadoras, procurando imitar o homem, naquilo que ele possui de mais vulgar, que é o resultado das suas paixões primevas, ainda não corrigidas.

A distancia entre liberdade e libertinagem é apenas uma atitude precipitada e despreparada.

Durante muito tempo se elegeu o pensamento através do qual atrás de todo grande homem existe uma grande mulher, ocultando o preconceito que, ainda aí, coloca-a em pleno subalterno, quando se deveria enunciar que ao lado de todo homem nobre existe uma mulher de igual textura moral.

Jesus disse “qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra, ou se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? ”.

Não nos encontramos na terra apenas para sofrer, mas para libertar-nos dos sofrimentos.

Um crime, um erro não solucionado leva a outro e somente desaparecerá a sua marca após ser resgatado.

A reencarnação é o instrumento hábil concedido por Deus para permitir essa terapêutica providencial a todos os infratores.

 

Fonte:

Divaldo Pereira Franco Diamantes Fatídicos

DR. BEZERRA DE MENEZES

Meus filhos:

Que Jesus nos abençoe.

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.

Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura…

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.

As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizados, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.

As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.

Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.

O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.

Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem?se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus…

Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.