quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

KARDEC O DRUIDA

 

Kardec, o druida.

 

Embora os druidas tenham se apresentado somente no milênio passado, a atuação deles é muito mais antiga do que se pensa, datando dos tempos da Atlântida, antes do continente ser tragado pelo oceano. Na catástrofe que dizimou a terra atlante, muitos de seus habitantes formaram correntes migratórias e foram habitar o oeste da Europa.Com certeza esses eram druidas, que conservaram a ciência do continente submerso.

Os druidas tinham grandes conhecimentos astronômicos, usavam os círculos de pedra com duas finalidades: servir como centro de forças telúricas e siderais na realização de rituais, e calendários solares, como auxiliar nos períodos de plantio etc.

Os druidas foram considerados magos, feiticeiros, especialmente pelos conhecimentos que tinham de medicina, uso das plantas medicinais, controle do clima; eram capazes de fazer cessar e controlar o ritmo das chuvas, desviar furacões e ciclones, controlar marés, atenuar terremotos, erupções vulcânicas e outros fenômenos climatológicos. Isso eles dominavam bem e faziam em parte com o uso dos cristais e parte pela ação da mente, evidentemente com um poder muito ampliado, graças aos rituais procedidos em lugares de força como, por exemplo, Stonehenge e outros círculos de pedra.

O druidismo, no período céltico pode ser considerado uma casta dedicada às ciências. Conviveu lado a lado com os Wiccas (religião seguida pelo povo), porém, seus princípios eram muito rígidos e controlados.

Com conhecimentos altamente avançados para a época, entende-se o porquê dos padres da Igreja Católica terem tido material suficiente para acusarem os celtas (dentre eles os druidas) de pagãos, colocando sacerdotes e sacerdotisas celtas nos bancos dos réus da inquisição, cujos veredictos eram sempre a condenação à morte nas fogueiras.

A rigidez dos preceitos druidas foi o que manteve sua integridade, impedindo a descentralização e criação de bipolaridades de seitas, pois quanto mais liberal, menos controle centralizado existir sobre uma seita, mais subdivisões ela terá. Um exemplo forte disso é o do catolicismo, que tem seu poder centralizado em Roma, com controle central sobre as atividades pastorais etc.

Os druidas também tinham uns sistemas rígidos, baseados em iniciações rigorosas, princípios rígidos a serem cumpridos. Apenas sacerdotes e sacerdotisas tinham o conhecimento que era passado aos iniciados. Isso fez com que os ensinamentos druidas não fossem vulgarizados. Entretanto, a diferença entre o procedimento católico e o druida está simplesmente nas iniciações, onde nos primeiros, os conhecimentos se mantinham entre a cúpula e não era passado aos fiéis, e nos segundos, os conhecimentos eram passados aos iniciados, assim que se mostravam preparados.

A ciência druida era muito mais antiga que os celtas. Grande parte dos conhecimentos, trazidos para a Europa, originário da Atlântida, ficou muito restrito, sendo transmitidos apenas a pessoas devidamente preparadas.

Com o catolicismo, os druidas continuaram o trabalho a nível secreto, apenas oculto aos olhos profanos, e parte deles foram guardados especialmente por serem de grande significação e utilidade nesta fase que a humanidade está entrando, onde o instinto deverá dar lugar ao sentimento.

Influenciados pela moda que varria a França, os Baldim (Émile-Charles, Clémentine e as filhas Caroline e Julie) começaram a conversar com uma mesa girante em 1853, quando ainda moravam na colônia francesa da Ilha da Reunião, na costa oriental da

África. Como em outros lugares, logo constatou-se que a mesa era movida pelas almas dos mortos. Depois de algum tempo, as reuniões passaram a ser dirigidas por um espírito, que se apresentou como o guia espiritual da família. Interrogado a respeito do seu nome, o ser invisível respondeu:

– Chamem-me pelo que sou, o zéfiro da verdade.

Zéfiro era o nome de um vento típico da região. O apelido pegou.

Certa noite, o guia previu que seus protegidos mudariam brevemente para Paris:

– Émile arrumará seus negócios e entrará na Escola Naval. Caroline e Julie tomarão professoras mais competentes e encontrarão seus noivos. E eu procurarei contato com um velho amigo e chefe, desde o nosso tempo de druidas.

Nessa época, os Baudin não tinham a menor intenção de morar na França. No entanto, uma crise no comércio do café e do açúcar, principais produtos das atividades agrícolas e comerciais de Émile-Charles, obrigou-os a mudar para a Corte em 1855. Zéfiro os acompanhou. Ou teria sido o contrário?

As reuniões continuaram em Paris. Numa noite, Zéfiro escreveu:

– Nosso dia de glória já chegou.

O Sr. Baudin pediu mais explicações. O espírito amigo respondeu:

– Vamos ter, afinal, o convívio de nosso velho chefe druida!

– Aquele que você esperava encontrar em Paris?

– Sim, ele mesmo, em pessoa. Você vai trazê-lo aqui. Caroline vai atraí-lo.

– Você pode me dizer o nome dele?

– Allan Kardec! Emile achou o nome estranhíssimo e deu o diálogo por encerrado. As sessões dos Baudin davam-se num clima de total descontração e sem qualquer formalismo. Na hora combinada, a casa enchia-se de curiosos, convidados pela família ou recomendados pelos amigos do clã. Nessa época, os espíritos já tinham abandonado as mesas girantes e se comunicavam através da psicografia indireta, escrevendo num quadro de ardósia (uma lâmina de pedra, portátil). Caroline, Julie e Clémentine funcionavam como médiuns, segurando uma cestinha de vime (corbelha, do francês corbeille), em cujo bico amarravam um lápis de pedra. Os participantes faziam perguntas, que eram respondidas na ardósia e lidas em voz alta. Após a leitura das respostas, seguiam-se comentários nos mais diversos tons, revelando o espanto de uns e o contentamento de outros. Zéfiro, o dirigente espiritual da casa, gostava de pilheriar e alfinetar os consulentes antes de dirigir-lhes a palavra.

Certa noite, o Sr. Denizard Rival, educador lionês radicado em Paris, compareceu à reunião, acompanhado de sua esposa, Amelie Boudet, a convite do próprio Émile-Charles. O pai Baudin os havia conhecido numa sessão de mesa girante na casa da Sra. Planemaison, na qual Rivail aprofundava seu recente interesse pelos fenômenos espíritas. O espírito guia dos Baudin os recebeu efusivamente, saudando o professor comas seguintes palavras:

– Salve, caro pontífice, três vezes salve!

Lida em voz alta, a saudação arrancou risadas da plateia.

O Sr. Baudin, meio envergonhado, explicou a Rivail que Zéfiro era muito espirituoso e tinha o costume de brincar com os visitantes. O professor não se agastou e respondeu sorrindo:

– Minha bênção apostólica, prezado filho!

Nova risada geral. Zéfiro, porém, redarguiu que tinha feito uma saudação respeitosa, a um verdadeiro pontífice, pois Rivail havia sido um grande chefe druida, no tempo da invasão da Gália pelo Imperador Júlio César.

Os druidas eram os sacerdotes do povo celta, uma etnia que habitava várias extensões da antiga Europa.

Essa área compreendia Portugal e Espanha (a oeste), a Cordilheira dos Cárpatos (a leste), a Bélgica (ao norte) e a Itália (ao sul), passando pela Irlanda, Inglaterra, País de Gales, Escócia, França, Dinamarca, Suíça, Áustria e Alemanha.

Júlio César invadiu a Gália (atual França) no Século 58 a.C. e denominou os celtas locais de gauleses. Segundo Zéfiro, ele e Rivail estavam reencarnados nessa época e nesse local.

O termo druida quer dizer consciência do carvalho, a árvore sagrada dos celtas.

Os futuros sacerdotes, escolhidos na classe aristocrática, submetiam-se, desde crianças, à intenso aprendizado junto aos druidas mais velhos.

Os druidas não limitavam sua ação à religião, acumulando a função de juízes, professores, médicos, conselheiros militares e guardiões da cultura céltica. O cargo não era exclusivo dos homens, pois também existiam druidesas.

Viviam integrados na comunidade e podiam se casar. Estimulavam os homens a combater o mal e a praticar bravuras e as mulheres a serem o ponto de união entre o céu e a terra. Júlio César os perseguiu duramente porque insuflavam a resistência ao domínio Romano. Segundo o próprio Imperador, foi na Gália que ele viveu a mais árdua de suas campanhas.

Os celtas dominavam diversas áreas do conhecimento humano, como a fitoterapia, a agricultura, a tecelagem, a mineração, a cerâmica, a pecuária, a metalurgia e a astronomia. Inventaram a roda de madeira, o barril e a carroça. No campo artístico, cultivavam a música, a poesia, a escultura, a ourivesaria e a joalheria

O que unia os povoados, vencendo as grandes distâncias que os separavam, não era a obediência a um único rei, mas a língua, a arte e a religião.

A filosofia religiosa dos celtas era muito avançada.

Acreditavam numa Divindade única, que podia ser cultuada como homem (Deus ou o céu) ou mulher (Deusa ou a terra). Como não admitiam templos, seus cerimoniais eram realizados ao ar livre, nos campos e florestas, debaixo de grandes carvalhos.

Além disso, criam na imortalidade da alma, na reencarnação, no livre-arbítrio, na lei de causa e efeito, na evolução espiritual, na inexistência de penas eternas, nas esferas espirituais, na existência de elementais (duendes, fadas, gnomos etc.) e na proteção dos Espíritos superiores.

Um celta não morria, pois, a morte era apenas um ponto no meio da estrada.

Só houve uma coisa negativa: os druidas proibiram a palavra escrita como instrumento de preservação da história céltica, por temerem que textos escritos caíssem em mãos escusas.

Por isso, todo o conhecimento desse povo era transmitido oralmente e se perdeu muito no decorrer dos séculos.

Com a queda do grande chefe Vercingetórix, no ano de 52 a.C., toda a Gália acabou rendendo-se, pouco a pouco, aos exércitos romanos, mais treinados e portadores de armas mais leves e manejáveis. No final do Século I a.C., todos os domínios celtas, exceto a Irlanda e a Escócia, estavam submetidos a Roma. A falta de unificação política, geográfica e militar das tribos também colaborou para o sucesso de Júlio César. Com a forte repressão política aos druidas, movida pelo Imperador, a cultura céltica foi perdendo sua força e, no final do Século I d.C., a quase totalidade dos celtas estava “romanizada” ou misturada à multidão de povos que invadiu o continente europeu.

O druidismo passou então a ser uma prática fechada e esotérica. Isso, porém, não impediu que muitos druidas aceitassem as ideias de Jesus de Nazaré, quando o Cristianismo primitivo chegou à Europa. No entanto, o nascente Catolicismo Romano não gostou desse sincretismo e ajudou a perseguir os sacerdotes celtas. Pode-se dizer que o desaparecimento dos druidas é diretamente proporcional ao crescimento e fortalecimento da Igreja Católica.

Como os grandes druidas eram conhecidos como as serpentes da sabedoria, São Patrício regozijava-se de ter acabado com as “serpentes” da Bretanha.

A vitória final teria sido de Roma se não existisse a reencarnação. Utilizando-se desse mecanismo natural, o druida Allan Kardec renasceu como Jan Huss possivelmente no século XIV(Jan Huss, também conhecido em português como João Huss, o famoso reformador da Boémia, nasceu em Husinec  possivelmente dia 6 de julho de 1369, tendo sido queimado vivo em Constança dia 6 de julho de 1415. anteriormente era conhecido como Jan Husinecký, ou, em latim, Johannes de Hussinetz.

“se vós me amais, guardai meus mandamentos e pedirei a meu Pai e ele vos enviará u outro consolador a fim de que permaneça eternamente convosco: o espírito da verdade que o mundo não pode receber, poque não o vê e não o conhece.

Para o cumprimento da promessa havia a necessidade de que alguém reencarne.

Depois de se dirigir aos numerosos missionários da ciência e da filosofia, destinados a renovação do pensamento do mundo no século XIX, Foi quando Jesus lhe chamou e disse: aproximando-se do abnegado João Huss e faltou generosamente.

Não será portador de invenções novas, não ter deterás no problema da comodidade material à civilização, nem receberas a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e conscientização seu trabalho no campo científico, filosófico e religioso, e Jesus continuava: preparem-se os círculos de vida planetária as grandes transformações nos domínios dom pensamento. Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no coração da humanidade.

O evangelho do amor permanece eclipsado no jogo de ambições desmedidas dos homens viciosos!... Vai meu amigo. Abriras novos caminhos a sagrada aspiração das almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo a mente humana. No entanto, não esperes os louros do mundo, nem a compreensão de teus contemporâneos.

Meus enviados não nascem na terra para serem servidos, mas para atenderem a necessidades das criaturas. Não recebem palmas e homenagens, facilidade ou vantagens terrestres, contudo, minha paz os fortalece e levanta-os cada dia...

Muitas vezes conhecem senão a dificuldade, o obstáculo, o infortúnio e não encontram outro refúgio além do deserto. É preciso, porém, erigir o santuário da fé e caminhar sem repouso, apesar e perseguições, pedradas, cruzes e lagrimas!... (estaria Jesus lembrando Paulo?)

E foi assim que o século XIX recebeu a navegação a vapor, a locomotiva, a eletrotipia (Aplicação da eletrólise à reprodução de gravuras e de composições tipográficas; galvanotipia.), o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cabo submarino a anestesia, a turbina a vapor, o fonografo, a máquina de escrever, a luz elétrica, o sismógrafo, a linotipo, o radium, o cinematografo e o automóvel, tornando-se receptor da divina luz da revivescência do evangelho.

O local escolhido foi a cidade de Lyon, na atual França, antiga Gália, no ano de 1804. Seu novo nome seria Hippolyte Léon Denizard Rivail. Educado na Suíça, seus pais eram checos  e para dar continuidade aos estudos foi internado no Instituto de Pestalozzi em Yverdum na Suíça.

Tendo terminado os estudo o instituto passando por conflitos entre católicos e protestantes mudou-se, para Paris, capital cultural do mundo.

Durante muitos anos, o ex-druida dedicou-se ao estudo e prática da Educação.

Nos ias de hoje terceiro milênio a França ainda adota seus livros na formação de seu povo: Curso prático e teórico de aritmética segundo os princípios de Pestalozzi, por H.L.D. Rivail, assim como o plano e uma escola graduada, segundo o método de Pestalozzi e o plano para melhoria da educação pública, memoria sobre a instituição pública e GRAMÁTICA FRANCESA CLSSICA premiado pela Real academia de ciência de Arrás.

aos 50 anos, atraído pelos fantasmagóricos fenômenos que invadiram o globo, e por insistência de seu amigo particular sua atenção voltou-se integralmente para as questões transcendentais da vida.

Convencido que os estranhos acontecimentos eram produzidos por espíritos, Rivail começou a fazer-lhes várias perguntas sobre as causas e características das coisas.

Desse material saiu sua primeira obra sobre o assunto, O Livro dos Espíritos. Estava inaugurada a nova filosofia espiritualista, que ele chamou de Espiritismo.

Já sabendo que era um druida reencarnado, através da revelação do Espírito Zéfiro, Rivail preferiu assinar O Livro com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho de educador do de autor espírita. Fechava-se, assim, um ciclo palingenético, pessoal e histórico.

O espírito Kardec/Rivail completava sua tarefa de condutor de almas e as grandes teses druídicas ressurgiam no bojo da novel Doutrina Espírita. Tudo sobre o mesmo solo gaulês.

Esses fatos, porém, não aconteceram sem a resistência de uma velha inimiga dos druidas. A Igreja Católica tentou denegrir o Espiritismo de várias maneiras. Mas essa já é outra história…

Por conseguinte, tanto a consideração de “Allan Kardec” como um nome “gaulês” quanto a própria ligação (fixada pelo formato do túmulo do Codificador) duma pretensa “vida passada gaulesa” do professor Rivail com monumentos megalíticos são extremamente problemáticas.  A partir de agora, continuando na presente investigação, serão analisadas as fontes mais antigas, de conhecimento do autor deste trabalho, que forneçam alguma justificativa para o “nome de plume” “Allan Kardec”.  Como já mencionado, podem ser tomadas como quatro, e serão apresentadas a partir de agora. 

A próxima referência à origem do pseudônimo “Allan Kardec”, da mesma época que a anterior (embora uns meses mais recente), refere-se aos dados coligidos pelo investigador espírita (da corrente anglo-saxã) russo, Alexandre Aksakov.  Seu depoimento consta num artigo, com os resultados de sua pesquisa acerca das origens do Espiritismo reencarnacionista cíclico na França, publicado na edição de 13 de agosto de 1875 do periódico londrino “The Spiritualist Newspaper” (era uma publicação ligada ao Espiritismo da escola anglo-saxã, não reencarnacionista, ou seja, ao “New Spiritualism” propriamente dito; o próprio Aksakov era adepto dessa corrente).  Esse depoimento geraria duas réplicas, publicadas no mesmo periódico: uma de Anna Blackwell (na edição de 27 de agosto de 1875) e outra de Pierre-Gaëtan Leymarie (na de 8 de outubro de 1875).  Nessa mesma última edição do “The Spiritualist” (i.e., de 8 de outubro de 1875) o referido periódico publicaria também uma avaliação crítica d’ “O Livro dos Espíritos”, versando, em geral, sobre quão científica poderia ser considerada a metodologia de Kardec, bem como sobre a evidência experimental efetivamente existente para se admitir o reencarnacionismo. 

Como o presente estudo se concentra nas investigações referentes ao pseudônimo “Allan Kardec”, e como tanto as réplicas ao artigo de Aksakov quanto a crítica a “O Livro dos Espíritos” não tocam nesse assunto (a não ser uma alusão bastante casual no artigo de Leymarie, que é aqui citada), tais textos não foram incluídos no presente estudo, embora tenham sido disponibilizados, tais como republicados (em cinco edições) pelo periódico de linha espírita anglo-saxã “online” “Psypioneer Journal”, entre novembro de 2008 e abril de 2009. 

O sr. Rivail de modo algum desprezou seu nome de família, aliás muito respeitável; mas, na França, é habitual para os escritores, ao se apresentarem ao público, assinar seus trabalhos sob pseudônimo. Foram seus amigos e guias espirituais que lhe deram o [pseudônimo] que agora ostenta tamanha reputação mundial; e foram também seus guias espirituais que o instruíram a publicar “O Livro dos Espíritos”, e ele de fato assim procedeu, mesmo diante da exiguidade de seus próprios recursos financeiros

 

 “Tomarás [disse “Zéfiro”] o nome ‘Allan Kardec’, que agora te damos.  Não temas, ele te pertence, já que o portaste com distinção numa encarnação anterior, quando vivias na velha Armórica ( a região da Gália que incluía a península da Bretanha e o território entre os rios Sena e Loire, até um ponto indeterminado no interior)

Esse é, assim, o primeiro testemunho datado que, inequivocamente, informa ter sido “Allan Kardec” (e, especificamente, esse conjunto de dois nomes) a identificação de Rivail numa encarnação gaulesa passada, “na velha Armórica”. 

O último testemunho que pode vir a informar algo em primeira mão acerca da origem do pseudônimo “Allan Kardec”, bem como a respeito das circunstâncias nas quais ele foi assumido pelo professor Rivail, encontra-se na biografia de Kardec, de autoria de Henri Sausse, pronunciada como conferência na cidade de Lion, diante da Federação Espírita Lionesa, aos 13 de março de 1896, por ocasião das festividades de celebração do 27º aniversário da morte do Codificador. 

Na sua biografia, Sausse lançou mão, como inclusive será visto nos trechos aqui selecionados, de material que havia sido, há pouco (em 1890) inserido nas “Obras Póstumas”; mas também faz referência a documentos que não constam em nenhuma obra da codificação espírita, ou que, de qualquer modo, nelas não foram inseridas. 

Utilizou-se aqui a tradução já consolidada (da Federação Espírita Brasileira) para a língua portuguesa da referida conferência-biografia.  Os trechos considerados relevantes apresentam-se a seguir. 

Uma noite, seu Espírito protetor, Zéfiro, deu-lhe, por um médium, uma comunicação toda pessoal, na qual lhe dizia, entre outras coisas, tê-lo conhecido numa precedente existência, quando, ao tempo dos Druidas, viviam juntos nas Gálias.  Ele se chamava, então, Allan Kardec, e, como a amizade que lhe havia votado só fazia aumentar, prometia-lhe esse Espírito secundá-lo na tarefa muito importante a que ele era chamado, e que facilmente levaria a termo. 

[…] 

Foi a 30 de abril de 1856, em casa do sr. Roustan, pela médium srta. Japhet, que Allan Kardec recebeu a primeira revelação da missão que tinha a desempenhar.  Esse aviso, a princípio muito vago, foi precisado no dia 12 de junho de 1856, por intermédio da srta. Aline C., médium.  A 6 de maio de 1857, a sra. Cardone, pela inspeção das linhas da mão de Allan Kardec [i.e., via quiromancia], confirmou as duas comunicações precedentes, que ela ignorava.  Finalmente, a 12 de abril de 1860, em casa do sr. Dehan, sendo intermediário o sr. Croset, médium, essa missão foi novamente confirmada numa comunicação espontânea, obtida na ausência de Allan Kardec. 

Assim, também, se deu a respeito do seu pseudônimo.  Numerosas comunicações, procedentes dos mais diversos pontos, vieram reafirmar e corroborar a primeira comunicação obtida a esse respeito [a de Zéfiro, obtida pelas srtas. Baudin]. 

E.T.: Kardec era inicialmente adepto da geração espontânea

 

FONTES BÁSICAS DO ESTUDO

https://espirito.org.br

Mauro Quintella

O Livro dos Espíritos e sua tradição Histórica e Lendária

Os Celtas – Venceslas Kruta,

Internet – (diversas páginas sobre celtas).

Leda marques bighetti

https://www.mensagemespirita.com.br

Wikipedia

Jornal A Voz do Espírito edição 89

 

 

 

 

 

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