Embora
os druidas tenham se apresentado somente no milênio passado, a atuação deles é
muito mais antiga do que se pensa, datando dos tempos da Atlântida, antes do
continente ser tragado pelo oceano. Na catástrofe que dizimou a terra atlante,
muitos de seus habitantes formaram correntes migratórias e foram habitar o
oeste da Europa.Com certeza esses eram druidas, que conservaram a ciência do
continente submerso.
Os
druidas tinham grandes conhecimentos astronômicos, usavam os círculos de pedra
com duas finalidades: servir como centro de forças telúricas e siderais na
realização de rituais, e calendários solares, como auxiliar nos períodos de
plantio etc.
Os
druidas foram considerados magos, feiticeiros, especialmente pelos
conhecimentos que tinham de medicina, uso das plantas medicinais, controle do
clima; eram capazes de fazer cessar e controlar o ritmo das chuvas, desviar
furacões e ciclones, controlar marés, atenuar terremotos, erupções vulcânicas e
outros fenômenos climatológicos. Isso eles dominavam bem e faziam em parte com
o uso dos cristais e parte pela ação da mente, evidentemente com um poder muito
ampliado, graças aos rituais procedidos em lugares de força como, por exemplo,
Stonehenge e outros círculos de pedra.
O
druidismo, no período céltico pode ser considerado uma casta dedicada às
ciências. Conviveu lado a lado com os Wiccas (religião seguida pelo povo),
porém, seus princípios eram muito rígidos e controlados.
Com
conhecimentos altamente avançados para a época, entende-se o porquê dos padres
da Igreja Católica terem tido material suficiente para acusarem os celtas
(dentre eles os druidas) de pagãos, colocando sacerdotes e sacerdotisas celtas
nos bancos dos réus da inquisição, cujos veredictos eram sempre a condenação à
morte nas fogueiras.
A rigidez
dos preceitos druidas foi o que manteve sua integridade, impedindo a
descentralização e criação de bipolaridades de seitas, pois quanto mais
liberal, menos controle centralizado existir sobre uma seita, mais subdivisões
ela terá. Um exemplo forte disso é o do catolicismo, que tem seu poder
centralizado em Roma, com controle central sobre as atividades pastorais etc.
Os
druidas também tinham uns sistemas rígidos, baseados em iniciações rigorosas,
princípios rígidos a serem cumpridos. Apenas sacerdotes e sacerdotisas tinham o
conhecimento que era passado aos iniciados. Isso fez com que os ensinamentos
druidas não fossem vulgarizados. Entretanto, a diferença entre o procedimento
católico e o druida está simplesmente nas iniciações, onde nos primeiros, os
conhecimentos se mantinham entre a cúpula e não era passado aos fiéis, e nos
segundos, os conhecimentos eram passados aos iniciados, assim que se mostravam
preparados.
A ciência
druida era muito mais antiga que os celtas. Grande parte dos conhecimentos,
trazidos para a Europa, originário da Atlântida, ficou muito restrito, sendo
transmitidos apenas a pessoas devidamente preparadas.
Com
o catolicismo, os druidas continuaram o trabalho a nível secreto, apenas oculto
aos olhos profanos, e parte deles foram guardados especialmente por serem de
grande significação e utilidade nesta fase que a humanidade está entrando, onde
o instinto deverá dar lugar ao sentimento.
Influenciados
pela moda que varria a França, os Baldim (Émile-Charles, Clémentine e as filhas
Caroline e Julie) começaram a conversar com uma mesa girante em 1853, quando
ainda moravam na colônia francesa da Ilha da Reunião, na costa oriental da
África.
Como em outros lugares, logo constatou-se que a mesa era movida pelas almas dos
mortos. Depois de algum tempo, as reuniões passaram a ser dirigidas por um espírito,
que se apresentou como o guia espiritual da família. Interrogado a respeito do seu
nome, o ser invisível respondeu:
–
Chamem-me pelo que sou, o zéfiro da verdade.
Zéfiro
era o nome de um vento típico da região. O apelido pegou.
Certa
noite, o guia previu que seus protegidos mudariam brevemente para Paris:
–
Émile arrumará seus negócios e entrará na Escola Naval. Caroline e Julie tomarão
professoras mais competentes e encontrarão seus noivos. E eu procurarei contato
com um velho amigo e chefe, desde o nosso tempo de druidas.
Nessa
época, os Baudin não tinham a menor intenção de morar na França. No entanto, uma
crise no comércio do café e do açúcar, principais produtos das atividades agrícolas
e comerciais de Émile-Charles, obrigou-os a mudar para a Corte em 1855. Zéfiro os
acompanhou. Ou teria sido o contrário?
As
reuniões continuaram em Paris. Numa noite, Zéfiro escreveu:
–
Nosso dia de glória já chegou.
O
Sr. Baudin pediu mais explicações. O espírito amigo respondeu:
–
Vamos ter, afinal, o convívio de nosso velho chefe druida!
–
Aquele que você esperava encontrar em Paris?
–
Sim, ele mesmo, em pessoa. Você vai trazê-lo aqui. Caroline vai atraí-lo.
–
Você pode me dizer o nome dele?
–
Allan Kardec! Emile achou o nome estranhíssimo e deu o diálogo por encerrado.
As sessões dos Baudin davam-se num clima de total descontração e sem qualquer formalismo.
Na hora combinada, a casa enchia-se de curiosos, convidados pela família ou recomendados
pelos amigos do clã. Nessa época, os espíritos já tinham abandonado as mesas
girantes e se comunicavam através da psicografia indireta, escrevendo num
quadro de ardósia (uma lâmina de pedra, portátil). Caroline, Julie e Clémentine
funcionavam como médiuns, segurando uma cestinha de vime (corbelha, do francês
corbeille), em cujo bico amarravam um lápis de pedra. Os participantes faziam
perguntas, que eram respondidas na ardósia e lidas em voz alta. Após a leitura
das respostas, seguiam-se comentários nos mais diversos tons, revelando o
espanto de uns e o contentamento de outros. Zéfiro, o dirigente espiritual da
casa, gostava de pilheriar e alfinetar os consulentes antes de dirigir-lhes a
palavra.
Certa
noite, o Sr. Denizard Rival, educador lionês radicado em Paris, compareceu à
reunião, acompanhado de sua esposa, Amelie Boudet, a convite do próprio Émile-Charles.
O pai Baudin os havia conhecido numa sessão de mesa girante na casa da Sra. Planemaison,
na qual Rivail aprofundava seu recente interesse pelos fenômenos espíritas. O
espírito guia dos Baudin os recebeu efusivamente, saudando o professor comas
seguintes palavras:
–
Salve, caro pontífice, três vezes salve!
Lida
em voz alta, a saudação arrancou risadas da plateia.
O
Sr. Baudin, meio envergonhado, explicou a Rivail que Zéfiro era muito espirituoso
e tinha o costume de brincar com os visitantes. O professor não se agastou e respondeu
sorrindo:
–
Minha bênção apostólica, prezado filho!
Nova
risada geral. Zéfiro, porém, redarguiu que tinha feito uma saudação respeitosa,
a um verdadeiro pontífice, pois Rivail havia sido um grande chefe druida, no tempo
da invasão da Gália pelo Imperador Júlio César.
Os
druidas eram os sacerdotes do povo celta, uma etnia que habitava várias extensões
da antiga Europa.
Essa
área compreendia Portugal e Espanha (a oeste), a Cordilheira dos Cárpatos (a
leste), a Bélgica (ao norte) e a Itália (ao sul), passando pela Irlanda, Inglaterra,
País de Gales, Escócia, França, Dinamarca, Suíça, Áustria e Alemanha.
Júlio
César invadiu a Gália (atual França) no Século 58 a.C. e denominou os celtas
locais de gauleses. Segundo Zéfiro, ele e Rivail estavam reencarnados nessa época
e nesse local.
O
termo druida quer dizer consciência do carvalho, a árvore sagrada dos celtas.
Os
futuros sacerdotes, escolhidos na classe aristocrática, submetiam-se, desde crianças,
à intenso aprendizado junto aos druidas mais velhos.
Os
druidas não limitavam sua ação à religião, acumulando a função de juízes,
professores, médicos, conselheiros militares e guardiões da cultura céltica. O cargo
não era exclusivo dos homens, pois também existiam druidesas.
Viviam
integrados na comunidade e podiam se casar. Estimulavam os homens a combater o
mal e a praticar bravuras e as mulheres a serem o ponto de união entre o céu e a
terra. Júlio César os perseguiu duramente porque insuflavam a resistência ao domínio
Romano. Segundo o próprio Imperador, foi na Gália que ele viveu a mais árdua de
suas campanhas.
Os
celtas dominavam diversas áreas do conhecimento humano, como a fitoterapia, a
agricultura, a tecelagem, a mineração, a cerâmica, a pecuária, a metalurgia e a
astronomia. Inventaram a roda de madeira, o barril e a carroça. No campo artístico,
cultivavam a música, a poesia, a escultura, a ourivesaria e a joalheria
O
que unia os povoados, vencendo as grandes distâncias que os separavam, não era
a obediência a um único rei, mas a língua, a arte e a religião.
A
filosofia religiosa dos celtas era muito avançada.
Acreditavam
numa Divindade única, que podia ser cultuada como homem (Deus ou o céu) ou
mulher (Deusa ou a terra). Como não admitiam templos, seus cerimoniais eram
realizados ao ar livre, nos campos e florestas, debaixo de grandes carvalhos.
Além
disso, criam na imortalidade da alma, na reencarnação, no livre-arbítrio, na
lei de causa e efeito, na evolução espiritual, na inexistência de penas eternas,
nas esferas espirituais, na existência de elementais (duendes, fadas, gnomos
etc.) e na proteção dos Espíritos superiores.
Um
celta não morria, pois, a morte era apenas um ponto no meio da estrada.
Só
houve uma coisa negativa: os druidas proibiram a palavra escrita como instrumento
de preservação da história céltica, por temerem que textos escritos caíssem em mãos
escusas.
Por
isso, todo o conhecimento desse povo era transmitido oralmente e se perdeu
muito no decorrer dos séculos.
Com
a queda do grande chefe Vercingetórix, no ano de 52 a.C., toda a Gália acabou rendendo-se,
pouco a pouco, aos exércitos romanos, mais treinados e portadores de armas mais
leves e manejáveis. No final do Século I a.C., todos os domínios celtas, exceto
a Irlanda e a Escócia, estavam submetidos a Roma. A falta de unificação
política, geográfica e militar das tribos também colaborou para o sucesso de
Júlio César. Com a forte repressão política aos druidas, movida pelo Imperador,
a cultura céltica foi perdendo sua força e, no final do Século I d.C., a quase
totalidade dos celtas estava “romanizada” ou misturada à multidão de povos que
invadiu o continente europeu.
O
druidismo passou então a ser uma prática fechada e esotérica. Isso, porém, não
impediu que muitos druidas aceitassem as ideias de Jesus de Nazaré, quando o
Cristianismo primitivo chegou à Europa. No entanto, o nascente Catolicismo Romano
não gostou desse sincretismo e ajudou a perseguir os sacerdotes celtas. Pode-se
dizer que o desaparecimento dos druidas é diretamente proporcional ao crescimento
e fortalecimento da Igreja Católica.
Como
os grandes druidas eram conhecidos como as serpentes da sabedoria, São Patrício
regozijava-se de ter acabado com as “serpentes” da Bretanha.
A
vitória final teria sido de Roma se não existisse a reencarnação. Utilizando-se
desse mecanismo natural, o druida Allan Kardec renasceu como Jan Huss possivelmente
no século XIV(Jan Huss, também
conhecido em português como João Huss, o famoso reformador da Boémia, nasceu em Husinec
possivelmente dia 6 de julho de 1369, tendo sido queimado vivo em Constança dia
6 de julho de 1415. anteriormente era conhecido como Jan Husinecký, ou, em
latim, Johannes de Hussinetz.
“se
vós me amais, guardai meus mandamentos e pedirei a meu Pai e ele vos enviará u
outro consolador a fim de que permaneça eternamente convosco: o espírito da verdade
que o mundo não pode receber, poque não o vê e não o conhece.
Para
o cumprimento da promessa havia a necessidade de que alguém reencarne.
Depois
de se dirigir aos numerosos missionários da ciência e da filosofia, destinados
a renovação do pensamento do mundo no século XIX, Foi quando Jesus lhe chamou e
disse: aproximando-se do abnegado João Huss e faltou generosamente.
Não
será portador de invenções novas, não ter deterás no problema da comodidade material
à civilização, nem receberas a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal,
mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e conscientização
seu trabalho no campo científico, filosófico e religioso, e Jesus continuava: preparem-se
os círculos de vida planetária as grandes transformações nos domínios dom
pensamento. Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no
coração da humanidade.
O
evangelho do amor permanece eclipsado no jogo de ambições desmedidas dos homens
viciosos!... Vai meu amigo. Abriras novos caminhos a sagrada aspiração das
almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo a mente
humana. No entanto, não esperes os louros do mundo, nem a compreensão de teus contemporâneos.
Meus
enviados não nascem na terra para serem servidos, mas para atenderem a
necessidades das criaturas. Não recebem palmas e homenagens, facilidade ou vantagens
terrestres, contudo, minha paz os fortalece e levanta-os cada dia...
Muitas
vezes conhecem senão a dificuldade, o obstáculo, o infortúnio e não encontram
outro refúgio além do deserto. É preciso, porém, erigir o santuário da fé e
caminhar sem repouso, apesar e perseguições, pedradas, cruzes e lagrimas!...
(estaria Jesus lembrando Paulo?)
E
foi assim que o século XIX recebeu a navegação a vapor, a locomotiva, a
eletrotipia (Aplicação da eletrólise à
reprodução de gravuras e de composições tipográficas; galvanotipia.), o telégrafo,
o telefone, a fotografia, o cabo submarino a anestesia, a turbina a vapor, o
fonografo, a máquina de escrever, a luz elétrica, o sismógrafo, a linotipo, o
radium, o cinematografo e o automóvel, tornando-se receptor da divina luz da revivescência
do evangelho.
O
local escolhido foi a cidade de Lyon, na atual França, antiga Gália, no ano de
1804. Seu novo nome seria Hippolyte Léon Denizard Rivail. Educado na Suíça, seus pais eram checos e para
dar continuidade aos estudos foi internado no Instituto de Pestalozzi em
Yverdum na Suíça.
Tendo
terminado os estudo o instituto passando por conflitos entre católicos e
protestantes mudou-se, para Paris, capital cultural do mundo.
Durante
muitos anos, o ex-druida dedicou-se ao estudo e prática da Educação.
Nos
ias de hoje terceiro milênio a França ainda adota seus livros na formação de
seu povo: Curso prático e teórico de aritmética segundo os princípios de Pestalozzi,
por H.L.D. Rivail, assim como o plano e uma escola graduada, segundo o método de
Pestalozzi e o plano para melhoria da educação pública, memoria sobre a
instituição pública e GRAMÁTICA FRANCESA CLSSICA premiado pela Real academia de
ciência de Arrás.
aos
50 anos, atraído pelos fantasmagóricos fenômenos que invadiram o globo, e por insistência
de seu amigo particular sua atenção voltou-se integralmente para as questões
transcendentais da vida.
Convencido
que os estranhos acontecimentos eram produzidos por espíritos, Rivail começou a
fazer-lhes várias perguntas sobre as causas e características das coisas.
Desse
material saiu sua primeira obra sobre o assunto, O Livro dos Espíritos. Estava inaugurada
a nova filosofia espiritualista, que ele chamou de Espiritismo.
Já
sabendo que era um druida reencarnado, através da revelação do Espírito Zéfiro,
Rivail preferiu assinar O Livro com seu antigo nome celta, a fim de separar seu
trabalho de educador do de autor espírita. Fechava-se, assim, um ciclo
palingenético, pessoal e histórico.
O
espírito Kardec/Rivail completava sua tarefa de condutor de almas e as grandes teses
druídicas ressurgiam no bojo da novel Doutrina Espírita. Tudo sobre o mesmo solo
gaulês.
Esses
fatos, porém, não aconteceram sem a resistência de uma velha inimiga dos druidas.
A Igreja Católica tentou denegrir o Espiritismo de várias maneiras. Mas essa já
é outra história…
Por conseguinte,
tanto a consideração de “Allan Kardec” como um nome “gaulês” quanto a própria
ligação (fixada pelo formato do túmulo do Codificador) duma pretensa “vida
passada gaulesa” do professor Rivail com monumentos megalíticos são
extremamente problemáticas. A partir de agora, continuando na
presente investigação, serão analisadas as fontes mais antigas, de conhecimento
do autor deste trabalho, que forneçam alguma justificativa para o “nome de
plume” “Allan Kardec”. Como já mencionado, podem ser tomadas como
quatro, e serão apresentadas a partir de agora.
A próxima referência
à origem do pseudônimo “Allan Kardec”, da mesma época que a anterior (embora
uns meses mais recente), refere-se aos dados coligidos pelo investigador espírita
(da corrente anglo-saxã) russo, Alexandre Aksakov. Seu depoimento
consta num artigo, com os resultados de sua pesquisa acerca das origens do
Espiritismo reencarnacionista cíclico na França, publicado na edição de 13 de
agosto de 1875 do periódico londrino “The Spiritualist Newspaper” (era uma
publicação ligada ao Espiritismo da escola anglo-saxã, não reencarnacionista,
ou seja, ao “New Spiritualism” propriamente dito; o próprio Aksakov era adepto
dessa corrente). Esse depoimento geraria duas réplicas, publicadas
no mesmo periódico: uma de Anna Blackwell (na edição de 27 de agosto de 1875) e
outra de Pierre-Gaëtan Leymarie (na de 8 de outubro de 1875). Nessa
mesma última edição do “The Spiritualist” (i.e., de 8 de outubro de 1875) o
referido periódico publicaria também uma avaliação crítica d’ “O Livro dos
Espíritos”, versando, em geral, sobre quão científica poderia ser considerada a
metodologia de Kardec, bem como sobre a evidência experimental efetivamente
existente para se admitir o reencarnacionismo.
Como o presente
estudo se concentra nas investigações referentes ao pseudônimo “Allan Kardec”,
e como tanto as réplicas ao artigo de Aksakov quanto a crítica a “O Livro dos
Espíritos” não tocam nesse assunto (a não ser uma alusão bastante casual no artigo
de Leymarie, que é aqui citada), tais textos não foram incluídos no presente estudo,
embora tenham sido disponibilizados, tais como republicados (em cinco edições)
pelo periódico de linha espírita anglo-saxã “online” “Psypioneer Journal”,
entre novembro de 2008 e abril de 2009.
O sr. Rivail de modo
algum desprezou seu nome de família, aliás muito respeitável; mas, na França, é
habitual para os escritores, ao se apresentarem ao público, assinar seus trabalhos
sob pseudônimo. Foram seus amigos e guias espirituais que lhe deram o
[pseudônimo] que agora ostenta tamanha reputação mundial; e foram também seus
guias espirituais que o instruíram a publicar “O Livro dos Espíritos”, e ele de
fato assim procedeu, mesmo diante da exiguidade de seus próprios recursos
financeiros.
“Tomarás [disse
“Zéfiro”] o nome ‘Allan Kardec’, que agora te damos. Não temas, ele
te pertence, já que o portaste com distinção numa encarnação anterior, quando
vivias na velha Armórica ( a região da Gália que incluía a península da Bretanha e o território entre os rios Sena e Loire, até um ponto indeterminado no interior)”
Esse é, assim, o
primeiro testemunho datado que, inequivocamente, informa ter sido “Allan
Kardec” (e, especificamente, esse conjunto de dois nomes) a identificação de
Rivail numa encarnação gaulesa passada, “na velha Armórica”.
O último testemunho
que pode vir a informar algo em primeira mão acerca da origem do pseudônimo
“Allan Kardec”, bem como a respeito das circunstâncias nas quais ele foi
assumido pelo professor Rivail, encontra-se na biografia de Kardec, de autoria
de Henri Sausse, pronunciada como conferência na cidade de Lion, diante da
Federação Espírita Lionesa, aos 13 de março de 1896, por ocasião das
festividades de celebração do 27º aniversário da morte do Codificador.
Na sua biografia,
Sausse lançou mão, como inclusive será visto nos trechos aqui selecionados, de
material que havia sido, há pouco (em 1890) inserido nas “Obras Póstumas”; mas
também faz referência a documentos que não constam em nenhuma obra da
codificação espírita, ou que, de qualquer modo, nelas não foram inseridas.
Utilizou-se aqui a
tradução já consolidada (da Federação Espírita Brasileira) para a língua
portuguesa da referida conferência-biografia. Os trechos
considerados relevantes apresentam-se a seguir.
Uma noite, seu
Espírito protetor, Zéfiro, deu-lhe, por um médium, uma comunicação toda
pessoal, na qual lhe dizia, entre outras coisas, tê-lo conhecido numa
precedente existência, quando, ao tempo dos Druidas, viviam juntos nas
Gálias. Ele se chamava, então, Allan Kardec, e, como a amizade que
lhe havia votado só fazia aumentar, prometia-lhe esse Espírito secundá-lo na
tarefa muito importante a que ele era chamado, e que facilmente levaria a termo.
[…]
Foi a 30 de abril de
1856, em casa do sr. Roustan, pela médium srta. Japhet, que Allan Kardec recebeu
a primeira revelação da missão que tinha a desempenhar. Esse aviso,
a princípio muito vago, foi precisado no dia 12 de junho de 1856, por intermédio
da srta. Aline C., médium. A 6 de maio de 1857, a sra.
Cardone, pela inspeção das linhas da mão de Allan Kardec [i.e., via
quiromancia], confirmou as duas comunicações precedentes, que ela ignorava. Finalmente,
a 12 de abril de 1860, em casa do sr. Dehan, sendo intermediário o sr. Croset,
médium, essa missão foi novamente confirmada numa comunicação espontânea,
obtida na ausência de Allan Kardec.
Assim, também, se deu
a respeito do seu pseudônimo. Numerosas comunicações, procedentes
dos mais diversos pontos, vieram reafirmar e corroborar a primeira comunicação
obtida a esse respeito [a de Zéfiro, obtida pelas srtas. Baudin].
E.T.: Kardec era
inicialmente adepto da geração espontânea
FONTES BÁSICAS DO
ESTUDO
Mauro Quintella
O
Livro dos Espíritos e sua tradição Histórica e Lendária
Os
Celtas – Venceslas Kruta,
Internet
– (diversas páginas sobre celtas).
Leda
marques bighetti
https://www.mensagemespirita.com.br
Wikipedia
Jornal A
Voz do Espírito edição 89
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