sexta-feira, 26 de março de 2021

UMA REFLEXÃO SOBRE O CORONAVIRUS

 

UMA REFLEXÃO SOBRE O CORONAVIRUS

A guerra começou no íntimo de cada criatura, nesse sentimento de auto destruição, na revolta, na violência contra o seu próximo e agora nos dias que vivemos, tem-se a impressão de que o anjo enviado pelo Senhor, compadecido finitamente da miserabilidade do ser terrestre, trouxe um pequeno monstro, invisível a olho nu, e foi soprado sobre a Terra a fim de que as nossas paixões pudessem teme-lo, porque nenhuma arma seria capaz de o vencer, nas primeiras movimentações do planeta em todas as nações e pensei que esse vírus brutalizado pelos pensamentos desarvorados das criaturas humanas, pelas ideias de ódio, de conjunção, pelos desejos vãos, da farta escapativa da eternidade para o corpo que pode ser consumido por um alfinete infetado, pela picada de uma serpente ou pela picada de um inseto, eu tenho a impressão de que o corona vírus foi o segundo elemento que Deus mandou recentemente apiedado de uma guerra calamitosa e total em que o planeta terrestre atrasaria infinitamente o seu processo evolutivo. Então a guerra nuclear que atingiria algumas das nações poderosas e arrastaria as demais na sua cauda de misérias foi substituído por esse vírus invisível que nos ataca a todos, em particular aqueles que talvez por alguma afinidade psíquica neste mundo no qual nós somos cocriadora com o criador para nos chamar a atenção e respeitar as soberanas leis porque nenhum de nós é capaz de imaginar a gravidade do dia que nós estamos vivendo.

O vírus estava muito longe estava na china e naqueles dias a china mandara construir um hospital para 1000 pacientes em 10 dias o que abalou o mundo e todos dizíamos está muito bom e o espirito dizia está muito bem; Deus mandou para a humanidade despertar um vírus e a única solução para ele é o fortalecimento do amor entre nós, para que as nossas mentes, as suas mentes não fortaleçam, porque tudo começa no pensamento; o pensamento é o dínamo cocriador com a divindade. Então o amor é a terapia de Deus para o grande momento que todos estamos vivendo; a naturalidade de estender as mãos de acabarmos as nossas guerras porque se mostro cego, surdo e mudo insensível, deu lugar a outro muito pior pelo desespero que se pode falar das pessoas, pode levar a guerras a mortes, a tumultos.

Então com serenidade, com toda serenidade porque a barca terrestre não está soçobrando porque o nauta divino a conduz com segurança na direção do porto da felicidade.

Jesus esse amigo e benfeitor da humanidade está no leme, mas é necessário que abramos os nossos corações, qual fizeram Allan Kardec e aqueles pioneiros espiritas de ontem, de hoje, ajudando nosso próximo e construindo já o mundo de regeneração; esse mundo de regeneração anunciado pelas escrituras, cantado no evangelho de Jesus,  está chegando para nós com lagrimas e expectativas mas a certeza de que nós triunfaremos se o amor se transformar na caridade que liberta e os homens no sentido genérico de homens e mulheres compreendermos que somente através do amor seremos dignos e viver em nosso planeta deixemos o pavor e o pânico, pois todos vamos morrer hoje ou mais tarde. Alguém disse que eu estou na faixa de risco porque alguém se atreveu a dizer que eu tenho mais de 80 anos e me disse que eu não saísse de casa e que se eu espirasse, se eu tivesse secreção, que eu a tenho herança de um suicídio de encarnação bem próxima porque eu fazia parte do risco; respeitarei as leis mesmo quando imperfeitas, a doutrina me impõe respeita-las, mas acima dela a lei de amor e certas em o livro dos espíritos em todo capitulo terceiro umas dez leis morais, fala-me que o sentido da minha da nossa vida é amar, então, olvidemos por um momento as queixas e as reclamações e nos lembremos desse Senhor do universo que tanto nos deu para que ele nos erga e possamos dizer Senhor eu gostaria de ser o amor que se expressa na bondade  e agradecer-te por tudo que me destes tudo que me dás, o ar o pão e a paz dizer-te da minha gratidão pelos olhos que contempla a natureza a terra e a sua beleza; passeou em todas as cores muito obrigado Senhor porque eu posso enxergar para diante da minha visão eu percebo os videntes que caminham na escuridão, que tropeçam na  solidão que choram na multidão e por eles eu rogo comiseração, porque eu sei que depois dessa vida na outra vida eles também enxergarão.

]muito obrigado senhor pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus, ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro a melodia do vento nos ramos do olmeiro e as lagrimas que vertem dos olhos do musiqueiro; ouvidos que ouvem à música do povo que descem do morro na praça a cantar a melodia dos mortais que ouvimos uma vez e não esquecemos nunca mais pela minha faculdade de ouvir; pelos surdos eu quero pedir porque sei que depois dessa prova na vida nova eles escutarão.

Muito obrigado Senhor pela minha voz, pela sua voz, pela voz que canta, pela voz que ama, pela voz que legisla, pela voz que perdoa, pela voz que o teu nome profere, obrigado Senhor.

Mas diante da minha canção eu encontro aqueles que sofrem e afazia, não cantam de noite na farra do dia oro por eles, porque eu sei que na outra vida els cantarão obrigado senhor muito obrigado pelo meu coração, pelas minhas mãos que aram que semeiam, que agasalham; mãos de sintonia de psicografia, mãos de cirurgia mãos de poesia, mãos que apertam mãos, mãos que atendem a velhice a dor o desamor, pelas mãos que do seio agasalham o corpo do filho alheio sem receio; pelos pés que me levam a andar sem reclamar muito obrigado senhor porque eu posso andar; diante do meu corpo perfeito eu te quero louvar porque eu vejo na terra  aleijados amputados marcados paralisados e eu posso bailar muito obrigado senhor eu sei que depois dessa expiação na outra reencarnação eles também caminharão; muito obrigado por tudo pelo meu lar, tão maravilhoso eu tenho um lar não importante ser uma mansão duplex um paraíso uma favela seja lá o que for mas que dentro dele exista a figura do amor de mãe ou e pai de mulher e de marido de companheiro e companheira de irmão ou de alguém que lhe de a mão de um gato ou de um cão por que é muito triste viver na solidão mas se eu se ninguém tiver para me amar nem um teto para me agasalhar ou uma cama para repousar mesmo assim não t negarei e direi obrigado senhor porque eu nasci obrigado Senhor porque eu creio em ti

FONTE:

https://youtu.be/zyM3mB6vuJw

AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO

 

AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO


O desenrolar do propósito de Deus com a criação do homem foi seriamente afetado pelo pecado. Deus desejava que o homem, criado conforme Sua imagem e semelhança, se multiplicasse e enchesse a terra com muitos filhos semelhantes a Ele, enchendo-a de Sua glória. Adão tinha uma perfeita comunhão com Deus, andava em Sua luz, refletia Sua glória e se relacionava livremente com Ele. Vivia sob Sua autoridade e desfrutava da vida, do bem-estar e da segurança que Ele lhe oferecia. Deus também lhe deu uma esposa, uma companheira em sua missão e formou a primeira família, a célula mãe de todas as famílias da terra. Eles deveriam continuar puros, em direção ao o alvo proposto sem se desviar. Porém, quando pecaram, não somente se desviaram, mas também desencadearam uma série tragédias físicas, morais e naturais que transtornaram o plano original de Deus e a Sua criação. Vamos relacionar aqui sete consequências principais do pecado e como elas afetaram o projeto original para que mais adiante possamos compreender claramente a magnífica obra de amor de Deus em favor da humanidade.

Separação

Romanos 3:23a “visto que todos pecaram e todos estão privados da gloria de Deus”

A consequência imediata do pecado foi a separação entre o homem e Deus. Por ser santo, Deus não tem comunhão com o pecado, Sua natureza rejeita qualquer tipo de iniquidade. Sendo o homem pecador e tomado de uma natureza maligna, não pode mais se aproximar de Deus e se relacionar livremente com Ele (Is59:2- “antes foram as vossas iniquidades que criaram um abismo entre vós e vosso Deus. Por causa de vossos pecados ele escondeu de vós o seu rosto para não vos ouvir”). Passou a existir um abismo intransponível entre Deus e o homem provocado pelo pecado.

Antes do pecado, o homem estava separado de Deus apenas pelo fato Dele ser infinito e invisível, mas podia ter um relacionamento espiritual aberto e livre com seu Criador através de uma intima comunhão pessoal que lhe proporcionava segurança e tranquilidade. Com o afastamento de Deus, provocado pelo pecado, o homem passou a sentir insegurança, temor e dúvida, sua paz terminou e começaram a surgir os conflitos (Gn4:8-9). Embora existam no livro de Gênesis relatos de diálogos entre Deus e homens, como por exemplo Caim, e Noé, a comunhão intima terminou e o homem perdeu a percepção e o conhecimento de Deus, passando a viver independente e solitário neste mundo, desprovido de amparo espiritual.

Centralização

Romanos 11:36 (“porque tudo é dele, por ele e para ele. A ele a gloria pelos séculos! Amém.”) Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas, a ele seja a glória para sempre! Amém.

Este texto mostra Deus como o centro de tudo. De fato, Ele era e sempre será o centro de todas as coisas, esta é uma realidade eterna. Tudo que existe é Dele, foi feito por Ele e para Ele. Isso não é uma questão Dele querer ser assim, mas faz parte de Sua natureza transcendente e eterna. Quando pecou, o homem desejou "ser como Deus" (Gn3:5) e passou a considera-se o centro de todas as coisas e a observar o mundo deste ponto de vista. Colocou-se no centro e passou a ver tudo desta perspectiva. Desde então, todo pensamento do homem, suas filosofias, religiões e projetos obedecem a este princípio. Tudo gira em torno dele. Tudo visa o seu próprio bem-estar, realização e felicidade. Até mesmo Deus passou a ser visto apenas como alguém poderoso que existe para o fazer o bem ao homem.

O próprio evangelho que é pregado atualmente apresenta características desta filosofia. Cristo veio para salvar o homem, libertar o homem, curar o homem, morrer pelo homem, e dar o Espírito Santo ao homem, para que o homem possa viver feliz para sempre. De modo geral, a Igreja de nossos dias também reflete esta linha de raciocínio. As reuniões são para ensinar o homem, não devem cansar o homem e os cânticos são para agradar e alegrar o homem - gloria pois ao homem eternamente.

Cristo veio por causa do Pai, para fazer a vontade do Pai, a fim de conquistar um povo para o Pai, que viva para agradar ao Pai e cumprir o propósito do Pai que está nos céus. Nós somos beneficiados pela obra de Cristo, que nos amou tanto, mas o principal motivo Dele ter feito tudo que fez foi o Pai - glória pois a Ele eternamente.

Assumir o lugar de Deus, além de distorcer a visão que o homem tem das coisas, sobrecarregou-o imensamente, pois ele não tem estrutura para ser o centro, tornou-se egoísta, orgulhoso, ganancioso e emprega todas as suas forças em prol do seu próprio bem-estar. Este passou a ser seu estilo de vida: "não só vivo como quero, mas vivo para mim, preocupo-me comigo, trabalho para mim, só faço o que for bom para mim". Esta posição trouxe problemas não só em seu relacionamento com Deus, mas também para com seus semelhantes. Sua filosofia é: "Eu vivo para mim. E o próximo? O que importa?! Contanto que eu consiga o que quero, se ele não tomar cuidado passo por cima". As guerras, a desigualdade social, o racismo, o capitalismo, o hedonismo e muitas outras distorções são consequência desta filosofia - eu sou o centro.

Desqualificação

Romanos 3:12(“todos se transviaram; todos juntos se corromperam; não há quem faça o bem; não há um sequer”) Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer.

Outra consequência do pecado foi que a natureza do homem corrompeu-se e danificou-se pela semente maligna do pecado, fazendo com que ele perdesse sua semelhança com Deus. Dentre todas as criaturas que o Senhor fez, somente o homem foi feito à Sua imagem. No entanto, precisamos entender que quando Deus disse: "façamos o homem, à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn1:26), Ele não pretendia criar alguém igual a Ele, um outro Deus, mas apenas alguém semelhante. Tanto a palavra hebraica para "imagem" (tselem) quanto a palavra hebraica para "semelhança" (demût) referem-se a algo que é similar, mas não idêntico aquilo que representa. Deus é Deus e o homem é homem, porém Ele o fez com uma natureza espiritual, intelectual e moral semelhante à Sua. O verso 28 mostra que Deus desejava que o homem e sua mulher se multiplicassem e enchessem a terra de muitas pessoas semelhantes a Ele.

O pecado interferiu drasticamente neste propósito. Quando Adão e Eva pecaram, sua natureza interior se transformou, foram tomados por um coração perverso e enganoso, e a semente do pecado se enraizou em seu ser. Embora não totalmente , o homem perdeu a imagem de Deus, perdeu sua glória, perdeu sua qualidade moral e já não estava mais apto a cumprir Seu propósito. Ao se multiplicar, geraria filhos conforme sua própria imagem, a semelhança de sua natureza pecaminosa, espalhando o pecado e a rebelião sobre a terra. Por isso o texto diz "tornaram-se inúteis", o homem estava desqualificado para o propósito pelo qual havia sido criado.

Culpa

Por transgredir uma ordem direta de Deus, o homem se tornou culpado. Essa condição pode ser observada pelo fato de Adão ter se escondido quando o Senhor veio procura-lo no final do dia, pois ele sabia que tinha feito algo contra a vontade de Deus e se sentia culpado.

A culpa é um sentimento incômodo que destrói o homem interiormente. Ela provoca um profundo conflito e muito sofrimento, pois ele quer se livrar da culpa, mas ela permanece sempre presente. Quando um erro acontece, sempre vem a pergunta: quem é o culpado. Ou seja, quem é a pessoa sobre que cairá a culpa. A culpa do pecado de Adão caiu sobre toda a humanidade (Rm5:12-14), diante de Deus somos todos culpados. Isso é tão incômodo que o homem passa a usar vários mecanismos inúteis para tentar se livrar da culpa: esconder o pecado (Gn3:10), transferir a culpa para outros (Gn3:12), justificar -se do pecado (1Sm13:8-12),fingir que não existe pecado (como muitas vezes faz a psicologia), encher-se de atividades para esquecer a culpa e até vícios e drogas.

O homem é culpado pelos seus pecados e está em dívida com Deus. Assim como toda dívida, a culpa pelo pecado só tem duas soluções: ou é perdoada ou é paga. Qualquer tentativa fora disso é perda de tempo e não remove o sentimento de culpa.

Acusação

Romanos 2:14-15(“ quando então os gentios, não tendo lei, fazem naturalmente o que é prescrito pela Lei, eles, não tendo Lei, para si mesmo são a lei; eles mostram a obra da lei gravada sem seus corações, dando disso testemunho da sua consciência e seus pensamentos que alternadamente se acusam  ou defendem”) De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que a lei ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei; pois demonstram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações. Disto dão testemunho também as suas consciências e os seus pensamentos, ora acusando-os, ora defendendo-os.

O texto acima diz que a consciência do homem atua ora acusando-o ora defendendo-o. Esta função da consciência é correta, sadia e guarda o homem da imoralidade. Porém sua base de atuação está errada. Sua função era dar ao homem consciência de Deus extraindo dele os princípios que guiariam sua vida. Após o pecado o homem perdeu a consciência de Deus e se apoiou no conhecimento do bem e do mal. Sua consciência não perdeu a função, mas apoiou-se em uma base errada. De acordo com o conhecimento que tinha do certo e errado sua consciência o acusava quando praticava o mal, ou o defendia quando pratica o bem.

Isso foi terrível para o ser humano, pois ficou sob a acusação implacável de sua consciência sem ter como se livrar. Mesmo um pequeno erro pode colocar uma pessoa debaixo de terrível acusação e despertar seu sentimento de culpa. Uma pessoa pode ficar com a consciência pesada porque quebrou um vaso de grande valor, bateu o carro ou não passou em uma prova, mesmo que isso não seja pecado. Sempre que ela tem consciência que cometeu um erro, fica debaixo de acusação. O inverso também acontece, pois como o conceito de bem e mal está distorcido pelo pecado, muitas vezes, quando comete alguns pecados, não sente acusação nenhuma, pois seu coração não considera pecado.

Outra fonte de acusação para o homem é o diabo. Esta é uma arma que ele usa sempre, pois lhe é peculiar, ele é o acusador (Ap12:10). A própria palavra "diabo" vem do grego diabolos, que significa acusador, caluniador, maledicente. O pecado lhe oferece oportunidade para acusar as pessoas diante de Deus e também em seus próprios corações, aumentando ainda mais seu sentimento de culpa.

Escravidão

Quando Deus criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança, os abençoou e estabeleceu sobre eles Sua autoridade. Não lhes fez sugestões, nem lhes deu conselhos, mas mandamentos claros e específicos. Falou-lhes em tom imperativo, estabelecendo claramente sobre eles Seu reino, Seu governo. Mediante a palavra, Deus lhes comunicou Sua vontade e lhes mostrou o que deviam e o que não deviam fazer, o que era permitido e o que estava proibido (Gn1.26-2.25). Também lhes concedeu o direito de dominar sobre a terra, exercer autoridade.

O homem vivia sob a autoridade de Deus, sob o reino de Deus. Seu ser estava cheio de luz; seu espírito irradiava glória e refletia a imagem do Criador. Não havia treva nenhuma no homem criado a imagem e semelhança de Deus, pois Deus é luz; nele não há treva alguma (1Jo1:5). Todo o seu ser refletia a glória de Deus, a beleza, a formosura do Senhor. Enquanto permaneceram submissos ao Senhor, suas vidas estiveram cheias de luz.

Satanás, o príncipe do reino das trevas (Ef2:2,6:12), entrou em cena na figura da serpente, cheio de mentira e rebelião, para destruir esta harmonia. Com seu engano e persuasão, negou a ordem de Deus que dizia "Não coma" e convenceu o homem e a mulher a se rebelarem contra Deus e fazer sua própria vontade. Perderam a glória, cobriram-se de trevas, rejeitaram a autoridade de Deus e Seu reino.

Desde então, esta semente de rebelião prendeu-se ao ser humano, manifestando-se em todos os aspectos de sua vida: moral, familiar e profissional. Quer seja em sua relação com Deus ou com seus semelhantes, o ser humano manifesta um espírito de rebelião tal que não aceita estar sujeito a ninguém.

Porém, ao invés de lhe dar liberdade, esta rebeldia tornou-o duplamente escravo. Por um lado, ao rejeitar o reino de Deus, o homem colocou-se sob o domínio das trevas, sujeito ao príncipe das potestades do ar (Ef2:2) e está sob a autoridade do próprio diabo (Hb2:14-15), pois um homem vencido é feito escravo de seu adversário (2Pe2:19) - Por isso, quando uma pessoa diz "ninguém manda em mim", ou "eu faço o eu que quero", engana-se, pois na verdade está apenas seguindo o curso deste mundo, conforme a vontade de Satanás. Por outro lado, ao pecar, o homem tornou-se escravo do pecado (Jo8:34), foi tomado por uma natureza diabólica na qual o pecado está enraizado profundamente. Mesmo quando quer fazer o bem descobre que o mal está com ele (Rm7:14) e se vê incapaz de vencê-lo.

Morte

Romanos 5:12(“eis porque por mais de um só homem o pecado entrou no mundo, e pelo pecado a morte assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”) Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram

O pecado trouxe a morte ao mundo. O homem havia sido criado com a capacidade de viver para sempre pois lhe foi permitido comer livremente da árvore da vida, mas Deus também disse: "não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente morrerá" (Gn2:17-“ mas da arvore do conhecimento do bem e do mal, não comeras, porque no dia em que dela comeres terás que morrer”). Satanás, com sua astúcia, convenceu Adão e Eva a duvidar de Deus dizendo: "certamente não morrerão" (Gn3:4- “a serpente disse então a mulher: não! não morrereis!”). Vendo que o fruto era agradável aos olhos e bom para dar entendimento, eles comeram, desobedeceram ao mandamento de Deus e tornaram-se sujeitos à penalidade do pecado, que é a morte. Porém, vemos que ao pecar, eles não caíram mortos no chão. O que aconteceu então? Como foi essa morte?

O primeiro aspecto da morte foi instantâneo, a morte espiritual. Na criação, Deus equipou o homem com um espírito. Ele formou o homem do pó da terra, soprou nele o fôlego de vida, que passou a ser o seu espírito e o homem tornou-se alma vivente (Gn2:7-“então Iahweh Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e oi homem se tornou um ser vivente”). A função do espírito humano é dar ao homem consciência e comunhão com Deus. Através dele Adão tinha percepção de Deus, podia conhecer a vontade divina e ter comunhão com Ele. Ao pecar, o homem morreu espiritualmente, seu espírito morreu. Isso não significa que ele deixou de existir, mas que perdeu sua sensibilidade para com Deus e não lhe possibilitava mais ter comunhão com seu Criado e Autor da vida. Poderíamos dizer que, com a morte espiritual, o homem foi desassociado ou desconectado de Deus e a menos que esta situação seja corrigida, se tornará eterna

O segundo aspecto da morte não foi imediato, foi a morte física. Por causa do pecado Deus disse ao homem "você é pó e ao pó voltará" (Gn3:19- “com o suor do teu rosto comeras o teu pão até que retornes ao solo pois dele foste tirado, pois tu és pó e ao pó tornaras”). Adão e Eva foram banidos do jardim do Éden, lhes foi vetado o acesso à árvore da vida (Gn3:22-24- “se o homem já é como um de nós versado no bem e n oi mal..... ele baniu o homem e colocou diante do jardim do Éden os querubins e a chama da espada fulgurante para guardar o caminho da arvore da vida”) e ficaram separados das condições que tornavam possível a vida eterna. Com isso, a morte para eles tornou-se apenas uma questão de tempo, as doenças passaram a afligi-lo e muitas delas levando à morte. Sem o suprimento fornecido pela árvore da vida, o corpo humano passou a envelhecer, morrer e sofrer decomposição.

O terceiro aspecto da morte é a morte eterna. Se alguém chega à morte física estando ainda espiritualmente morto, separado de Deus, esta condição torna-se permanente. Morrer não significa deixar de existir. O corpo, nossa parte física, pode se decompor e não mais existir. A alma e o espírito, por não serem matéria, são indestrutíveis e sempre vão existir (Ec3:11- “tudo o que ele fez é apropriado em seu tempo. Também colocou no coração do homem o conjunto do tempo sem que o homem possa atinar com a obra que Deus realiza desde o princípio até o fim”). Isso não significa que o homem tenha vida eterna em si mesmo, mas que ele vai continuar existindo mesmo depois da morte física. Essa existência eterna, para alguém que está separado de Deus, é chamada morte eterna. A aflição e o tormento desta condição serão tão grandes que o Senhor Jesus disse que haverá "choro e ranger de dentes" (Lc13:28- “lá haverá choro e ranger de dentes quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no reino de Deus e vós, porém lançados fora”)

O pagamento do pecado é a morte (Rm3:23ª- “visto que todos pecaram e todos estão privados da gloria de Deus”). Por isso, assim como o pecado entrou no mundo através de Adão e passou a toda a humanidade, a morte, em seus três aspectos, também passou a todos os homens, pois todos são pecadores, estando mortos em seus delitos e pecados (Ef2:1-“vós estareis mortos em vossos delito e pecados”). Não só a humanidade foi afetada pelo pecado, mas toda a criação sofreu e ficou sujeita às consequências. Não temos condições de vislumbrar a Terra antes do pecado, mas sabemos que ela foi deformada (Gn3:17-18-“ao homem ele disse porque escutastes a voz da tua mulher e comestes da arvore que eu te proibira comer maldito  é o solo por causa de ti!) e agora aguarda ser libertada da escravidão e da decadência juntamente com toda criação.

Romanos 8:19-23(“pois a criação em expectativa anseia pela elevação dos filhos de Deus.......e não somente ela mas nós que temos as primícias do espirito gememos interiormente suspirando pela redenção do nosso corpo”) A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.

Vemos então que o pecado trouxe consequências drásticas para o plano de Deus que precisavam ser resolvidas. Toda a criação e principalmente o homem, alvo maior de Seu amor, haviam sido arruinados e precisavam agora ser recuperados, restaurados para que Ele pudesse continuar a cumprir Seu propósito

·         Por estar separado de Deus, o homem precisa reconciliação.

·         Por estar centralizado em si, o homem precisa de arrependimento.

·         Por estar desqualificado, o homem precisa da glória de Deus.

·         Por ser culpado, o homem precisa de perdão.

·         Por estar sob acusação, o homem precisa de justificação.

·         Por estar escravizado, homem precisa de libertação.

·         Por estar morto, o homem precisa de vida e vida em abundância.

No decorrer de nosso estudo, veremos que Deus nos proporciona uma plena salvação de toda essa situação através de Seu filho Jesus Cristo, nosso Senhor. No evangelho encontramos o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

 

Pecado- do lat. peccatum significa transgressão de preceito religioso. 

Pecador - aquele que comete uma ofensa a Deus. A relação entre pecado e pecador depende do conteúdo de conhecimento que cada um tem com relação às leis naturais. Para os que ignoram a lei, o pecado inexiste, porque não lhes vêm à tona que podem estar em erro. Por isso, há grande dificuldade em julgarmos a conduta alheia, porque quando julgamos, julgamos segundo as nossas limitações pessoais.


A confissão do pecador é bastante útil. Não, porém, da forma auricular, que acaba tornando-se um martírio para a religiosa católica, que imbuída da espiritualidade que lhe é própria, tem que se sujeitar a revelar os seus segredos íntimos aos padres solteiros. Vale lembrar que a confissão na antiguidade tinha outro móvel, pois quando se pronunciava publicamente os pecados era para não mais cometê-los. Na visão moderna, confessar-se uns aos outros é ir até o ofendido e pedir-lhe desculpas pelo agravo cometido.


Digno de nota é o episódio da mulher adúltera. Ao pretenderem apedrejá-la, Jesus argui: "Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra?" Depois que todos se retiraram, Jesus a sós com a mulher, disse-lhe: vá e não peques mais. O apóstolo João não se conformando com a absolvição da pecadora, pede explicações ao Mestre. Jesus lhe diz: por acaso sabes o que se passa no coração do próximo? Quantas não são as vicissitudes que está passando essa mulher? Acusá-la não será aumentar a sua chaga? É lógico que não devemos ser coniventes com o mal, mas a razão suprema nos induz a perdoar sempre.


O perdão auxilia a libertação do pecador. Jesus dissera que devíamos perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes; quer dizer, indefinidamente. Mas por que perdoar? O Espírito Humberto de Campos, no capítulo 10 do livro Boa Nova, psicografado por Francisco Cândido Xavier, dá-nos algumas orientações, quando narra o diálogo entre Felipe e Jesus. Na ocasião Felipe indaga sobre o perdão, e o Mestre elucida: mas, não será vaidade exigirmos que toda a gente faça de nossa personalidade elevado conceito? Felipe, sabes de algum emissário de Deus que fosse apreciado em seu tempo?


A vitória sobre o pecado exige luta constante. A lei de renovação modifica o rumo de nossa vida. Os antigos ideais, os sonhos sensíveis perdem-se nas brumas do tempo. Acabamos presos da solidão ao meio da multidão. Muitos, no meio desses supremos instantes de dor, desanimam-se e voltam-se para as zonas inferiores. Contudo, os que perseveram experimentarão a resistência até o sangue. Nesse sentido, confessar-nos publicamente os nossos erros é fácil, outra coisa é realizarmos a obra de elevação de nós mesmos, valendo-nos da autodisciplina, da compreensão fraterna e do espírito de sacrifício.

O preço da liberdade é a eterna vigilância.

Saibamos desprendermo-nos de nós mesmos, a fim de capacitarmo-nos a perceber com maior nitidez os diversos matizes da lei de Deus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bíblia de Jerusalém.

O Livro dos Espíritos.

GIL, F. (Editor). Enciclopédia Einaudi. Lisboa, Imprensa Nacional, 1985-1991.

XAVIER, F. C. Boa Nova (pelo Espírito Humberto de Campos).

CHICO XAVIER

 

No ano de 1952, Chico Xavier psicografou uma mensagem de André Luiz, sobre o futuro político próximo do Brasil. E chama à atenção a incrível precisão matemática em que tais predições foram se cumprindo. Era como se Chico Xavier psicografasse um acontecimento na vida política brasileira atual.

Eis a mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier:

 

O mundo caminha para grandes conquistas e também grandes catástrofes. O engenho de guerra que assombrou o mundo com a destruição moral e material de Hiroshima e Nagasaki será a causa de desentendimento no mundo inteiro.

No Brasil, um líder operário terá morte violenta (entende-se tratar-se de Getúlio Vargas que se suicidou), pois as forças espirituais que vivem no Cosmos pedem ao Supremo Criador justiça por tudo que foi feito de bárbaro em nome do Supremo Criador e da Pátria.

Com o desaparecimento deste, o Brasil vai passar por momentos difíceis (vários vice-presidentes assumiram e deixaram), diversos movimentos armados vão abalar profundamente a estrutura nacional. No meio a isto virá um homem da terra do Mártir Tiradentes (Juscelino Kubitschek), apesar das pressões, muito irá fazer pelo Brasil, inclusive será o criador de uma Cidade Jardim, tal qual o Éden, diferente de todas as cidades (Brasília), mas será substituído por outro que muita confusão irá criar e, na sua saída injustificada, (Jânio Quadros) vai deixar a Nação abalada e deste abalo vai começar o período crítico; até que o homem de patriotismo, vindo também da terra de Tiradentes irá cercar-se de outros e vão derrubar a viga mestra da confusão, e então muita coisa vai acontecer (ditadura militar de 1964).

Homens, mulheres e crianças vão sofrer consequências justas e injustas, provocadas por erros anteriores. O regime será combatido e até abalado, mas muitas Nações passarão a dar crédito e respeito ao Brasil.

Com a mudança dos homens, muitos que foram o esteio da situação serão chamados a prestar contas a Deus (Getúlio, Juscelino, Jânio, Jango), então o sol, as enchentes e o frio vão criar fome e desespero, não só no Brasil, mas também no mundo.

Mas, no fim de tudo, vai aparecer um homem franco, sincero e leal, que montado em seu cavalo branco e com sua poderosa espada dará uma nova dimensão e personalidade nos destinos do Brasil, corrigindo injustiças e fazendo voltar a confiança e esperança no futuro do Brasil.

Será combatido e criticado por seu temperamento e atitudes, mas ele contará com a proteção de Forças Superiores que habitam o Cosmos, e o Brasil será verdadeiramente o coração do mundo e, apesar de crises e ameaças, internas e externas, que irão aparecer, ele será sempre o fiel da balança pela sua fé e esperança no destino do Brasil a ele confiado.

André Luiz”

 

FONTE:

Assembleia legislativa de MG

Dr. Haroldo Dutra Dias

Postagem de Carlos Torres

Instagram oficial: @carlostorresescritor

 

 

LETARGIA E A CATALEPSIA

 

LETARGIA E A CATALEPSIA

“A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é a perda temporária da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada. Diferem uma da outra, em que, na letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte; Na catalepsia fica localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo, de sorte a permitir que a inteligência se manifeste livremente, o que a torna inconfundível com a morte. A letargia é sempre

natural; a catalepsia é por vezes magnética”.

“A ciência moderna oficial, a Medicina, conhece a catalepsia e a letargia, classifica-as, mas não se interessa por elas, percebendo não ser da sua alçada o fato de curá-las.

A ciência psíquica, no entanto, assim também a Doutrina Espírita, não só as conhecem como se interessam grandemente por elas, pois que as estudam, tirando delas grandes ensinamentos e revelações em torno da alma humana, e por isso podem curá-las e até evita-las, ao mesmo tempo que também poderão provoca-las, contorna-las, dirigi-las, orientá-las e delas extrair conhecimentos esplendentes para a instrução científico transcendente a benefício da Humanidade. Se os adeptos encarnados dessa grande revelação celeste — a Doutrina Espírita — não curam, no presente momento, as crises catalépticas do próximo, as quais até mesmo uma obsessão poderá provocar, será porque elas são raras ou, pelo menos, ignoradas, ou porque, lamentavelmente, se descuram da instrução doutrinária necessária à habilitação para o importante certame.

“A catalepsia, tal como a letargia, não é uma enfermidade física, mas uma faculdade que, como qualquer outra faculdade medianímica insipiente ou incompreendida, ou ainda descurada e mal orientada, se torna prejudicial ao seu possuidor. Como as demais faculdades suas companheiras, a catalepsia e a letargia também poderão ser exploradas pela mistificação e

pela obsessão de inimigos e perseguidores invisíveis, degenerando então em um estado mórbido do chamado períspirito, tendência viciosa das vibrações perispirituais para o aniquilamento, as quais se recolhem e fecham em si mesmas como a planta sensitiva ao ser tocada, negando-se

às expansões necessárias ao bom funcionamento do consórcio físico psíquico, o que arrasta uma como neutralidade do fluido vital, dando em resultado o estado de anestesia geral ou parcial, a perda da sensibilidade, quando todos os sintomas da morte e até mesmo o início da decomposição física se apresentam, e somente a consciência estará vigilante, visto que esta, fagulha da Mente Divina animando a criatura, jamais se deterá num aniquilamento, mesmo temporário.

 

“Tanto a catalepsia como a letargia, pois elas são faculdades gêmeas, se espontâneas (elas poderão ser também provocadas e dirigidas, uma vez que a personalidade humana é rica de poderes espirituais, sendo, como foi criada à imagem e semelhança de Deus).

Se espontâneas, serão, portanto, um como vício que impõe o acontecimento, como os casos de animismo nas demais faculdades mediúnicas, vício que, mais melindroso que os outros lembrados, se a tempo não for corrigido, poderá acarretar consequências imprevisíveis, tais como a morte total da organização física, a loucura, dado que as células cerebrais, se atingidas frequentemente e por demasiado tempo, poderão levar à obsessão, ao suicídio, ao homicídio e a graves enfermidades nervosas: esgotamento, depressão, alucinações, etc.

Mas, uma vez contornadas por tratamento psíquico adequado, transformar-se-ão em faculdades anímicas importantes, capazes de altas

realizações supranormais, consoante a prática o tem demonstrado, fornecendo aos estudiosos e observadores dos fatos mediúnicos vasto campo de elucidação científica transcendental.

“Entretanto, se os adeptos da grande doutrina da imortalidade — os espíritas — não sabem, conscientemente, ou não querem resolver os intrincados problemas oferecidos pela catalepsia e sua irmã gêmea, a letargia (eles, os espíritas, não se preocupam com esses fenômenos), sem o quererem e o saberem corrigem a sua possibilidade de expansão com o cultivo geral da mediunidade comum, visto que, ao contato das correntes vibratórias magnéticas constantes, e o suprimento das forças vitais próprias dos fenômenos mediúnicos mais conhecidos, aquele vício, se ameaça, será corrigido, podendo, não obstante, a faculdade cataléptica ser orientada inteligentemente para fins dignificantes a bem da evolução do seu possuidor e da coletividade.

De outro modo, o tratamento magnético através de passes, em particular os passes ditos espirituais, aplicados por médiuns idôneos e não por magnetizadores, e a intervenção oculta, mas eficiente, dos mestres da Espiritualidade, têm evitado que a catalepsia e a letargia se propaguem entre os homens com feição de calamidade, daí advindo a relativa raridade,

espontânea, de tais fenômenos nos dias presentes. E essa nossa assertiva também revela que todas as criaturas humanas mais ou menos possuem em germe as ditas faculdades e as poderão dirigir à própria vontade, se conhecedoras dos seus fundamentos, uma vez que nenhum filho de Deus

jamais foi agraciado com predileções ou menosprezado com desatenções pela obra da Criação.

“Dos casos citados nos Evangelhos cristãos, todavia, destaca-se o de Lázaro pela sua estranha particularidade. Aí vemos um estado cataléptico superagudo, porque espontâneo, relaxamento dos elos vitais pela depressão cansada por uma enfermidade, fato patológico, portanto, provando o desejo incontido que o espírito encarnado tinha de deixar a matéria para alçar-se ao infinito, e onde o próprio fluido vital, que anima os organismos vivos, se encontrava quase totalmente extinto, e cujos liames magnéticos do períspirito em direção à carne se encontravam de tal forma frágeis, danificados pelo enfraquecimento das vibrações e da vontade.

(Lázaro já cheirava mal, o que é frequente em casos de crises catalépticas agudas, mesmo se provocadas, quando o paciente poderá até mesmo ser sepultado vivo, ou antes, não de todo no estado de cadáver), que fora necessário, com efeito, o poder restaurador de uma alma virtuosa como a do Nazareno para se impor ao fato, substituir células já corrompidas, renovar a vitalidade animal, fortalecer liames magnéticos com o seu poderoso magnetismo em ação.

Na filha de Jairo, porém, e no filho da viúva de Naim as forças vitais se encontravam antes como que anestesiadas pelo enfraquecimento físico derivado da enfermidade, mas não no mesmo grau do sucedido a Lázaro. Neste, as mesmas forças vitais se encontravam já em desorganização adiantada, e não fora o concurso dos liames magnéticos ainda aproveitáveis e as reservas vitais conservadas pelo períspirito nas constituições físicas robustas (o períspirito age qual reservatório de forças vitais e os laços magnéticos são os agentes transmissores que suprem a organização física); se não fossem aquelas reservas Jesus não se abalaria à cura porque esta seria impossível.

Muitos homens e até crianças assim têm desencarnado. E se tal acontece antes da época prevista pela programação da lei da Criação, nova existência corpórea os reclamará para o cumprimento dos deveres assumidos e, portanto, para a continuação da própria evolução.

“Caberia a pergunta, então: ‘Porque tal coisa é possível sob as vistas da harmoniosa lei da Criação? Que culpa tem o homem de sofrer tais ou quais acidentes se não é ele quem os provoca e que se realizam, muitas vezes, à revelia da sua vontade? ’

“A resposta será então a seguinte: “Tais acidentes são próprios do carreiro da evolução, e enquanto o homem não se integrar na sua condição de ser divino, vibrando satisfatoriamente no âmbito das expansões sublimes da Natureza, mecanicamente estará sujeito a esse e demais distúrbios. Segue-se que, para a lei da Criação, a chamada morte não só não existe como é considerada fenômeno natural, absolutamente destituído da importância que os homens lhe atribuem, exceção feita aos casos de suicídio e homicídio.

A morte natural, então, em muitos casos será um acidente facilmente reparável e não repercutirá com os foros de anormalidade como acontece entre os homens. De outro modo, sendo a catalepsia e a letargia uma faculdade, patrimônio psíquico da criatura e não propriamente uma enfermidade, compreender-se-á que nem sempre a sua ação comprova inferioridade do seu possuidor, pois que, uma vez adestradas, ambas poderão prestar excelentes serviços à causa do bem, tais como as demais faculdades mediúnicas, que, não adestradas, servem de pasto a terríveis obsessões, que infelicitam a sociedade, e quando bem compreendidas e dirigidas atingirão feição sublime.

Não se poderá afirmar, entretanto, que o próprio homem, ou a sua mente, a sua vontade, o seu pensamento, se encontrem isentos de responsabilidade no caso vertente, tanto na ação negativa como na positiva, ou seja, tanto nas manifestações prejudiciais como nas úteis e beneméritas.

“Um Espírito encarnado, por exemplo, já evolvido, ou apenas de boa vontade, senhor das próprias vibrações, poderá cair em transe letárgico, ou cataléptico, voluntariamente, alçar-se ao Espaço para desfrutar o consolador convívio dos amigos espirituais mais intensamente, dedicar-se

a estudos profundos, colaborar com o bem e depois retornar à carne, reanimado e apto a excelentes realizações.

Não obstante, homens comuns ou inferiores poderão cair nos mesmos transes, conviver com entidades espirituais inferiores como eles e retornar obsidiados, predispostos aos maus atos e até inclinados ao homicídio e ao suicídio. Um distúrbio vibratório poderá ter várias causas, e uma delas será o próprio suicídio em passada existência. Um distúrbio vibratório agudo poderá ocasionar um estado patológico, um transe cataléptico, tal o médium comum que, quando esgotado ou desatento da própria higiene mental ou moral (queda de vibrações e, portanto, distúrbio vibratório), dará possibilidades às mistificações do animismo e à obsessão. Nesse caso, no entanto, o transe cataléptico trará feição de enfermidade grave, embora

não o seja propriamente, e será interpretado como ataques incuráveis, indefiníveis, etc. O alcoólatra poderá renascer predisposto à catalepsia porque o álcool lhe viciou as vibrações, anestesiando-as, o mesmo acontecendo aos viciados em entorpecentes, todos considerados suicidas pelos códigos da Criação. Em ambos os casos a terapêutica psíquica bem aplicada, mormente a renovação mental, influindo poderosamente no sistema de vibrações nervosas, será de excelentes resultados para a corrigenda do distúrbio, enquanto que a atuação espírita propriamente dita abrirá novos horizontes para o porvir daquele distúrbio, que evolverá para o seu justo plano de faculdade anímica. E tudo isso, fazendo parte de uma expiação, porque será o efeito grave de causas graves, também assinalará o estado de evolução, visto que, se o indivíduo fosse realmente superior, estaria isento de padecer os contratempos que acima descrevemos.

Todavia, repetimos, tanto a catalepsia como a letargia, uma vez bem compreendidas e dirigidas, quer pelos homens quer pelos Espíritos Superiores, transformar-se-ão em faculdades preciosas, conquanto raras e mesmo perigosas, pois que ambas poderão causar o desenlace físico do seu

paciente se uma assistência espiritual poderosa não o resguardar de possíveis acidentes.

A letargia, contudo, presta-se mais à ação do seu possuidor no plano espiritual. Ao despertar, o paciente trará apenas intuições, às vezes úteis e preciosas, das instruções que recebeu e sua aplicação nos ambientes terrenos. É faculdade comum aos gênios e sábios, sem, contudo, constituir

privilégio, agindo sem que eles próprios dela se apercebam, porque se efetivam durante o sono e sob vigilância de Espíritos prepostos ao caso.

“A provocação desses fenômenos nada mais é que a ação magnética anestesiando as forças vibratórias até ao estado agudo, e anulando, por assim dizer, os fluidos vitais, ocasionando a chamada morte aparente, por suspender-lhe, momentaneamente, a sensibilidade, as correntes de comunicação com o corpo carnal, qual ocorre no fenômeno espontâneo, se bem que o fenômeno espontâneo possa ocupar um agente oculto, espiritual, de elevada ou inferior categoria.

Se, no entanto, o fenômeno espontâneo se apresentar frequentemente e de forma como que obsessiva, a cura será inteiramente moral e psíquica, com a aproximação do paciente aos princípios nobres do Evangelho moralizador e ao cultivo da faculdade sob normas espíritas ou magnéticas legítimas, até ao seu pleno florescimento nos campos mediúnicos.

“Casos há em que um consciencioso experimentador remove a possibilidade, ou causa de tais acontecimentos, e o paciente volta ao estado normal anterior. Mas o desenvolvimento pleno de tal faculdade é que conscienciosamente restituirá ao indivíduo o equilíbrio das próprias funções psíquicas e orgânicas. O tratamento físico medicinal, atingindo o sistema neurovegetativo, fortalecendo o sistema nervoso com a aplicação de tônicos reconstituintes, etc., também será de importância valiosa, visto que a escassez de fluidos vitais poderá incentivar o acontecimento, emprestando-lhe feição de enfermidade. Nos cumpre ainda advertir que tais faculdades, relativamente raras porque não cultivadas, na atualidade, agem de preferência no plano espiritual, com o médium encarnado sob a direção dos vigilantes espirituais, campo apropriado, o mundo espiritual, para as suas operosidades, tornando-se então o seu possuidor prestimoso colaborador dos obreiros do mundo invisível em numerosas espécies de especulações a benefício da Humanidade encarnada e desencarnada. Entre os homens a ação de tais médiuns se apresentará de menor vulto, mas, se souberem atentar nas intuições que com eles virão ao despertar, grandes feitos chegarão a realizar também no plano terreno.

“Os ensinamentos contidos nos códigos espíritas, a advertência dos elevados Espíritos que os organizaram e a prática do Espiritismo demonstram que nenhum indivíduo deverá provocar, forçando, o desenvolvimento das suas faculdades mediúnicas, porque tal princípio

será contraproducente, ocasionando novos fenômenos psíquicos e não propriamente espíritas, tais como a autossugestão ou a sugestão exercida por pessoas presentes no recinto das experimentações, a hipnose, o animismo, ou personismo, tal como o sábio Dr. Alexandre Aksakof classifica o fenômeno, distinguindo-o daqueles denominados ‘efeitos físicos’.

A mediunidade deverá ser espontânea por excelência, a fim de frutescer com segurança e brilhantismo, e será em vão que o pretendente se esforçará por atraí-la antes da ocasião propícia. Tal insofridez redundará, inapelavelmente, repetimos, em fenômenos de autossugestão ou o chamado “animismo”, ou ‘personismo’, isto é, a mente do próprio médium criando aquilo que se faz passar por uma comunicação de Espíritos desencarnados. Existem mediunidades que do berço se revelam no seu portador, e estas são as mais seguras, porque as mais positivas, frutos de longas etapas reencarnatórias, durante as quais os seus possuidores exerceram atividades marcantes, assim desenvolvendo forças do períspirito, sede da mediunidade, vibrando intensamente num e noutro setor da existência e assim adquirindo vibratilidades acomodatícias do fenômeno.

Outras existem ainda em formação (forças vibratórias frágeis, incompletas, os chamados ‘agentes negativos’), que jamais chegarão a se adestrar satisfatoriamente numa só existência, e que se mesclarão de enxertos mentais do próprio médium em qualquer operosidade tentada, dando-se

também a possibilidade até mesmo da pseudo perturbação mental, ocorrendo então a necessidade dos estágios em casas de saúde e hospitais psiquiátricos se se tratar de indivíduos desconhecedores das ciências psíquicas. Por outro lado, esse tratamento será balsamizante e até necessário, na maioria dos casos, visto que tais impasses comumente sobrecarregam as células nervosas do paciente, consumindo ainda grande percentagem de fluidos vitais, etc., etc.

consignamos aqui alguns casos para estudo e análises dos fatos espíritas, aconselhando à meditação sobre eles, pois o espírita necessita profundamente de instrução geral em torno dos fenômenos e ensinamentos apresentados pela ciência transcendente de que se fez adepto, ciência imortal que não poderá sofrer o abandono das verdadeiras atenções do senso e da razão. ”

Letargia e Catalepsia são conceitos associados à tese da emancipação da alma e que com o passar do tempo foram ganhando novos sentidos até caírem em desuso na Medicina e na Psicologia.

É possível que o sentido utilizado por Kardec tenha sido obtido nas teorias do magnetismo animal desenvolvidas depois de Mesmer, especialmente na obtenção do sonambulismo provocado.

Letargia, em “O Livro dos Espíritos” significa um estado de “perda temporária da sensibilidade e do movimento”, em que o corpo parece morto, no qual os sinais vitais se tornam quase imperceptíveis, a respiração reduz-se bastante e a pessoa pode ser tomada como morta.

Alguns fenômenos parapsicológicos (humanos, mas não estudados convenientemente pela Psicologia) podem ser encontrados concomitantemente a estes dois estados.

Um deles é a hiperestesia, ou seja, uma ampliação paradoxal da capacidade dos sentidos. Há registros de casos de sonâmbulos que, em estado cataléptico, eram capazes de descrever o que acontecia a uma distância muito superior à capacidade de nossos órgãos, ou de descrever, por exemplo, percepções que eles alegavam ter de órgãos internos do organismo de pacientes que lhes eram trazidos.

Kardec analisou situações de quase-morte na Revista Espírita. Há diversos casos de letárgicos, pessoas que chegaram a ser consideradas mortas pela medicina da época como a Sra. Schwabenhaus (Revista Espírita, 1858) ou que passaram por situações de claro risco de morte, ou como o Dr. D. (Revista Espírita, 1867), que ficou mais de meia hora debaixo d’água e foi resgatado e retomou a consciência.

Outro caso apresentado por Kardec é o da jovem cataléptica de Souabe, que após um evento traumático (morte da irmã), entrou em um estado entre cataléptico e letárgico e passou a ser capaz de descrever pessoas enterradas, bastando ser levada próxima ao túmulo e a descrever a aparência de pessoas idosas que a visitavam quando eram jovens e sem modificações do tempo e das doenças.

Eles narram histórias envolvendo o contato com pessoas desencarnadas e descrições do plano espiritual. Por esta razão, Kardec teorizou que os sonâmbulos, letárgicos e catalépticos perceberiam o plano espiritual, ou dariam notícias de eventos à distância porque perceberiam com a alma, semi-liberta do corpo (emancipação) que transmitiria suas sensações espirituais ao cérebro.

Posteriormente, o hipnotismo e a neurologia dariam um outro sentido à letargia e à catalepsia, que hoje se encontram em desuso (muitos hipnotizadores ainda os utilizam), substituídas pelo conceito mais preciso de “coma”, mas os estranhos fenômenos descritos por Kardec continuam acontecendo, como se pode ler no livro “Vida além da Vida” do Dr. Raymond Mood Jr. e nos estudos de experiências de quase-morte, que se transformou em linha de pesquisa de médicos e parapsicólogos modernos.

- No Evangelho, Lázaro é apresentado como irmão de Marta e Maria, residentes todos em Betânia, perto da cidade de Jerusalém. Jesus muito o amava, assim como as suas irmãs.

- Quando Lázaro ficou ''doente'‘, as suas irmãs mandaram dizer a Jesus: "Senhor, aquele a quem amas está doente". Ao ouvir isso, Jesus disse: "Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela". No entanto, quando ouviu a notícia, ficou mais dois dias onde estava.

- Jesus, conhecia a condição de seu amigo Lázaro. Através da dupla vista (vista da alma), que transpõe distâncias e não conhece barreiras, verificou que Lázaro não fora atacado de uma doença física, mas que estava em estado de letargia, que têm o mesmo princípio da catalepsia. A catalepsia, tal como a letargia, não é uma doença física, mas uma faculdade mediúnica incompreendida.   

-  A letargia e a catalepsia têm como característica a perda momentânea da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada.

Elas diferem entre si em que, na letargia a suspensão das forças vitais é geral, dando ao corpo todas as aparências da morte, e na catalepsia é localizada e pode afetar uma parte mais ou menos extensa do corpo, de maneira a deixar a inteligência livre para se manifestar, o que não permite confundi-la com a morte.

-- O fluído vital é essencial para a manter o funcionamento dos órgãos (tais como: o coração, o pulmão, o estômago, os rins, etc.) e lhes dar o movimento.  Na letargia, o corpo não está morto, pois há funções vitais que continuam a realizar-se, porém o fluido vital, que anima todos os seres vivos, encontra-se quase totalmente extinto. Os liames que ligam o períspirito ao corpo encontram-se enfraquecidos (frágeis), diz-se que a vida aí está por um fio. No entanto, o corpo ainda vive, enquanto estiver ligado pelo cordão fluídico. 

- Através do passe magnético é possível restituir ao corpo o fluido vital que lhe falta. Quando diz que Jesus ressuscitou Lázaro, ele não estava morto, pois o Espírito não pode retornar ao corpo morto, isto seria contrário as leis da natureza. Foi através do poder fluídico que Jesus possuía, acionado por uma vontade forte que fez o Espírito de Lázaro voltar ao corpo, prestes a abandoná-lo.  

- Este fenômeno era muito comum naquela época e era dificilmente diagnosticado. Além da ressurreição de Lázaro, outros casos podem ser verificados no Evangelho, tais como a filha de Jairo e o filho da viúva de Naim, em que houve a intervenção do mestre Jesus.  

"Essas mortes aparentes sempre ocorreram, principalmente no passado quando os estados catalépticos eram dificilmente diagnosticados. A técnica de diagnóstico da morte era muito empírica, normalmente através da respiração e dos batimentos cardíacos. Hoje, graças ao eletroencefalógrafo, pode-se detectar com maior profundidade o momento da paragem cardíaca definitiva e da morte real.''

           

COMENTÁRIO:

A matéria inerte é insensível; o fluido perispirítico igualmente o é, mas transmite a sensação ao centro sensitivo, que é o Espírito. As lesões dolorosas do corpo repercutem, pois, no Espírito, qual choque elétrico, por intermédio do fluido perispiritual, que parece ter nos nervos os seus fios condutores. É o influxo nervoso dos fisiologistas que, desconhecendo as relações desse fluido com o princípio espiritual, ainda não puderam achar explicação para todos os efeitos.

A interrupção pode dar-se pela separação de um membro, ou pela secção de um nervo, mas, também, parcialmente ou de maneira geral e sem nenhuma lesão, nos momentos de emancipação, de grande sobre-excitação ou preocupação do Espírito. Nesse estado, o Espírito não pensa no corpo e, em sua febril atividade, atrai a si, por assim dizer, o fluido perispiritual que, retirando-se da superfície, produz aí uma insensibilidade momentânea. Poder-se-ia também admitir que, em certas circunstâncias, no próprio fluido perispiritual uma modificação molecular se opera, que lhe tira temporariamente a propriedade de transmissão. É por isso que, muitas vezes, no ardor do combate, um militar não percebe que está ferido e que uma pessoa, cuja atenção se acha concentrada num trabalho, não ouve o ruído que se lhe faz em torno. Efeito análogo, porém, mais pronunciado, se verifica nalguns sonâmbulos, na letargia e na catalepsia. Finalmente, do mesmo modo também se pode explicar a insensibilidade dos convulsionários e de muitos mártires.

A paralisia já não tem absolutamente a mesma causa: aí o efeito é todo orgânico; são os próprios nervos, os fios condutores que se tornam inaptos à circulação fluídica; são as cordas do instrumento que se alteraram.

Na Betânia, pequena cidade perto de Jerusalém, situada no sopé do monte das Oliveiras, na estrada geral de Jericó, próximo à de Betfagé, ficava a aldeia onde vivia Lázaro. Jesus muito o amava, assim como às suas irmãs Marta e Maria. A afeição que Jesus consagrava a esses irmãos constituía um ensino, um exemplo da predileção que merecem aqueles que caminham pela estrada que conduz ao Se­nhor Todo Poderoso. Lázaro era um dos Espíritos devotados que haviam encarnado para cooperar no desempenho da missão ter­rena do divino Mestre, bem como Marta e Maria, que encarnaram para assisti-lo e ajudá-lo. Jesus os distinguia com a sua amizade.

 OBSERVAÇÕES:

Casos recentes de Catalepsia considerados pela medicina como estado de coma alguns com regressão de memória ou de vidas passadas.

1.     A menina que acordou do coma cantando “Mamma Mia”; A maneira “clássica” de se acordar do coma seria abrir os olhos lentamente, sem saber onde está, e reconhecer alguém sentado na borda da cama. A pequena Layla Towsey, de apenas três anos de idade, resolveu inovar. Ao entrar em coma após uma grave meningite, seus pais foram aconselhados pelos médicos a dar nela um beijo de despedida. Cinco dias depois, no entanto, qual não foi a surpresa da mãe, Katy, ao ver sua filha cantando o sucesso do Abba! Em breve, a pequena Layla já estava respirando sozinha novamente e se recuperou.

2.     A menina que começou a fumar e beber ao se recuperar; quando uma pessoa sai do estado de coma, em geral, é uma época em que renova seu apreço pela vida e decide cuidar melhor de si mesma. O problema é quando não se teve muito tempo de vida antes de entrar em “coma”.

A pequena Ya Wen, de três anos, foi dada como morta após ser atropelada por uma van. Apenas cinco dias depois, saiu do estado de coma e iniciou a recuperação. O corpo estava de volta, mas a personalidade havia mudado.

Ya Wen começou a se vestir como adulta (na verdade, como um homem), por exemplo. Mas isso nem se compara ao fato de ser surpreendida no banheiro fumando um cigarro! Inexplicavelmente, a criança contraiu vício em cigarros e cerveja, e tudo o que o pai pôde fazer para interromper a situação foi parar de fumar ele mesmo, já que a filha roubava seus cigarros. E já chora durante a abstinência de tabaco, apesar de ainda nem ter quatro anos de idade.

3.     A mulher que perdeu a memória após o coma; em 2008, a britânica Liz Sykes levava uma vida normal quando começou a ter longas e dolorosas convulsões, ao final das quais ela nem sabia mais quem era. Após dias no hospital, sem um diagnóstico seguro, os médicos decidiram colocá-la em coma induzido por três semanas, na tentativa de salvar a sua vida.

Resultado: Liz sofria da gravíssima encefalite, causada por um vírus que causa danos cerebrais extensos. No caso dela, toda a sua memória simplesmente apagou, e ela teve de reaprender tudo, incluindo a andar, falar e saber o que era tudo à sua volta. Após onze meses em tratamento especial, ela teve alta, mas ainda sofre perdas ocasionais de memória.

4.      A menina que aprendeu alemão durante o coma; funcionou com a croata Sandra Ralic, de 13 anos.

Antes de entrar em coma, a garota falava apenas o idioma croata. Depois de 24 horas, ela se recuperou e voltou à consciência, mas com uma diferença: falava alemão fluente. Houve, contudo, um efeito colateral: Ralic esqueceu sua língua nativa, o croata, e agora se comunica apenas em alemão. Enquanto tentam ensinar novamente a língua à menina, médicos quebram a cabeça para descobrir como isso foi possível.

5.     Esses transes são comuns à noite, durante o repouso do sono, e muitas vezes o próprio paciente não se apercebe deles, ou se apercebe vagamente. Entre os espiritualistas orientais torna-se fato comum, conforme é sabido, dado que os mesmos cultivam carinhosamente os poderes da própria alma. (Recordações da mediunidade. Cap. 1. Ivone A. Pereira).

6.     Porque então tal coisa é possível sob as vistas da harmoniosa lei da Criação? Que culpa tem o homem de sofrer tais ou quais acidentes se não é ele quem os provoca e que se realizam, muitas vezes, à revelia da sua vontade?

7.     Tais acidentes são próprios do carreiro da evolução, e enquanto o homem não se integrar de boamente na sua condição de ser divino, vibrando satisfatoriamente no âmbito das expansões sublimes da Natureza, mecanicamente estará sujeito a esse e demais distúrbios.

8.     (...) De outro modo, sendo a catalepsia e a letargia uma faculdade, patrimônio psíquico da criatura e não propriamente uma enfermidade, compreender-se-á que nem sem­pre a sua ação comprova inferioridade do seu possuidor, pois que, uma vez adestradas, ambas poderão prestar excelentes serviços à causa do bem, tais como as demais faculdades mediúnicas, que, não adestradas, servem de pasto a terríveis obsessões, que infelicitam a sociedade, e quando bem compreendidas e dirigidas atingirão feição sublime.

FONTES:

A CASA DO ESPIRITISMO

RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE

Ivone do Amaral Peixoto

Antônio Luiz Sayão

Caibra Schutel

A gênese

Carlos T. Pastorino

Federação Espirita de Mato Grosso do Sul

Dr. Adolfo Bezerra, de Menezes

Casa do cinza blog

Divaldo Pereira Franco

José Carlos Lucas

Hype Science