Tomando
por base certos artigos viajantes da web, concluímos nosso estudo a respeito de
lazaro.
Aliás o
único caso de ressurreição existente na Bíblia, visto que Jesus retornou ao seu
ambiente e seu corpo foi desintegrado molecularmente como provou o Sudário de Turim.
Permanecemos
estarrecidos com a ignorância (não sabemos se natural ou proposital) que por
puro orgulho encha a boca dos que ignoram o novo testamento e obrigam seus fiéis
a serem obtusos na realidade espiritual. ]
Ficamos
espantados com a boçalidade existente em meios que se dizem religiosos e com a
postura profissional que encaram a religião, levando seus fiéis a acreditarem
no que desejam. Assim como suas bíblias são feitas a conduzir as pessoas pelo
caminho escuro e errado da ignorância; estimulando o egoísmo e camuflando suas
reais intenções comerciais.
Estimulam
a discorda mantendo acesa a ignorância, mas a mudança de uma palavra ou a colocação
de uma virgula mostra suas verdadeiras intenções.
Durante
o estudo contei um fato que ocorreu com minha filha. Era professora na ocasião
e uma outra professora, sabendo de seu conhecimento espirita apesar de
católica, disse: você sabe que o espiritismo não acredita na morte de Jesus na
cruz. Minha filha espantada me disse pai como é que é isso? Já com dúvidas, que
é a tática usada.
Marquei
no Novo Testamento do Conselho Espirita Internacional (CEI) as passagens dos
quatro evangelhos e frisei que mostrasse de onde o livro era. E que tradução
foi feita a pedido da FEB a um expert em grego e línguas da palestina (coisa
que Jeronimo o tradutor da Vulgata não era) Dr. Haroldo Dutra Dias, Juiz de
Direito em Belo Horizonte e estudioso da Doutrina Espirita.
Ela
mostrou e se espantou com a expressão da outra professora, que lhe disse: vou
falar ao meu pastor ele deve ter se enganado.
Dias
depois recebi um livro editado escrito pelo tal pastor “como o espiritismo fez
pacto com o demônio”.
Bom cai
o pano!
Vamos
ao que interessa e que é consenso em um grupo eclético.
Um dos conceitos mais divulgados no Evangelho Segundo O Espiritismo é o da reencarnação. É com
ela que nossas almas podem experimentar muitas vidas ao longo dos séculos
e em até milhares de anos para chegar a evolução dos espíritos puros.
Muitos judeus confundiam seu significado com a ressurreição, termo
este que consiste em reviver o corpo após o desencarne. A ciência já mostrou
que este processo é impossível, pois os elementos deste corpo estarão dispersos
há muitos anos, sem chance de recompor-se.
A PALAVRA OFICIAL sobre a ressurreição de
Lázaro é a seguinte:
“Há, pois, toda a probabilidade de que, nos dois exemplos citados [o
filho da viúva de Naim e a filha de Jairo] apenas houve síncope e letargia...
Dado o poder fluídico que possuía Jesus, nada há de espantoso que o fluído
vivificante, dirigido por uma forte vontade, haja reanimado os sentidos
entorpecidos; e mesmo que ele tenha podido voltar ao corpo o Espírito prestes a
deixá-lo, enquanto o liame perispiritual não estivesse definitivamente rompido.
Para os homens daquele tempo, que julgavam estar o indivíduo morto, desde que
não respirasse mais, houve ressurreição... porém, houve na realidade cura, e nunca
ressurreição, na acepção da palavra. A ressurreição de Lázaro, digam o que
disserem, não invalida de modo nenhum esse princípio. Diz-se que ele já estava
há quatro dias no sepulcro; mas sabe-se que há letargias que duram oito dias, e
mesmo mais. Acrescenta-se que ele cheirava mal o que é um sinal de
decomposição. Essa alegação não prova nada, visto que em certos indivíduos há
decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte, e exalam odor de
apodrecimento. A morte não chega senão quando os órgãos essenciais à vida são
atacados. E quem podia saber se ele cheirava mal? É sua irmã Marta que o diz;
mas como sabia? Lázaro se achava enterrado há quatro dias, ela
supunha isso, mas não podia ter certeza”
Allan Kardec trabalhou em cima de
probabilidades ao afirmar que Lázaro fora enterrado vivo. Os homens daquela
época até poderiam se enganar, mas Jesus tinha certeza de que Lázaro estava
morto. O relato bíblico contraria as conclusões de Allan Kardec.
Vejam:
Assim disse-lhe Jesus: ”Lázaro morreu, e me alegro(‘estar contente)’, por vós
de que (eu) não estivesse lá, para que creais. Todavia, vamos até ele” (Jo 11:14)
A
reencarnação quebra este conceito, dizendo que a reencarnação é a volta do
espírito a uma vida corpórea totalmente diferente da sua anterior. Jesus
disse ao fariseu, Nicodemos: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não
renasce da água e do espírito, não pode entrar no Reino dos Céus. O que é
nascido da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito[…]”.
Perdão pela redundância, mas se Jesus disse que Lázaro estava morto é porque
Lázaro estava morto. Quem além de Jesus poderia dar um diagnóstico preciso?
Jesus disse a
Marta: “Jesus lhe diz: teu irmão se levantará (expressão idiomática semítica.
para expressar a morte e ressurreição utilizavam as expressões ‘deitar-se-morte’ e
‘levantar-se-ressurreição’” (Jo11:.23).
Ressuscitar significa voltar a viver. Kardec sabia disso ao dizer, como acima,
“porém, houve na realidade cura, e não ressurreição, na acepção da palavra”.
Jesus estava falando exatamente de ressurreição.
(3) Disse
Jesus: “... eu sou a ressurreição; quem crê em mim, ainda que morra, viverá;
” (Jo11:25).
Se fosse apenas uma
letargia, por que Jesus enfatizou que a irmã de Lázaro “não te disse que se
creres, verá a glória de Deus”? (Jo11:40). Para curar um homem de letargia
precisaria invocar a glória de Deus? Essa declaração, todavia, indicava que
Marta estava prestes a presenciar um grande milagre. Além disso, a Bíblia
registra que o morto saiu do sepulcro “o morto saiu, com os pés e mãos
enfaixados e com o rosto recoberto com um sudário. Jesus lhes disse. Desatai-o
e deixai-o ir. ” (Jo 11:44).
Segundo o
Dicionário Aurélio, defunto quer dizer “pessoa que morreu; morto”.
Agora ouçam o seguinte.
Para o kardecismo,
Jesus foi:
a.
Um espírito muitíssimo evoluído que atingiu o mais
elevado grau de perfeição;
b.
"Um iniciador da mais pura, da mais sublime
moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e
torná-los irmãos...”;
c.
Um homem que veio ensinar a JUSTIÇA de Deus;
d.
Um homem que veio ensinar TODAS AS VERDADES, porque
"no Cristianismo se encontram todas as verdades";
e.
Jesus foi “A Segunda Revelação de Deus”; a
Primeira, Moisés; a Terceira e última, o Espiritismo.
Diante de tantas
qualidades morais e espirituais atribuídas pelo Espiritismo a Jesus, não há
como admitir que Ele tenha proferido alguma afirmação errada. Se não confiarmos
na “Segunda Revelação de Deus”, como confiaríamos na “Terceira Revelação”, o
Espiritismo? Essa revelação foi prometida por Jesus no sermão do cenáculo.
Daí porque o
Espiritismo observa com muito cuidado as palavras de Jesus, tudo o que Ele
disse, todas as verdades contidas no Seu Evangelho. Daí porque devemos também,
nós espíritas, em nossas conversas, fazer lembrar dessas premissas, do entusiasmo
com que Kardec falou de Jesus e da imperiosa necessidade de levar em
consideração tudo o que Ele falou.
Lázaro está morto
Feitas essas
considerações, passemos ao caso de Lázaro. Vejamos o relato bíblico, segundo João
(11.1-44).
“14 então Jesus lhes
falou claramente: Lázaro morreu ... 17 ao chegar Jesus encontrou Lazaro, já
sepultado havia quatro dias ... 21 então disse Marta a Jesus: Senhor, se estivesses
aqui, meu irmão não teria morrido. ... 23 disse-lhe Jesus: Teu irmão ressuscitará...
24 sei disse Marta que ressuscitará, na ressurreição, no último dia: 25
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra ... 26
e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso?... 27 Disse ela: Sim, Senhor, eu creio que tu és
o Cristo, o Filho de Deus, que vem ao mundo. ”
Perguntou Jesus (referindo-se
ao cadáver de Lázaro):
34 E perguntou:
Onde o colocastes? Responderam-lhe: Senhor vem e vê ... 39 Disse Jesus: retirai
a pedra. Marta, irmã do morto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal: é o quarto dia.
40 Disse-lhe Jesus:
Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? ”
41 retiraram então
a pedra; Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: Pai dou-te graças porque me
ouviste 41 eu sabia que sempre me ouves, mas digo isso por causa da multidão
que me rodeia
43 tendo dito isso
gritou em voz alta: Lázaro vem para fora!
44 o morto saiu, com
os pés e mãos enfaixados e com o rosto recoberto com um sudário... Jesus lhes
disse: desatai-o e deixai-o ir”-
Jesus soube
primeiramente que Lázaro estava enfermo (Jo 11.3-“as duas irmãs, mandaram,
então, dizer a Jesus: Senhor aquele que amas está doente. A esta notícia Jesus
disse: essa doença não é mortal, as para a gloria de Deus, para que, por ela,
seja glorificado o filho de Deus.
Quando soube que este
se achava, permaneceu dois dias ainda no lugar em que se encontrava; só depois
disse aos discípulos. Vamos outra vez à Judéia!
Ora! Quando o Espiritismo afirma que Lázaro não morreu, mas que sofrera uma
síncope, e, por ignorância da época, fora enfaixado e colocado vivo no
sepulcro, faz uma afirmação correta!
O que escreveu mais Kardec sobre o assunto:
(Evangelho Segundo
o Espiritismo, cap. IV, item 4.)
“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome ressurreição... Só
os saduceus, cuja crença era de que tudo acaba com a morte, não acreditavam
nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não
eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções à
cerca da alma e da sua ligação com o corpo. criam eles que um homem que vivera
podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se.
Designavam pelo termo ressurreição, o que o Espiritismo mais judiciosamente
chama de reencarnação. Com efeito a ressureição dá ideia de voltar à vida, o
corpo que já está morto, o que ciência demonstra ser materialmente impossível,
sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo
dispersos e absorvidos (o que não é exatamente o caso pois o corpo estava à
disposição em um tumulo e não enterrado, como foi o caso de Ananias e sua
esposa contados em Atos dos Apóstolos). A reencarnação é a volta da alma ou
Espírito a vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e
que nada tem em comum com o antigo. A palavra ressureição podia assim aplicar-se
a Lazaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a
crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias,
pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia
ser Elias, reencarnado, porém não ressuscitado.
A reencarnação é a
volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente
formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição
podia assim aplicar-se a Lázaro...”
Concordamos quando Kardec diz que a ressurreição dá ideia da recomposição
corpo-espírito (“voltar à vida o corpo que está morto”). Concordamos também com
o que diz sobre reencarnação, segundo o ensino espírita (“volta do espírito em
outro corpo”). Concordamos também quando diz que o conceito de ressurreição se
aplica a Lázaro.
A palavra de Jesus
é incontestável. Ele declarou que Lázaro estava morto. Depois, já cheirando mal
o cadáver, Ele o fez reviver. Logo, Lázaro ressuscitou. Certo como dois mais
dois são quatro. Principalmente porque os liames espirituais não haviam se
rompido e o espírito embora afastado poderia retornar ao corpo material exposto
na gruta
Kardec não deveria
admitir a ressurreição de Lázaro pelos seguintes motivos:
a.
apareceu primeiramente em períspirito tanto que
pediu a Maria que não o tocasse pois era já um Espírito seu corpo material já
havia se desintegrado.
Na reencarnação o espírito volta em outros corpos; na ressurreição, o
espírito retorna ao corpo original, que foi o caso de Lázaro. E é mais que evidente se esse corpo não mais
existe, ou foi cremado, ou virou pó pela inumação, só existe a possibilidade de
reencarnação.
A ressurreição de Lázaro é o que há de mais claro na Bíblia, e tem uma
história: Lázaro ficou enfermo; faleceu; foi colocado no jazigo, onde passou
quatro dias; sua irmã Marta disse que o corpo estava em estado de decomposição,
pois “já cheirava mal”.
O inconsistente argumento segundo o qual Lázaro sofrera de um ataque epilético
não prevalece. Lazaro estava em profundo
estado de letargia; seu espirito havia se afastado e somente oi poder magnético
de Jesus para fazê-lo voltar ao corpo material o que foi feito
Para certas correntes ignorantes,
os judeus não faziam a menor diferença entre um corpo vivo e um corpo morto.
CONCLUSÃO:
A reencarnação fazia parte dos dogmas
judeus, sob o nome de ressurreição. Somente os saduceus, que pensavam que tudo
acabava com a morte, não acreditavam nela. As ideias dos judeus sobre essa
questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas. Porque só
tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles
acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma ideia precisa da maneira
por que isso se daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o
Espiritismo chama, mais justamente, de reencarnação. Com efeito, a ressurreição
supõe o retorno à vida do próprio cadáver, o que a Ciência demonstra ser
materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já estão há
muito dispersos e consumidos. A reencarnação é à volta da alma ou Espírito à
vida corpórea, mas num outro corpo, novamente constituído, e que nada tem a ver
com o antigo. A palavra ressurreição podia, assim, aplicar-se a Lázaro, mas não
a Elias, nem aos demais profetas. Se, portanto, segundo sua crença, João
Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João
tinha sido visto criança e seus pais eram conhecidos. João podia ser, pois,
Elias reencarnado, mas não ressuscitado.
Agora
que nós já entendemos tudo sobre a infância, os milagres e a mediunidade de
Jesus, assuntos abordados nos editoriais anteriores, vamos descobrir as verdades
a respeito da Sua ressurreição.
A
ressurreição do Cristo é o nome dado à Sua aparição logo após a crucificação.
O
termo “retornar
à vida” é muito habitual para nós que estudamos a Doutrina
Espírita. Se você se lembrou de reencarnação, acertou!
“O
dogma da ressurreição da carne é a consagração da reencarnação ensinada pelos
Espíritos? Sim, como quereis que o seja de outro modo? Essas palavras, como
tantas outras, não parecem insensatas aos olhos de certas pessoas, senão porque
as tomam ao pé da letra. Por isso, conduzem à incredulidade. Mas dai-lhes uma
interpretação lógica, e aqueles que, chamais livres-pensadores as admitirão sem
dificuldade, precisamente porque eles refletem; porque não vos enganeis, esses
livres pensadores não desejam mais do que crer”, pergunta 1010 de O Livro dos
Espíritos.
INTERPRETAÇÃO.
Na
época em que o Mestre “retornou à matéria”, os judeus tinham noções vagas e
incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo, mas, conforme o Espiritismo
nos mostra, Deus nos permite encarnar tantas vezes quantas forem necessárias,
mas sempre
utilizando outro corpo material.
A
ressurreição de Jesus, ou seja, o ressurgimento dele no corpo material, assim
compreendido por muitos, nada mais é do que a maneira simbólica de representar
a reencarnação. E hoje, graças a Ciência Espírita, temos as explicações sobre
os graus de materialização possíveis, espíritos através de seus períspiritos,
ou corpo de luz, conforme se referia o Apóstolo Paulo.
Certa
vez, alguém perguntou a Chico Xavier sobre o que os Espíritos dizem a respeito
da natureza do corpo de Jesus, ele respondeu: “Jesus é como o sol num dia de
céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O
que é importante saber e discutir é sobre os Seus ensinamentos e Sua vivência
gloriosa”.
Da
mesma forma que nós aceitamos a processo da reencarnação, futuramente teremos
condições de absorver todo o conhecimento que Jesus nos trouxe, deixando de ser
“palitos de fósforo acesos”, como disse o querido Chico.
Até
alcançarmos este estágio devemos nos esforçar para vencer nossas más tendências,
demonstrando assim o merecimento de mais um destes nossos retornos à vida,
conforme exemplificado pelo nosso Mestre Jesus.
FONTES:
A Gênese, Allan Kardec, Cap. XV, n. 39 e 40
Bíblia de Jerusalém
Novo Testamento -
CEI
Radio Boa Nova
(Dica da Rádio Boa Nova
Ressurreição
e reencarnação são a mesma coisa? Encontre a resposta no programa “Esclarecimentos Oportunos” pela
Rádio Boa Nova.
O
programa “Presença Espírita na Bíblia: Ressurreição
e Reencarnação” exibido pela TV Mundo Maior traz a explicação
de José Reis Chaves sobre o motivo do termo reencarnação não estar na Bíblia e
cita outros termos que possuem o mesmo significado).
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