quarta-feira, 3 de março de 2021

RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

 


Tomando por base certos artigos viajantes da web, concluímos nosso estudo a respeito de lazaro.

Aliás o único caso de ressurreição existente na Bíblia, visto que Jesus retornou ao seu ambiente e seu corpo foi desintegrado molecularmente como provou o Sudário de Turim.

Permanecemos estarrecidos com a ignorância (não sabemos se natural ou proposital) que por puro orgulho encha a boca dos que ignoram o novo testamento e obrigam seus fiéis a serem obtusos na realidade espiritual. ]

Ficamos espantados com a boçalidade existente em meios que se dizem religiosos e com a postura profissional que encaram a religião, levando seus fiéis a acreditarem no que desejam. Assim como suas bíblias são feitas a conduzir as pessoas pelo caminho escuro e errado da ignorância; estimulando o egoísmo e camuflando suas reais intenções comerciais.

Estimulam a discorda mantendo acesa a ignorância, mas a mudança de uma palavra ou a colocação de uma virgula mostra suas verdadeiras intenções.

Durante o estudo contei um fato que ocorreu com minha filha. Era professora na ocasião e uma outra professora, sabendo de seu conhecimento espirita apesar de católica, disse: você sabe que o espiritismo não acredita na morte de Jesus na cruz. Minha filha espantada me disse pai como é que é isso? Já com dúvidas, que é a tática usada.

Marquei no Novo Testamento do Conselho Espirita Internacional (CEI) as passagens dos quatro evangelhos e frisei que mostrasse de onde o livro era. E que tradução foi feita a pedido da FEB a um expert em grego e línguas da palestina (coisa que Jeronimo o tradutor da Vulgata não era) Dr. Haroldo Dutra Dias, Juiz de Direito em Belo Horizonte e estudioso da Doutrina Espirita.

Ela mostrou e se espantou com a expressão da outra professora, que lhe disse: vou falar ao meu pastor ele deve ter se enganado.

Dias depois recebi um livro editado escrito pelo tal pastor “como o espiritismo fez pacto com o demônio”.

Bom cai o pano!

Vamos ao que interessa e que é consenso em um grupo eclético.

Um dos conceitos mais divulgados no Evangelho Segundo O Espiritismo é o da reencarnação. É com ela que nossas almas podem experimentar muitas vidas ao longo dos séculos e em até milhares de anos para chegar a evolução dos espíritos puros.

Muitos judeus confundiam seu significado com a ressurreição, termo este que consiste em reviver o corpo após o desencarne. A ciência já mostrou que este processo é impossível, pois os elementos deste corpo estarão dispersos há muitos anos, sem chance de recompor-se.

 

 

 A PALAVRA OFICIAL sobre a ressurreição de Lázaro é a seguinte:
“Há, pois, toda a probabilidade de que, nos dois exemplos citados [o filho da viúva de Naim e a filha de Jairo] apenas houve síncope e letargia... Dado o poder fluídico que possuía Jesus, nada há de espantoso que o fluído vivificante, dirigido por uma forte vontade, haja reanimado os sentidos entorpecidos; e mesmo que ele tenha podido voltar ao corpo o Espírito prestes a deixá-lo, enquanto o liame perispiritual não estivesse definitivamente rompido. Para os homens daquele tempo, que julgavam estar o indivíduo morto, desde que não respirasse mais, houve ressurreição... porém, houve na realidade cura, e nunca ressurreição, na acepção da palavra. A ressurreição de Lázaro, digam o que disserem, não invalida de modo nenhum esse princípio. Diz-se que ele já estava há quatro dias no sepulcro; mas sabe-se que há letargias que duram oito dias, e mesmo mais. Acrescenta-se que ele cheirava mal o que é um sinal de decomposição. Essa alegação não prova nada, visto que em certos indivíduos há decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte, e exalam odor de apodrecimento. A morte não chega senão quando os órgãos essenciais à vida são atacados. E quem podia saber se ele cheirava mal? É sua irmã Marta que o diz; mas como sabia? Lázaro se achava enterrado há quatro dias, ela supunha isso, mas não podia ter certeza” 

 Allan Kardec trabalhou em cima de probabilidades ao afirmar que Lázaro fora enterrado vivo. Os homens daquela época até poderiam se enganar, mas Jesus tinha certeza de que Lázaro estava morto. O relato bíblico contraria as conclusões de Allan Kardec.

Vejam:
Assim disse-lhe Jesus: ”Lázaro morreu, e me alegro(‘estar contente)’, por vós de que (eu) não estivesse lá, para que creais. Todavia, vamos até ele” (Jo 11:14)

A reencarnação quebra este conceito, dizendo que a reencarnação é a volta do espírito a uma vida corpórea totalmente diferente da sua anterior. Jesus disse ao fariseu, Nicodemos: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do espírito, não pode entrar no Reino dos Céus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito[…]”.


Perdão pela redundância, mas se Jesus disse que Lázaro estava morto é porque Lázaro estava morto. Quem além de Jesus poderia dar um diagnóstico preciso?

Jesus disse a Marta: “Jesus lhe diz: teu irmão se levantará (expressão idiomática semítica. para expressar a morte e ressurreição utilizavam as expressões  ‘deitar-se-morte’ e ‘levantar-se-ressurreição’”  (Jo11:.23).
Ressuscitar significa voltar a viver. Kardec sabia disso ao dizer, como acima, “porém, houve na realidade cura, e não ressurreição, na acepção da palavra”. Jesus estava falando exatamente de ressurreição.

 

(3) Disse Jesus: “... eu sou a ressurreição; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; ” (Jo11:25).

Se fosse apenas uma letargia, por que Jesus enfatizou que a irmã de Lázaro “não te disse que se creres, verá a glória de Deus”? (Jo11:40). Para curar um homem de letargia precisaria invocar a glória de Deus? Essa declaração, todavia, indicava que Marta estava prestes a presenciar um grande milagre. Além disso, a Bíblia registra que o morto saiu do sepulcro “o morto saiu, com os pés e mãos enfaixados e com o rosto recoberto com um sudário. Jesus lhes disse. Desatai-o e deixai-o ir. ” (Jo 11:44).

Segundo o Dicionário Aurélio, defunto quer dizer “pessoa que morreu; morto”.
Agora ouçam o seguinte. 

Para o kardecismo, Jesus foi:

a.     Um espírito muitíssimo evoluído que atingiu o mais elevado grau de perfeição;

b.     "Um iniciador da mais pura, da mais sublime moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos...”;

c.      Um homem que veio ensinar a JUSTIÇA de Deus;

d.     Um homem que veio ensinar TODAS AS VERDADES, porque "no Cristianismo se encontram todas as verdades";

e.     Jesus foi “A Segunda Revelação de Deus”; a Primeira, Moisés; a Terceira e última, o Espiritismo.

Diante de tantas qualidades morais e espirituais atribuídas pelo Espiritismo a Jesus, não há como admitir que Ele tenha proferido alguma afirmação errada. Se não confiarmos na “Segunda Revelação de Deus”, como confiaríamos na “Terceira Revelação”, o Espiritismo? Essa revelação foi prometida por Jesus no sermão do cenáculo.

Daí porque o Espiritismo observa com muito cuidado as palavras de Jesus, tudo o que Ele disse, todas as verdades contidas no Seu Evangelho. Daí porque devemos também, nós espíritas, em nossas conversas, fazer lembrar dessas premissas, do entusiasmo com que Kardec falou de Jesus e da imperiosa necessidade de levar em consideração tudo o que Ele falou.

Lázaro está morto

Feitas essas considerações, passemos ao caso de Lázaro. Vejamos o relato bíblico, segundo João (11.1-44).

“14 então Jesus lhes falou claramente: Lázaro morreu ... 17 ao chegar Jesus encontrou Lazaro, já sepultado havia quatro dias ... 21 então disse Marta a Jesus: Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. ... 23 disse-lhe Jesus: Teu irmão ressuscitará... 24 sei disse Marta que ressuscitará, na ressurreição, no último dia: 25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra ... 26 e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso?...  27 Disse ela: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que vem ao mundo. ”

Perguntou Jesus (referindo-se ao cadáver de Lázaro): 

34 E perguntou: Onde o colocastes? Responderam-lhe: Senhor vem e vê ... 39 Disse Jesus: retirai a pedra. Marta, irmã do morto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal: é o quarto dia.

40 Disse-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? ”

41 retiraram então a pedra; Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: Pai dou-te graças porque me ouviste 41 eu sabia que sempre me ouves, mas digo isso por causa da multidão que me rodeia

43 tendo dito isso gritou em voz alta: Lázaro vem para fora!

44 o morto saiu, com os pés e mãos enfaixados e com o rosto recoberto com um sudário... Jesus lhes disse: desatai-o e deixai-o ir”-

Jesus soube primeiramente que Lázaro estava enfermo (Jo 11.3-“as duas irmãs, mandaram, então, dizer a Jesus: Senhor aquele que amas está doente. A esta notícia Jesus disse: essa doença não é mortal, as para a gloria de Deus, para que, por ela, seja glorificado o filho de Deus.

Quando soube que este se achava, permaneceu dois dias ainda no lugar em que se encontrava; só depois disse aos discípulos. Vamos outra vez à Judéia!

Ora! Quando o Espiritismo afirma que Lázaro não morreu, mas que sofrera uma síncope, e, por ignorância da época, fora enfaixado e colocado vivo no sepulcro, faz uma afirmação correta!


O que escreveu mais Kardec sobre o assunto:

(Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV, item 4.)


“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome ressurreição... Só os saduceus, cuja crença era de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções à cerca da alma e da sua ligação com o corpo. criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição, o que o Espiritismo mais judiciosamente chama de reencarnação. Com efeito a ressureição dá ideia de voltar à vida, o corpo que já está morto, o que ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos (o que não é exatamente o caso pois o corpo estava à disposição em um tumulo e não enterrado, como foi o caso de Ananias e sua esposa contados em Atos dos Apóstolos). A reencarnação é a volta da alma ou Espírito a vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem em comum com o antigo. A palavra ressureição podia assim aplicar-se a Lazaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias, reencarnado, porém não ressuscitado.

A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro...”


Concordamos quando Kardec diz que a ressurreição dá ideia da recomposição corpo-espírito (“voltar à vida o corpo que está morto”). Concordamos também com o que diz sobre reencarnação, segundo o ensino espírita (“volta do espírito em outro corpo”). Concordamos também quando diz que o conceito de ressurreição se aplica a Lázaro.

A palavra de Jesus é incontestável. Ele declarou que Lázaro estava morto. Depois, já cheirando mal o cadáver, Ele o fez reviver. Logo, Lázaro ressuscitou. Certo como dois mais dois são quatro. Principalmente porque os liames espirituais não haviam se rompido e o espírito embora afastado poderia retornar ao corpo material exposto na gruta

Kardec não deveria admitir a ressurreição de Lázaro pelos seguintes motivos:

a.     apareceu primeiramente em períspirito tanto que pediu a Maria que não o tocasse pois era já um Espírito seu corpo material já havia se desintegrado.

Na reencarnação o espírito volta em outros corpos; na ressurreição, o espírito retorna ao corpo original, que foi o caso de Lázaro.  E é mais que evidente se esse corpo não mais existe, ou foi cremado, ou virou pó pela inumação, só existe a possibilidade de reencarnação.

A ressurreição de Lázaro é o que há de mais claro na Bíblia, e tem uma história: Lázaro ficou enfermo; faleceu; foi colocado no jazigo, onde passou quatro dias; sua irmã Marta disse que o corpo estava em estado de decomposição, pois “já cheirava mal”.
O inconsistente argumento segundo o qual Lázaro sofrera de um ataque epilético não prevalece.  Lazaro estava em profundo estado de letargia; seu espirito havia se afastado e somente oi poder magnético de Jesus para fazê-lo voltar ao corpo material o que foi feito

 Para certas correntes ignorantes, os judeus não faziam a menor diferença entre um corpo vivo e um corpo morto.

CONCLUSÃO:

 A reencarnação fazia parte dos dogmas judeus, sob o nome de ressurreição. Somente os saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As ideias dos judeus sobre essa questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas. Porque só tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma ideia precisa da maneira por que isso se daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo chama, mais justamente, de reencarnação. Com efeito, a ressurreição supõe o retorno à vida do próprio cadáver, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já estão há muito dispersos e consumidos. A reencarnação é à volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, novamente constituído, e que nada tem a ver com o antigo. A palavra ressurreição podia, assim, aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos demais profetas. Se, portanto, segundo sua crença, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João tinha sido visto criança e seus pais eram conhecidos. João podia ser, pois, Elias reencarnado, mas não ressuscitado.

Agora que nós já entendemos tudo sobre a infância, os milagres e a mediunidade de Jesus, assuntos abordados nos editoriais anteriores, vamos descobrir as verdades a respeito da Sua ressurreição.

A ressurreição do Cristo é o nome dado à Sua aparição logo após a crucificação.

O termo “retornar à vida” é muito habitual para nós que estudamos a Doutrina Espírita. Se você se lembrou de reencarnação, acertou!

“O dogma da ressurreição da carne é a consagração da reencarnação ensinada pelos Espíritos? Sim, como quereis que o seja de outro modo? Essas palavras, como tantas outras, não parecem insensatas aos olhos de certas pessoas, senão porque as tomam ao pé da letra. Por isso, conduzem à incredulidade. Mas dai-lhes uma interpretação lógica, e aqueles que, chamais livres-pensadores as admitirão sem dificuldade, precisamente porque eles refletem; porque não vos enganeis, esses livres pensadores não desejam mais do que crer”, pergunta 1010 de O Livro dos Espíritos.

 

INTERPRETAÇÃO.

Na época em que o Mestre “retornou à matéria”, os judeus tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo, mas, conforme o Espiritismo nos mostra, Deus nos permite encarnar tantas vezes quantas forem necessárias, mas sempre utilizando outro corpo material.

A ressurreição de Jesus, ou seja, o ressurgimento dele no corpo material, assim compreendido por muitos, nada mais é do que a maneira simbólica de representar a reencarnação. E hoje, graças a Ciência Espírita, temos as explicações sobre os graus de materialização possíveis, espíritos através de seus períspiritos, ou corpo de luz, conforme se referia o Apóstolo Paulo.

Certa vez, alguém perguntou a Chico Xavier sobre o que os Espíritos dizem a respeito da natureza do corpo de Jesus, ele respondeu: “Jesus é como o sol num dia de céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que é importante saber e discutir é sobre os Seus ensinamentos e Sua vivência gloriosa”.

Da mesma forma que nós aceitamos a processo da reencarnação, futuramente teremos condições de absorver todo o conhecimento que Jesus nos trouxe, deixando de ser “palitos de fósforo acesos”, como disse o querido Chico.

Até alcançarmos este estágio devemos nos esforçar para vencer nossas más tendências, demonstrando assim o merecimento de mais um destes nossos retornos à vida, conforme exemplificado pelo nosso Mestre Jesus.


FONTES:

           A Gênese, Allan Kardec, Cap. XV, n. 39 e 40

          Bíblia de Jerusalém

          Novo Testamento - CEI

          Radio Boa Nova

(Dica da Rádio Boa Nova

Ressurreição e reencarnação são a mesma coisa? Encontre a resposta no programa “Esclarecimentos Oportunos” pela Rádio Boa Nova.

O programa “Presença Espírita na Bíblia: Ressurreição e Reencarnação” exibido pela TV Mundo Maior traz a explicação de José Reis Chaves sobre o motivo do termo reencarnação não estar na Bíblia e cita outros termos que possuem o mesmo significado).

   

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