segunda-feira, 8 de março de 2021

APOCALIPSE

 

APOCALIPSE

essa é uma interpretação do item 9;1 a 12 do apocalipse de João, ainda não decifrado, feita pelo escritor Nevil Shute engenheiro aeronáutico que gerou o livro on the beach, inclusive um filme. O livro foi escrito em 1921, mas publicado apenas em 1961 após sua morte. Era considerado uma pessoa não seria. CONSIDERAMOS UMA BELA FANTASIA, mas a curiosidade do grupo nos levou a discuti-lo.

*

Um bombardeiro supersônico, voando a grande altura, deixa cair um potente artefato nuclear.

Ao atingir o solo, a bomba explode com o brilho de uma estrela fulgurante e o calor de uma fornalha e abre um poço fundo e amplo como um abismo, do qual se eleva imediatamente densa nuvem de gases.

Momentos depois, a nuvem assume a forma de um imenso cogumelo que obscurece o sol e projeta sua sombra sob a vasta região.

A esta altura já os radares alertaram os computadores e estes já expediram a ordem para o contra-ataque.

Mal se ouviu o estrondo da explosão, levantou uma veloz esquadrilha de caças a jato que saem no encalço do bombardeiro. Visto de longe parecem pequenos gafanhotos, por causa de suas linhas aerodinâmicas.

Refletido nas suas brilhantes carcaças metálicas, o sol cria verdadeiras coroas douradas em torno deles.

Vistos do solo, acima das casas, dos montes e das nuvens, lembram figuras mitológicas com rostos vagamente humanos.

As asas em delta assemelham-se a cabeleiras femininas, enquanto a cauda, por causa do perfil dos estabilizadores, lembra o ferrão dos escorpiões, tão mortífera, talvez, como estes.

E que barulho fazem ao cruzar os espaços em fantástica velocidade!

É como se verdadeira multidão de carros de guerra estivesse sendo arrastados pelos campos por milhares de cavalos enfurecidos em disparada.

Aqueles gafanhotos também levam o terrível instrumento da destruição – artefatos nucleares que vão provocar alhures os mesmos cogumelos de morte.

A sinistra nuvem tem em seu bojo uma quantidade inconcebível de partículas letais que começam lentamente a derivar ao sabor dos ventos.

Durante meses elas estarão espalhando por toda à parte suas radiações, contaminando tudo:

O ar; as águas; os seres vivos – vegetação, animais, homens, mulheres, velhos e crianças, nascidas e por nascer.

Ninguém as vê e, a principio, nem as sente, mas o trabalho invisível da destruição prossegue, traiçoeiro e inexorável.

Plantas, animais e seres humanos continuarão a respirar aquele ar, a beber aquelas águas e a ingerir aqueles mesmos alimentos de sempre.

É como se a vida seguisse normalmente seu curso, enquanto os implacáveis emissários da morte trabalham em silencio.

Atormentados por intolerável mal-estar, muitos desejarão a morte compassiva e rápida; muitos até a buscarão, correndo riscos desnecessários, tentando botar a mascara do acidente em suicídios desejados, mas a morte lhes foge, ao mesmo tempo em que os espera, enquanto os prepara para o fim que ela própria decidiu e que se aproxima.

Por cinco ou seis meses, a Terra inteira será afligida como nunca o foi, devido a radiação atômica.

Nevil Shute acha que são seis meses – está no seu angustiante livro “On the Beach” (Na Praia), no qual descreve com tintas pesadas do desencanto a visão apocalíptica das conseqüências de um confronto nuclear de vastas proporções.

Até um filme se fez com base na sua densa história e chamou-se “A Hora Final”.

Seria profético o livro deste engenheiro australiano? certamente...

Só não podemos dizer que hora é aquele e se é realmente o terceiro segredo de Fátima...

Não é pra assustar ninguém nem ao menos impressionar. Mas propositadamente Hermínio Carvalho Miranda, deixou no relato duas palavras-chave:

“apocalíptica e profético”.

Vamos tomar por base estas chaves e vamos abrir as portas para penetrar no vestíbulo de uma especulação.

Suponhamos que algum profeta antigo, vidente, sensitivo ou médium – chame-o como quiser – tivesse tido a visão antecipada da “hora final”, há cerca de dois mil anos.

Como iria relatar o que viu?

Nada sabe ele de energia nuclear. Não pode, sequer, imaginar que estranhos aparelhos metálicos mais pesados que o ar sejam capazes de voar a incrível velocidade (que hoje ainda nos assusta – mach 1, 2, 3) com enorme estrondo e melhor do que pássaros e gafanhotos.

Desconhece explosivos poderosos, radiações mortíferas, radares vigilantes e computadores inteligentes e obedientes.

E, no entanto o profeta precisa contar tudo o que viu, pois assim lhe ordenaram.

Para que haveriam de mostrar-lhe o que está para acontecer senão para que ele informasse aos homens dos trágicos acontecimentos que os aguardam?

 

Por isso, ao retornar de seu “arrebatamento em espírito ao céu” – isto que hoje se chama transe – o profeta está bem consciente de que tem de descrever, o melhor que puder, suas enigmáticas visões.

Para ele próprio elas são incompreensíveis e até absurdas, mas ele sabe, sem saber por que, que, par alguém, em algum tempo, em algum lugar, suas visões seriam claras como água da fonte.

Era preciso, pois, traduzir todas aquelas imagens puramente visuais em símbolos gráficos.

Não há palavras apropriadas para descrevê-las e, mais sério ainda, o profeta nem sabe o que se passou ante seus aturdidos olhos - sabe apenas que, um dia, aquilo deveria ser uma trágica e implacável realidade.

Então ele sentou-se pensativo, desenrolou o pergaminho diante de si, tomou do estilete, mergulhou-o na tinta e começou assim;

Eu, João, vosso irmão e companheiro nas tribulações, na realeza e na paciência por Jesus, estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

Num domingo, fui arrebatado em espírito, e ouvi, por traz de mim, voz forte como trombeta que dizia:

“o que vês, escreve-o num livro e manda-o a sete igrejas...”.

Por que remeter o mesmo relato a sete igrejas diferentes?

Seria para que se multiplicassem por sete as chances de sobrevivência do texto que precisaria vencer a inexorável passagem dos séculos?

Bastava que dois ou apenas um deles.

O importante era que a mensagem resistisse ao tempo.

Assim nasceu o Apocalipse de João com suas misteriosas visões, o Discípulo Amado, o Apostolo, o Vidente de Patmos, o profeta do Apocalipse.

É o mesmo texto que se encontra no Capitulo 9, versículos 1 a 12.

“e o quinto anjo tocou. Vi, então, uma estrela que havia caído do céu sobre a Terra. Foi-lhe dado a chave do poço do abismo. Ela Abriu então o poço do abismo e dali subiu uma fumaça como a fumaça de uma grande fornalha de modo que o sol e o ar ficaram escuros por causa da fumaça do poço.

E da fumaça saíram gafanhotos pela terra. Disseram-lhes, porém, que não danificassem a vegetação da terra nem o que estivesse verde e as arvores, mas somente os homens que não tivessem o selo de Deus. Foi-lhes dada a permissão, não de matá-los, mas de atormentá-los durante cinco meses (João não viu a imediata destruição da vida e, por isso, entendeu que, a despeito da terrível explosão, aquilo não passaria de um horrendo tormento), com tormento semelhante ao do escorpião quando fere um homem. naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugira deles (admirável precisão de linguagem para figurar um bando apavorado de condenados, agitando-se incessantemente daqui para acolá).

O aspecto dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos preparados para uma batalha; sobre suas cabeças parecia haver coroas de ouro; e suas faces era como faces humanas; tinham cabelos semelhantes ao cabelo das mulheres e dentes como os do leão; tinham couraças como que de ferro e o ruído de suas asas era como o ruído de carros com muitos cavalos correndo para um combate (cavalos é como se medem a potencia de carros e aviões e naquela época os carros eram bigas puxadas a cavalos); eram ainda providos de caudas semelhantes à dos escorpiões com ferrões; nas caudas estava o poder de atormentar os homens durante cinco meses.

Como rei tinham sobre si, o anjo do abismo, chamado cujo nome em hebraico é “Abadon” e em Grego Apollyon (os dois nomes significam destruição e destruidor). O primeiro, “Ai” passou. Eis que depois dessas coisas vem ainda dois “ais” (maneira perfeita de descrever a fantástica velocidade dos aviões – no espaço de um ai! O primeiro jato já passou, enquanto outros vêm atrás desabalados.).

Alguma dúvida? Podemos perguntar e questionar com qualquer estudioso da Bíblia, desses que vêem a letra, mas não percebem o espírito do texto. Não levantaram a letra morta para ler a letra viva.

A Bíblia fala em bombardeiros supersônicos, ogivas nucleares, radares, computadores, radiação?

A resposta imediata seria, claro que não! Como poderia?

E em reencarnação? Claro que não! De jeito nenhum!

Pois fala em reencarnação tanto quanto em bomba atômica aviões a jato.

É só ter a chave apropriada e os olhos de ver para identificar, ou seja, onde está o espírito que vivifica atrás da letra que mata.

Ler todo mundo lê. Procurar entender, digerir, talvez 1 em cada 1000.

FONTE:

Bíblia de Jerusalém

Hermínio de Carvalho Miranda

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