segunda-feira, 8 de março de 2021

AS MULHERES

 

AS MULHERES

 (julho a setembro de 29 A.D. - 782 A.U.C.)

Luc. 8:1-3

1. Depois disso (do episódio da cura e perdão de Madalena), ele andava por cidades e povoados pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus; e os doze o acompanhavam,

2. assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria chamada Madalena da qual haviam saído sete demônios; Joana mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Suzana e várias outras, que o serviam com seus bens, e algumas mulheres que haviam sido curadas de obsessores e de enfermidades

 

Lucas anuncia nova peregrinação de Jesus pelas cidades e aldeias da Galileia. Cada vez menos pousando em Cafarnaum, Jesus sai a pregar as boas-notícias do "reino", a curar a população humilde e sofredora.

Desde que foram escolhidos como emissários (cfr. Mat. 10:1-4; Marco 3:13-19 e Luc. 6:12-16., os doze sempre ficaram ao lado do Mestre, acompanhando-O pari passu, preparando-se, assim, para o futuro apostolado.

A comitiva, pois, era grande, e não podia mais pedir pousada e alimentos gratuitos por onde andava.

Daí a necessidade de quem cuidasse dessas coisas. Para isso estavam a postos várias mulheres, das quais Lucas cita aqui alguns nomes das que foram curadas de enfermidades e liberadas de obsessores (pneuma ponerón) e Marcos (15:40) acrescenta outros, mas o “caixa” do grupo era Judas Iscariotes.

Esse grupo de mulheres(Maria, Salomé, Joana, Madalena, Suzana) atendia às necessidades de Jesus e dos demais discípulos, com seus bens (t hupÁrchonta, bens, riquezas; cfr. Plut., Them. 5; Aemil. 4, etc.). Não podemos qualificar esse modo de agir de "abuso", já que se tratava de gente com posses materiais e, na maioria, parentes próximos de Jesus.

I.                   Pedro e André, irmãos e sócios da firma de pesca, juntamente com Zebedeu e seus filhos Tiago Maior e João Evangelista, todos representados por Maria mãe dos dois últimos; portanto, grupo financeiramente bem provido.

II.                 Joana esposa de Cuza, que sendo intendente de Herodes, percebia bons honorários, e por suas irmãs Salomé (Zebedeu) e Maria.

III.              Mateus, ex-cobrador de impostos, que recebia proventos largos de seu escritório (telônio).

IV.              Já Filipe sabemos que com suas filhas foi trabalhar na igreja Amigos do caminho criada em Jerusalém por Tiago Menor, Pedro e João.

V.                Duas das mulheres citadas (Maria Madalena e Suzana) parece terem sido criaturas independentes (não são citadas em conexão com nenhum nome masculino) e também favorecidas de bens (hipótese que se deduz do texto de Lucas sob exame).

 

Tratava-se, pois, de uma comitiva coesa, na qual cada um se dispunha a ajudar os outros, com a mais espontânea alegria e boa-vontade. Então, Amor e União entre aparentados, e nada de exploração.

A individualidade, para qualquer ação material neste planeta, depende da personalidade, seu único veículo de expressão. Não lhe é possível cuidar fisicamente do sustento, do vestuário e da moradia de seu corpo denso.

Mas, tendo que viver mergulhado na matéria, necessita de quem faça todas essas coisas para permitir-lhe chegar aos objetivos prefixados em sua tarefa. É, pois, servido, juntamente com suas faculdades, por uma série de amigos e amigas, que jamais a abandonaram, mas, ao contrário, põem todas as suas potencialidades e capacidades a serviço da individualidade. São seus veículos físicos e astrais, seus "corpos" densos mais ou menos, suas emoções, seus órgãos, suas células, etc.

Não há, portanto, condenação para aqueles que, tendo de ocupar todos os seus minutos no serviço do próximo, não dispõem de tempo para adquirir recursos materiais com que prover à subsistência.

A orientação de Jesus a esse respeito é bem clara: "dar de graça o que de graça se recebe", referindo-se exatamente à pregação, à cura de enfermos, a ressurreição de mortos, à limpeza de leprosos, à expulsão de obsessores; e acrescenta que nem sequer se deve carregar "ouro, nem prata, nem cobre, nem bolsas, nem viveres para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão". Mas logo a seguir acrescenta: "o trabalhador é digno de seu alimento". Então, esclarece, ao chegar a uma cidade, indague-se quem é digno, e fique-se hospedado nessa casa (cfr. Mat. 10:7-11).

Portanto, nada de receber dinheiro pelos trabalhos espirituais executados. Mas, deve receber-se moradia e alimentos. Nada de mal, por conseguinte, que o trabalhador seja assistido em suas necessidades prementes por criaturas de posses, embora jamais deva receber pagamento.

 

O ensino é sábio e prudente e é comentado por Paulo na 1.ª Cor. 9:4 a 15 (cfr. ainda 1.ª Tim. 5:17- 18).

Se essa maneira de agir dá aso a muitas abusos, nem por isso deixa de ser uma orientação segura, a fim de permitir que a palavra do ensino possa propagar-se. Assim não fora, e os pregadores, sempre baldos de recursos, se veriam confinados a pequeno círculo de ouvintes no ambiente natal.

Não há erro, evidentemente, se um grupo de interessados, ao desejar orientação de qualquer pregador, lhe pague as passagens e lhe forneça estada gratuita no local para onde se transfere. Errado estaria se, além disso, lhe "pagassem" o trabalho espiritual.

Aí temos, então, um ensinamento claro da individualidade (Jesus), através de seu próprio exemplo e de esclarecimentos prestados pela palavra, em outro local.

Duas das mulheres citadas (Maria Madalena e Suzana) parece terem sido criaturas independentes (não são citadas em conexão com nenhum nome masculino) e também favorecidas de bens (hipótese que se deduz do texto de Lucas sob exame). Tratava-se, pois, de uma comitiva coesa, na qual cada um se dispunha a ajudar os outros, com a mais espontânea alegria e boa-vontade. Então, Amor e União entre aparentados, e nada de exploração.

 

A individualidade, para qualquer ação material neste planeta, depende da personalidade, seu veículo de expressão. Não lhe é possível cuidar fisicamente do sustento, do vestuário e da moradia de seu corpo denso. Mas, tendo que viver mergulhado na matéria, necessita de quem faça todas essas coisas para permitir-lhe chegar aos objetivos prefixados em sua tarefa.  pois servido, juntamente com suas faculdades, por uma série de amigos e amigas, que jamais a abandonam, mas, ao contrário, põem todas as suas potencialidades e capacidades a serviço da individualidade. São seus veículos físicos e astrais, seus "corpos" densos mais ou menos, suas emoções, seus órgãos, suas células, etc. Não há, portanto, condenação para aqueles que, tendo de ocupar todos os seus minutos no serviço do próximo, não dispõem de tempo para adquirir recursos materiais com que prover subsistência.

 

A orientação de Jesus a esse respeito É bem clara: "dar de graça o que de graça se recebe", referindo-se exatamente  pregação,  cura de enfermos, a ressurreição de mortos,  limpeza de leprosos, expulsão de obsessores; e acrescenta que nem sequer se deve carregar "ouro, nem prata, nem cobre, nem bolsas, nem viveres para o caminho, nem duas técnicas, nem calado, nem bordão". Mas logo a seguir acrescenta: "o trabalhador É digno de seu alimento". Então, esclarece, ao chegar a uma cidade, indague-se quem É digno, e fique-se hospedado nessa casa (cfr. Mat. 10:7-11). Portanto, nada de receber dinheiro pelos trabalhos espirituais executados. Mas, deve receber-se moradia e alimentos. Nada de mal, por conseguinte, que o trabalhador seja assistido em suas necessidades prementes por criaturas de posses, embora jamais deva receber pagamento. O ensino é sábio e prudente e é comentado por Paulo na 1. “Cor. 9:4 a 15 (cfr. ainda 1. “Tim. 5:1718). Se essa maneira de agir dá aso a muitas abusos, nem por isso deixa de ser uma orientação segura, a fim de permitir que a palavra do ensino possa propagar-se. Assim não fora, e os pregadores, sempre baldos de recursos, se veriam confinados a pequeno círculo de ouvintes no ambiente natal. Não há erro, evidentemente, se um grupo de interessados, ao desejar orientação de qualquer pregador, lhe pague as passagens e lhe forneça estada gratuita no local para onde se transfere. Errado estaria se, além disso, lhe "pagassem" o trabalho espiritual. A temos, então, um ensinamento claro da individualidade (Jesus), através de seu próprio exemplo e de esclarecimentos prestados pela palavra, em outro local.

AS MULHERES NA VIDA DE JESUS

1)     Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, reconhecida como a figura feminina mais importante na vida de Cristo. Não só por estar ali, em um dos momentos de maior aflição do filho que era dela e de Deus, mas por toda sua história ao lado do Messias. “Ela não foi só mãe carnal, foi mãe moral e psicológica; foi uma mulher que peregrinou na penumbra da fé”, Mesmo sem compreender tudo que seu filho dizia e fazia, ela acreditou na palavra de Deus e seguiu dando espaço para que Jesus passasse sua mensagem. “A proposta de Cristo era uma coisa misteriosa, chocou todo mundo e a ela também, mas ainda assim ela o acolheu” na anunciação, quando o anjo Gabriel conta a ela, virgem e noiva de José, que conceberia um bebê mantendo-se casta e que esta criança, deveria se chamar Jesus; reinaria para sempre como Filho do Altíssimo. Diante da grandeza do que foi dito, Maria, embora assustada, aceitou o anúncio como a vontade de Deus e se colocou à disposição do projeto. É difícil imaginar o peso que essa mulher aceitou carregar. Jovem, pobre e prometida em casamento, ela estava grávida em um mundo onde a mulher adúltera – e essa suspeita recaiu sobre ela – era condenada publicamente à morte por apedrejamento.

2)     Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes". O cargo atribuído a Cuza (em hebraico Hózai) é epítopos, ou seja, intendente, procurador. Temos a impressão de que se trata do mesmo basilikós (palaciano) de que nos fala João. Joana foi uma das muitas pessoas curadas por jesus. Morreu em 68 queimada na fogueira do coliseu junto com seu filho por não abjurar jesus.

Joana é lembrada como "Santa Joana, Portadora de Mirra" (em gregoΑγία Ιωάννα η Μυροφόρος) e é comemorada entre as oito mulheres que levaram as ervas aromáticas para untar o corpo de Jesus (e foram testemunhas da ressurreição) no "Domingo das Portadoras de Mirra", que ocorre dois domingos depois da Pascha ("Páscoa")

3)     Suzana, a terceira citada (cujo nome significa "lírio"). Suzana nasceu na cidade de Tiberíades, localizada às margens do lago de Genesaré, cinco quilômetros ao sul de Magdala, entre 6 e 4 a.C. Alguns textos apócrifos relatam que Suzana era uma mulher de beleza singular e de personalidade marcante. Foi herdeira de relativa fortuna depois da morte de seus pais, quando foi cuidada desde a infância por sacerdotes. Depois de algum tempo, um dos sacerdotes do templo de Jerusalém tornara-se responsável por sua proteção e por seus bens até idade adulta. Em sua juventude, Suzana despertou o amor de um soldado, que servia o império romano. Depois de ver os seus bens dilapidados, a jovem Suzana fugiu em busca de seu amado e de conforto espiritual. Arrecadou o que sobrara de sua fortuna e partiu com alguns dos seus serviçais. Nessa fuga, encontrou a caravana de Jesus e passou a seguir o Mestre juntamente com outras mulheres, quando encontrou conforto e fortalecimento espiritual.

Acrescenta ainda o evangelista: "e muitas outras". Dessas muitas, conhecemos mais algumas pela informação de Marcos (15:40), quando fala das "mulheres que O acompanhavam".

4)     Maria Salomé, casada com Zebedeu, mãe de Tiago Maior e de João, o evangelista.

5)     Maria de Cléofas; Maria de Cléofas seria a cunhada da Santíssima Virgem, e o termo “irmã”, em João 19, 25, significaria isso pelas questões semíticas. Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José marido da Virgem Maria e mãe de três apóstolos José, Tiago menor e Judas Tadeu: A forma como ela é chamada, Maria “de Cléofas” é uma referência ao seu marido chamado Cléofas. Em algumas versões ele é chamado de Cléopas ou de Clopas, mas trata-se da mesma pessoa.

Eles foram muitas vezes confundidos como sendo “irmãos do Senhor”, mas, na realidade, eram primos. É que nas línguas semíticas não existe uma palavra para designar “primo” e outros graus de parentesco. Por isso, parentes como tios e primos são chamados de irmãos expressão semítica que indica também os primos.

6)  Maria Madalena, cujo cognome provém de sua aldeia natal (ou de permanência) que é Magdala (hoje el-Medjdel), na margem ocidental do lago, perto de Tiberíades. Dessa, o evangelista esclarece que havia sido libertada de sete espíritos desencarnados (daímôn). Este simples fato não significa que ela fosse mulher de vida pública: pode ter sido apenas uma obsidiada perseguida pelos inimigos do astral, pois vivia em uma cidade rica como o atual sitio arqueológico tem mostrado. Reencarnou como irmã Agnes ou Madre Teresa de Calcutá, terminando seus dias no mesmo ambiente que terminou seus dias como Madalena.

Maria Madalena, de todas as personagens Bíblicas, talvez seja aquela personagem mais deturpada, encoberta por inverdades divulgadas ao longo dos séculos pela Igreja, pelos textos Bíblicos e por errôneas interpretações. Paralelamente às inverdades, uma outra história tem sido contada de modo sublinear pela arte ao longo de dois mil anos de história Cristã e, também, pelos textos apócrifos.

7) Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes". O cargo atribuído a Cuza (em hebraico Hzai) é eptropos, ou seja, intendente, procurador. Temos a impressão de que se trata do mesmo basiliks (palaciano) de que nos fala João (4:46-54;) e que Joana, sua esposa era uma das irmãs de Maria. Daí sua intimidade com Jesus, e, portanto, com os doze escolhidos, dois dos quais pelo menos (Judas Tadeu e Tiago) mas talvez três (Simão Zelotes) também eram "irmãos" de Jesus, e, portanto, sobrinhos de Joana; estava tudo, pois, em família.

8) Suzana, a terceira citada (advém do hebraico Shoshanna, que posteriormente se transformou em Sawsan no árabe e Sousanna na língua

Grega) e significa “lírio" ou ‘açucena ‘, mas também pode estar relacionado à ‘graça ‘ou ‘flor graciosa ‘.)

Acrescenta o evangelista: "e muitas outras". Dessa, conhecemos mais algumas pela informação de Marcos (15:40), quando fala das "mulheres que O acompanhavam".

9) Marta e Maria; “Enquanto caminhava, Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, o recebeu em casa. Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e ficou escutando a sua palavra. Marta estava ocupada com muitos afazeres. Aproximou-se e falou: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela venha ajudar-me!” O senhor, porém, respondeu: “Marta, Marta! Você se preocupa e anda agitada com muitas coisas; porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada.” – (Lucas cap. 10, ver. 38 a 42).

10) Veronica; Santa Verônica ou Berenice, era  também a mulher Hemorroíssa Seu véu é conhecido como "Véu de Verônica" por ter enxugado o roto de Jesus e deixar sua imagem marcada no véu..

O nome "Verônica" em si é uma forma latinizada de Berenice, um nome macedônio  que significa "portador da vitória" (correspondente à em gregophere-nikē). A etimologia popular atribui sua origem às palavras para "verdade" (em latim: vera) e "imagem" (em gregoeikon).

Era também a mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que muito sofrera na mão de vários médicos, tendo gasto tudo o que possuía, sem nenhum resultado, mas cada vez piorando mais ouvira falar de Jesus, aproximou-se dele, por detrás,  no meio da multidão, e tocou seu manto. Porque Dizia: Se ao menos tocar suas roupas, serei salva. E logo estancou a hemorragia, e ela sentiu no corpo que estava curada da sua enfermidade. Imediatamente, Jesus, tendo consciência da força que dele saíra voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou minhas roupas? Os discípulos disseram-lhe: Vês que a multidão que te comprime e perguntas: Quem me tocou? Jesus olhava em torno de si para ver quem havia feito aquilo. Então a mulher, amedrontada e tremula, sabendo o que lhe havia sucedido foi e caiu-lhe aos pés, e contou-lhe toda a verdade. Ele disse-lhe: minha Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz, e fique curada desse teu mal. (Mc 5:24-34)

11) A Samaritana

“A primeira vez que o Senhor declarou ser o Cristo foi para uma mulher samaritana no poço de Jacó”.

Depois de viajar sob um sol escaldante, Jesus Cristo parou para descansar e pegar água. O Salvador iniciou uma conversa com a mulher samaritana no poço pedindo para beber. Gradualmente ao longo da conversa, ela adquiriu um testemunho de Sua divindade. João relata que ela primeiro se dirigiu a Jesus chamando-o de “judeu”, depois de “Senhor”, então “profeta” e por fim “o Cristo” ( João 4:9–29). Sua escolha cada vez mais respeitosa de títulos indica que ela desenvolveu fé em Jesus Cristo e foi convertida.

O Salvador ensinou-lhe que tinha a “água viva” (João 4:10) e que aqueles que bebessem dela jamais teriam sede. Intrigada, a mulher fez mais perguntas. Jesus Cristo então revelou a vida passada da samaritana e seu relacionamento pecaminoso atual. Embora ela possa ter-se sentido constrangida, talvez também tenha sentido que Jesus Cristo lhe falou com respeito, porque respondeu, pensativa: “Senhor, vejo que és profeta” (João 4:19). Com seus pecados já revelados, sem mais nada a esconder, a mulher exerceu fé em Jesus Cristo quando Ele a ensinou. Uma de Suas respostas pode ser um ponto-chave para se alcançar a salvação: “Mulher [ou minha senhora], crê-me” (João 4:21).

Graças a sua fé, a samaritana recebeu um testemunho do Espírito e desejou testificar que Jesus era o Cristo, o Messias prometido. Deixando o pote de água (que simbolizava suas posses terrenas), ela foi até a cidade e anunciou: “Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?” (João 4:29.)

12) Unção em Betânia Maria irmã de Marta e Lázaro

Não tem o seu nome citado, mas estando Jesus em casa de Simão o leproso aproximou-se uma mulher trazendo um vaso de alabastro perfume precioso e pôs-se a derramara-lo sobre a cabeça de Jesus enquanto ele estava a mesa. Os discípulos reclamaram, pois, poderia ser vendido e o dinheiro arrecadado distribuído aos pobres. Jesus ao perceber disse-lhes: Porque aborreceis a mulher? Ela de fato praticou uma boa ação para comigo derramando esse perfume sobre o meu corpo ela fez para me sepultar.

13) MULHER CANANÉIA

Mateus nos conta que uma cananeia interpelou Jesus, pedindo que ele curasse sua filha.

Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidonia. E eis que uma mulher cananeia daquela região, veio gritando:” Senhor filho de Davi, tende compaixão de mim a minha filha está horrivelmente endemoninhada”. Ele, porém, nada lhe respondeu. Então seus discípulos chegaram a ele e pediram-lhe despede-a porque vem gritando atrás de nós. Jesus respondeu:” Eu não fui enviado senão as ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas ele aproximando-se prostrou-se diante dele e pôs-se a rogar: Senhor socorre-me! Ele tornou a responder: “não fica bem tirar o pão dos filhos e atira-lo aos cachorrinhos”. Ela insistiu! Isso é verdade, Senhor! Mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos! Diante disso Jesus disse-lhe: “mulher grande é tua fé! Seja feito como queres!” e a partir daquele momento sua filha ficou curada. (Mt 15:21,28)

14) Viúva de Naim:

Ele foi em seguida a uma cidade chamada Naim Seus discípulos e numerosa multidão caminhava com ele. Ao se aproximar da porta da cidade, coincidiu que levavam um morto, filho único de mãe viúva e grande multidão da cidade estavam com ela cujo nome não se sabe. 

O Senhor ao vê-la ficou comovido e disse-lhe:” não chores! Depois aproximando-se, tocou o esquife e os que o carregavam pararam. Disse ele então:” jovem, eu te ordeno, levanta-te” e o morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou a sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus dizendo: “Um grande ´profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo”. Dado o poder fluídico que possuía Jesus, nada há de espantoso que o fluido vivificante, dirigido por uma forte vontade, haja reanimado os sentidos entorpecidos; e mesmo, que ele tenha podido voltar ao corpo o Espírito prestes, a deixá-lo, enquanto o liame perispiritual não estivesse definitivamente rompido. Caso simples de Catalepsia como muitos outros da época.

OBSERVAÇÃO:

Com a descoberta, por volta de 1896 em um mosteiro egípcio, do Evangelho segundo Maria Madalena, descobriu-se uma verdade incontestável: Maria Madalena, muito mais do que está dito na Bíblia, foi, verdadeiramente, uma discípula de Jesus, e, segundo diversos historiadores, o discípulo mais próximo do Mestre, de seus ensinamentos espirituais. Estes ensinamentos estavam inteiramente ligados à espiritualidade interior, sendo o verdadeiro caminho para a evolução espiritual, como vemos no trecho a seguir do Evangelho, segundo Maria Madalena, em que Jesus disse:

" Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."

No evangelho de Tomé que a igreja resolveu considerar agnóstico temos no último item, 115, (Simão Pedro disse-lhes: "Que Maria saia de nosso meio, pois as mulheres não são dignas da vida." Jesus disse: "Eu mesmo vou guiá-la para torná-la macho, para que ela também possa tornar-se um espírito vivo semelhante a vós machos. Porque toda mulher que se tornar macho entrará no Reino do Céu.")

O Evangelho de Maria Madalena apresenta ensinamentos de Jesus, que não foram passados para os outros discípulos ou não compreendidos por eles na fala do Mestre. Que o reino de Deus está dentro de cada pessoa e que é necessário se manter em equilíbrio para não atrair doenças e a morte física. Visão está plenamente aceita atualmente pela medicina alternativa em todas as correntes. A cura de doenças pela medicina alternativa tem sido realizada através da recomposição do equilíbrio energético. Nas passagens, a seguir, do Evangelho de Maria Madalena, podemos ver essa visão espiritualista de forma inequívoca: 

Em 1891, um fato veio acender ainda mais as questões envolvendo Maria Madalena. Quando da reforma de uma igreja no sul da França, em Rennes-le-Château, o padre Bérenger Saunière teria encontrado um tesouro, segundo se soube, trazido da Terra Santa e guardado pelos Cavaleiros Templários. Este segredo comprovaria a existência de descendentes diretos

de Jesus, ou seja, da linhagem sagrada.

Sabe-se pelos textos apócrifos, que depois da morte de Jesus, os outros discípulos não desejavam ver uma mulher no comando do grupo, o que naturalmente estava acontecendo pelo enorme conhecimento espiritual de Madalena. Pedro por diversas vezes contestava e se atritava com Madalena,(aliás com qualquer coisa) pois temia que ela definitivamente se tornasse líder do grupo. A partir dessa luta de poder relativo à liderança do cristianismo e pelo fato de uma mulher contemplar mais conhecimentos que todos os discípulos, foi forjada a história da prostituta, que todos nós, lamentavelmente, conhecemos.  

CONCLUSÃO:

Para aqueles que defendem que Maria Madalena era prostituta e teve um caso com Jesus, como a mente do ateu José Saramago, embora seja uma estória muito divertida no nível da ficção, recomendo que leiam Mt 19:3,12 (alguns fariseus se aproximaram querendo pô-lo a prova e perguntaram: é lícito repudiar a própria  mulher por qualquer motivo? Ele respondeu: não lestes que desde o princípio o criador os fez homem e mulher? E que disse: por isso o homem deixará pai e mãe e se unira a sua mulher e os dois serão uma só carne?) Um homem que fez esse discurso, se foi minimamente coerente (e estamos assumindo que Jesus era), não poderia ter sido casado com uma mulher às ocultas. Ele seria publicamente casado com Maria Madalena e a Bíblia traria relatos de sua festa de casamento. Uma vez que isso não existe, assumo que nunca aconteceu. Na verdade, acho até um pouco machista, essa estória de Maria Madalena ter sido prostituta e amante de Jesus. Para ser uma mulher interessante, sábia, fiel, religiosa, um exemplo, Maria Madalena não poderia simplesmente ter sido uma mulher normal. Querer procurar chifre em cabeça de cavalo e desmerecer o outro principalmente quando diz respeito a religião é o remédio amargo que deveria curar as feridas do mundo quando a lei é tão simples “amar o próximo como a si mesmo e fazer com o outro o que gostariam que fizessem com você”.

A Igreja Católica canonizou Madalena, que é santa desde 2016 (com festa litúrgica em 22 de julho), quando o papa Francisco a nomeou apostola apostolurum, “a apóstolo dos apóstolos” – não por acaso, segundo a Bíblia, foi a primeira a ver Jesus ressuscitado. E, entretanto, foi o papa Gregório Magno, no ano 591, injustamente (naquela época os papas falavam demais e por conta própria sem base cientifica apenas por sua vontade) um dos introdutores do qualificativo de “prostituta” quando em sua homilia 33 afirmou: “Aquela a quem o evangelista Lucas chama de mulher pecadora é a Maria da qual são expulsos os sete demônios, e o que significam esses sete demônios senão todos os vícios?” Com essa afirmação, o sumo pontífice fez uma fusão de três marias: Maria, a pecadora, “que unge os pés do Senhor”; Maria, a de Magdala, liberada por Jesus de sete demônios, e entre as mulheres que o assistem; e Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro. “A Igreja do Oriente acredita que são três mulheres diferentes, enquanto a Igreja do Ocidente crê firmemente identificá-las como a mesma mulher, Maria Madalena.

“Maria Madalena foi uma mulher influente tanto econômica como socialmente; economicamente porque era uma mulher acomodada, e socialmente porque, apesar de crescer e viver numa sociedade religiosa estrita, rica, se relacionando com todos os “figurões” da cidade decide romper esquemas e seguir Jesus”, 

FONTES:

Carlos T Pastorino

Huberto Rodhen

Bíblia de Jerusalém

Boa Nova, Francisco Cândido Xavier

Wikipedia

Web

Fórum Espirita

Casa Espirita de Juiz de Fora

 

 

 

 

 

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