terça-feira, 20 de outubro de 2020

ESQUEMA ETERNO DA MISSÃO DE JESUS

 

ESQUEMA ETERNO DA MISSÃO DE JESUS

JOÃO, 1:1-18

1. No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era. Deus.

2. no princípio Ele estava em Deus.

3. Tudo foi feito por meio dele, e sem ele nada foi feito.

4. O que foi feito nele, era a Vida e a Vida era a Luz dos homens.

5. E a Luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam.

6. Houve um homem, enviado por Deus. Seu nome era João

7. Vesse veio como testemunha, para dar testemunho da Luz

8. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da Luz.

9. ele era a Luz Verdadeira que ilumina; ele vinha ao mundo.

10. Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por dele, mas o mundo não o reconheceu.

11. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12. Mas a todos os que o receberam, deu o poder de se tornarem filhos de Deus aos que creem em seu nome;

13. eles, que não foram gerados nem do sangue, nem de uma vontade da carne, nem de uma vontade do homem, mas de Deus.

14. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos a sua gloria; gloria que ele tem junto ao Pai.

15. João dá testemunho dele e clama: Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou adiante de mim, porque existia antes de mim”.

16.pois de sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça,

17. Porque a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

18. Ninguém jamais viu a Deus: o Filho Unigênito que está no seio do Pai este o deu a conhecer.

Neste preâmbulo do Evangelho de João, o mais altaneiro e Inspirado, temos revelada, em poucas, mas profundas palavras, a teologia que Jesus ensinou aos discípulos.

Não temos um tratado completo, mas as noções básicas para que a humanidade possa compreender o assunto.

O evangelista define, desde o início, o que pretende: falar de Deus através de suas manifestações. Não só do ABSOLUTO (no sentido que os hindus emprestam à palavra BRAHMAN -0 sistema divino do Absoluto de onde houve a queda original para a matéria).

A única ideia que nossa imperfeição pode fazer de Deus, é que o Absoluto, sem princípio nem fim, sem limitação alguma. Não uma pessoa, mas uma Força Infinita, uma Razão ilimitada, a Mente Universal.

Falando a respeito dessa Força (de Deus), Jesus assim se expressa (Jo 4:24): Deus é ESPÍRITO.

Então, ESPÍRITO é a palavra que pode exprimir essa Inteligência Divina, essa Inteligência Universal, essa Força Cósmica, que está em toda parte, permeando e impregnando tudo: o Absoluto, o TODO inteligente, que faz brotar as plantas e impele ao nascimento os seres, e ao mesmo tempo, que regula o movimento dos astros nos espaços infinitos.

Mas, desde o princípio (e poderíamos dizer, desde o princípio sem princípio), esse ESPÍRITO era ATIVO. Ora, a atividade fundamental da Inteligência é o pensamento, ou a PALAVRA (em grego Logos, em latim Verbo).

Então, a primeira manifestação da Divindade é a PALAVRA, ou seja, o PODER CRIADOR, o PAI.

Mas, toda palavra produz seu efeito, toda criação produz o ser no qual o criador se transforma. E isto está dito no versículo 14: o Verbo se tornou carne, isto é, produziu seu efeito, e apareceu o FILHO.

Eis, portanto, esboçada a teologia joanina, que, sem dúvida, devia representar a que Jesus lhe ensinou: DEUS, o Absoluto, junto ao qual e no qual se encontrava a própria manifestação que é sua PALAVRA, e logo a seguir o efeito dessa palavra, o FILHO. Daí a concepção da Trindade como DEUS ou ESPÍRITO - o VERBO ou PAI, o FILHQ ou CRISTO.

Em outras palavras, poderíamos dizer:

DEUS - o Amor.

O PAI - o Amante.

O FILHO - o Amado.

Por causa da aproximação do versículo 1 com o 14, houve confusão, e acreditou-se que o Verbo era o Filho, não se reparando na contradição dos termos: Verbo é palavra ativa, ao passo que Filho é palavra passiva. Verbo é o Criador, Filho é o Criado.

Então, o Filho é o resultado do Verbo, o produto do Pai, embora esteja perfeitamente certo dizer-se que o “Verbo se tornou carne”.

Isto - porque em Deus não há pessoas, nem divisões possíveis: é o Absoluto, o Infinito, o Todo. Quer o denominemos Espírito, Pai ou Filho, tudo constitui o UM, o único.

Desde o princípio incriado existe em Deus o Poder Criador, o Verbo.

Por isso tem razão o evangelista quando diz: no princípio havia o Verbo, ou Pai, que estava em Deus e que era o próprio Deus. Esse Verbo, ao ser emitido, produziu o som, o seu efeito, a manifestação divina, que é o Espírito Divino (o Espírito Santo) em todos os Universos, ao qual chamamos o CRISTO, o FILHO UNIGÊNITO DE DEUS.

O homem, feito à imagem e semelhança de Deus, tem em si as mesmas propriedades: ele, o homem, a centelha divina, o raio de luz que emanou da Fonte da Luz, possui em si a Palavra Criadora, o Pensamento, que constitui a individualidade perene; mas esta, ao produzir seu efeito, torna-se a personalidade que busca a matéria para aperfeiçoar-se, surgindo então a personalidade, que é o Filho.

Deus é a Fonte da Luz, O ESPÍRITO; sua emissão é o VERBO ou PAI CRIADOR, que ilumina os raios luminosos que da Fonte partem e constituem o Filho, o CRISTO, O Filho Unigênito do Pai.

 Então, CRISTO é a manifestação sensível de Deus, é a Força Divina que impregna tudo.

Tudo provém de Deus, tudo está em Deus, e Deus está em tudo, por sua manifestação cristica. No entanto, erram os panteístas, quando afirmam que todas as coisas reunidas e somadas formariam Deus.

Jamais poderia isto ocorrer. Mas tem razão o Monismo quando afirma que Deus está em todos e em tudo, conforme diz Paulo em (Efésios 4:5-“há um, só Senhor uma só fé, um só batismo) e em (1 Cor. 14:28-“se não há interprete cale-se o irmão na assembleia; fale a si mesmo e a Deus”). Deus é o substractum, a substância última de todas as coisas, de tudo o que existe, porque tudo o que existe, existe em Deus.

Logicamente, tudo promana do Verbo, do Pai Criador, que é o Pai "nosso", cujo poder é emprestado ao homem, imagem de Deus e centelha divina.

Nele estava a Vida, porque a Vida é Deus, a Vida é a manifestação da Divindade.

A Luz resplandece nas trevas, e contra ela as trevas não prevaleceram.

O sentido literal é de absoluta clareza; por maiores que sejam as trevas, elas não prevalecem nem mesmo contra um pequenino palito de fósforo que se acenda. Entretanto, observamos que há outro sentido, que pode deduzir-se das palavras anteriores. (No versículo João 1;4 está explicado “o que foi feito nele era a vida e a vida era a luz dos homens”): A Vida é a Luz dos homens. Se a Vida é a Luz dos homens, então as trevas exprimem a morte. Compreendemos, pois: a morte não prevalece contra a vida. Tudo o que nos parece morte, é apenas o desfazimento dos veículos materiais de que está revestido o espírito.

Nos versículos 6 a 8, encontramos uma pequena intromissão, (“houve um homem enviado por Deus seu nome era João. Este veio como testemunha para dar testemunho da luz a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz”) falando a respeito de João Batista: houve um homem, chamado João, ENVIADO por Deus. A dedução lógica é evidente: se ele foi ENVIADO, é porque já existia. Com efeito, o evangelista não diz: houve um homem CRIADO por DEUS, mas ENVIADO por Deus.

Observe-se: bem o sentido certo das palavras. Se foi enviado, é porque existia antes de nascer, e não apenas existia como devia ser um espírito de rara inteligência, de grande elevação moral e de muito adiantamento espiritual, com profundo conhecimento da Luz, da qual devia dar testemunho. Deus o ENVIOU para que ele dissesse aos homens aquilo que ele conhecia, que havia visto, que podia testemunhar por experiência própria e direta.

Não estranhemos o modo de expressar-se do evangelista: quase a cada passo do Novo Testamento, encontramos uma referência clara ou velada à vida do espírito anterior ao nascimento na Terra, ao que chamamos reencarnação.

João Batista conhecia a Luz ANTES DE NASCER NA TERRA, porque tinha existência plenamente consciente, era dotado de inteligência, e podia testificar aquilo que vira. Podia, pois, afirmar: eu sei, eu vi. E os outros podiam crer nas palavras dele. Mas o evangelista não deixa de chamar a atenção dos leitores: ele NÃO ERA a Luz, apenas a conhecia.

Depois de falar nisso, o evangelista alça-se a falar na Luz Verdadeira, na Verdadeira Vida, que vivifica toda criatura, Vida que é uma das manifestações da Divindade nos seres criados. Essa manifestação divina está no mundo, mas o mundo não a reconhece, embora tire dela sua própria origem.

E dessa Luz, passa logo a falar na Luz que se materializou na Terra: a figura ímpar de Jesus, aquele de quem justamente João viera para dar testemunho. E o apóstolo diz que Jesus era a verdadeira Luz que ilumina todos os homens que vêm à Terra. E Jesus estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, ele estava entre os seus e os seus não o reconheceram.

Precisamos distinguir aqui entre JESUS, o homem, e o CRISTO, a força divina que impregna todas as coisas, todos os seres.

JESUS é um espírito humano, com uma evolução incalculável à nossa dianteira. Foi ele quem criou este globo terráqueo (senão todo o sistema solar). Ele mesmo, Jesus - habitante elevadíssimo de algum planeta divino - (na casa de meu Pai há muitas moradas, Jo. 14:2) teve o encargo de criar mais um planeta no Universo infinito.

Assim como determinamos a uma criança que, de um pedaço de madeira, faça uma espátula; ou encarregamos a um mestre de obras a construção de uma casa; ou solicitamos de um engenheiro a construção de uma máquina eletrônica; assim Jesus foi o encarregado de construir um planeta. E ele o fez.

Não num abrir e fechar d’olhos, como num passe de mágica; nem sozinho, mas com auxiliares diretos seus arquitetos divinos e de força transcendente.

A Bíblia, no Gênesis, confirma isso, quando diz que o mundo (a Terra) foi feita pelos "Elohim". A palavra hebraica “Elohim” é o plural de “elohá”, e exprime os espíritos. Todos os “Elohim” estavam sob a direção de um Espírito-Chefe, que o Velho Testamento chama “Jeová” (YHVH).

Esse espírito Jeová foi o construtor ou criador da Terra; ele agora estava na Terra, a Terra foi feita por ele, e os seus não o reconheceram. Vemos uma semelhança entre Jeová e Jesus; Jeová, o Espírito diretor das atividades da Terra, tomou o nome de Jesus quando reencarnou em nosso, melhor, em SEU planeta.

Leia-se o que está escrito em Isaías, quando esse profeta fala ao povo israelita: EM TI NASCERÁ JEOVÁ. (Is. 60:2 – “...mas sobre ti levante-se Iahweh e sua gloria aparece sobre ti...”).

Além disso, se dividirmos ao meio o tetragrama sagrado (YHVH), e no centro acrescentarmos um “schin”, a leitura será exatamente o nome YEH-SH-UAH, ou seja, JESUS em hebraico: (“׳תות - ׳תשות”).

Ele veio entre os seus, e os seus não o receberam. Realmente, todos nós, na Terra, pertencemos a ele, que nos veio trazendo desde o início da evolução, acompanhando nossos passos com carinho e amor.

E o apóstolo prossegue: deu o poder de tornar-se (reconhecerem-se) filhos de Deus a todos os que o receberam e acreditaram em seu nome. Não por causa de privilégios, mas por evolução própria, veremos ainda expressão "filho de", muitíssimo usada na Bíblia, é um hebraísmo que exprime o ser, que possui a qualidade do substantivo que se lhe segue. Por exemplo: filho da paz; é o pacifico; “filho da luz” é o iluminado; então, "filho de Deus" é o ser que se divinizou, que se tornou participante da Divindade, que conseguiu ser um com o Pai. E todos os que nele acreditam e obedecem a seus preceitos, tornam-se divinos: eu e o Pai viremos e NELE faremos morada. (Jo. 14:23. – “respondeu-lhes Jesus: se alguém me ama guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada”).

Aí reside o segredo de a criatura tornar-se divina.

Mas esses seres que se divinizaram, não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. São três expressões claras: o sangue, a carne, o homem. Desses três não depende o tornar-se divino. O sangue exprime a alma, ou corpo astral, ou períspirito, conforme se lê “a alma da carne é o sangue” (Lev. 17:11 – “ porque a vida da carne está no sangue e este sangue eu vo-lo tenho dado para fazer o rito de expiação sobre o altar pelas vossas vidas, pois é o sangue que faz expiação pela vida); a carne representa o corpo físico, a matéria densa, acompanhada.

Logicamente do duplo eterico; o homem simboliza o intelecto. Essas são as partes constituintes da PERSONALIDADE. E realmente não depende da personalidade o encontro com Deus, e sim da INDIVIDUALIDADE SUPERIOR. Tornam-se unidos a Deus aqueles que já vivem na individualidade, embora ainda encarcerados na matéria, presos à personalidade inferior e transitória da carne.

Continua o evangelista a explanar o mesmo assunto: o Verbo se fez carne e construiu seu tabernáculo dentro de nós (verifique-se o sentido do original grego: (EN µ).

Precisamente o grande mistério revelado: o CRISTO, em que se transformou o Verbo, reside DENTRO de cada um de nós, dentro de nossa matéria, de nossa carne: o Verbo se tornou carne. E espera que vamos ao encontro dele, que nele acreditemos, porque ele aí está, cheio de graça e de verdade, ou seja, cheio da verdadeira graça que é a benevolência (хαρις) e o amor.

A glória do CRISTO dentro de cada um de nós ainda não se manifesta exteriormente, por causa de nossa imperfeição: somos como lâmpadas poderosíssimas e acesas, mas revestidas de grossa camada de lama, que não deixa transparecer a luz que existe internamente. Em Jesus, não: a limpeza era absoluta, sua transparência era mais límpida que a do mais puro cristal imaginável, e a luz interna do CRISTO era totalmente visível, a tal ponto que Paulo pôde escrever: nele habitava TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE. (Col. 2:9 – “ pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade). Por isso foi Jesus chamado "O CRISTO", e dele disse o evangelista:

Nós contemplamos a sua glória, glória IGUAL A DO FILHO UNIGÊNITO DO PAI, ou seja, a glória de Jesus era igual à glória do Cristo Eterno, Filho de Deus, terceiro aspecto da Divindade.

Não podemos, pois, condenar aqueles que, durante tantos séculos, adoraram e adoram a Jesus como Deus: sim, Jesus é a manifestação plena da Divindade. Em todas as criaturas reside Deus no mesmo grau, mas em nós, imperfeitos, Deus se acha encoberto por nossa personalidade vaidosa; em Jesus, todavia, perfeitíssimo como era, o Cristo Eterno transparecia com assombrosa pureza. E todos os que tinham olhos de ver, reconheceram essa manifestação cristica.

Não viram Deus EM SI, ou seja, o ESPÍRITO ABSOLUTO. O próprio evangelista esclarece: Ninguém jamais viu Deus. Mas o Filho Unigênito (o Cristo), que está no seio do Pai o revelou, manifestando-se em Jesus. E está conclamando todos os homens para que o revelem. Paulo o descreve com palavras sentidas: o Espirito vem em auxílio de nossa fraqueza... e intercede por nós com gemidos indizíveis. (Rom. 8:26 – “assim também o espírito socorre nossa fraqueza, pois não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio espirito intercede por nós com gemidos inefáveis).

João Batista reconhecia que Jesus era maior e anterior a ele, Mas assim como em Jesus “habitava” toda a plenitude da Divindade, assim também NÓS TODOS recebemos de sua plenitude. Deus não faz acepção de pessoas. Dá tudo a todos igualmente. Mas cada um recebe de acordo com sua capacidade receptiva, com sua evolução.

Isto também afirma o evangelista: De sua plenitude TODOS NÓS recebemos, e GRAÇA POR GRAÇA. Sem dúvida, a cada passo que damos, aumentamos nossa capacidade evolutiva, ao que corresponde um acréscimo da manifestação divina em nós: a cada aumento do recipiente corresponde um pouco mais de conteúdo. Assim conosco: todos nós recebemos DE SUA PLENITUDE, mas GRAÇA POR GRAÇA.

Chegando ao fim desse introito sublime, o evangelista acrescenta mais uma pérola: porque a Lei foi dada por Moisés, mas a Graça e a Verdade vieram por Jesus, o Cristo. Não vamos perder de mira que Graça (em grego charis) exprime o sentido de benevolência, boa vontade (querer bem). Nem podemos esquecer de que a construção grega “graça e verdade” pode formar uma hendíades. Então, o sentido que, legitimamente, pode deduzir-se daí é o seguinte: A LEI foi revelada por Moisés. (a Lei de Causa e Efeito= dente por dente), mas a VERDADEIRA BENEVOLÊNCIA veio com Jesus o Cristo, que nos ensinou a misericórdia, isto é, o segredo para libertar-nos dessa Lei.

Realmente, Moisés foi o Legislador para a personalidade humana, estabelecendo numerosas restrições e proibições. Jesus foi o Legislador divino para a individualidade eterna, estabelecendo as bases para o contato do homem insignificante com o Cristo, da criatura com o Criador, na gloriosa liberdade dos Filhos de Deus. (Rom. 8: 21 –“ dela também era libertada da escravidão da corrupção para entrar na liberdade da gloria dos filhos de Deus), porque ’onde há o Espirito de Deus, aí há liberdade. (2 Cor. 3:17 – “pois o senhor é o espirito, e onde se acha o espírito do Senhor aí está a liberdade).

Em todos os capítulos, em todas as palavras dos Evangelhos, encontramos chamamentos angustiosos do Cristo, para que o homem siga seu caminho infinito ao encontro do Pai.

E além das palavras, encontramos o magnífico exemplo de Jesus, nosso irmão primogênito, que segue à nossa frente, indicando-nos o caminho com sua própria vida, com seus atos, com seu amor, ensinando-nos que só no AMOR, semelhante ao dele, podemos encontrar a rota definitiva: um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros TANTO, QUANTO eu vos amei. (Jo. 34:13 – “e oi que pedirdes em meu nome eu o farei a fim de que o Pai seja glorificado no filho).

Como fecho sublime do introito, a frase lapidar: Ninguém jamais viu a Deus: O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou. Na realidade. Deus, o Pensamento ou Mente Universal, é invisível: é uma Força, é a Vida, é o Amor, é a Substância e a Essência de todas as coisas que existem. Ninguém pode vê-lo no sentido do verbo grego (oráo), ou seja, contemplar com os olhos.

O Filho Unigênito é o CRISTO, o terceiro aspecto da Divindade, o produto do pensamento divino, que se encontra em todas as coisas. O evangelista esclarece: que está no seio do Pai, o que é lógico: assim como o Pai (o Verbo) está com Deus, está em Deus e é Deus (vers., 1 –“no princípio era o verbo e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus), assim também o Filho (Cristo) está com o Pai, está no Pai, e é o Pai (cfr.: "eu e o Pai SOMOS UM", Jo. 10:30; e Eu estou NO Pai e o Pai está EM mim, Jo. 14:11). São apenas ASPECTOS (não pessoas.) De UM SÓ DEUS, de UMA SÓ FORÇA CÓSMICA.

Então, o FILHO ou CRISTO, que está em todos e em tudo, é que revela, ensina, explica. (Grego exegésato...) o que seja DEUS. Sua Manifestação, por intermédio de Jesus, veio trazer-nos a verdadeira benevolência de Deus em relação a nós, seus filhos, para convidar-nos a voltar a ser UM com Ele.

Fonte de Estudo

Carlos Torres Pastorino

Bíblia de Jerusalém

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