sexta-feira, 16 de outubro de 2020

VIDÊNCIA

 

VIDÊNCIA

A vidência comparece como uma faculdade especialmente propícia à comprovação da realidade do Espírito, não só por ser muito comum, entre médiuns espíritas e não espíritas, como, em CASOS de sensibilidade mais avançada, ensejar percepções e relatos claros e minuciosos. Tais relatos, coincidentes entre si, em todos os lugares e em quase todos os tempos, mostram que os Espíritos se apresentam como se encarnados estivessem, com todas suas características físicas e psicológicas, de modo a não deixarem dúvida sobre sua identidade. E isso, obviamente, só se verifica porque existe o períspirito a plasmar formas ou aparências, possibilitando distinguir-se perfeitamente os fenômenos de vidência dos de clarividência, uma vez que estes últimos já dizem mais com as potencialidades do superconcentre. Observe-se, aliás, que, normalmente, a clarividência-vidência precognitiva - ocorre simultaneamente com a clariaudiência, também relacionada com as dimensões superiores da consciência. (Já a vidência retrocognitiva -acompanhada, ou não, da audiência -, percepção de imagens relacionadas com o passado de determinadas pessoas, encarnadas ou desencarnadas — comum, aliás, no processo de psicografia de romances mediúnicos, ou na fase que o precede —, pode ser tecnicamente aceita como simples fenômeno de vidência). A vidência, propriamente, pode apresentar-se de forma ativa, em que o sujeito se projeta e percebe o mundo espiritual, ou passiva, em que recebe a Imagem em sua mente, como num processo telepático comum. A vidência ativa pode ocorrer na forma de uma vidência exterior objetiva), em que o sensitivo capta a ocorrência espiritual como normalmente percebe qualquer objeto do mundo físico que o rodeia, ou como vidência interior (subjetiva), em que as imagens se sucedem na intimidade da mente, sem a sensação que uma percepção em nível tridimensional pode realmente produzir. Esse tipo de percepção (vidência subjetiva) marca particularmente os fenômenos de vidência passiva (em que, aliás, não é incomum - ressalte-se - às "imagens significarem apenas projeções do subconsciente ou do subconsciente profundo). 

Fonte:

Períspirito - Zalmino Zilmmermann

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