VIDÊNCIA
A vidência
comparece como uma faculdade especialmente propícia à comprovação da realidade
do Espírito, não só por ser muito comum, entre médiuns espíritas e não
espíritas, como, em CASOS de sensibilidade mais avançada, ensejar percepções e
relatos claros e minuciosos. Tais relatos, coincidentes entre si, em todos os
lugares e em quase todos os tempos, mostram que os Espíritos se apresentam como
se encarnados estivessem, com todas suas características físicas e
psicológicas, de modo a não deixarem dúvida sobre sua identidade. E isso,
obviamente, só se verifica porque existe o períspirito a plasmar formas ou
aparências, possibilitando distinguir-se perfeitamente os fenômenos de vidência
dos de clarividência, uma vez que estes últimos já dizem mais com as potencialidades
do superconcentre. Observe-se, aliás, que, normalmente, a
clarividência-vidência precognitiva - ocorre simultaneamente com a
clariaudiência, também relacionada com as dimensões superiores da consciência.
(Já a vidência retrocognitiva -acompanhada, ou não, da audiência -, percepção
de imagens relacionadas com o passado de determinadas pessoas, encarnadas ou
desencarnadas — comum, aliás, no processo de psicografia de romances
mediúnicos, ou na fase que o precede —, pode ser tecnicamente aceita como
simples fenômeno de vidência). A vidência, propriamente, pode apresentar-se de
forma ativa, em que o sujeito se projeta e percebe o mundo espiritual, ou
passiva, em que recebe a Imagem em sua mente, como num processo telepático
comum. A vidência ativa pode ocorrer na forma de uma vidência exterior
objetiva), em que o sensitivo capta a ocorrência espiritual como normalmente percebe
qualquer objeto do mundo físico que o rodeia, ou como vidência interior
(subjetiva), em que as imagens se sucedem na intimidade da mente, sem a
sensação que uma percepção em nível tridimensional pode realmente produzir.
Esse tipo de percepção (vidência subjetiva) marca particularmente os fenômenos
de vidência passiva (em que, aliás, não é incomum - ressalte-se - às "imagens
significarem apenas projeções do subconsciente ou do subconsciente
profundo).
Fonte:
Períspirito -
Zalmino Zilmmermann
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