GLÂNDULA
PINEAL, ALGUNS APONTAMENTOS
(“André Luiz é o nome atribuído pelo médium e filantropo brasileiro Francisco Cândido Xavier a um dos espíritos mais frequentes em sua obra psicografada.
André Luiz teria sido um médico, famoso sanitarista no Rio de Janeiro em
sua última encarnação e muitas das obras psicografadas atribuídas a ele possuem diversas
informações biológicas complexas. Um artigo publicado na revista científica Neuroendocrinology
Letters em 2013, cientistas brasileiros compararam o conhecimento médico recente com doze obras psicografadas por
Chico Xavier atribuídas a André Luiz, identificando nelas várias informações
corretas altamente complexas sobre a fisiologia da glândula pineal e que só puderam ser confirmadas cientificamente cerca de 60 anos
após a publicação das obras. Os cientistas ressaltaram que o fato de que o
médium possuía baixa escolaridade e não era envolvido no campo da saúde levanta questões profundas
sobre as obras serem ou não fruto de comunicação espiritual”
Particularmente eu sou contra a postagem de alguns artigos devido à
complexidade que envolvem bem coo termos, médicos muitas vezes
desconhecidos”.).
Mas:
·
Nosso grupo possui dois médicos clinicando há
mais de 40 anos;
·
E três jovens médicos formados há pouco tempo.
·
Portanto sou voto vencido; e lembro que nosso
“lema” é cada crente com sua crença e cada descrente com sua descrença;
·
Cabe a eles durante o estudo explicar detalhadamente
ao grupo, muitas vezes a exaustão;
·
Poderíamos ter resumido o estudo a explicações
mais acessíveis e populares, mas como disse sou voto vencido
No
século XVII, Descartes ensinava que a glândula pineal ou epífise era a sede da
alma, no entanto, até bem pouco tempo, essa estrutura cerebral era considerada
simplesmente como um órgão vestigial, um resquício do fotorreceptor dorsal ou
terceiro olho presente em certos vertebrados inferiores.
Conhecida
das religiões orientais, ela era particularmente festejada entre os Indus como
a flor de mil pétalas, um dos elementos orgânicos primordiais que faz a ponte de
ligação com o chacra coronário.
Mas,
foi somente a partir de 1945, com o lançamento do livro Missionários da Luz,
recebido pelo médium Chico Xavier, que tivemos mais amplas revelações quanto às
funções da epífise no complexo mente-corpo-espírito. Nele, o autor espiritual,
André Luiz, pseudônimo de respeitado médico, sanitarista e cientista do início
do século, falecido no Rio de Janeiro, expressando-se na condição de repórter e
pesquisador do além, explica as funções, até então desconhecidas, da pineal.
Não
se trata de órgão morto, mas poderosa usina, esclarece). Estas e outras
informações preciosas podem ser resumidas em cinco itens:
1)
A epífise segrega hormônios psíquicos ou
unidades-forças que controlam as glândulas sexuais e todo o sistema endócrino.
Na puberdade, acorda no organismo do homem as forças criadoras. Aos 14 anos,
aproximadamente, deixa a ação frenadora que exercia durante o período infantil
e recomeça a funcionar como fonte criadora e válvula de escapamento. A partir
da adolescência promove, portanto, a recapitulação da sexualidade, faz com que
a criatura examine o inventário de suas paixões vividas em outras existências,
que reaparecem, sob fortes impulsos. Tanto os cromossomos da bolsa seminal como
os do ovário recebem sua influência direta e determinada.
Desse modo, sua posição na experiência sexual
é básica e absoluta.
2) Preside
os fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão do corpo
etéreo.
3) Comanda
as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade, graças à sua
ligação com a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital.
4) Supre
de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos.
5) É
a glândula da vida mental, uma das principais expressões físicas do chacra
coronário, o mais importante centro vital do psicossoma ou corpo espiritual,
instalado no diencéfalo.
Como
vemos, em 1945, André Luiz revelou funções extremamente especializadas e
importantes da pineal na economia orgânica, não suspeitada ainda pela pesquisa
médica terrestre e foi além, afirmando que estamos plugados a outras dimensões
da vida, através dela.
Durante
a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento, entram
em jogo vibrações sutilíssimas, não detectadas por aparelhos comuns. A
Providência Divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a uma ervilha e
com o formato de um pínus, que não pesa mais de 100 mg, de uma extraordinária
potencialidade laboratorial que permite traduzir estímulos psíquicos em reações
de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato
com o mundo espiritual - que é eterno, primitivo, preexistente.
A
DÉCADA DE 1960
Todas
essas revelações obtidas pela mediunidade de Chico Xavier, poderiam parecer
absurdas até o final da década de 1950, uma vez que os tratados de endocrinologia,
até essa época, reconheciam apenas um pequeno papel da pineal: sua atividade
frenadora da sexualidade infantil; ela seria, então, um órgão vestigial,
praticamente destituído de função. Contribuiu muito para esta conclusão
depreciativa da função pineal, o fato radiologicamente observável de que no
homem ela se calcifica a partir da segunda década da vida. Assim, por muito
tempo asseverou-se que as mudanças degenerativas começavam a ocorrer em sua
estrutura logo após a puberdade e eram progressivas no curso da vida.
Foi
somente a partir de 1958, com as descobertas de Aaron Lerner e seus colegas da
Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que identificaram a estrutura de um hormônio
próprio da pineal, a melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina),
que os conceitos tradicionais sobre a epífise começaram a sofrer contínuas
modificações.
PECULIARIDADES
A
epífise é uma estrutura epitalâmica, faz parte, como a habênula (Do latim Habenula, diminutivo Habena,
tira, correia, rédea. A imagem do corpo pineal e das habênulas sugeriu, na
Grécia antiga, o formato da cabeça de um cavalo e as rédeas, visualizadas pelo
cavaleiro.), do epitálamo, um dos componentes do diencéfalo. Embriologicamente,
ela procede de uma evagmação do teto diencefálico. Há apenas um par de nervos
associados ao conjunto tálamo, hipotálamo e epitálamo (diencéfalo): os nervos
ópticos. Na realidade, esses são tratos de fibras que unem as retinas ao
cérebro.
A
localização da pineal confirma o cuidado que a Natureza dispensa às estruturas
nobres: está situada praticamente no eixo mediano do encéfalo e é extremamente
bem protegida.
Em
formato de cone, não pesa mais do que 100 mg no homem; pelo que se conhece até
o momento, é inervada exclusivamente pelo sistema nervoso autônomo, por fibras
nervosas simpáticas pós-ganglionares que se originam dos gânglios cervicais
superiores, entrando nela ao longo dos espaços perivasculares, percorrendo,
assim, toda sua superfície.
Pesquisas
recentes levam a supor que a pineal não esteja conectada por fibras nervosas
aferentes ou eferentes com nenhum outro centro do próprio cérebro. Em muitas
espécies de mamíferos, no entanto, algumas fibras derivadas da parte posterior
da comissura habenular têm sido detectadas entrando na pineal, em sua parte
rostral. Observou-se, porém, que a maior parte dessas fibras são aberrantes
fibras comissurais que se encurvam, deixando a glândula para entrar do outro
lado da comissura da qual elas se derivam.
Essas
aberrantes fibras comissurais oriundas da região habenular (epitalâmica)
atravessam, portanto, o corpo pineal sem estabelecer sinapses.
Até
o momento, pode-se afirmar que a epífise é ricamente inervada por fibras
nervosas simpáticas pós-ganglionares, cujas células de origem estão nos
gânglios cervicais superiores e que chegam a ela acompanhando os vasos que a
irrigam. Uma vez dentro da glândula, os nervos simpáticos terminam
principalmente nos espaços intersticiais e só algumas terminações nervosas o
fazem encostadas às próprias células pineais (pmealócitos). Tal disposição
permite que as substâncias neuro-humorais liberadas por essas terminações
nervosas simpáticas se difundam aos pinealócitos, através do espaço
intersticial. A sua vascularização é feita por ramos da artéria cerebral
posterior que formam uma extensa rede capilar no parênquima da glândula. Esta
rede capilar, cujo endotélio é fenestrado, como acontece com as glândulas
endócrinas, está em contato com o espaço intersticial. Desse modo, os
pinealócitos descansam sobre uma membrana basal que permanece em contato com o
espaço intersticial, este, por sua vez, está em contato com a membrana basal
capilar e o endotélio capilar fenestrado. Essa disposição anatômica permite a
regulação das células renquimatosas pineais pelo sistema nervoso vegetativo.
Estudos
realizados na década de 1960 demonstraram que apesar de ter a pineal perdido a
capacidade de receber impulsos luminosos diretos e de gerar respostas diretas à
luz, como acontece nos vertebrados inferiores, ela evoluiu para uma nova
estrutura composta por um novo tipo de célula, o pinealócito, que recebe uma
nova inervação, já descrita acima, que lhe confere a capacidade de sintetizar a
melatonina, seu hormônio principal. Demonstrou-se, por outro lado, que a
calcificação, presente em praticamente todo indivíduo adulto, não interfere na
função pineal, porque a produção circadiana de melatonina não sofre alteração
com a idade dos indivíduos adultos pesquisados.
Tudo
indica que a diminuição da taxa de melatonina nos idosos esteja ligada a outros
fatores, porque constatou-se que em animais velhos que não sofrem esse processo
de calcificação ela também diminui.
TRANSDUTOR
NEUROENDÓCRINO
Como
vimos, a pineal de vertebrados inferiores difere acentuadamente em aparência e
serve a diferentes funções daquela dos mamíferos. Em vertebrados de sangue
frio, ela é primariamente um órgão fotorreceptor e é de considerável evidência
que ela esteja ligada à rápida adaptação da coloração da pele pela qual muitos
desses animais respondem a mudanças da iluminação ambiental.
Assim,
em anfíbios, ela age como um fotorreceptor: traduz energia luminosa dos fótons
em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro ao longo das cadeias
neurais.
Em
muitas espécies de sangue frio, ela diferencia-se em duas partes distintas:
·
um componente intracraniano, o órgão pineal
propriamente dito,
·
e um componente extracraniano, o
parietal ou frontal, que se exterioriza e aparece na cabeça desenvolvida, logo
abaixo da pele ou das escamas da cabeça. Em alguns lagartos, o órgão parietal é
extremamente especializado, como uma lente, o terceiro olho.
A
pineal de mamíferos, a despeito de sua estrutura simples, mantém a sua dupla
origem, mas perdeu sua atividade fotorreceptora primitiva. Não responde mais
diretamente à luz e nem envia impulsos nervosos ao cérebro, mas transformou-se
em órgão secretor, desenvolvendo estruturas apropriadas para um novo
relacionamento com a luz ambiental e com o próprio organismo. A evolução da
pineal está associada a essa perda da função fotorreceptora direta.
Estudos
realizados com a Taipa (Taipa Europaea - gênero mamífero da
família Talpidae.Estádistribuídoprincipalmentena Europa e Ásia ocidental)
adulta demonstraram que os fotorreceptores rudimentares e os pinealócitos dos
Amniotas atuais derivam, por vias divergentes, de células fotorreceptoras ancestrais
presentes nos répteis primitivos.
Pelo
menos três grandes mudanças estruturais ocorreram no desenvolvimento filogenético
da pineal dos mamíferos:
1)
Um novo tipo de célula apareceu: a
parenquimatosa da pineal. Nela, as organelas especializadas em foto recepção
foram substituídas por um abundante reticulum endoplásmico, mais condizente com
sua função secretora.
2)
Um novo e único padrão de inervação,
demonstrado por Kappers .
Com
esse novo tipo não envia mais mensagens diretas ao cérebro, nem as recebe
diretamente. Não há um trato epitalâmico-epifisário, homólogo do trato
hipotalâmico hipofisário. A pineal recebe as fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares
que terminam na vizinhança ou diretamente sobre as células parenquimatosas.
3)
Uma porção do trato óptico, contendo
fibras cujos corpos celulares estão na retina, divergiu para formar um feixe
nervoso especial - o trato óptico acessório inferior – que carreia o impulso
luminoso para a pineal, através dos gânglios cervicais superiores.
Todas
essas mudanças estruturais permitiram à pineal dos mamíferos comportar-se como
transdutor neuroendócrino: suas células recebem um impulso de sinais químicos,
provavelmente sob a forma de norepinefrina (hormônio
produzido pelas glândulas suprarrenais que é liberado na corrente sanguínea
para transmitir sinais nervosos que ajudam a regular funções cerebrais
importantes como humor, concentração, atenção e memória
)de seus nervos simpáticos e respondem secretando uma família de hormônios, os
methoxindóis (hormônio), dos quais o protótipo é a melatonina.
Os
pinealócitos são em verdade células secretoras. Seus produtos são lançados
dentro dos capilares sanguíneos, através dos espaços intersticiais e das
paredes capitalares endoteliais que, em muitas espécies, é fenestrada, alcançando,
então, a circulação sistêmica. Como pinealócitos são embriologicamente
derivados do neuroepitelium e seus produtos são lançados na corrente sanguínea,
fica assim configurada a atividade neuroendócrina da epífise.
Embora
não mais responda diretamente à luz ambiental, toda sua função é regulada por
ela, através de uma rota neural indireta. Tem-se observado que o seu principal
hormônio, a melatonina, varia de acordo com o ritmo circadiano. Uma provável consequência
desse ritmo seja prover o corpo de um sinal de tempo circulante.
BIOQUÍMICA
Em
1958, com a descoberta da melatonina (5 methoxy, Nacetyl tryptamina), hormônio da
epífise, identificado por Lerner e seus colegas da Universidade de Yale, essa
glândula, antes considerada apenas como órgão vestigial, elevou-se no contexto
da Ciência do século XX. Pela primeira vez, uma substância pineal pura poderia
ser estudada em sua síntese e metabolismo, bem como em seus efeitos sobre
animais de pesquisa.
Logo
depois da descoberta de Lerner, Axelrod e Weissbach, trabalhando no National
Institute of Health, examinaram os caminhos bioquímicos através dos quais a
melatonina é sintetizada e identificaram a hydroxyindol- O- methyl transferase
-
Enzima que catalisa especificamente
a transferência de radicais ou de funções químicas de um doador para um
receptor (LHOMT), uma enzima que produz a da
N-acetilserotonina, o precursor imediato dela.
O
amino-ácido-triptofano, seu precursor circulante, é retirado de dentro das
células pineais e oxidado a 5-hidroxitriptofano e depois decarboxilado para
formar a Amina biogênica, a serotonina. Altíssimas concentrações de serotonina são
encontradas na pineal da maior parte dos mamíferos: cerca da metade situada nas
terminações nervosas simpáticas, enquanto o restante nas células
parenquimatosas.
Parte
da serotonina é provavelmente metabolizada pelo mono-aminoacido para produzir 5
hydroxi e 5 metroxindol ácido acético, enquanto outra fração é primeiro
n-acetilada e subsequentemente O-metila dá para formar melatonina. Tem-se constatado
que a HIOMT é encontrada apenas na pineal.
A
exposição de ratos a quantidades variáveis de luz produz mudanças na atividade
da enzima metiladora (HIOMT) que refletem alterações paralelas na síntese e
secreção da melatonina.
Wurtman,
Axelrod e Chu (1963) foram os primeiros a demonstrar que a melatonina age como
um hormônio: injetaram diariamente, em ratas, quantidades dessa substância, e
esta retardou, significativamente, o crescimento dos ovários. Como os mamíferos
vivem em um ambiente caracterizado por um período de luz e outro de escuridão,
tem-se verificado que a produção de melatonina varia de acordo com o ritmo
circadiano e ao que tudo indica ela dá ao corpo um sinal de tempo circulante,
isto é, ela insere o homem no mundo da terceira dimensão. Mas também lhe dá a
possibilidade de se comunicar com a quarta, já que é a glândula da vida mental.
J.
Ariens Kappers, A. R. Smith e R. C. De Vries (1972) trabalhando no Netherlands
Central Institute For Brain Research, em Amsterdam constataram, na pineal de
coelhos, a presença de pmealócitos amarelos, auto fluorescentes e
não-fluorescentes, e demonstraram que a mesma célula, o pinealócito, é capaz de
estocar sob a forma de grânulo um componente da serotonina não-fluorescente e
um outro fluorescente. Tiveram oportunidade de provar, inclusive, que o ritmo
diuturno dos pinealócitos não fluorescentes persiste mesmo quando o animal
permanece em escuridão. Smith concluiu experimentalmente que a substância auto
fluorescente é, na verdade, uma proteína que contém grande quantidade de
triptofano, e foi mais além, constatando a presença dessa mesma substância nos
neurônios de dois núcleos hipotalâmicos: núcleo arqueado e parte baso-lateral
do núcleo ventromedial. Detectou, igualmente, a presença da substância não fluorescente
nesses mesmos núcleos.
Para
determinar a influência da pineal sobre o hipotálamo, Smith trabalhou com
animais que foram castrados, dos quais se retirou a pineal; outros, dos quais
se retirou a glândula, mas se fez substituição usando extrato pineal de ratos
ou de carneiros e com administração de p-cloro fenilalanina (pCPA).
Hoje,
os pesquisadores já não indagam mais; para que serve a pineal?; eles trabalham
exaustivamente para detectar quais os órgãos sobre os quais a melatonina atua e
seu grau de influência sobre eles, bem como sobre a economia orgânica em geral.
CRONOBIOLOGIA,
SONO, ENVELHECIMENTO
Muitos
estudos foram feitos para determinar, no homem, quais os efeitos da luz sobre a
produção de melatonina. Concluiu-se que a luz do sol ou uma forte luz
artificial determina a supressão da secreção de melatonina. Normalmente, o
organismo tem um padrão constante de atuação em que há altos níveis de secreção
da melatonina à noite e baixos durante o dia. A luz exerce, portanto, papel
primordial na regulação do hormônio pineal e atua em ciclos de 25 ou 26 horas.
Os estudos cronobiológicos de Wurtmann a respeito da melatonina levaram,
inclusive, à utilização da luz artificial intensa para alguns casos de
depressão, com bons resultados.
O
escuro influencia, portanto, elevando a taxa de produção da melatonina. É
possível que, intuitivamente, o homem sempre soubesse disso, porque desde
tempos imemoriais, desde as cavernas primitivas, ele tem procurado realizar
seus intercâmbios com o outro lado da vida em ambientes muito pouco iluminados.
Mas
não somente a luz, também o polo magnético da Terra tem influência direta sobre
o seu funcionamento.
Foi
demonstrada a variação de melatonina conforme as estações do ano, sua
influência na reprodução sazonal dos animais e nos fenômenos de hibernação. No
homem está também presente em variação sazonal.
Nos
velhos, há uma redução dessa produção hormonal, mas os pesquisadores não
acreditam que esteja relacionada com a calcificação, mas a outros fatores.
A
produção máxima de melatonina é alcançada durante o sono e coincide com os
períodos de maior escuridão.
Observou-se
que pacientes com jet-lag-(distúrbio dos que viajam de avião) - têm desordens
dos ritmos circadianos, com perturbação nos níveis de produção da melatonina: picos
em horários anormais e falta de sincronização. Há, nesses casos, um distúrbio
do sono, da fadiga, da capacidade de concentração etc.
SISTEMA
IMUNOLÓGICO, CÂNCER E ESTRESSE
Sabe-se
que o sistema imunológico apresenta ritmo circadiano e sazonal no cumprimento
de suas funções, o que indica que ele, provavelmente, tem sua atividade
regulada pela pineal. Já se constatou essa dependência em experiências com
animais.
Do
mesmo modo, verificou-se que a retirada da pineal provoca um crescimento do
tecido do tumor canceroso, enquanto que a administração de melatonina produz o
efeito contrário. Sobretudo no câncer de mama, parece que a secreção baixa de
melatonina pode influir no seu desenvolvimento.
Tudo
indica que ela também tenha um papel no estresse. Já se constatou relação
direta entre níveis de produção de melatonina com fadiga e sonolência em
indivíduos submetidos à constante privação do sono e de informação quanto ao
período claro escuro.
Em
ratos pineais atomizados (privados da pineal) houve indução da hipertensão arterial
que foi bloqueada com a administração de melatonina. É provável também a sua
influência nas alterações da mielina e glaucoma.
Há
ainda relatos de influência da epífise em doenças neurológicas - epilepsia,
doença de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica - e em distúrbios endócrinos
- síndrome de Turner, hipogonadismo etc.
EFEITOS
DA MELATONINA SOBRE A FUNÇÃO GONADAL
Para
Reiter, a epífise tem ação determinante na sincronização da atividade
reprodutora sazonal dos animais, garantindo a reprodução no período certo do
ano.
No
homem, os methoxindóis, a família de hormônios produzidos pela pineal, influem
sobre diferentes aspectos da função gonadal. E natural que seja assim, porque
ela é a responsável pela adaptação do organismo a todos os eventos cíclicos
ambientais. Regula, portanto, todas as funções fisiológicas necessárias à
adaptação dos indivíduos às variações sazonais.
A
administração repetida de melatonina em ratos jovens retardou o crescimento das
gônadas e perturbou o ciclo ovulatório. As pesquisas sugerem que a ação do
hormônio pineal é exercida, pelo menos em grande parte, em nível hipofisário,
interferindo na secreção de gonadotrofinas. Com a administração de pequenas
doses intraperitomais de melatonina em ratos, conseguiu-se elevar a quantidade
de serotonina do mesencéfalo e do hipotálamo. Essas mudanças no conteúdo
celular de serotonina nesses centros parecem indicar que a melatonina produz
seus efeitos sobre as gônadas por modificação na atividade desses neurônios.
Williams
não aceitava que a pineal exercesse um papel importante no organismo. Ele achava,
por exemplo, que o fato dos tumores pineais determinarem puberdade precoce
estava relacionado com a destruição direta do hipotálamo, que nesses casos.
Mas, os pesquisadores da década de 1960 não concordam com essa opinião e têm
uma grande quantidade de experimentos em apoio à ação gonadal exercida pela
epífise.
Como
vimos, as experiências de Smith evidenciaram que a pineal de ratos exerce
influência sobre os dois núcleos hipotalâmicos que estão envolvidos na produção
do hormônio latinizante (LH).
Outras
substâncias pineais demonstraram ação antigonadotrópica.
Reiter
e Fraschini (1969) descreveram efeitos da pineal sobre a adrenal do córtex
suprarrenal, a tireoide e a paratireoide. Nem sempre a sua atuação é bem
determinada.
Kappers
e outros constataram que ela é exercida no nível hipotalâmico. Esses
pesquisadores concluíram por suas experiências que o hipotálamo seja realmente
um centro-alvo (objetivo) mais generalizado dos componentes pineais, sendo
através dele que ela agiria sobre a adrenal do córtex suprarrenal e na tireoide.
Wurtmann
(1964) afirmou que a pineal não é essencial ávida, porque sem ela o animal
continua a ovular, copular, enfim, a viver uma vida normal, embora com alguma
perturbação do estro e de outras funções. Verifica-se que outros sistemas
entram em jogo, quando a pineal fracassa. Para Wurtmann, a pineal não seria o
primeiro motor, mas para Reiter ela é o regulador dos reguladores; para Quay,
um importante centro da homeostase geral (1972), provavelmente exercendo sua
ação no mais importante centro de integração do sistema vegetativo e do sistema
nervoso cérebro-espinhal: o hipotálamo.
Trabalhos
recentes mostraram a relação entre melatonina e anti-ovulação em mulheres
normais, em pacientes com amenorreia hipotalâmica e em atletas que tiveram
intenso treinamento físico.
No
homem, também ficou demonstrado que a melatonina atua tanto no desenvolvimento
das gônadas quanto na secreção de testosterona, o principal hormônio masculino.
CENTRO
DAS EMOÇÕES
Se
pudéssemos apontar para um centro das emoções no cérebro, esse centro seria o
hipotálamo.
Isto
significa apenas que é a este nível que os vários componentes da reação
emocional são organizados em padrões definitivos, afirma Marino jr. De fato, o
hipotálamo faz parte de um sistema complexo responsável pelo mecanismo que
elabora as funções emotivas, o sistema límbico de Maclean.
André
Luiz afirma que a epífise preside os fenômenos nervosos da emotividade. Já
vimos que dois núcleos hipotalâmicos sofrem a sua ação direta. Cremos que é uma
questão de tempo para a constatação científica dessa informação mediúnica.
Altschule
(1957), Eldred et ai (1961) e outros autores têm realizado importantes estudos
que demonstraram a ação benéfica de extratos pineais sobre alguns
esquizofrênicos.
Hartley
e Smith (1973), com os resultados de seus trabalhos na Escola de Farmácia da
Universidade de Bradford, Inglaterra, estão inclinados a admitir que nos casos de
esquizofrenia a HIOMT, enzima responsável pela sintetização da melatonina,
estaria agindo sobre substratos anormais, produzindo as substâncias implicadas
na moléstia.
Como
a enzima age em um ritmo circadiano, é possível que, na esquizofrenia, ela
trabalhe fora de fase com seu substrato, favorecendo uma transmetilação
anormal. Há indícios de implicação da pineal na etiologia dessa moléstia, mas
os estudos precisam avançar mais para que se chegue a uma conclusão definitiva.
André
Luiz, o médico desencarnado, afirma que a epífise é a glândula mestra, aquela
que tem ascendência sobre todo o sistema endócrino.
Neste
capítulo, citamos importantes pesquisadores que já detectaram a ação da
melatonina sobre a hipófise e o hipotálamo, estrutura nobre considerada, até o
presente, como responsável pelo sistema endócrino. Vimos também a ação gonadal
desse hormônio sobre a reprodução sazonal dos animais e em diversos distúrbios
endócrinos.
Wurtmann
lembrou muito bem que nenhuma glândula foi tão exaustivamente pesquisada como a
tireoide, no entanto, só muito recentemente foi detectada a tireocalciotonma,
hormônio tireoidiano de tão grande significado fisiológico. Com esse
apontamento, ele quis ressaltar o número ainda restrito de pesquisas sobre a
pineal, uma vez que elas só começaram em meados deste século, enquanto as
outras glândulas endócrinas já vinham sendo alvo de investigação há muitas
décadas. Na verdade, a pesquisa médica vai evoluir muito mais no próximo
milênio, não se pode esquecer que o períspirito ainda é um ilustre desconhecido,
e sua simples descoberta por parte da ciência oficial, com possibilidade de
investigação em laboratório contribuirá para a mudança definitiva do enfoque
materialista mecanicista em que ela está lastreada.
Aliás,
só se conhecerá o potencial integral da pineal com as pesquisas concomitantes
do psicossoma. A verdadeira usina de luz em que ela se transforma, durante o
fenômeno mediúnico, segundo descrição de André Luiz, só poderá ser detectada
por lentes que alcancem a quarta dimensão.
Quanto
à revelação de que ela é o centro das emoções, já vimos que é ainda o
hipotálamo como tal. Estudando, porém, o sistema límbico e suas conexões com a
habênula (epitálamo), e as inter-relações desta com a glândula pineal, não é
difícil prever que os aprofundamentos das pesquisas determinarão mais ampla
participação desta última no mecanismo das emoções.
O
autor espiritual relata ainda em seus estudos que a epífise comanda as forças
subconscientes sob a determinação direta da vontade. Ele entende como forças
subconscientes todo o arquivo da personalidade encarnada relativo a
experiências de outras encarnações, desde a fase pré-racional até os dias presentes.
Este assunto é tão amplo e importante que exigiria um outro capítulo muito mais
extenso do que este, inclusive com considerações psicanalíticas.
A
epífise supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos.
Aqui é útil ler que em outro livro - Evolução em Dois Mundos - André Luiz
introduz o conceito de bióforos, esclarecendo que são estruturas do corpo
espiritual presentes no interior da célula e com atuação marcante no seu
funcionamento. Como exemplo, ele cita os mitocôndrios que acumulam energias
espirituais sob a forma de grânulos e imprimem na intimidade celular a vontade
do espírito. Desse modo, todos os estados mentais felizes e infelizes
refletem-se sobre a economia orgânica.
CONCLUSÃO
Nos
mecanismos da mediunidade, destaca-se o papel primordial da pineal, denominada
pelos Espíritos de a glândula da vida mental, porque é através dela que todos
os fenômenos anímicos e espiríticos se produzem.
A
epífise é o centro das emoções; controla as glândulas sexuais e todo o sistema
endócrino; comanda as forças subconscientes; supre de energias psíquicas todos
os armazéns autônomos dos órgãos e é a glândula da vida mental. Essas
revelações feitas em 1945, só agora ser confrontadas, à medida que a ciência
médica avança em suas pesquisas para descobrir a influência da melatonina na
economia orgânica.
Durante
a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento,
entram em jogo vibrações sutilíssimas ainda não detectadas por aparelhos
comuns.
Como
já dissemos, a Providência Divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a
uma ervilha e com o formato de um pínus, que não pesa mais de 100 mg, de uma
extraordinária potencialidade laboratorial, que permite traduzir estímulos
psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado
em permanente contato com o mundo espiritual, que é eterno, primitivo,
preexistente.
Cremos
que esta é uma comprovação para o próximo milênio, como explicam os Espíritos:
·
O neurologista comum não a conhece
bem.
·
O psiquiatra devassar-lhe-á, mais
tarde, os segredos.
·
Os psicólogos vulgares ignoram-na.
·
Freud interpretou-lhe o desvio, quando
exagerou a influenciação da libido, no estudo da disciplina congênita da
Humanidade.
.
O
Espírito atua através do Espaço-Tempo, é ele que dá a forma, atua no espaço. A
pesquisa médica já sabe, hoje, que a pineal é a reguladora da cronobiologia,
dos ritmos biológicos; coordena no tempo a atividade do sistema reticular
ascendente, determina, portanto, se a pessoa está acordada ou dormindo, em
suma, se o Espírito está ligado, ou não, ao corpo, em períodos de vigília e
sono.
Na
verdade, a epífise seria a lente que concentra a mensagem do Espírito e o
tálamo o prisma que a distribui. A pineal captaria a luz do mundo externo, via
retina, e também estaria sob a influência do polo magnético da Terra e de
outros corpos celestes.
Nos
primórdios do desenvolvimento embrionário, o córtex é formado pela migração de
neuroblastos de forma radiada que saem das regiões epitalâmicas e vão ocupar
áreas nas zonas onde se instalará o córtex. Para que isso aconteça, é preciso
que o corpo físico receba estímulos físicos e químicos específicos. Acreditamos
que a pineal é o único sensório capaz de captar esses estímulos. Mesmo
protegida pelo líquido amniótico dentro do útero materno, durante a formação
fetal, mesmo encravada na caixa craniana, ela capta as ondas do espectro
eletromagnético, como as do próprio magnetismo. Com esses estímulos e os gerados
pelo Espírito reencarnante, via períspirito, ela é capaz de promover a correta
migração dos neuroblastos para a formação do córtex, é responsável, portanto,
pela indução da formação nas interpretativas conscientes do cérebro, as áreas
mais importantes da mente. Mais uma justa razão para denominá-la glândula da
vida mental.
Para
todas as funções corpóreas e espirituais entra em jogo um grande número de enzimas
ou fermentações. A melatonina e sua enzima HIOMT são fundamentais em inúmeras
reações do funcionamento orgânico, mas, principalmente, interferem no transe
mediúnico, no êxtase, nos estados alterados de consciência, inclusive no
hipnotismo, nas funções psíquicas e anímico espirituais.
O
potente alucinógeno 10 methoxyharmalan também deriva da melatonina, indicando o
papel relevante desse hormônio pineal nas psicoses, neuroses, doenças
obsessivo-compulsivas, obsessões etc.
Quanto
às ideoplastias, sabemos que o ser encarnado cria-as incessantemente pelo
pensamento, extravasando-o, através do corpo mental, que está profundamente imbricado
com o centro coronário do períspirito, o que equivale a dizer com a pineal, uma
de suas principais expressões somáticas. Tudo se passa como se ela fornecesse
ao Espírito morador a fôrma para a produção das ideoplastias e as vias para sua
distribuição, através do tálamo, e, ao mesmo tempo, pudesse captar as
produzidas pelos Espíritos desencarnados, em seu papel medianímico.
E
justo, portanto, que os profissionais espíritas da área da saúde procurem enfatizar,
o valor do pensamento e a importância da autodisciplina, baseada nas lições do
Cristo, em todas as oportunidades que se lhe oferecerem, porque, na verdade, só
o Bem constrói para toda a eternidade.
FONTES:
Obsessão
e Suas Máscaras;
Dra.
Marlene Nobre
Livros
de André Luiz psicografados por Chico Xavier
Missionários
da Luz;
Wikipédia;
FEB;
Artigos
de cientistas:
Gladstone
Wakely;
Kappers;
Kenny;
Romijin;
Wurtman;
Axelroad;
Kelly;
Dodt;
Pevetet
Collin;
Wurtman;
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