terça-feira, 1 de junho de 2021

GLÂNDULA PINEAL

 

GLÂNDULA PINEAL, ALGUNS APONTAMENTOS

(“André Luiz é o nome atribuído pelo médium e filantropo brasileiro Francisco Cândido Xavier a um dos espíritos mais frequentes em sua obra psicografada.

André Luiz teria sido um médico, famoso sanitarista no Rio de Janeiro em sua última encarnação e muitas das obras psicografadas atribuídas a ele possuem diversas informações biológicas complexas. Um artigo publicado na revista científica Neuroendocrinology Letters em 2013, cientistas brasileiros compararam o conhecimento médico recente com doze obras psicografadas por Chico Xavier atribuídas a André Luiz, identificando nelas várias informações corretas altamente complexas sobre a fisiologia da glândula pineal e que só puderam ser confirmadas cientificamente cerca de 60 anos após a publicação das obras. Os cientistas ressaltaram que o fato de que o médium possuía baixa escolaridade e não era envolvido no campo da saúde levanta questões profundas sobre as obras serem ou não fruto de comunicação espiritual” 

Particularmente eu sou contra a postagem de alguns artigos devido à complexidade que envolvem bem coo termos, médicos muitas vezes desconhecidos”.).

Mas:

·         Nosso grupo possui dois médicos clinicando há mais de 40 anos;

·         E três jovens médicos formados há pouco tempo.

·         Portanto sou voto vencido; e lembro que nosso “lema” é cada crente com sua crença e cada descrente com sua descrença;

·         Cabe a eles durante o estudo explicar detalhadamente ao grupo, muitas vezes a exaustão;

·         Poderíamos ter resumido o estudo a explicações mais acessíveis e populares, mas como disse sou voto vencido

 

No século XVII, Descartes ensinava que a glândula pineal ou epífise era a sede da alma, no entanto, até bem pouco tempo, essa estrutura cerebral era considerada simplesmente como um órgão vestigial, um resquício do fotorreceptor dorsal ou terceiro olho presente em certos vertebrados inferiores.

Conhecida das religiões orientais, ela era particularmente festejada entre os Indus como a flor de mil pétalas, um dos elementos orgânicos primordiais que faz a ponte de ligação com o chacra coronário.

Mas, foi somente a partir de 1945, com o lançamento do livro Missionários da Luz, recebido pelo médium Chico Xavier, que tivemos mais amplas revelações quanto às funções da epífise no complexo mente-corpo-espírito. Nele, o autor espiritual, André Luiz, pseudônimo de respeitado médico, sanitarista e cientista do início do século, falecido no Rio de Janeiro, expressando-se na condição de repórter e pesquisador do além, explica as funções, até então desconhecidas, da pineal.

Não se trata de órgão morto, mas poderosa usina, esclarece). Estas e outras informações preciosas podem ser resumidas em cinco itens:

1)     A epífise segrega hormônios psíquicos ou unidades-forças que controlam as glândulas sexuais e todo o sistema endócrino. Na puberdade, acorda no organismo do homem as forças criadoras. Aos 14 anos, aproximadamente, deixa a ação frenadora que exercia durante o período infantil e recomeça a funcionar como fonte criadora e válvula de escapamento. A partir da adolescência promove, portanto, a recapitulação da sexualidade, faz com que a criatura examine o inventário de suas paixões vividas em outras existências, que reaparecem, sob fortes impulsos. Tanto os cromossomos da bolsa seminal como os do ovário recebem sua influência direta e determinada.

 Desse modo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta.

2)     Preside os fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão do corpo etéreo.

3)     Comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade, graças à sua ligação com a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital.

4)     Supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos.

5)     É a glândula da vida mental, uma das principais expressões físicas do chacra coronário, o mais importante centro vital do psicossoma ou corpo espiritual, instalado no diencéfalo.

Como vemos, em 1945, André Luiz revelou funções extremamente especializadas e importantes da pineal na economia orgânica, não suspeitada ainda pela pesquisa médica terrestre e foi além, afirmando que estamos plugados a outras dimensões da vida, através dela.

Durante a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento, entram em jogo vibrações sutilíssimas, não detectadas por aparelhos comuns. A Providência Divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a uma ervilha e com o formato de um pínus, que não pesa mais de 100 mg, de uma extraordinária potencialidade laboratorial que permite traduzir estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato com o mundo espiritual - que é eterno, primitivo, preexistente.

A DÉCADA DE 1960

Todas essas revelações obtidas pela mediunidade de Chico Xavier, poderiam parecer absurdas até o final da década de 1950, uma vez que os tratados de endocrinologia, até essa época, reconheciam apenas um pequeno papel da pineal: sua atividade frenadora da sexualidade infantil; ela seria, então, um órgão vestigial, praticamente destituído de função. Contribuiu muito para esta conclusão depreciativa da função pineal, o fato radiologicamente observável de que no homem ela se calcifica a partir da segunda década da vida. Assim, por muito tempo asseverou-se que as mudanças degenerativas começavam a ocorrer em sua estrutura logo após a puberdade e eram progressivas no curso da vida.

Foi somente a partir de 1958, com as descobertas de Aaron Lerner e seus colegas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que identificaram a estrutura de um hormônio próprio da pineal, a melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina), que os conceitos tradicionais sobre a epífise começaram a sofrer contínuas modificações.

PECULIARIDADES

A epífise é uma estrutura epitalâmica, faz parte, como a habênula (Do latim Habenula, diminutivo Habena, tira, correia, rédea. A imagem do corpo pineal e das habênulas sugeriu, na Grécia antiga, o formato da cabeça de um cavalo e as rédeas, visualizadas pelo cavaleiro.), do epitálamo, um dos componentes do diencéfalo. Embriologicamente, ela procede de uma evagmação do teto diencefálico. Há apenas um par de nervos associados ao conjunto tálamo, hipotálamo e epitálamo (diencéfalo): os nervos ópticos. Na realidade, esses são tratos de fibras que unem as retinas ao cérebro.

A localização da pineal confirma o cuidado que a Natureza dispensa às estruturas nobres: está situada praticamente no eixo mediano do encéfalo e é extremamente bem protegida.

Em formato de cone, não pesa mais do que 100 mg no homem; pelo que se conhece até o momento, é inervada exclusivamente pelo sistema nervoso autônomo, por fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares que se originam dos gânglios cervicais superiores, entrando nela ao longo dos espaços perivasculares, percorrendo, assim, toda sua superfície.

Pesquisas recentes levam a supor que a pineal não esteja conectada por fibras nervosas aferentes ou eferentes com nenhum outro centro do próprio cérebro. Em muitas espécies de mamíferos, no entanto, algumas fibras derivadas da parte posterior da comissura habenular têm sido detectadas entrando na pineal, em sua parte rostral. Observou-se, porém, que a maior parte dessas fibras são aberrantes fibras comissurais que se encurvam, deixando a glândula para entrar do outro lado da comissura da qual elas se derivam.

Essas aberrantes fibras comissurais oriundas da região habenular (epitalâmica) atravessam, portanto, o corpo pineal sem estabelecer sinapses.

Até o momento, pode-se afirmar que a epífise é ricamente inervada por fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares, cujas células de origem estão nos gânglios cervicais superiores e que chegam a ela acompanhando os vasos que a irrigam. Uma vez dentro da glândula, os nervos simpáticos terminam principalmente nos espaços intersticiais e só algumas terminações nervosas o fazem encostadas às próprias células pineais (pmealócitos). Tal disposição permite que as substâncias neuro-humorais liberadas por essas terminações nervosas simpáticas se difundam aos pinealócitos, através do espaço intersticial. A sua vascularização é feita por ramos da artéria cerebral posterior que formam uma extensa rede capilar no parênquima da glândula. Esta rede capilar, cujo endotélio é fenestrado, como acontece com as glândulas endócrinas, está em contato com o espaço intersticial. Desse modo, os pinealócitos descansam sobre uma membrana basal que permanece em contato com o espaço intersticial, este, por sua vez, está em contato com a membrana basal capilar e o endotélio capilar fenestrado. Essa disposição anatômica permite a regulação das células renquimatosas pineais pelo sistema nervoso vegetativo.

Estudos realizados na década de 1960 demonstraram que apesar de ter a pineal perdido a capacidade de receber impulsos luminosos diretos e de gerar respostas diretas à luz, como acontece nos vertebrados inferiores, ela evoluiu para uma nova estrutura composta por um novo tipo de célula, o pinealócito, que recebe uma nova inervação, já descrita acima, que lhe confere a capacidade de sintetizar a melatonina, seu hormônio principal. Demonstrou-se, por outro lado, que a calcificação, presente em praticamente todo indivíduo adulto, não interfere na função pineal, porque a produção circadiana de melatonina não sofre alteração com a idade dos indivíduos adultos pesquisados.

Tudo indica que a diminuição da taxa de melatonina nos idosos esteja ligada a outros fatores, porque constatou-se que em animais velhos que não sofrem esse processo de calcificação ela também diminui.

TRANSDUTOR NEUROENDÓCRINO

Como vimos, a pineal de vertebrados inferiores difere acentuadamente em aparência e serve a diferentes funções daquela dos mamíferos. Em vertebrados de sangue frio, ela é primariamente um órgão fotorreceptor e é de considerável evidência que ela esteja ligada à rápida adaptação da coloração da pele pela qual muitos desses animais respondem a mudanças da iluminação ambiental.

Assim, em anfíbios, ela age como um fotorreceptor: traduz energia luminosa dos fótons em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro ao longo das cadeias neurais.

Em muitas espécies de sangue frio, ela diferencia-se em duas partes distintas:

·        um componente intracraniano, o órgão pineal propriamente dito,

·        e um componente extracraniano, o parietal ou frontal, que se exterioriza e aparece na cabeça desenvolvida, logo abaixo da pele ou das escamas da cabeça. Em alguns lagartos, o órgão parietal é extremamente especializado, como uma lente, o terceiro olho.

A pineal de mamíferos, a despeito de sua estrutura simples, mantém a sua dupla origem, mas perdeu sua atividade fotorreceptora primitiva. Não responde mais diretamente à luz e nem envia impulsos nervosos ao cérebro, mas transformou-se em órgão secretor, desenvolvendo estruturas apropriadas para um novo relacionamento com a luz ambiental e com o próprio organismo. A evolução da pineal está associada a essa perda da função fotorreceptora direta.

Estudos realizados com a Taipa (Taipa Europaea - gênero mamífero da família Talpidae.Estádistribuídoprincipalmentena Europa e Ásia ocidental) adulta demonstraram que os fotorreceptores rudimentares e os pinealócitos dos Amniotas atuais derivam, por vias divergentes, de células fotorreceptoras ancestrais presentes nos répteis primitivos.

Pelo menos três grandes mudanças estruturais ocorreram no desenvolvimento filogenético da pineal dos mamíferos:

1)     Um novo tipo de célula apareceu: a parenquimatosa da pineal. Nela, as organelas especializadas em foto recepção foram substituídas por um abundante reticulum endoplásmico, mais condizente com sua função secretora.

2)     Um novo e único padrão de inervação, demonstrado por Kappers .

Com esse novo tipo não envia mais mensagens diretas ao cérebro, nem as recebe diretamente. Não há um trato epitalâmico-epifisário, homólogo do trato hipotalâmico hipofisário. A pineal recebe as fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares que terminam na vizinhança ou diretamente sobre as células parenquimatosas.

3)     Uma porção do trato óptico, contendo fibras cujos corpos celulares estão na retina, divergiu para formar um feixe nervoso especial - o trato óptico acessório inferior – que carreia o impulso luminoso para a pineal, através dos gânglios cervicais superiores.

Todas essas mudanças estruturais permitiram à pineal dos mamíferos comportar-se como transdutor neuroendócrino: suas células recebem um impulso de sinais químicos, provavelmente sob a forma de norepinefrina (hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais que é liberado na corrente sanguínea para transmitir sinais nervosos que ajudam a regular funções cerebrais importantes como humor, concentração, atenção e memória )de seus nervos simpáticos e respondem secretando uma família de hormônios, os methoxindóis (hormônio), dos quais o protótipo é a melatonina.

Os pinealócitos são em verdade células secretoras. Seus produtos são lançados dentro dos capilares sanguíneos, através dos espaços intersticiais e das paredes capitalares endoteliais que, em muitas espécies, é fenestrada, alcançando, então, a circulação sistêmica. Como pinealócitos são embriologicamente derivados do neuroepitelium e seus produtos são lançados na corrente sanguínea, fica assim configurada a atividade neuroendócrina da epífise.

Embora não mais responda diretamente à luz ambiental, toda sua função é regulada por ela, através de uma rota neural indireta. Tem-se observado que o seu principal hormônio, a melatonina, varia de acordo com o ritmo circadiano. Uma provável consequência desse ritmo seja prover o corpo de um sinal de tempo circulante.

BIOQUÍMICA

Em 1958, com a descoberta da melatonina (5 methoxy, Nacetyl tryptamina), hormônio da epífise, identificado por Lerner e seus colegas da Universidade de Yale, essa glândula, antes considerada apenas como órgão vestigial, elevou-se no contexto da Ciência do século XX. Pela primeira vez, uma substância pineal pura poderia ser estudada em sua síntese e metabolismo, bem como em seus efeitos sobre animais de pesquisa.

Logo depois da descoberta de Lerner, Axelrod e Weissbach, trabalhando no National Institute of Health, examinaram os caminhos bioquímicos através dos quais a melatonina é sintetizada e identificaram a hydroxyindol- O- methyl transferase - Enzima que catalisa especificamente a transferência de radicais ou de funções químicas de um doador para um receptor (LHOMT), uma enzima que produz a da N-acetilserotonina, o precursor imediato dela.

O amino-ácido-triptofano, seu precursor circulante, é retirado de dentro das células pineais e oxidado a 5-hidroxitriptofano e depois decarboxilado para formar a Amina biogênica, a serotonina. Altíssimas concentrações de serotonina são encontradas na pineal da maior parte dos mamíferos: cerca da metade situada nas terminações nervosas simpáticas, enquanto o restante nas células parenquimatosas.

Parte da serotonina é provavelmente metabolizada pelo mono-aminoacido para produzir 5 hydroxi e 5 metroxindol ácido acético, enquanto outra fração é primeiro n-acetilada e subsequentemente O-metila dá para formar melatonina. Tem-se constatado que a HIOMT é encontrada apenas na pineal.

A exposição de ratos a quantidades variáveis de luz produz mudanças na atividade da enzima metiladora (HIOMT) que refletem alterações paralelas na síntese e secreção da melatonina.

Wurtman, Axelrod e Chu (1963) foram os primeiros a demonstrar que a melatonina age como um hormônio: injetaram diariamente, em ratas, quantidades dessa substância, e esta retardou, significativamente, o crescimento dos ovários. Como os mamíferos vivem em um ambiente caracterizado por um período de luz e outro de escuridão, tem-se verificado que a produção de melatonina varia de acordo com o ritmo circadiano e ao que tudo indica ela dá ao corpo um sinal de tempo circulante, isto é, ela insere o homem no mundo da terceira dimensão. Mas também lhe dá a possibilidade de se comunicar com a quarta, já que é a glândula da vida mental.

J. Ariens Kappers, A. R. Smith e R. C. De Vries (1972) trabalhando no Netherlands Central Institute For Brain Research, em Amsterdam constataram, na pineal de coelhos, a presença de pmealócitos amarelos, auto fluorescentes e não-fluorescentes, e demonstraram que a mesma célula, o pinealócito, é capaz de estocar sob a forma de grânulo um componente da serotonina não-fluorescente e um outro fluorescente. Tiveram oportunidade de provar, inclusive, que o ritmo diuturno dos pinealócitos não fluorescentes persiste mesmo quando o animal permanece em escuridão. Smith concluiu experimentalmente que a substância auto fluorescente é, na verdade, uma proteína que contém grande quantidade de triptofano, e foi mais além, constatando a presença dessa mesma substância nos neurônios de dois núcleos hipotalâmicos: núcleo arqueado e parte baso-lateral do núcleo ventromedial. Detectou, igualmente, a presença da substância não fluorescente nesses mesmos núcleos.

Para determinar a influência da pineal sobre o hipotálamo, Smith trabalhou com animais que foram castrados, dos quais se retirou a pineal; outros, dos quais se retirou a glândula, mas se fez substituição usando extrato pineal de ratos ou de carneiros e com administração de p-cloro fenilalanina (pCPA).

Hoje, os pesquisadores já não indagam mais; para que serve a pineal?; eles trabalham exaustivamente para detectar quais os órgãos sobre os quais a melatonina atua e seu grau de influência sobre eles, bem como sobre a economia orgânica em geral.

CRONOBIOLOGIA, SONO, ENVELHECIMENTO

Muitos estudos foram feitos para determinar, no homem, quais os efeitos da luz sobre a produção de melatonina. Concluiu-se que a luz do sol ou uma forte luz artificial determina a supressão da secreção de melatonina. Normalmente, o organismo tem um padrão constante de atuação em que há altos níveis de secreção da melatonina à noite e baixos durante o dia. A luz exerce, portanto, papel primordial na regulação do hormônio pineal e atua em ciclos de 25 ou 26 horas. Os estudos cronobiológicos de Wurtmann a respeito da melatonina levaram, inclusive, à utilização da luz artificial intensa para alguns casos de depressão, com bons resultados.

O escuro influencia, portanto, elevando a taxa de produção da melatonina. É possível que, intuitivamente, o homem sempre soubesse disso, porque desde tempos imemoriais, desde as cavernas primitivas, ele tem procurado realizar seus intercâmbios com o outro lado da vida em ambientes muito pouco iluminados.

Mas não somente a luz, também o polo magnético da Terra tem influência direta sobre o seu funcionamento.

Foi demonstrada a variação de melatonina conforme as estações do ano, sua influência na reprodução sazonal dos animais e nos fenômenos de hibernação. No homem está também presente em variação sazonal.

Nos velhos, há uma redução dessa produção hormonal, mas os pesquisadores não acreditam que esteja relacionada com a calcificação, mas a outros fatores.

A produção máxima de melatonina é alcançada durante o sono e coincide com os períodos de maior escuridão.

Observou-se que pacientes com jet-lag-(distúrbio dos que viajam de avião) - têm desordens dos ritmos circadianos, com perturbação nos níveis de produção da melatonina: picos em horários anormais e falta de sincronização. Há, nesses casos, um distúrbio do sono, da fadiga, da capacidade de concentração etc.

SISTEMA IMUNOLÓGICO, CÂNCER E ESTRESSE

Sabe-se que o sistema imunológico apresenta ritmo circadiano e sazonal no cumprimento de suas funções, o que indica que ele, provavelmente, tem sua atividade regulada pela pineal. Já se constatou essa dependência em experiências com animais.

Do mesmo modo, verificou-se que a retirada da pineal provoca um crescimento do tecido do tumor canceroso, enquanto que a administração de melatonina produz o efeito contrário. Sobretudo no câncer de mama, parece que a secreção baixa de melatonina pode influir no seu desenvolvimento.

Tudo indica que ela também tenha um papel no estresse. Já se constatou relação direta entre níveis de produção de melatonina com fadiga e sonolência em indivíduos submetidos à constante privação do sono e de informação quanto ao período claro escuro.

Em ratos pineais atomizados (privados da pineal) houve indução da hipertensão arterial que foi bloqueada com a administração de melatonina. É provável também a sua influência nas alterações da mielina e glaucoma.

Há ainda relatos de influência da epífise em doenças neurológicas - epilepsia, doença de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica - e em distúrbios endócrinos - síndrome de Turner, hipogonadismo etc.

EFEITOS DA MELATONINA SOBRE A FUNÇÃO GONADAL

Para Reiter, a epífise tem ação determinante na sincronização da atividade reprodutora sazonal dos animais, garantindo a reprodução no período certo do ano.

No homem, os methoxindóis, a família de hormônios produzidos pela pineal, influem sobre diferentes aspectos da função gonadal. E natural que seja assim, porque ela é a responsável pela adaptação do organismo a todos os eventos cíclicos ambientais. Regula, portanto, todas as funções fisiológicas necessárias à adaptação dos indivíduos às variações sazonais.

A administração repetida de melatonina em ratos jovens retardou o crescimento das gônadas e perturbou o ciclo ovulatório. As pesquisas sugerem que a ação do hormônio pineal é exercida, pelo menos em grande parte, em nível hipofisário, interferindo na secreção de gonadotrofinas. Com a administração de pequenas doses intraperitomais de melatonina em ratos, conseguiu-se elevar a quantidade de serotonina do mesencéfalo e do hipotálamo. Essas mudanças no conteúdo celular de serotonina nesses centros parecem indicar que a melatonina produz seus efeitos sobre as gônadas por modificação na atividade desses neurônios.

Williams não aceitava que a pineal exercesse um papel importante no organismo. Ele achava, por exemplo, que o fato dos tumores pineais determinarem puberdade precoce estava relacionado com a destruição direta do hipotálamo, que nesses casos. Mas, os pesquisadores da década de 1960 não concordam com essa opinião e têm uma grande quantidade de experimentos em apoio à ação gonadal exercida pela epífise.

Como vimos, as experiências de Smith evidenciaram que a pineal de ratos exerce influência sobre os dois núcleos hipotalâmicos que estão envolvidos na produção do hormônio latinizante (LH).

Outras substâncias pineais demonstraram ação antigonadotrópica.

Reiter e Fraschini (1969) descreveram efeitos da pineal sobre a adrenal do córtex suprarrenal, a tireoide e a paratireoide. Nem sempre a sua atuação é bem determinada.

Kappers e outros constataram que ela é exercida no nível hipotalâmico. Esses pesquisadores concluíram por suas experiências que o hipotálamo seja realmente um centro-alvo (objetivo) mais generalizado dos componentes pineais, sendo através dele que ela agiria sobre a adrenal do córtex suprarrenal e na tireoide.

Wurtmann (1964) afirmou que a pineal não é essencial ávida, porque sem ela o animal continua a ovular, copular, enfim, a viver uma vida normal, embora com alguma perturbação do estro e de outras funções. Verifica-se que outros sistemas entram em jogo, quando a pineal fracassa. Para Wurtmann, a pineal não seria o primeiro motor, mas para Reiter ela é o regulador dos reguladores; para Quay, um importante centro da homeostase geral (1972), provavelmente exercendo sua ação no mais importante centro de integração do sistema vegetativo e do sistema nervoso cérebro-espinhal: o hipotálamo.

Trabalhos recentes mostraram a relação entre melatonina e anti-ovulação em mulheres normais, em pacientes com amenorreia hipotalâmica e em atletas que tiveram intenso treinamento físico.

No homem, também ficou demonstrado que a melatonina atua tanto no desenvolvimento das gônadas quanto na secreção de testosterona, o principal hormônio masculino.

CENTRO DAS EMOÇÕES

Se pudéssemos apontar para um centro das emoções no cérebro, esse centro seria o hipotálamo.

Isto significa apenas que é a este nível que os vários componentes da reação emocional são organizados em padrões definitivos, afirma Marino jr. De fato, o hipotálamo faz parte de um sistema complexo responsável pelo mecanismo que elabora as funções emotivas, o sistema límbico de Maclean.

André Luiz afirma que a epífise preside os fenômenos nervosos da emotividade. Já vimos que dois núcleos hipotalâmicos sofrem a sua ação direta. Cremos que é uma questão de tempo para a constatação científica dessa informação mediúnica.

Altschule (1957), Eldred et ai (1961) e outros autores têm realizado importantes estudos que demonstraram a ação benéfica de extratos pineais sobre alguns esquizofrênicos.

Hartley e Smith (1973), com os resultados de seus trabalhos na Escola de Farmácia da Universidade de Bradford, Inglaterra, estão inclinados a admitir que nos casos de esquizofrenia a HIOMT, enzima responsável pela sintetização da melatonina, estaria agindo sobre substratos anormais, produzindo as substâncias implicadas na moléstia.

Como a enzima age em um ritmo circadiano, é possível que, na esquizofrenia, ela trabalhe fora de fase com seu substrato, favorecendo uma transmetilação anormal. Há indícios de implicação da pineal na etiologia dessa moléstia, mas os estudos precisam avançar mais para que se chegue a uma conclusão definitiva.

André Luiz, o médico desencarnado, afirma que a epífise é a glândula mestra, aquela que tem ascendência sobre todo o sistema endócrino.

Neste capítulo, citamos importantes pesquisadores que já detectaram a ação da melatonina sobre a hipófise e o hipotálamo, estrutura nobre considerada, até o presente, como responsável pelo sistema endócrino. Vimos também a ação gonadal desse hormônio sobre a reprodução sazonal dos animais e em diversos distúrbios endócrinos.

Wurtmann lembrou muito bem que nenhuma glândula foi tão exaustivamente pesquisada como a tireoide, no entanto, só muito recentemente foi detectada a tireocalciotonma, hormônio tireoidiano de tão grande significado fisiológico. Com esse apontamento, ele quis ressaltar o número ainda restrito de pesquisas sobre a pineal, uma vez que elas só começaram em meados deste século, enquanto as outras glândulas endócrinas já vinham sendo alvo de investigação há muitas décadas. Na verdade, a pesquisa médica vai evoluir muito mais no próximo milênio, não se pode esquecer que o períspirito ainda é um ilustre desconhecido, e sua simples descoberta por parte da ciência oficial, com possibilidade de investigação em laboratório contribuirá para a mudança definitiva do enfoque materialista mecanicista em que ela está lastreada.

Aliás, só se conhecerá o potencial integral da pineal com as pesquisas concomitantes do psicossoma. A verdadeira usina de luz em que ela se transforma, durante o fenômeno mediúnico, segundo descrição de André Luiz, só poderá ser detectada por lentes que alcancem a quarta dimensão.

Quanto à revelação de que ela é o centro das emoções, já vimos que é ainda o hipotálamo como tal. Estudando, porém, o sistema límbico e suas conexões com a habênula (epitálamo), e as inter-relações desta com a glândula pineal, não é difícil prever que os aprofundamentos das pesquisas determinarão mais ampla participação desta última no mecanismo das emoções.

O autor espiritual relata ainda em seus estudos que a epífise comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. Ele entende como forças subconscientes todo o arquivo da personalidade encarnada relativo a experiências de outras encarnações, desde a fase pré-racional até os dias presentes. Este assunto é tão amplo e importante que exigiria um outro capítulo muito mais extenso do que este, inclusive com considerações psicanalíticas.

A epífise supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos. Aqui é útil ler que em outro livro - Evolução em Dois Mundos - André Luiz introduz o conceito de bióforos, esclarecendo que são estruturas do corpo espiritual presentes no interior da célula e com atuação marcante no seu funcionamento. Como exemplo, ele cita os mitocôndrios que acumulam energias espirituais sob a forma de grânulos e imprimem na intimidade celular a vontade do espírito. Desse modo, todos os estados mentais felizes e infelizes refletem-se sobre a economia orgânica.

CONCLUSÃO

Nos mecanismos da mediunidade, destaca-se o papel primordial da pineal, denominada pelos Espíritos de a glândula da vida mental, porque é através dela que todos os fenômenos anímicos e espiríticos se produzem.

A epífise é o centro das emoções; controla as glândulas sexuais e todo o sistema endócrino; comanda as forças subconscientes; supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos e é a glândula da vida mental. Essas revelações feitas em 1945, só agora ser confrontadas, à medida que a ciência médica avança em suas pesquisas para descobrir a influência da melatonina na economia orgânica.

Durante a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento, entram em jogo vibrações sutilíssimas ainda não detectadas por aparelhos comuns.

Como já dissemos, a Providência Divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a uma ervilha e com o formato de um pínus, que não pesa mais de 100 mg, de uma extraordinária potencialidade laboratorial, que permite traduzir estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato com o mundo espiritual, que é eterno, primitivo, preexistente.

Cremos que esta é uma comprovação para o próximo milênio, como explicam os Espíritos:

·        O neurologista comum não a conhece bem.

·        O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos.

·        Os psicólogos vulgares ignoram-na.

·        Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da libido, no estudo da disciplina congênita da Humanidade.

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O Espírito atua através do Espaço-Tempo, é ele que dá a forma, atua no espaço. A pesquisa médica já sabe, hoje, que a pineal é a reguladora da cronobiologia, dos ritmos biológicos; coordena no tempo a atividade do sistema reticular ascendente, determina, portanto, se a pessoa está acordada ou dormindo, em suma, se o Espírito está ligado, ou não, ao corpo, em períodos de vigília e sono.

Na verdade, a epífise seria a lente que concentra a mensagem do Espírito e o tálamo o prisma que a distribui. A pineal captaria a luz do mundo externo, via retina, e também estaria sob a influência do polo magnético da Terra e de outros corpos celestes.

Nos primórdios do desenvolvimento embrionário, o córtex é formado pela migração de neuroblastos de forma radiada que saem das regiões epitalâmicas e vão ocupar áreas nas zonas onde se instalará o córtex. Para que isso aconteça, é preciso que o corpo físico receba estímulos físicos e químicos específicos. Acreditamos que a pineal é o único sensório capaz de captar esses estímulos. Mesmo protegida pelo líquido amniótico dentro do útero materno, durante a formação fetal, mesmo encravada na caixa craniana, ela capta as ondas do espectro eletromagnético, como as do próprio magnetismo. Com esses estímulos e os gerados pelo Espírito reencarnante, via períspirito, ela é capaz de promover a correta migração dos neuroblastos para a formação do córtex, é responsável, portanto, pela indução da formação nas interpretativas conscientes do cérebro, as áreas mais importantes da mente. Mais uma justa razão para denominá-la glândula da vida mental.

Para todas as funções corpóreas e espirituais entra em jogo um grande número de enzimas ou fermentações. A melatonina e sua enzima HIOMT são fundamentais em inúmeras reações do funcionamento orgânico, mas, principalmente, interferem no transe mediúnico, no êxtase, nos estados alterados de consciência, inclusive no hipnotismo, nas funções psíquicas e anímico espirituais.

O potente alucinógeno 10 methoxyharmalan também deriva da melatonina, indicando o papel relevante desse hormônio pineal nas psicoses, neuroses, doenças obsessivo-compulsivas, obsessões etc.

Quanto às ideoplastias, sabemos que o ser encarnado cria-as incessantemente pelo pensamento, extravasando-o, através do corpo mental, que está profundamente imbricado com o centro coronário do períspirito, o que equivale a dizer com a pineal, uma de suas principais expressões somáticas. Tudo se passa como se ela fornecesse ao Espírito morador a fôrma para a produção das ideoplastias e as vias para sua distribuição, através do tálamo, e, ao mesmo tempo, pudesse captar as produzidas pelos Espíritos desencarnados, em seu papel medianímico.

E justo, portanto, que os profissionais espíritas da área da saúde procurem enfatizar, o valor do pensamento e a importância da autodisciplina, baseada nas lições do Cristo, em todas as oportunidades que se lhe oferecerem, porque, na verdade, só o Bem constrói para toda a eternidade.

FONTES:

Obsessão e Suas Máscaras;

Dra. Marlene Nobre

Livros de André Luiz psicografados por Chico Xavier

Missionários da Luz;

Wikipédia;

FEB;

Artigos de cientistas:

Gladstone Wakely;

Kappers;

Kenny;

Romijin;

Wurtman;

Axelroad;

Kelly;

Dodt;

Pevetet Collin;

Wurtman;

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