HISTORIA DOS SENTIMENTOS
("a fim de
poderes discernir o que é importante para que sejais puros e irreprováveis no
dia de Cristo, na plena maturidade do fruto da justiça que nos vem por Jesus
Cristo para a gloria e o louvor de Deus ".
Paulo. (Filipenses, 1:10) - Sintetizando conforme o livro Segue-me de
Emmanuel.
“Para que aproveis as
coisas que são excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum”.
Paulo
(Filipenses1:10)
“Problemas do Amor”
O amor é a força
divina do Universo.
É imprescindível,
porém, muita vigilância para que não o desviemos na justa aplicação.
Quando um homem se
devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no
coração dele, denomina-se "avareza"; quando se atormenta, de modo
exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em
que se encontra, essa mesma força se converte nele em "egoísmo”; quando só
vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto
desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita
chama-se "inveja".
O ódio é, comumente,
o amor envenenado de ontem.
O ciúme é o amor
vestido de espinhos dilacerantes. A soberba é o amor desvairado a si próprio.
Paulo, escrevendo à
amorosa comunidade Filipenses, formula indicação de elevado alcance. Assegura
que "o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no
discernimento, a fim de que o aprendiz possa provar as coisas que são
excelentes".
Instruamo-nos, pois,
para conhecer.
Eduquemo-nos para
discernir.
Cultura intelectual e
aprimoramento moral são imperativos da vida possibilitando-nos a manifestação
do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.
Atendamos ao conselho
apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas
vezes, o nosso amor é, simplesmente, querer, e, tão-somente com o
"querer" é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros
da vida.
HISTÓRIA
DOS SENTIMENTOS
Contam
que uma vez, se reuniram todos os sentimentos, qualidades e defeitos dos homens
em algum lugar da terra.
Quando
o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão
louca, lhes propôs:
-
Vamos brincar de esconde-esconde?
A
INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se,
perguntou:
Esconde-esconde?
Como é isso?
- É
um jogo. Explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a
um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o
primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo.
O
ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A
ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a
APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar:
A
VERDADE preferiu não se esconder. - "Para que, se no final todos me
encontram?" - Pensou.
A SOBERBA
(orgulho) opinou que era um jogo muito tonto e a COVARDIA preferiu não se
arriscar.
Um,
dois, três, quatro... - Começou a contar a LOUCURA.
A
primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira
pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do
TRIUNFO, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore
mais alta.
A
GENEROSIDADE quase não conseguiu esconder-se, pois cada local que encontrava,
lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos: Se era um lago cristalino,
ideal para a BELEZA. Se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ. Se
era o vôo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA. Se era uma rajada de
vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de
sol.
O
EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado,
cômodo, mas apenas para ele.
A
MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás
do arco-íris) e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O
ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais
importante. Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.998, o AMOR ainda não havia
encontrado um lugar para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que
encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.
- Um
milhão! - terminou de contar a LOUCURA e começou a busca.
A
primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois,
escutou-se a FÉ discutindo com DEUS, no céu, sobre zoologia. Sentiu vibrar a
PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido, encontrou a INVEJA e claro, pode
deduzir onde estava o TRIUNFO.
O
EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo,
que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, sentiu sede e ao
aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA.
A
DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem
decidir de que lado se esconder.
E
assim foi encontrando a todos: O TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA em uma
cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano)
e até o ESQUECIMENTO, que já havia esquecido que estava brincando de
esconde-esconde.
Apenas
o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore,
em baixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas. Quando estava a
ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e
começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou-se um doloroso
grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A
LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu
e até prometeu ser seu guia.
Desde
então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra:
O
AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.
FONTE:
Sociedade
das Ciências Antigas
Segue-me - Francisco
Cândido Xavier por Emmanuel
Sete
minutos com Emmanuel
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