terça-feira, 1 de junho de 2021

A CRISE EXISTENCIAL DO HOMEM MODERNO

 

A CRISE EXISTENCIAL DO HOMEM MODERNO

“Outrora, havia o homem perdido o eu caminho – hoje, porém, ele perdeu o seu próprio endereço...

Tem-se dito que o grande problema moderno é a educação da juventude. Não é bem exato -  há um problema ainda maior. O grande problema, ou melhor, a crise mais dolorosa do homem moderno é a crise existencial – o homem de hoje sofre duma caótica frustração existencial. Não sabe mais o seu destino, qual a finalidade da sua existência, e nega até a existência de uma finalidade. O homem moderno perdeu a noção da sua existencialidade.  Escritores e filósofos proclamam abertamente que a vida humana não tem finalidade alguma; O homem é um simples joguete do acaso. Nascer, viver e morrer acontecem-nos à toa, assim como a existência acontece a um cogumelo que nasce e morre num monturo; dar uma finalidade à vida humana, dizem eles, é procurar num quarto escuro um gato preto que não existe; é perder-se num matagal de misticismos e mistificações.

Ora, se a vida humana não tem destino algum nem finalidade, o melhor é gozar o que se pode gozar, evitar as coisas desagradáveis – e desaparecer no vácuo donde surgimos.

Diz Einstein:

“O progresso da ciência e técnica é certamente uma coisa maravilhosa, e eu não cairei na suspeita de ser inimigo desse progresso. Mas a ciência não nos pode indicar nenhuma meta certa, nem pode sequer justificar todo esse esforço, não pode fornecer ao homem nenhuma finalidade certa da sua existência terrestre. Essa certeza da finalidade da nossa existência vem da creação de valores dentro de nós mesmos; mas do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores – estes vêm de outra região”.

O mundo dos fatos é o mundo do ego, de que se ocupa a instrução; o mundo dos valores é o mundo do Eu, que é o escopo da educação.

Em quase todos os países do mundo, sem excetuar o nosso Brasil, o mundo dos valores é quase totalmente negligenciado; sofre de uma atrofia calamitosa, enquanto o mundo dos fatos está literalmente hipertrofiado.

Esse pavoroso desequilíbrio provocou a crise da frustração existencial.

Os profetas e clarividentes de todos os tempos preveem uma catástrofe universal para o ocaso do terceiro milênio- (está acontecendo agora).  Essa tragédia não outra coisa senão o resultado natural do desenvolvimento desequilibrado da nossa humanidade.

 

 

Disse Lao Tsé no livro Tao Te King (2600 ANOS)

O sábio não deseja o supérfluo

Puro egoísmo é quando os soberanos vivem em suntuosos palácios,

Enquanto nos campos jazem desertos, e os seus celeiros vazios.

Puro egoísmo é ostentar roupagens luxuosas, enfeitar-se com joias,

E ufanar-se de armas.

Empanturrar-se de iguarias, encher-se de bebidas inebriantes,

Acumular tesouros –

Latrocínio é tudo o que o homem faz à custa dos outros.

Tudo isto contradiz ao espírito do Tao.

 

ERA UMA VEZ UM HOMEM FELIZ

A ideia de que o carpinteiro Galileu foi o maior sofredor da humanidade, o rei das dores, é completamente errônea.

Como podia um homem tão rico ser um pobre sofredor?

Se jamais passou pela terra um homem plenamente feliz, então foi certamente esse jovem operário de Nazaré. Os seus sofrimentos físicos, no espaço de 33 anos, não somam 15 horas. E todos esses sofrimentos foram voluntários, previstos, provocados por amor – nenhum deles lhe foi imposto compulsoriamente.

Mas.... Os seus sofrimentos morais?... A incompreensão dos seus discípulos e a ingratidão dos homens?

Quando um homem abraça um grande ideal, por amor, aceita, de antemão todos os espinhos que se ocultam entre rosas; nada o surpreende, nada o decepciona, nada o leva à frustração. As sombras fazem parte do grande mosaico da sua missão, bem como as luzes...

Quem convida a humanidade a aderir a um grande sofredor, que sucumbiu vítima de seus inimigos, afasta os homens do seguimento do Cristo.

Mas, quem convida a humanidade a se alistar sob a bandeira do homem mais poderoso e feliz do mundo, esse apela para o que há de melhor e de mais nobre no coração do homem...

“Se temos fé apenas no Jesus crucificado, e não no Jesus redivivo, vã é a nossa fé, vã é a nossa pregação, e somos os mais deploráveis de todos os homens” (Paulo de Tarso).

Era uma vez um homem... O Filho de Deus...

E esse homem viveu uma vida divinamente humana – e humanamente divina...

Fonte:

ROTEIRO CÓSMICO e EDUCAÇÃO DO HOMEM INTEGRAL

Huberto Rohden

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário