OS 10 MANDAMENTOS
Palavras de Vida Eterna –
Evitando a Tentação - A lei e seus mandamentos
“Não penseis que vim
revogar a Lei ou os profetas: não vim revogar, vim para cumprir” Mateus, V: 17 e 18
“Encontramos nesta
Lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a
base da Doutrina de Jesus Cristo”
(Allan Kardec, em o
Evangelho Seg. Esp., capítulo 1)
Amar a Deus sobre todas as coisas x
Materialismo
Não usar o nome de Deus em vão x comercio
religioso
Guardar um dia para a
religião x ociosidade
Honrar pai e mãe x desagregação familiar
Não matar x vingança
Não fornicar x prazer
irresponsável
O furtar x levar
vantagem em tudo
8 - Não dizer falso
testemunho x língua venenosa
9 - Não desejar a companheiro
(o) do próximo x adultério
10 - Não cobiçar as
coisas alheias x inveja e ambição desmedidas
A
lei e seus mandamentos
A finalidade é mostrar a importância da história religiosa
até o advento da Doutrina Espírita.
Muitas pessoas dentro de qualquer movimento de cunho
religioso não dão o devido valor às Escrituras Sagradas (Bíblia). Isso porque
apegam-se mais à letra do que ao espírito dos ensinamentos, como faziam os
antigos religiosos, e como fazem muitos que professam outras religiões
contemporâneas.
Porém, esta atitude preconceituosa contraria o que diz
Allan Kardec, que deixa claro, no primeiro capítulo de "O Evangelho
Segundo o Espiritismo", a importância do Velho e do Novo Testamento para
que a Doutrina Espírita pudesse nos ser revelada.
Explicar isso como introdução, é apenas para conscientizar
os que já são espíritas, trazendo uma afinidade com aqueles que pela primeira
vez estão vindo à casa, provenientes de outras religiões. Pois assim verão que
o Cristo é o mesmo, tanto lá como cá.
"Não
penseis que vim revogar a Lei ou os profetas: não vim revogar, vim para cumprir”
(Mateus, V: 17 e 18)
Nesta passagem, Jesus deixa claro também que seus
ensinamentos estariam baseados nos 10 Mandamentos da Lei de Deus, que foram
trazidos ao homem por Moisés.
Aproveitar e explicar rapidamente quem foi Moisés, sua função em libertar do
Egito o povo que viria a servir de berço para o nascimento de Jesus, e que suas
leis tinham dois aspectos: o humano e o divino.
O aspecto humano eram as leis feitas por ele para comandar
cerca de 600 mil pessoas libertadas da escravidão e que seriam guiadas pelo
deserto à chamada "terra prometida". Por isso, foi necessária a
instituição de penas severas, pois o povo há 3700 anos era bem rebelde e
primitivo. Foi assim que foi instituída a Pena de Talião (olho por olho, dente
por dente), visando controlar os ímpetos dos que quisessem dificultar o
convívio entre mais de meio milhão de homens.
Já o aspecto divino são os 10 Mandamentos, que nada mais são do que o resumo da
moral divina, e Moisés foi o escolhido para começar, aos poucos, a implantar
esta idéia no seio do povo hebreu.
E Jesus, na passagem citada, reafirma a importância destes
mandamentos, afirmando que veio para cumpri-los.
"Encontramos nesta Lei o princípio dos deveres para
com Deus e para com o próximo, que constitui a base da Doutrina de Jesus
Cristo".
Já Allan Kardec inclui os 10 Mandamentos
e o Evangelho de Jesus como as duas primeiras grandes revelações feitas ao
homem. Com isso, lembrar o que falei na introdução , a respeito da importância
da Bíblia para a chegada da Doutrina Espírita, pois além da parte moral (10
Mandamentos e Evangelho), Jesus e Moisés foram os maiores médiuns de que temos
notícias, com seus efeitos físicos e curas sobre os quais a Doutrina hoje nos
esclarece, através da compreensão dos fluidos, suas modificações e o poder da
fé na administração dos mesmos.
É preciso agora fazer uma comparação
entre os Mandamentos e o que temos hoje em nossa sociedade.
1. Amar
a Deus sobre todas as coisas x Materialismo
Através dos tempos e
agora mais ainda com a Globalização somos levados a desprezar as coisas
religiosas em benefício dos prazeres terrenos (a mídia enfatiza isso todos os
dias, através das novelas e na formação dos jovens através da malhação). O amor
a Deus passou a ser visto como piegas (sentimentalismo ridículo) e muitos de
nós estamos somente interessados em buscar o que impressiona os olhos, e não o
que faz bem ao espírito. Amar a Deus não significa ficar glorificando-o o dia
todo, mas sim praticar seus ensinos, fazendo ao próximo o que desejamos para
nós mesmos.
2. Não
usar o nome de Deus em vão x Comércio Religioso
Cabe lembrar as cenas
deprimentes que temos visto na TV, em que falsos religiosos comercializam os
céus. Há promessas de quem der mais dinheiro, ou comprar artefatos supostamente
sagrados, conseguirá o Reino de Deus.
Há pessoas que abusam da boa fé alheia, distorcendo inclusive o que está
escrito na Bíblia, enganando os ignorantes.
É importância de
analisarmos o que nos é prometido, em nome de Deus, pois não há dinheiro ou
promessas vãs que nos tragam a paz, mas sim nossa mudança sincera e a busca da
caridade.
3. Guardar
um dia para a religião x Ociosidade
Quantos de nós
deixamos de frequentar a casa religiosa, seja de qual religião for, por
preguiça? Temos desculpas mil, como: o capítulo da novela, o jogo de futebol
com os amigos, a festa a qual fomos convidados, o cansaço do dia etc.
Porém, quando
passamos por dificuldades, lá vamos nós, correndo à casa religiosa, pedindo ao
dirigente, pastor ou padre que resolvam nossos problemas!
É preciso ter uma frequência regular à religião para que nossa vida mental
esteja sempre equilibrada. E quando vierem os problemas, estejamos fortalecidos
para podermos enfrentá-los.
E não precisamos ter
o dia todo voltado para atos religiosos. O importante é que semanalmente
entremos em contato com os ensinamentos cristãos, que nos renovarão os ânimos e
nos darão maior fé no futuro.
4. Honrar
pai e mãe x Desagregação familiar
É triste ver como os
jovens hoje dão pouco valor à família. Mas que isso muitas vezes acontece
porque os pais dão maus exemplos, sendo desatentos com a implantação no seio do
lar de atos que possam unir os familiares.
Abandonam o diálogo, por pior que seja o assunto, seja por ignorância, medo,
tabu, preconceito. Quando pais e filhos precisam ter uma convivência nem muito
disciplinadora, nem muito liberal. Mas encontrando o equilíbrio, onde deveres e
direitos convivam em harmonia (o direito de um termina...).
5. Não
matar x Vingança
Matar não é só tirar a
vida, mas sim ter o sentimento de vingança dentro do coração. Quantos de nós
temos uma vida triste devido à mágoa que habita em nosso coração?
É importante perdoar,
assim como Jesus soube perdoar, deve fazer parte da vida do cristão.
Principalmente do espírita, que sabe que a vida não tem fim, apenas a vida
material enquanto o Espírito permanece e o ódio é levado para o além, trazendo
aos envolvidos dores e remorsos.
A brutalidade da pena
de morte, a lei de talião, execuções na China, no Islã, radicalismo na Irlanda,
Israel, Bush pois quem a acata acaba, no mínimo, comparando-se ao infrator. A
justiça do homem deve ser severa, porém educativa, mas não lhe dá o direito de
tirar a vida alheia, que só a Deus é permitida.
6. Não
fornicar x Prazer irresponsável
O interesse pelo sexo
faz o homem muitas vezes perder a razão. Sexo animal – fazer amor? - Os
Mandamentos não condenam o prazer que o sexo proporciona, mas alerta para os
desequilíbrios que a irresponsabilidade sexual pode ocasionar-depravação,
fetiches- mas isso é coisa para outro papo.
7. Não
furtar x levar vantagem em tudo
O roubo também existe
quando lesamos indiretamente o próximo, levando vantagens onde outro terá
perdas-Lei de Gerson-Senadores-Anões-precatórios. No mundo capitalista em que
vivemos, dizer que aquele que negocia conosco precisa levar vantagem é o mesmo
que dizer que somos otários. Porém, o tolo aos olhos do homem podem ser os
escolhidos aos olhos de Deus. Lembre que tudo o que fazemos, de bom ou ruim,
voltará para nós mesmos. É a Lei de Ação e Reação de que nos fala a Doutrina.
Portanto, que todos
que são comerciantes, ou que de alguma forma podem trazer prejuízos financeiros
ou morais ao próximo, que se guiem pela justiça.
Na Lei de Deus, o ditado popular onde "bom negócio é quando todas as
partes ganham" também é válido.
8. Não
dizer falso testemunho x Língua venenosa
Mentir é um hábito
inerente da imperfeição humana. Temos um gosto especial para aumentar o que
contamos a respeito do próximo, principalmente se for algo que o denigra. É a
tal da fofoca.
Um grande sábio da
antiguidade, o filósofo Sócrates, disse que: "Somos donos das palavras que
omitimos e escravos das que proferimos".
Se estivermos
envolvidos em uma calúnia, da qual nós somos a vítima, não vamos nos sentir
bem. Por que, então, fazer isso a outra pessoa?
9. Não
desejar a companheira (o) do Próximo x Adultério
Novamente o sexo em
questão. As paixões que presenciamos, que vêm destruir famílias, são
estimuladas inclusive pelo que vimos em novelas, filmes e programas de TV, (presença
de Anita-Malhação) onde muitas vezes deixar a família em busca da
"felicidade" é visto com naturalidade-Vale apena ver de novo (por
amor).
O que acontece é que
a mídia, em toda a sua história, aproveita-se dos desejos humanos para angariar
audiência.
E quando vemos nossos
desejos secretos, que estávamos controlando, serem apoiados, nos sentimos
incentivados e acabamos por praticar esses desejos, por vontade própria ou por
convencimento.
Esse é um dos motivos
que fazem o adultério aumentar em nossa sociedade.
É claro que todos temos direito de buscar satisfações, mas nosso direitos
terminam quando atingimos ao próximo, ou seja, quando nossos atos trazem
angústia, decepção, constrangimentos.
10.Não
cobiçar as coisas alheias x Inveja e ambição desmedidas
Desejar melhoras
materiais, conforto e lazer não é condenado. O que se deve evitar é a inveja de
quem já conquistou estas facilidades. Todos podemos e devemos buscar uma
situação material estável, mas que isso não seja motivo de angústia e
revolta. Mas a vida não é só constituída
de prazeres terrenos. Pelo contrário, a matéria não nos traz estabilidade, pois
é cercada de bons e maus momentos.
O que precisamos é
buscar o equilíbrio espiritual, e com isso, todo o restante nos será
acrescentado, como disse Jesus. Pois estaremos abertos a novas conquistas,
materiais e espirituais, e teremos condições de escolher os melhores caminhos
que nos trarão o que desejamos".
"Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas
em virtude"
(Paulo, I Epístola aos Coríntios, IV: 20)
E para encerrar gostaria
de lembrar que de nada adiantará dizer que conhecemos os 10 Mandamentos, o
Evangelho de Jesus e a Doutrina Espírita se não colocarmos em prática o que
aprendemos com estas três revelações que Deus nos enviou.
Como disse o apóstolo
Paulo, palavras de nada adiantam se não forem calcadas em virtudes, ou seja, a
prática das mesmas.
(Ênfase na voz) Jesus
espera que nós, de nossa parte, procuremos dar o primeiro passo em busca da
melhoria íntima, para que então ele também possa agir em nossas vidas e nos trazer
a paz que tanto procuramos.
FONTES:
Epístola de Paulo aos
Coríntios
ESE Allan Kardec
Consolador
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