A Autoridade do Batismo
"Aconteceu que certo dia, enquanto ele ensinava o povo no templo
anunciando a Boa Nova, os chefes dos sacerdotes, os escribas, e os anciãos, se
apresentaram dizendo-lhe: Dize-nos: com que autoridade fazes estas coisas, ou quem
é que te concedeu esta autoridade? Ele respondeu: Também eu vos proporei uma
questão dizei-me: O batismo de João era do Céu ou dos homens? Eles, porém,
raciocinavam entre si dizendo-se respondermos ‘do Céu’, ele dirá: Porque, não creste
nele? se respondermos ‘dos homens’, o povo todo nos apedrejará, porque está
convicto que João era profeta. E responderam que não sabiam de onde era. e
Jesus lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas."
(Lucas, XX, 1-8.)
"foram de novo a Jerusalém e enquanto ele circulava pelo
templo, aproximaram-se os chefes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos e lhe
perguntavam: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te concedeu tal esta
autoridade para faze-las? Jesus Respondeu: e Eu vos proporei uma só questão.
respondei-me; e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de
João era do Céu ou dos homens? Respondei-me. Eles arrazoavam uns com os outros
dizendo: Se respondermos ‘Do Céu’, ele dirá: Por que então não crestes nele? Mas
se respondermos ‘Dos homens’ temiam a multidão pois todos pensavam que João era
de fato profeta. Diante disso Responderam a Jesus: Não sabemos. Jesus então
lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas."
(Marcos, XI,27-33.)
"vindo ele ao templo, quando estava a ensinar, quando os
chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo, se aproximaram e perguntaram-lhe:
Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te concedeu esta autoridade? Jesus
Respondeu: Também eu vos proporei uma só questão. se me responderdes, também eu
vos direi com que autoridade faço estas coisas. o Batismo de João de onde era? “do
Céu ou dos homens”? eles, porém,
arrazoavam entre si dizendo: se respondermos ele nos dirá: Por que, então, não crestes
nele? Se respondermos dos homens, temos medo da multidão pois todos
consideravam João como profeta. Diante disso Responderam a Jesus: Não sabemos. Ao
que ele, também respondeu: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas
coisas." (Mateus, XXI, 23-27.)
A autoridade do batismo tem sido objeto de controvérsia desde os
inícios do Cristianismo.
Em tempo algum se deu crédito ao "batismo de João"; o
próprio Batista repetia sempre, aos que buscavam o seu batismo, não ser este um
preceito divino, uma prática necessária à purificação espiritual.
Já tivemos ocasião de tratar deste assunto, não mais fazendo agora
senão confirmar o que deixamos dito.
O batismo de João nunca mereceu a sanção de quem quer que fosse,
inclusive a de Jesus que o chamava - de João - isto é, humano, pessoal, e não
divino, espiritual.
A questão nesse caso não se cifra em saber se o batismo era
realmente do Céu; não se trata de uma dúvida que se teria de resolver, mas, sim
do pronunciamento dos escribas, dos fariseus, dos principais sacerdotes a tal
respeito. Eles não criam no batismo de João, mas não o atacavam por medo do
povo.
Não havia nessa gente o desassombro preciso para confessar o seu
modo de ver, externando a sua opinião: eram escravos do preconceito. Para
aparecerem e dominarem, curvavam-se às injunções bastardas, ao julgamento
inconsciente da massa popular, às tradições de família, aos dogmas esdrúxulos.
Acontecia com essa gente o que acontece atualmente com toda a "gente
boa" de representação governativa e social: são católicos porque a maioria
do povo é. Se a maioria fosse ateia, eles também seriam ateus.
Homem sem ideal, sem espírito religioso, sem conhecimento de Deus,
adstritos a vida aparente do berço ao túmulo, e tirando sempre o maior proveito
que esse trecho da existência lhes dá, não fazem questão da lapidação do
caráter; dominando, divertindo-se, enriquecendo, tudo o mais pouco ou nada se
lhes dá, pouco se incomodam que o "batismo de João" seja do Céu ou da
Terra, contanto que ninguém os exceda em autoridade, para viverem fartamente,
usufruindo a seiva da existência que desfrutam
Corra a religião como correr, tudo lhes serve.
Encham-se os templos de mercadores, esvoacem neles as pombas,
pinoteiem as ovelhas, chifrem-se mutuamente os bois! Contanto que comam e bebam
a "páscoa", que apareçam nas festas como os mais festejados santos,
como as maiores dignidades da era, o resto não importa!
Interpelando-os sobre a autoridade do "batismo de João",
Jesus teve por fim desmascarar aqueles hipócritas em praça pública; teve por
intuito demonstrar ao povo quem eram os seus chefes, os seus guias, os mestres
que lhe ensinavam a "moral", os sacerdotes que lhe ensinavam a
"religião", os filósofos que lhe ensinavam a "sabedoria".
O povo não admitia que se fizesse a mínima recriminação a João
Batista, e eles não tiveram coragem de fazê-lo.
Como poderiam ter coragem de fazer o expurgo do templo, se eles
próprios eram templos infectos, de caráter duvidoso, de consciência transviada!
A autoridade de Jesus era, de fato, a autoridade de quem possui a
Verdade e rege-se pelos ditames da Verdade.
O Mestre não se limitava a dizer que tinha autoridade e que essa
autoridade Ele a havia recebido de Deus. A sua palavra doutrinária, as suas
ações edificantes eram o melhor testemunho da sua autoridade, que o povo, em
geral, não deixou de reconhecer, pois, como se viu, o Senhor efetuou com a
maior facilidade o expurgo do templo, coisa que os principais sacerdotes, os
fariseus e os escribas não puderam fazer.
A verdadeira autoridade é a autoridade moral, porque é a única que
merece a sanção divina, e, portanto o auxílio dos Mensageiros de Deus.
Quanto ao "batismo de João", todos sabem muito bem que
não era do Céu; se o fosse, não passaria, porque a Palavra do Céu não passa.
Disse-o o próprio João vos batizo com água, mas após mim virá quem vos batizará
com o Espírito Santo."
Convém lembrar o que já estudamos
O batismo é um ritual
de sociedades muito antigas para estabelecer o momento da criatura de um
momento para outro momento.
]o batismo cristão
vem de tradições pagãs porque nos anos idos havia o templo da deusa “Cotito”
que era a deusa da prostituição e esse templo ficava em Alexandria e os marinheiros
romanos quando partiam e seguiam para Alexandria estavam ansiosos por chegarem
e participarem do culto da deusa tão admirada por eles; mas para participar do
culto a deusa Cotito era necessário que essa marinhagem que chegava ao porto fosse
banhada em agua perfumada para que tivessem acesso ao cerimonial, ritual, da
deusa Cotito.
]e essa pratica deu
aos indivíduos que faziam o nome de imersore aqueles que imergiam as pessoas,
que em grego se chama Bapta. Imersor em grego é Bapta. João o precursor de
Jesus e primo, teve oportunidade de travar contato com essa realidade, do
Batismo no Egito, e levou essa pratica para Israel, começando a criar uma ordem
de pensamento espiritual e propondo o “arrependei-vos porque está próximo o
Reino dos Céus”; então todas as pessoas que aceitavam sua proposta ele levava
ao Baal , o vale do Jordão para
imergi-las e a partir daquele banho ele admitia que aquelas pessoas estivessem
espiritualmente renovadas para aquele novo tempo que ele anunciava com a vinda
do prometido Jesus e que era seu primo biológico. Dessa maneira João passou a
ser chamado de João o Bapta que em nosso idioma português ficou como João
Bapta, João o batizador, e acabou ficando pela tradução da vulgata como João
Batista.
Bapta significa o
imersor, aquele que imerge, aquele que mergulha, aquele que batiza, na nossa linguagem.
Então sendo um ritual
de iniciação não são todas as sociedades que praticam; e ele passou mais
formalmente admitido nas religiões e cada uma tem o seu ritual.
No judaísmo o menino
aos 13 anos de idade é iniciado, “é batizado”, e se torna um cidadão para a
comunidade judaica; as tribos indígenas a partir de certa idade, e cada
sociedade é assim.
No movimento cristão
surgiu a ideia de batizar com agua, porque Jesus foi batizado com agua; mas em
função de que o cristianismo adotou o batismo? Não era pelas mesmas razões dos
baptas do Egito, ou de Israel, mas porque se admite desde o conhecimento da Bíblia
Judaica, de que o ser humano nasce absurdamente marcado pelo pecado de Adão e Eva,
o tal pecado original, e por causa disso teria a necessidade de limpa-lo desse
pecado original graças ao batismo.
Então para nossos
irmãos católicos romanos, faz todo o sentido, porque eles admitem que o ser
humano carregue esse pecado de adão e eva (que aliás nunca existiram são apenas
como Caim e Abel referência de algo raça, bem ou mal etc.).
Na visão do
espiritismo nós aprendemos pela lei de justiça divina que um filho não pode
pagar pelo erro de seu pai. A própria justiça humana não faz isso, como Deus
faria... como é que nós a humanidade inteira estaríamos pagando pelo erro de
quem nunca existiu. Será que esse erro da desobediência por ter comido uma maçã
não foi pago ainda, nesses milênios de humanidade todo mundo pagando.
Então como nós
pensaríamos desse que mata, rouba, estupra, que comer uma maçã já determinou
nessa tragédia universal, claro que isso não tem logica para o pensamento
espirita e por isso o espiritismo não adota essa pratica batismal
Mas como o batismo é
um ritual de iniciação e tem como significado limpar a alma do seu pecado original
e os espiritas admitem que esse chamado pecado original o erro contra as
criaturas não é decorrente de nossos pais nem de Adão e Eva mas sim das nossas
vivencias anteriores; os indivíduos que foram maus no passado retornam à Terra
carregando essas marcas dessas maldades e os indivíduos que tiveram mal
procedimento ou má vida no seu pretérito retornam à reencarnação com essas
características.
Então qual seria o
batismo mais eficaz para esse tipo de coisa? “ à educação”
O espiritismo propõe
um batismo educacional para renovar a alma.
Por
uma leitura protestante particular da Bíblia em algumas denominações
evangélicas não se pode batizar um recém-nascido, pois o batismo só pode ser
concedido pela vontade do indivíduo pleno de seu livre arbítrio, claramente um recém-nascido
ainda não está apto a escolher ou não pelo batismo.
O Evangélico pentecostal
ritual que substitui o batismo dos recém-nascidos nas igrejas pentecostais é a
apresentação, esse ritual acontece fundamentado na passagem bíblica no
evangelho de (Lucas: 2.22 “quando se completaram os dias para a purificação deles,
segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, a fim de apresenta-lo ao Sacerdote.
”
Interessante que nesta ida ao Templo ocorreu
a primeira e segunda cura de Jesus. Ao chegar foi recebido por Simeão na escadaria
e logo após Nicodemos o pegou no colo, cicatrizando uma ferida que o impedia de
continuar a formação de Doutor; após a apresentação (batismo), ao descer as
escadas Ele esticou os bracinhos e tocando uma família de leprosos curou aquela
gente imediatamente.
Na Igreja, quando o recém-nascido é levado ao
culto, os pais sobem ao púlpito e entregam a criança para o pastor celebrante
citar o trecho de Lucas 2.22 e logo em seguida uma oração para orientação e
guarda da criança por Deus e Jesus.
A representação para a morte dos pecados e
nascimento para Deus, assim sendo na leitura pentecostal da igreja o nascido é
dispensado do batismo até completar 12 anos de idade, quando por vontade
própria a qualquer momento de sua juventude ou vida adulta (a depender do
chamado de Jesus) o fiel desce às águas do batismo e sobe livre de todo pecado
cometido.
João
Batista, eram quem batizava os que o procuravam em busca deste renascimento.
Mas ele tinha consciência de que a prática deste ato era passageira, pois ele
estava apenas preparando o caminho para que a missão do Messias se cumprisse,
ou seja, para que o Cristo realizasse o verdadeiro batismo, com o Espírito
Santo, segundo a Igreja.
O
batismo está incluso em várias religiões, tais como o Catolicismo, as Igrejas
Protestantes, os Evangélicos, os Unicistas, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia, as Testemunhas de Jeová e os Batistas.
Em alguns grupos, o batismo é visto como uma lei, perdendo assim sua ligação
com as questões religiosas. A água, desde tempos ancestrais, é vista como um
elemento gerador de vida, associado, portanto, ao nascimento e à morte, seguida
pelo renascimento. Assim sendo, o batismo também é imbuído deste duplo aspecto
– através dele se morre e se renasce em Jesus Cristo, pelo arrependimento da
vida que levava e o compromisso de uma nova vida material.
Segundo
o Luteranismo, o Batismo é apenas o primeiro passo na caminhada da humanidade,
que tem diante de si uma longa caminhada e um grande esforço regenerativo para
empreender, evitando as antigas tentações que o seduziram. Portanto, a busca da
renovação espiritual deve ser contínua. Lutero acreditava que a cada dia o homem
deveria realizar seu batismo simbólico, ou seja, sua reforma interior. Todo
momento que compõe a existência humana deve ser submetido a uma constante
reflexão e transformação do ser. É na prática, assim, que se constrói o
verdadeiro batismo, uma travessia pela vida. O batismo das crianças não tem
como pré-requisito a sua percepção do significado deste ritual, nem a fé de
alguém que ainda não teve tempo de adquiri-la, pois para Deus todos são seus
filhos. Adultos que ainda não receberam esse sacramento também são aceitos pela
comunidade e podem ser batizados, sendo anteriormente introduzidos à doutrina
luterana.
O
batizado realiza uma aliança com Jesus, o que simboliza sua adesão ao Pai e sua
inclusão no Cristianismo verdadeiro seguindo novos rumos para sua vida. Com o
batismo, o homem demonstra seu arrependimento dos pecados, no caso dos adultos,
e, quando se trata de crianças, ou seja, seu reconhecimento como membro do
Reino de Deus, um acontecimento puramente social pois a criança não tem noção
da vida o que só vai ocorrer após os 8 anos quando as faculdades estão formadas.
Em
todas as situações da vida “há casos e casos – regras e exceções”
FONTES:
Bíblia de Jerusalém Carlos T. Pastorino
Huberto Rodhen
https://web.archive.org/web/20161113204451/http://www.auxiliadora.org.br/sacramentos/batismo.htm/
http://www.luteranos.com.br/sacramentos/batismo.htm
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