sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O SILÊNCIO DE DEUS

 

O SILÊNCIO DE DEUS

Você pode orar, chorar, mas a resposta não vem!

O silêncio de Deus enluta qualquer cristão! É como se os Céus se fechassem em uma grande cortina. Você continua confiando, mas tudo que recebe é o Silêncio. Você quer uma cura, uma resposta, uma Palavra, mas continua ouvindo apenas o Silêncio.

Mas por que o Senhor!?

Ninguém pode responder por Deus;

O homem não pode conhecer os desígnios de Deus (Isaías 55.8-“Procurai Deus enquanto ele se deixa encontrar; invocai-o enquanto está perto; abandone o ímpio seu caminho; e o homem mau seus pensamentos; e volte a Deus pois terá compaixão dele; ao nosso Deus porque é rico em perdão; com efeito meus pensamentos não são vossos pensamentos e vossos caminhos não são vossos caminhos-). O que se pode entender nisso tudo é: Deus não cria filhos mimados! Ele tem o controle da vida, mas quer testar sua fé, nessa evolução ao sistema absoluto desde nossa queda. Misericórdia e amor pelos filhos rebeldes Jó! Deus se ausentou dele por um tempo, mas em nenhum momento Jó se esqueceu do seu grande amigo. No fim de tudo, final feliz.

Deus sempre está com o Homem, mas as vezes por estar em Silêncio (Jeremias 23.23-“ sou por acaso Deus apenas de perto e não Deus de longe? Pode alguém esconder-se em lugares secretos sem que eu o veja? Oraculo de Iahweh).  Isso serve para reforçar a nossa fé. É diante dos problemas (ou do Silêncio) que estamos dispostos a buscar com mais intensidade Deus...

Abraão só foi Abraão porque sua esposa não podia ter filhos. Se Abraão tivesse, uma vida sem problemas, Será que a Comunhão que adquiriu com Deus seria a mesma que conhecemos?! Deus é soberano e sempre sabe o fim da história. O choro dura uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.

O Silêncio de Deus NUNCA dura para sempre! Uma hora Ele vai responder suas orações ou falar com você, dar solução ao seu problema, etc. O Silêncio é sempre passageiro. É angustiante, mas tudo que Deus faz é com propósito.

Estamos no início das grandes transformações, e fenômenos próprios demonstram chegados os tempos anunciados pelas Escrituras e confirmados pelos imortais.

Tragédias de todo tipo sacodem o mundo físico, agora atormentado pela   pandemia da Covid-19, demonstrando a fragilidade do ser humano no pedestal das suas ilusões ante o vírus devastador e fatal, ao mesmo tempo facultando a necessidade do amor e da solidariedade entre as criaturas para a sobrevivência ao caos. Mais cruel do que uma guerra, a pandemia em tela ceifará centenas de milhares de vidas, umas em razão do natural processo de mudança moral do planeta para Mundo de regeneração, outras que deverão partir para o exílio, após o período de convalescença nas respectivas comunidades às quais se vinculam ante o vírus devastador e fatal ao mesmo tempo facultando a necessidade do amor e da solidariedade entre as criaturas para a sobrevivência ao caos.

(Estávamos à beira de uma guerra nuclear, e a forma mais suave que Jesus encontrou para permitir mais um degredo entre tantos milhares que já ocorreram foi essa pandemia do covid-lembrem da gripe espanhola, peste Negra, guerras mundiais, tsunamis, v vulcões, etc. etc.…)

QUEM PERCEBER acompanhará a jornada empreendida por dezenas de grupos de benfeitores espirituais encarregados, sob o comando de Ismael, de preparar a Era Nova na Terra, a fim de contribuir para a sua transição de Mundo de provas e expiações para Mundo de regeneração.

"Vive-se, na Terra, o momento da grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração. As alterações que se observam são de natureza moral, convidando o ser humano à mudança de comportamento para melhor, alterando os hábitos viciosos, a fim de que se instalem os paradigmas da justiça, do dever, da ordem e do amor. Anunciada essa transformação que se encontra ínsita no processo da evolução, desde o Sermão profético anotado pelo evangelista Marcos, no capítulo XIII do seu livro, quando o Divino Mestre apresentou os sinais dos futuros tempos após as ocorrências dolorosas que assinalariam os diferentes períodos da evolução. Sendo o ser humano um Espírito em processo de crescimento intelecto moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição que será alcançada mediante a superação das experiências primevas, que o assinalam profundamente, atando-o, não raro, à sua natureza animal em detrimento daquela espiritual que é a sua realidade. Mediante as reencarnações, etapa a etapa, se lhe dá o processo de eliminação das imperfeições morais, que se transformam em valores relevantes, impulsionando-o na direção da plenitude que lhe está destinada. Errando e corrigindo-se, realizando tentativas de progresso e caindo, para logo levantar-se, esse é o método de desenvolvimento que a todos propele na direção da sua felicidade plena. Herdeiro dos conflitos em que estorcegava nas fases iniciais, deve enfrentar os condicionamentos enfermiços, trabalhando pela aquisição de novas experiências que lhe constituam diretrizes de segurança para o avanço. Em face das situações críticas pelo carreiro carnal, gerando complicações afetivas, porque distante das emoções sublimes do amor, agindo mais pelos instintos, especialmente aqueles que dizem respeito à preservação da vida, à sua reprodução, a violência para a defesa sistemática da existência corporal, agride, quando deveria dialogar, acusa, no momento em que lhe seria lícito silenciar a ofensa ou a agressão, dando lugar aos embates infelizes geradores do ressentimento, do ódio, do desejo de desforço, esses filhos inconsequentes do ego dominador. O impositivo do progresso, porém, é inarredável, apresentando-se como necessidade de libertação das amarras vigorosas que o retêm na retaguarda, ante o deotropismo que o fascina e termina por arrebatá-lo. Colocado, pela força do determinismo, na conjuntura do livre-arbítrio, nem sempre lógico, somente ao impacto do sofrimento desperta para compreender quão indispensável lhe é a aquisição da paz, a conquista do bem-estar... nesses comenos, dá-se conta dos males praticados, dos prejuízos causados a outros, nascendo-lhe o anelo de recuperar-se, auxiliando aqueles que foram prejudicados pela sua inépcia ou primitivismo em relação aos deveres que fazem parte dos soberanos códigos de ética da vida. Atrasando-se ou avançando pelas sendas libertadoras, desenvolve os tesouros adormecidos na mente e no sentimento, que aprende a colocar a serviço do progresso, avançando consciente das próprias responsabilidades. Infelizmente, esse despertar da consciência tem-se feito muito lentamente, dando lugar aos desmandos que se repetem a todo momento, às lutas sangrentas terríveis. Predominam, desse modo, as condutas arbitrárias e perversas, na sociedade hodierna, em contraste chocante com as aquisições tecnológicas e científicas logradas na sucessão dos tempos. Observam-se amiúde os pródromos dos sentimentos bons, quando alguém é vítima de uma circunstância aziaga, movimentando grupos de socorro, ao tempo que outras criaturas se transformam em seres-bomba, assassinando, fanática e covardemente outros que nada têm a ver com as tragédias que pretendem remediar por meios mais funestos e inadequados do que aquelas que pretendem combater... Movimentos de proteção aos animais sensibilizam muitos segmentos da sociedade, no entanto, incontáveis pessoas permanecem indiferentes à milhões de crianças, anciãos e enfermos que morrem de fome cada ano, não por falta de alimento que o planeta fornece, mas por ausência total de compaixão e de solidariedade... Fenômenos sísmicos aterradores sacodem o orbe com frequência, despertando a solidariedade de outras nações, em relação àquelas que foram vitimadas, enquanto, simultaneamente, armas ditas inteligentes ceifam centenas e milhares de vida, a serviço da guerra, ou de revoluções intermináveis, ou de crimes trabalhados por organizações dedicadas ao mal... São esses paradoxos da vida em sociedade, que a grande transição que ora tem lugar no planeta irá modificar. As criaturas que persistirem na acomodação perversa da indiferença pela dor do seu irmão, que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada, que firmarem pacto de adesão à extorsão, ao suborno, aos diversos comportamentos delituosos do denominado colarinho branco, mantendo conduta egotista, tripudiando sobre as aflições do próximo, comprazendo-se na luxúria e na drogadição, na exploração indébita de outras vidas, por um largo período não disporão de meios de permanecer na Terra, sendo exiladas para mundos inferiores, onde irão ser úteis limando as arestas das imperfeições morais, a fim de retornarem, mais tarde, ao seio generoso da mãe-Terra que hoje não quiseram respeitar. O egrégio codificador do Espiritismo, assessorado pelas Vozes do Céu, deteve-se, mais de uma vez, na análise dos trágicos acontecimentos que sacudiriam a Terra e os seus habitantes, a fim de despertar os últimos para as responsabilidades para consigo mesmos e em relação à primeira. Em O Livro dos Espíritos, no capítulo dedicado a Lei de destruição, o insigne mestre de Lyon estuda as causas e razões dos desequilíbrios que se dão no planeta com frequência, ensejando as tragédias coletivas, bem como aquelas produzidas pelo ser humano, e constata que é necessário que tudo se destrua, a fim de poder renovar-se. A destruição, portanto, é somente produzida para a transformação molecular da matéria, nunca atingindo o Espírito, que é imortal. Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade. As dores que defluem desses fenômenos denominados como flagelos destruidores, objetivam fazer a "Humanidade progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que 11 mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos."1 Eis, portanto, o que vem ocorrendo nos dias atuais. As dores atingem patamares quase insuportáveis e a loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem caráter pandêmico, ao lado dos transtornos depressivos, da drogadição, do sexo desvairado, das fugas psicológicas espetaculares, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e à ética, da desconsideração pelos direitos humanos, animais e da Natureza... Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente.

Contribuindo na grande obra de regeneração da Humanidade, Espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, afim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o estabelecimento do Reino de Deus nos corações. Reconhecemos que essa nossa informação poderá causar estranheza em alguns estudiosos do Espiritismo, e mesmo reações mais severas noutros... Nada obstante, permitimo-nos a licença de apresentar o nosso pensamento após a convivência com nobres mentores que trabalham no elevado programa da grande transição... Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir em favor das mudanças que devem operar-se, atendendo aqueles que se encontram excruciados pela desencarnação violenta, inesperada, ou padecendo o jugo de obsessões cruéis, ou fixados em revolta injustificável, considerando-se adversários da Luz, membros da sanha do Mal, afim de melhorar a psicosfera vigente, desse modo, facilitando o trabalho dos Mensageiros de Jesus. Não temos outro objetivo, senão estimular os servidores do Bem a prosseguirem no ministério, a qualquer custo, sem desânimo nem contrariedade, permanecendo certos de que se encontram amparados em todas as situações, por mais dolorosas se lhes apresentem. Procuramos sintetizar as operações de socorro aos desencarnados vitimados pelo tsunami ocorrido no Oceano Índico, devastador e de consequências graves, que permanece ainda gerando sofrimento e desconforto, especialmente porque sucedido de outros tantos que prosseguem ocorrendo com frequência assustadora... Logo após, referimo-nos ao contributo especial dos Espíritos dedicados às tarefas de reencarnação dos novos obreiros, terrestres ou voluntários de outra dimensão cósmica, passando à análise dos tormentos que invadem a Terra, assim como da interferência dos Espíritos infelizes, que se comprazem em manter o terrível estado atual de aturdimento. Nada obstante, em todos os momentos, procuramos demonstrar a providencial misericórdia de Jesus, sempre atento com os Seus mensageiros a todas as ocorrências planetárias, minimizando as aflições humanas e abrindo espaço ao dia radioso de amanhã, que se aproxima, rico de bênçãos e de plenitude. Agradecendo ao Senhor de nossas vidas e aos Espíritos superiores investidos da sublime tarefa da grande transição planetária, por haver-nos concedido a honra do trabalho ao seu lado, sou o servidor devotado de sempre.

 

Em todos os tempos, os emissários de Deus recomendaram o silêncio profundo, a fim de que se possa ouvir-Lhe a voz e senti-lo mais intimamente.

Os ruídos e tumultos desviam o pensamento que se deve fixar no elevado objetivo de comunhão com a Divindade, para poder-se haurir energias vitalizadoras capazes de sustentar o Espírito nos embates inevitáveis do processo de evolução.

Quando se mergulha no mundo íntimo, encontram-se as mensagens sublimes da sabedoria, aquelas que constituem o alimento básico de sustentação da vida e, sem as quais, os objetivos essenciais da existência cedem lugar aos prazeres trêfegos e enganosos.

Os distúrbios externos, produzidos pela balbúrdia, desviam a mente para os tormentos exteriores, que tornam a marcha física insuportável, quando se constata a fragilidade das suas construções emocionais.

Em tentativa de atender a todas as excentricidades do vozerio do mundo, a mente desloca-se da meta essencial e perde o foco que lhe constitui o objetivo fundamental.

Quando o Espírito se encontra atordoado pela balbúrdia, o discernimento faz-se confuso e os componentes mentais e emocionais deslocam-se da atenção que deve ser concedida ao essencial, em benefício das aquisições secundárias, sempre incapazes de acalmar o coração.

Algumas vezes, alcança-se o topo do triunfo, meta muito buscada, a fama ligeira, a posição de destaque no grupo social, o riso bajulador e mentiroso, sob o pesado tributo dos conflitos internos que permanecem vorazes e desconhecidos, sempre em agitação.

Deus necessita do silêncio humano, a fim de fazer-se ouvido por quem deseje manter contato com a Sua Paternidade.

A Sua mensagem sempre tem sido transmitida após a transposição dos abismos externos e dos tumultos das paixões desarvoradas, permanecendo no ar, aguardando ser captada.

No imenso silêncio do monte Sinai, a sua voz transmitiu a Moisés as regras de ouro do Decálogo, mas não deixou de prosseguir enviando novas instruções para a conquista da harmonia, da plenitude.

Na antiguidade oriental, a Sua palavra fazia-se ouvir através dos sensitivos de vária denominação, conclamando à paz, à vitória sobre os impositivos exteriores predominantes no ser.

Nas furnas e nas cavernas, nas paisagens ermas desvelava-se, oferecendo o conhecimento da verdade que deveria ser assimilado, lentamente, através dos tempos.

Mesmo Jesus, após atender as multidões que se sucediam esfaimadas de pão, de paz, de luz, buscava o refúgio da solidão para, em silêncio, poder ouvi-lo no santuário íntimo.

Robustecido pelas poderosas energias da comunhão com o Pai, volvia ao tumulto e desespero das massas insaciáveis, a fim de diminuir-lhes as dores e a loucura que tomava conta do imenso rebanho.

Simultaneamente, porém, proclamou que o Reino dos Céus se encontra no coração, no íntimo do ser.

*

Nestes dias agitados, faz-se necessário que se busque o silêncio para renovar-se as paisagens íntimas e ouvi-lo atentamente, pacificando-se

À semelhança das ondas que permitem a comunicação terrestre, imprescindível que haja conexão para serem captadas; estão carregadas de mensagens de todo jaez, mas, sem a sintonia apropriada, nada transmitem, parecendo não existir.

Habitua-te ao silêncio que faz muito bem; não temas a viagem interior, o encontro contigo mesmo, nas regiões profundas dos arcanos espirituais.

Necessitas ouvir-te para bem te conheceres e traçares os caminhos por onde deverás seguir com segurança e otimismo.

Observarás que és um enigma para ti mesmo, que te encontras oculto sob sucessivas camadas de disfarces que te impedem apresentar a autenticidade.

De essência divina, possuis o conhecimento e és dotado de sabedoria que aguardam o momento de desvelar-se (bom lembrar que fomos feitos a imagem e semelhança)).

Reflexiona, portanto, quanto possas, a fim de libertar-te das algemas que te escravizam à aparência, sem conceder-te o conforto do auto aprimoramento.

A multiplicidade das vozes que gritam em torno de ti, te impede a conscientização dos valores que dignificam a existência.

Quando te habitues ao silêncio, sentir-te-ás luarizado pelas claridades sublimes do amor de Deus e ser-te-á muito fácil a travessia pelas estradas perigosas dos relacionamentos humanos.

Compreenderás que a paz defluente do auto conquista, nada consegue abalar.

Com segurança e serenidade agirás em qualquer circunstância, feliz ou tormentosa, sem desespero, com admirável harmonia.

Torna o silêncio uma necessidade terapêutica, abençoando-te a jornada, ao mesmo tempo em que te propicia alegria de viver.

Desfrutarás de contínua alegria, sem galhofas nem vulgaridades, em situação de bem-estar natural.

São Francisco de Assis buscava o acume dos montes e as cavernas para, em silêncio, ouvir Deus; mas, não somente ele.

Todos aqueles que aspiram a plenitude atendem aos deveres do mundo e refugiam-se no silêncio para os colóquios com Deus.

A exaustão que te toma o corpo e a mente, o vazio existencial que te visita com frequência, a apatia que te surpreende, a ansiedade que te aturde, são frutos espúrios da turbulência que te atinge.

Busca o silêncio e alcança-o.

Acalma-te e isola-te da multidão, uma e outra vez, e viaja calmamente no rumo do ser que és, e descobrirás tesouros imprevisíveis aguardando-te no interior.

Criado o hábito de incursionar, banhar-te-ás nas claridades refulgentes da palavra de Deus falando-te ao coração.

Não postergues a luminosa experiência, iniciando-a quanto antes.

A Importância do Silêncio “Estimula a conversação edificante e quando não possas fazê-lo, reserva-te silêncio discreto, propiciatório a reflexões salutares. ” Atualmente, parece que falar em silêncio é algo estranho, pois vivemos envoltos de sons, conversas, ruídos, equipamentos, manifestações dos mais variados tipos, sinalizando que há movimento intenso ao nosso redor e dentro de nós mesmos através de nossos pensamentos. Ficamos tão acostumados com isso que, muitas vezes, surpreendemo-nos com o silêncio e até ficamos incomodados com ele. Parece ser um vazio, uma solidão. O silêncio é uma expressão não-verbal das pessoas que nos comunica, muitas vezes, muito mais do que as palavras. O silêncio faz bem e é necessário. Ele tranquiliza nossa mente, influenciando em nossa atenção, concentração e bem-estar. É bom ouvirmos o próprio silêncio. Ouvirmos os nossos pensamentos, aguçarmos os nossos outros sentidos, o olhar, o sentir, o refletir e por que não dizer o encontrar com nós mesmos. Dentro de nossa Sociedade, onde há inúmeras pessoas que participam, sejam frequentadores ou trabalhadores, o som é inevitável, as conversas amigas, os esclarecimentos, o trabalho. Mas é necessário lembrarmos da importância do silêncio e primarmos para que ele se efetue porque nesta Casa, como em qualquer outro refúgio que buscamos para amparo e auxílio mútuo, precisamos serenar a fim de percebermos nossas necessidades ou daqueles que aqui chegam solicitando ajuda, como também os benefícios que a espiritualidade nos proporciona seja nos atendimentos, seja nas palestras, seja na simples espera de um trabalho, onde com certeza já somos sensibilizados e preparados, tal qual uma enfermaria. Se nos mantivermos no turbilhão do cotidiano, da postura rotineira, dos pensamentos rodopiantes, não captamos a profundidade e a sutileza do A Importância do Silêncio “Estimula a conversação edificante e quando não possas fazê-lo, reserva-te silêncio discreto, propiciatório a reflexões salutares. ” Joanna de Ângelis | Celeiro de Bênçãos auxílio estendido, perdendo excelentes oportunidades de descobertas e aprendizados. Silenciar é ouvir a si mesmo. É ter consciência da onde estamos e por que estamos. É ter consciência que a atmosfera ao nosso redor é influenciada por nossos pensamentos e atitudes, refletindo significativamente nos trabalhos que se realizam. Portanto, nós que fazemos parte dessa Casa devemos contribuir para sua harmonia e bem-estar coletiva, fiquemos atentos ao que pronunciamos e como pronunciamos.

Em todos os tempos, os mensageiros celestes recomendaram o silêncio profundo, a fim de que os homens pudessem ouvir a voz divina.

Dizem que Deus não se revela em meio ao tumulto. Isso porque muito ruído desvia o pensamento, que não se consegue fixar no elevado objetivo de comunhão com a divindade.

Deus necessita do silêncio humano, a fim de se fazer ouvido por quem deseje manter contato com a Sua paternidade.

A Sua mensagem tem sido transmitida, ao longo dos tempos, transpondo os abismos das paixões humanas, permanecendo no ar, aguardando ser captada.

Por isso, o grande legislador hebreu, Moisés, subiu ao Monte Sinai, mergulhando no imenso silêncio.

Então, as vozes celestes se manifestaram, em nome do grande Pai, transmitindo as regras de ouro do Decálogo.

Contudo, não deixou Deus de prosseguir enviando aos Seus filhos novas instruções para a conquista da harmonia, da plenitude.

Na antiguidade oriental, a Sua palavra se fazia ouvir através dos sensitivos de variada denominação, conclamando à paz, à vitória sobre as paixões predominantes nos seres.

Nas furnas e nas cavernas, nas paisagens solitárias, Deus se desvelava, oferecendo o conhecimento da verdade que deveria ser assimilado, lentamente, através dos tempos.

O Modelo e Guia da Humanidade, Jesus, após atender as multidões esfaimadas de pão, de paz, de luz, buscava o refúgio da solidão para, em silêncio, poder ouvir o Pai, no santuário íntimo.

Robustecido pelas poderosas energias da comunhão divina, retornava ao tumulto e desespero das massas insaciáveis, a fim de lhes diminuir as dores e a loucura que tomava conta do imenso rebanho.

É dessa forma que lemos a respeito de sua subida ao Monte Tabor para a oração mais profunda e os consequentes diálogos com os Espíritos de Moisés e de Elias.

E, aguardando sua prisão e morte, Ele se retirou para o Monte das Oliveiras para o contato mais íntimo com o Pai.

Da mesma maneira, nos refugiemos no silêncio para os colóquios com Deus.

Permitamo-nos a oração, que é diálogo puro com Deus. No silêncio, enviemos nossas rogativas. Nas mesmas asas do silêncio, nos retornarão as respostas, planificando-nos de paz e tranquilidade.

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Nestes dias agitados, há necessidade de buscarmos o silêncio para a renovação das paisagens íntimas, a fim de ouvir Deus, atentamente, pacificando-nos.

Quando nos habituarmos ao silêncio, nos haveremos de sentir luarizados pelas claridades sublimes do amor de Deus. Então, nos será muito fácil a travessia pelas estradas perigosas dos relacionamentos humanos.

Agiremos, com segurança e serenidade, em qualquer circunstância, feliz ou tormentosa, sem desespero, com admirável harmonia.

Tornemos o silêncio uma necessidade terapêutica, a cada dia, mesmo em meio aos afazeres que nos tomam as horas. Ou nas madrugadas insones, a horas mortas.

Vamos nos Permitir ao silêncio que é comunhão com Deus.

Vamos nos Isolar do tumulto, com certa regularidade.

Vamos nos habituar a esses momentos preciosos, que nos reabastecem o ânimo e revigoram as energias.

 

Silêncio é atitude necessária e importante em nossas vidas.

Entendido como a ausência ou cessação de barulho, ruído ou inquietação, o silêncio promove a paz de espírito.

O barulho excessivo gradativamente causa déficit de atenção e estresse no indivíduo, que sem se dar conta, vai ficando cada vez mais irritadiço. Pequenos gestos denotam o descontrole emocional à medida que o grau de estresse vai aumentando. Como decorrência, enfermidades podem surgir sinalizando que o corpo precisa de descanso e recuperação.

A vertiginosa velocidade com que tudo acontece na atualidade também pode ser motivo para o desassossego, conduzindo ao desequilíbrio psíquico, caso providências preventivas não sejam adotadas.

A experiência física é repleta de provas e expiações que apontam nossas grandes necessidades e, ainda, os parcos merecimentos que temos diante da Lei Divina. Há situações das quais não podemos escapar, por injunções cármicas, que prescindem da nossa vontade. A maioria dos tormentos, entretanto, conforme nos ensina O Evangelho segundo o Espiritismo, é causada por nós mesmos, seja por negligência, ignorância ou insensatez.

Cada vez mais comum tem sido a inquietação íntima que produz mal-estar, insatisfação, vazio existencial, depressão, obsessão…

Os trabalhadores do Cristo ao longo do tempo foram convocados à prestação do testemunho pessoal, cujo início invariavelmente ocorria pela busca e permanência temporária no “deserto”. Era a solidão íntima propiciadora da realização de uma viagem interior de autodescobrimento, quando o discípulo revisitava as fraquezas e fortalezas guardadas nos refolhos de seu coração.

Todos os que atravessaram esses caminhos não o fizeram sem dor, abençoada companheira dos momentos árduos de aprendizado, mas que burilam o Espírito em sua trajetória evolutiva, preparando-o para novos desafios.

*

Hoje, apesar das mudanças provocadas pelo tempo, muita coisa continua como era antes. Sobretudo as nossas necessidades, que prosseguem solicitando atendimento.

Na intimidade do ser, no ambiente doméstico, na convivência social e no desenvolvimento das atividades espirituais, busquemos o silêncio ativo que nos faculta a sintonia com os Planos Superiores da Vida Imortal.

Ante as contrariedades das relações humanas, recorramos à salutar advertência de Meimei, pela abençoada psicografia do cândido Chico Xavier: “O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo. ”

Recordemos, também, da conhecida definição inscrita comumente nos centros espíritas, em seus salões de palestras públicas ou de reuniões mediúnicas, “silêncio é prece”.

Por intermédio da oração, estamos mais próximos de Deus.

É pelo silêncio pois Deus está em cada um de nós pois fomos feitos à sua imagem e semelhança.

Salmo 82 de Asaf

“Eu declarei:  vós sois deuses;

todos vós sois filhos do altíssimo (membros da corte divina);

contudo, morrereis coimo qualquer homem;

caireis como qualquer, ó príncipes”.

Vós sois deuses!

A afirmação de Jesus, Vós sois deuses, leva-nos a uma profunda investigação. Se considerarmos que, de acordo com a resposta número 1 de O Livro dos Espíritos, Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, restaria a conclusão de que possuímos essas qualidades inerentes ao Criador latentes em nosso Espírito (pois fomos feitos a imagem e semelhança do criador).

Todavia, essa dedução merece maior reflexão. A filosofia Socrática (470 a.C. – 399 a. C.) ensinava que o conhecimento do homem deveria conduzi-lo a investigar sua própria realidade, daí a célebre frase “Conhece-te a ti mesmo”.

O conteúdo dessa ideia, séculos após, foi reproduzido através dos ensinamentos do Mestre ao afirmar: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Essas questões devem ser interpretadas à luz da razão e, ao mesmo tempo devem, igualmente, conduzir-nos à outra análise que se encontra na pergunta 621 de O Livro dos Espíritos: Onde está escrita a lei de Deus? A resposta foi direcionada no sentido do conhecimento da nossa realidade psicológica: Na consciência!

É naturalmente verdadeiro que a análise de todas essas questões indica que possuímos, em nossa intimidade psicológica, um tesouro extraordinário de valores, que não conseguimos ainda descortinar. Somente através do processo do autoconhecimento o ser humano principia extrair das profundezas do seu subconsciente, um diamante incrustado na rocha bruta para, em seguida, lapidá-lo, com o propósito de convertê-lo em joia cristalina e fulgurante. O ser humano é uma entidade ainda em construção, necessitando se autodescobrir para se projetar no espaço infinito e ocupar o lugar que lhe foi destinado pelo Criador. Segundo Joanna de Ângelis A consciência de si desvela o mundo interno ignorado, favorecendo com reflexões agradáveis na busca do autoconhecimento. A imersão que se realiza na direção do nosso “eu” converte-se em profundo ato de compreensão da realidade espiritual individual, com o propósito de adquirir consciência do que somos e iniciar o processo de construção daquilo que pretendemos ser. Afinal, somente quando adquirirmos conhecimento do que nos falta, seremos capazes de buscar valores para preencher o vazio existente, presente na nossa intimidade: um verdadeiro processo de remodelação da alma.

O homem primário desconhece toda essa realidade porque não aprendeu ainda o significado da própria existência – vive à margem dos fenômenos que ocorrem à sua volta em razão da materialidade que ofusca a sua visão. Exupéry afirmou que o essencial é invisível aos olhos. 

Essa cegueira cultural, intelectual e espiritual explica os grandes desacertos que ocorrem no mundo das relações. Isso porque, como compreender o próximo, se não conhecemos nossa própria capacidade de entender o mecanismo da relação e da tolerância? 

Os homens maus esquivam-se à própria vida, destruindo a si mesmos, incapazes de suportar a própria companhia, no dizer de Hannah Arendt.

O homem vil, de Aristóteles, não consegue submeter seus desejos às ordens da razão e, por esse motivo, não pode exercer controle sobre seus próprios atos no universo relacional.

Somente quando o homem se liberta das âncoras da matéria e inicia o percurso na direção da sua intimidade, consegue compreender o sentido da vida humana. Nesse processo de reflexão, a pessoa inicia a escalada nas grandes cordilheiras do Espírito, superando os difíceis e intricados caminhos que a conduzem à sua realidade existencial, e começa a se tornar deus!

Teilhard de Chardin( padre jesuítateólogo, paleontólogo filósofo francês  muito censurado pela igreja de Roma) tentou construir uma visão igual entre ciência e teologia, esclarece que reflexão é o estado de uma consciência que se tornou capaz de se ver e de prever a si mesma. Pensar é não apenas saber, mas saber o que se sabe. Esse verdadeiro estado princípio lógico de consciência habilita o ser humano ao domínio de si mesmo, o que significa iniciar a conquista do seu poder de autocontrole. Através do olho mental penetrante consegue-se a introspecção saudável, direcionada para as ocorrências psicológicas, desse modo adquirindo-se um conhecimento consciente, assinala Joanna de Ângelis.

Essa viagem ao desconhecido, na direção do nosso subconsciente, é o desafio que a filosofia espírita nos convoca para compreender o significado real da encarnação e da evolução.

Evoluímos por etapas porque, em cada retorno à matéria, o homem adquire novos conhecimentos, que se somam aos anteriores para, a partir de um determinado momento, compreender o significado e a razão da existência. Certamente que o momento culminante para o Espírito se revela quando inicia o autoconhecimento. Compreender é uma conquista que envolve saber, que se desenvolve na busca da consciência da realidade que nos envolve.

Nessa linha de ideias, Erich Fromm, psicanalistafilósofo, sociólogo alemão assinala que  é a voz do verdadeiro eu que nos convoca para nós mesmos, para viver produtivamente, para desenvolver-nos ampla e harmoniosamente ( isto é para nos tornarmos aquilo que somos potencialmente. Ou seja, a frase sugestiva de Fromm remete-nos à filosofia do Cristo quando afirmou que somos deuses. O homem, que se encontra em processo de autoconhecimento, somente será verdadeiramente livre quando se autodescobrir e trouxer à superfície do seu Espírito, os incomensuráveis valores que se encontram incrustados em seu subconsciente. Huberto Rohden9 ensina: Ora, sendo o homem essencialmente divino – embora a consciência da sua divindade se ache, por ora, em estado potencial de latência – pode a voz de Deus acordar nele o eco ou a reminiscência da sua origem divina. Um verdadeiro Deotropismo que nos impulsiona na direção do Criador, a exemplo das plantas que, através do heliotropismo, se dirigem para o sol.

Dessa forma, o ensinamento do Cristo nos conduziu a dois desafios – conhecer a nós mesmos e nos libertarmos das algemas que nos prendem ao dogma, ao preconceito e à ignorância para, a partir do conhecimento dessa realidade, alçar voo na direção do autoconhecimento. E, ao iniciarmos essa viagem, assumiremos o controle da nossa alma, instrumentando-nos para descer nas profundidades do nosso EU, que nos conduzirá às alturas das imensas cordilheiras do conhecimento, da compreensão e do significado da linguagem divina – seremos donos do nosso destino. E, nessa circunstância, poderemos realizar nossas escolhas, conscientes dos efeitos que elas produzirão em nossa existência. Seremos os deuses anunciados pelo Cristo! 

 

Interrogado pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, respondeu-lhes: (Lc 17:20 – “a vinda do Reino de Deus, não é observável. Não se poderá dizer: ei-lo aqui! Ei-lo ali! Pois eis que o Reino de Deus está no meio de vós” (dentro de vós).

FONTE:

Radio Rio de Janeiro

Redação do Momento Espírita

Joanna de Ângelis

Emídio Silva Falcão

Allan KARDEC

Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa

Pai nosso Francisco Cândido XAVIER

Bíblia de Jerusalém

 

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