O SILÊNCIO DE DEUS
Você pode orar, chorar, mas a resposta não vem!
O silêncio de Deus enluta qualquer cristão! É como
se os Céus se fechassem em uma grande cortina. Você continua confiando, mas
tudo que recebe é o Silêncio. Você quer uma cura, uma resposta, uma Palavra,
mas continua ouvindo apenas o Silêncio.
Mas por que o Senhor!?
Ninguém pode responder por Deus;
O homem não pode conhecer os desígnios de
Deus (Isaías 55.8-“Procurai Deus
enquanto ele se deixa encontrar; invocai-o enquanto está perto; abandone o
ímpio seu caminho; e o homem mau seus pensamentos; e volte a Deus pois terá
compaixão dele; ao nosso Deus porque é rico em perdão; com efeito meus
pensamentos não são vossos pensamentos e vossos caminhos não são vossos
caminhos-). O que se pode entender nisso tudo é: Deus não cria
filhos mimados! Ele tem o controle da vida, mas quer testar sua fé, nessa
evolução ao sistema absoluto desde nossa queda. Misericórdia e amor pelos
filhos rebeldes Jó! Deus se ausentou dele por um tempo, mas em nenhum momento
Jó se esqueceu do seu grande amigo. No fim de tudo, final feliz.
Deus sempre está com o Homem, mas as vezes por
estar em Silêncio (Jeremias
23.23-“ sou por acaso Deus apenas de perto e não Deus de longe? Pode alguém
esconder-se em lugares secretos sem que eu o veja? Oraculo de Iahweh).
Isso serve para reforçar a nossa fé. É diante dos problemas (ou do Silêncio)
que estamos dispostos a buscar com mais intensidade Deus...
Abraão só foi Abraão porque sua esposa não podia
ter filhos. Se Abraão tivesse, uma vida sem problemas, Será que a Comunhão que
adquiriu com Deus seria a mesma que conhecemos?! Deus é soberano e sempre sabe
o fim da história. O choro dura uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.
O Silêncio de Deus NUNCA dura para sempre! Uma hora
Ele vai responder suas orações ou falar com você, dar solução ao seu problema,
etc. O Silêncio é sempre passageiro. É angustiante, mas tudo que Deus faz é com
propósito.
Estamos no início das grandes transformações, e
fenômenos próprios demonstram chegados os tempos anunciados pelas Escrituras e
confirmados pelos imortais.
Tragédias de todo tipo sacodem o mundo físico, agora atormentado
pela pandemia da Covid-19, demonstrando
a fragilidade do ser humano no pedestal das suas ilusões ante o vírus
devastador e fatal, ao mesmo tempo facultando a necessidade do amor e da
solidariedade entre as criaturas para a sobrevivência ao caos. Mais cruel do
que uma guerra, a pandemia em tela ceifará centenas de milhares de vidas, umas
em razão do natural processo de mudança moral do planeta para Mundo de
regeneração, outras que deverão partir para o exílio, após o período de
convalescença nas respectivas comunidades às quais se vinculam ante o vírus
devastador e fatal ao mesmo tempo facultando a necessidade do amor e da solidariedade
entre as criaturas para a sobrevivência ao caos.
(Estávamos à beira de uma guerra nuclear, e a forma
mais suave que Jesus encontrou para permitir mais um degredo entre tantos
milhares que já ocorreram foi essa pandemia do covid-lembrem da gripe
espanhola, peste Negra, guerras mundiais, tsunamis, v vulcões, etc. etc.…)
QUEM PERCEBER acompanhará a jornada empreendida por
dezenas de grupos de benfeitores espirituais encarregados, sob o comando de
Ismael, de preparar a Era Nova na Terra, a fim de contribuir para a sua
transição de Mundo de provas e expiações para Mundo de regeneração.
"Vive-se, na Terra, o momento da
grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração.
As alterações que se observam são de natureza moral, convidando o ser humano à
mudança de comportamento para melhor, alterando os hábitos viciosos, a fim de
que se instalem os paradigmas da justiça, do dever, da ordem e do amor.
Anunciada essa transformação que se encontra ínsita no processo da evolução,
desde o Sermão profético anotado pelo evangelista Marcos, no capítulo XIII do
seu livro, quando o Divino Mestre apresentou os sinais dos futuros tempos após
as ocorrências dolorosas que assinalariam os diferentes períodos da evolução.
Sendo o ser humano um Espírito em processo de crescimento intelecto moral,
atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto,
logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição que será
alcançada mediante a superação das experiências primevas, que o assinalam
profundamente, atando-o, não raro, à sua natureza animal em detrimento daquela
espiritual que é a sua realidade. Mediante as reencarnações, etapa a etapa, se lhe
dá o processo de eliminação das imperfeições morais, que se transformam em
valores relevantes, impulsionando-o na direção da plenitude que lhe está
destinada. Errando e corrigindo-se, realizando tentativas de progresso e
caindo, para logo levantar-se, esse é o método de desenvolvimento que a todos
propele na direção da sua felicidade plena. Herdeiro dos conflitos em que estorcegava
nas fases iniciais, deve enfrentar os condicionamentos enfermiços, trabalhando
pela aquisição de novas experiências que lhe constituam diretrizes de segurança
para o avanço. Em face das situações críticas pelo carreiro carnal, gerando
complicações afetivas, porque distante das emoções sublimes do amor, agindo
mais pelos instintos, especialmente aqueles que dizem respeito à preservação da
vida, à sua reprodução, a violência para a defesa sistemática da existência
corporal, agride, quando deveria dialogar, acusa, no momento em que lhe seria
lícito silenciar a ofensa ou a agressão, dando lugar aos embates infelizes
geradores do ressentimento, do ódio, do desejo de desforço, esses filhos inconsequentes
do ego dominador. O impositivo do progresso, porém, é inarredável,
apresentando-se como necessidade de libertação das amarras vigorosas que o
retêm na retaguarda, ante o deotropismo que o fascina e termina por
arrebatá-lo. Colocado, pela força do determinismo, na conjuntura do
livre-arbítrio, nem sempre lógico, somente ao impacto do sofrimento desperta
para compreender quão indispensável lhe é a aquisição da paz, a conquista do bem-estar...
nesses comenos, dá-se conta dos males praticados, dos prejuízos causados a
outros, nascendo-lhe o anelo de recuperar-se, auxiliando aqueles que foram
prejudicados pela sua inépcia ou primitivismo em relação aos deveres que fazem
parte dos soberanos códigos de ética da vida. Atrasando-se ou avançando pelas
sendas libertadoras, desenvolve os tesouros adormecidos na mente e no
sentimento, que aprende a colocar a serviço do progresso, avançando consciente
das próprias responsabilidades. Infelizmente, esse despertar da consciência
tem-se feito muito lentamente, dando lugar aos desmandos que se repetem a todo
momento, às lutas sangrentas terríveis. Predominam, desse modo, as condutas
arbitrárias e perversas, na sociedade hodierna, em contraste chocante com as
aquisições tecnológicas e científicas logradas na sucessão dos tempos.
Observam-se amiúde os pródromos dos sentimentos bons, quando alguém é vítima de
uma circunstância aziaga, movimentando grupos de socorro, ao tempo que outras
criaturas se transformam em seres-bomba, assassinando, fanática e covardemente
outros que nada têm a ver com as tragédias que pretendem remediar por meios
mais funestos e inadequados do que aquelas que pretendem combater... Movimentos
de proteção aos animais sensibilizam muitos segmentos da sociedade, no entanto,
incontáveis pessoas permanecem indiferentes à milhões de crianças, anciãos e
enfermos que morrem de fome cada ano, não por falta de alimento que o planeta
fornece, mas por ausência total de compaixão e de solidariedade... Fenômenos
sísmicos aterradores sacodem o orbe com frequência, despertando a solidariedade
de outras nações, em relação àquelas que foram vitimadas, enquanto,
simultaneamente, armas ditas inteligentes ceifam centenas e milhares de vida, a
serviço da guerra, ou de revoluções intermináveis, ou de crimes trabalhados por
organizações dedicadas ao mal... São esses paradoxos da vida em sociedade, que
a grande transição que ora tem lugar no planeta irá modificar. As criaturas que
persistirem na acomodação perversa da indiferença pela dor do seu irmão, que
assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada, que firmarem
pacto de adesão à extorsão, ao suborno, aos diversos comportamentos delituosos
do denominado colarinho branco, mantendo conduta egotista, tripudiando sobre as
aflições do próximo, comprazendo-se na luxúria e na drogadição, na exploração
indébita de outras vidas, por um largo período não disporão de meios de
permanecer na Terra, sendo exiladas para mundos inferiores, onde irão ser úteis
limando as arestas das imperfeições morais, a fim de retornarem, mais tarde, ao
seio generoso da mãe-Terra que hoje não quiseram respeitar. O egrégio
codificador do Espiritismo, assessorado pelas Vozes do Céu, deteve-se, mais de
uma vez, na análise dos trágicos acontecimentos que sacudiriam a Terra e os
seus habitantes, a fim de despertar os últimos para as responsabilidades para
consigo mesmos e em relação à primeira. Em O Livro dos Espíritos, no capítulo
dedicado a Lei de destruição, o insigne mestre de Lyon estuda as causas e
razões dos desequilíbrios que se dão no planeta com frequência, ensejando as
tragédias coletivas, bem como aquelas produzidas pelo ser humano, e constata
que é necessário que tudo se destrua, a fim de poder renovar-se. A destruição,
portanto, é somente produzida para a transformação molecular da matéria, nunca
atingindo o Espírito, que é imortal. Desse modo, as grandes calamidades de uma
ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à
reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua
imortalidade. As dores que defluem desses fenômenos denominados como flagelos
destruidores, objetivam fazer a "Humanidade progredir mais depressa. Já
não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos
Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do
aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados
possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais;
daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam.
Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que 11 mais pronto
se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns
anos o que teria exigido muitos séculos."1 Eis, portanto, o que vem
ocorrendo nos dias atuais. As dores atingem patamares quase insuportáveis e a
loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem caráter pandêmico, ao lado
dos transtornos depressivos, da drogadição, do sexo desvairado, das fugas
psicológicas espetaculares, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e
à ética, da desconsideração pelos direitos humanos, animais e da Natureza...
Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de
que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente.
Contribuindo na grande obra de
regeneração da Humanidade, Espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas
sombras terrestres, afim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da
caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres,
possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o estabelecimento do Reino
de Deus nos corações. Reconhecemos que essa nossa informação poderá causar
estranheza em alguns estudiosos do Espiritismo, e mesmo reações mais severas
noutros... Nada obstante, permitimo-nos a licença de apresentar o nosso
pensamento após a convivência com nobres mentores que trabalham no elevado
programa da grande transição... Equipes de apóstolos da caridade no plano
espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir em favor das
mudanças que devem operar-se, atendendo aqueles que se encontram excruciados
pela desencarnação violenta, inesperada, ou padecendo o jugo de obsessões
cruéis, ou fixados em revolta injustificável, considerando-se adversários da
Luz, membros da sanha do Mal, afim de melhorar a psicosfera vigente, desse
modo, facilitando o trabalho dos Mensageiros de Jesus. Não temos outro
objetivo, senão estimular os servidores do Bem a prosseguirem no ministério, a
qualquer custo, sem desânimo nem contrariedade, permanecendo certos de que se
encontram amparados em todas as situações, por mais dolorosas se lhes
apresentem. Procuramos sintetizar as operações de socorro aos desencarnados
vitimados pelo tsunami ocorrido no Oceano Índico, devastador e de consequências
graves, que permanece ainda gerando sofrimento e desconforto, especialmente
porque sucedido de outros tantos que prosseguem ocorrendo com frequência
assustadora... Logo após, referimo-nos ao contributo especial dos Espíritos
dedicados às tarefas de reencarnação dos novos obreiros, terrestres ou
voluntários de outra dimensão cósmica, passando à análise dos tormentos que
invadem a Terra, assim como da interferência dos Espíritos infelizes, que se
comprazem em manter o terrível estado atual de aturdimento. Nada obstante, em
todos os momentos, procuramos demonstrar a providencial misericórdia de Jesus,
sempre atento com os Seus mensageiros a todas as ocorrências planetárias,
minimizando as aflições humanas e abrindo espaço ao dia radioso de amanhã, que
se aproxima, rico de bênçãos e de plenitude. Agradecendo ao Senhor de nossas
vidas e aos Espíritos superiores investidos da sublime tarefa da grande
transição planetária, por haver-nos concedido a honra do trabalho ao seu lado,
sou o servidor devotado de sempre.
Em
todos os tempos, os emissários de Deus recomendaram o silêncio profundo, a fim
de que se possa ouvir-Lhe a voz e senti-lo mais intimamente.
Os
ruídos e tumultos desviam o pensamento que se deve fixar no elevado objetivo de
comunhão com a Divindade, para poder-se haurir energias vitalizadoras capazes
de sustentar o Espírito nos embates inevitáveis do processo de evolução.
Quando
se mergulha no mundo íntimo, encontram-se as mensagens sublimes da sabedoria,
aquelas que constituem o alimento básico de sustentação da vida e, sem as
quais, os objetivos essenciais da existência cedem lugar aos prazeres trêfegos
e enganosos.
Os
distúrbios externos, produzidos pela balbúrdia, desviam a mente para os
tormentos exteriores, que tornam a marcha física insuportável, quando se
constata a fragilidade das suas construções emocionais.
Em
tentativa de atender a todas as excentricidades do vozerio do mundo, a mente
desloca-se da meta essencial e perde o foco que lhe constitui o objetivo
fundamental.
Quando
o Espírito se encontra atordoado pela balbúrdia, o discernimento faz-se confuso
e os componentes mentais e emocionais deslocam-se da atenção que deve ser
concedida ao essencial, em benefício das aquisições secundárias, sempre
incapazes de acalmar o coração.
Algumas
vezes, alcança-se o topo do triunfo, meta muito buscada, a fama ligeira, a
posição de destaque no grupo social, o riso bajulador e mentiroso, sob o pesado
tributo dos conflitos internos que permanecem vorazes e desconhecidos, sempre
em agitação.
Deus
necessita do silêncio humano, a fim de fazer-se ouvido por quem deseje manter
contato com a Sua Paternidade.
A
Sua mensagem sempre tem sido transmitida após a transposição dos abismos
externos e dos tumultos das paixões desarvoradas, permanecendo no ar,
aguardando ser captada.
No
imenso silêncio do monte Sinai, a sua voz transmitiu a Moisés as regras de ouro
do Decálogo, mas não deixou de prosseguir enviando novas instruções para a
conquista da harmonia, da plenitude.
Na
antiguidade oriental, a Sua palavra fazia-se ouvir através dos sensitivos de
vária denominação, conclamando à paz, à vitória sobre os impositivos exteriores
predominantes no ser.
Nas
furnas e nas cavernas, nas paisagens ermas desvelava-se, oferecendo o
conhecimento da verdade que deveria ser assimilado, lentamente, através dos
tempos.
Mesmo
Jesus, após atender as multidões que se sucediam esfaimadas de pão, de paz, de
luz, buscava o refúgio da solidão para, em silêncio, poder ouvi-lo no santuário
íntimo.
Robustecido
pelas poderosas energias da comunhão com o Pai, volvia ao tumulto e desespero
das massas insaciáveis, a fim de diminuir-lhes as dores e a loucura que tomava
conta do imenso rebanho.
Simultaneamente,
porém, proclamou que o Reino dos Céus se encontra no coração, no íntimo
do ser.
*
Nestes
dias agitados, faz-se necessário que se busque o silêncio para renovar-se as
paisagens íntimas e ouvi-lo atentamente, pacificando-se
À
semelhança das ondas que permitem a comunicação terrestre, imprescindível que
haja conexão para serem captadas; estão carregadas de mensagens de todo jaez,
mas, sem a sintonia apropriada, nada transmitem, parecendo não existir.
Habitua-te
ao silêncio que faz muito bem; não temas a viagem interior, o encontro contigo
mesmo, nas regiões profundas dos arcanos espirituais.
Necessitas
ouvir-te para bem te conheceres e traçares os caminhos por onde deverás seguir
com segurança e otimismo.
Observarás
que és um enigma para ti mesmo, que te encontras oculto sob sucessivas camadas
de disfarces que te impedem apresentar a autenticidade.
De
essência divina, possuis o conhecimento e és dotado de sabedoria que aguardam o
momento de desvelar-se (bom lembrar que fomos feitos a imagem e semelhança)).
Reflexiona,
portanto, quanto possas, a fim de libertar-te das algemas que te escravizam à
aparência, sem conceder-te o conforto do auto aprimoramento.
A
multiplicidade das vozes que gritam em torno de ti, te impede a conscientização
dos valores que dignificam a existência.
Quando
te habitues ao silêncio, sentir-te-ás luarizado pelas claridades sublimes do
amor de Deus e ser-te-á muito fácil a travessia pelas estradas perigosas dos
relacionamentos humanos.
Compreenderás
que a paz defluente do auto conquista, nada consegue abalar.
Com
segurança e serenidade agirás em qualquer circunstância, feliz ou tormentosa,
sem desespero, com admirável harmonia.
Torna
o silêncio uma necessidade terapêutica, abençoando-te a jornada, ao mesmo tempo
em que te propicia alegria de viver.
Desfrutarás
de contínua alegria, sem galhofas nem vulgaridades, em situação de bem-estar
natural.
São
Francisco de Assis buscava o acume dos montes e as cavernas para, em silêncio,
ouvir Deus; mas, não somente ele.
Todos
aqueles que aspiram a plenitude atendem aos deveres do mundo e refugiam-se no
silêncio para os colóquios com Deus.
A
exaustão que te toma o corpo e a mente, o vazio existencial que te visita com
frequência, a apatia que te surpreende, a ansiedade que te aturde, são frutos
espúrios da turbulência que te atinge.
Busca
o silêncio e alcança-o.
Acalma-te
e isola-te da multidão, uma e outra vez, e viaja calmamente no rumo do ser que
és, e descobrirás tesouros imprevisíveis aguardando-te no interior.
Criado
o hábito de incursionar, banhar-te-ás nas claridades refulgentes da palavra de
Deus falando-te ao coração.
Não
postergues a luminosa experiência, iniciando-a quanto antes.
A Importância do Silêncio “Estimula a conversação edificante e
quando não possas fazê-lo, reserva-te silêncio discreto, propiciatório a
reflexões salutares. ” Atualmente, parece que falar em silêncio é algo
estranho, pois vivemos envoltos de sons, conversas, ruídos, equipamentos,
manifestações dos mais variados tipos, sinalizando que há movimento intenso ao
nosso redor e dentro de nós mesmos através de nossos pensamentos. Ficamos tão
acostumados com isso que, muitas vezes, surpreendemo-nos com o silêncio e até
ficamos incomodados com ele. Parece ser um vazio, uma solidão. O silêncio é uma
expressão não-verbal das pessoas que nos comunica, muitas vezes, muito mais do
que as palavras. O silêncio faz bem e é necessário. Ele tranquiliza nossa
mente, influenciando em nossa atenção, concentração e bem-estar. É bom ouvirmos
o próprio silêncio. Ouvirmos os nossos pensamentos, aguçarmos os nossos outros
sentidos, o olhar, o sentir, o refletir e por que não dizer o encontrar com nós
mesmos. Dentro de nossa Sociedade, onde há inúmeras pessoas que participam,
sejam frequentadores ou trabalhadores, o som é inevitável, as conversas amigas,
os esclarecimentos, o trabalho. Mas é necessário lembrarmos da importância do
silêncio e primarmos para que ele se efetue porque nesta Casa, como em qualquer
outro refúgio que buscamos para amparo e auxílio mútuo, precisamos serenar a
fim de percebermos nossas necessidades ou daqueles que aqui chegam solicitando
ajuda, como também os benefícios que a espiritualidade nos proporciona seja nos
atendimentos, seja nas palestras, seja na simples espera de um trabalho, onde
com certeza já somos sensibilizados e preparados, tal qual uma enfermaria. Se
nos mantivermos no turbilhão do cotidiano, da postura rotineira, dos
pensamentos rodopiantes, não captamos a profundidade e a sutileza do A
Importância do Silêncio “Estimula a conversação edificante e quando não possas
fazê-lo, reserva-te silêncio discreto, propiciatório a reflexões salutares. ”
Joanna de Ângelis | Celeiro de Bênçãos auxílio estendido, perdendo excelentes
oportunidades de descobertas e aprendizados. Silenciar é ouvir a si mesmo. É
ter consciência da onde estamos e por que estamos. É ter consciência que a
atmosfera ao nosso redor é influenciada por nossos pensamentos e atitudes,
refletindo significativamente nos trabalhos que se realizam. Portanto, nós que
fazemos parte dessa Casa devemos contribuir para sua harmonia e bem-estar
coletiva, fiquemos atentos ao que pronunciamos e como pronunciamos.
Em todos os tempos, os mensageiros celestes recomendaram
o silêncio profundo, a fim de que os homens pudessem ouvir a
voz divina.
Dizem que Deus não se revela em meio ao tumulto. Isso porque muito
ruído desvia o pensamento, que não se consegue fixar no elevado objetivo de comunhão com a
divindade.
Deus necessita do silêncio humano, a fim de se fazer ouvido por
quem deseje manter contato com a Sua paternidade.
A Sua mensagem tem sido transmitida,
ao longo dos tempos, transpondo os abismos das paixões humanas, permanecendo
no ar, aguardando ser captada.
Por isso, o grande legislador hebreu, Moisés, subiu ao Monte
Sinai, mergulhando no imenso silêncio.
Então, as vozes celestes se manifestaram, em nome do grande Pai,
transmitindo as
regras de ouro do Decálogo.
Contudo, não deixou Deus de prosseguir enviando aos
Seus filhos novas
instruções para a conquista da harmonia, da plenitude.
Na antiguidade oriental, a Sua palavra se fazia ouvir através dos
sensitivos de variada denominação, conclamando à paz, à vitória sobre
as paixões predominantes nos seres.
Nas furnas e nas cavernas, nas paisagens solitárias,
Deus se desvelava,
oferecendo o conhecimento da verdade que deveria ser assimilado, lentamente,
através dos tempos.
O Modelo e Guia da Humanidade, Jesus, após atender
as multidões esfaimadas de pão, de paz, de luz, buscava o refúgio da solidão
para, em silêncio, poder ouvir o Pai, no santuário íntimo.
Robustecido pelas poderosas energias da comunhão divina,
retornava ao tumulto e desespero das massas insaciáveis, a fim de lhes diminuir
as dores e a loucura que tomava conta do imenso rebanho.
É dessa forma que lemos a respeito de sua subida ao Monte Tabor
para a oração mais profunda e os consequentes diálogos com os Espíritos de
Moisés e de Elias.
E, aguardando sua prisão e morte, Ele se retirou para o Monte das
Oliveiras para o contato mais íntimo com o Pai.
Da mesma maneira, nos refugiemos no silêncio para os colóquios com
Deus.
Permitamo-nos a oração, que é diálogo puro com Deus. No silêncio,
enviemos nossas rogativas. Nas mesmas asas do silêncio, nos retornarão as
respostas, planificando-nos de paz e tranquilidade.
* * *
Nestes dias agitados, há necessidade de buscarmos o silêncio para
a renovação das paisagens íntimas, a fim de ouvir Deus, atentamente,
pacificando-nos.
Quando nos habituarmos ao silêncio, nos haveremos de sentir
luarizados pelas claridades sublimes do amor de Deus. Então, nos será muito
fácil a travessia pelas estradas perigosas dos relacionamentos humanos.
Agiremos, com segurança e serenidade, em qualquer circunstância,
feliz ou tormentosa, sem desespero, com admirável harmonia.
Tornemos o silêncio uma necessidade terapêutica, a cada dia, mesmo
em meio aos afazeres que nos tomam as horas. Ou nas madrugadas insones, a horas
mortas.
Vamos nos Permitir ao silêncio que é comunhão com Deus.
Vamos nos Isolar do tumulto, com certa regularidade.
Vamos nos habituar a esses momentos preciosos, que nos reabastecem
o ânimo e revigoram as energias.
Silêncio
é atitude necessária e importante em nossas vidas.
Entendido
como a ausência ou cessação de barulho, ruído ou inquietação, o silêncio
promove a paz de espírito.
O
barulho excessivo gradativamente causa déficit de atenção e estresse no
indivíduo, que sem se dar conta, vai ficando cada vez mais irritadiço. Pequenos
gestos denotam o descontrole emocional à medida que o grau de estresse vai
aumentando. Como decorrência, enfermidades podem surgir sinalizando que o corpo
precisa de descanso e recuperação.
A
vertiginosa velocidade com que tudo acontece na atualidade também pode ser
motivo para o desassossego, conduzindo ao desequilíbrio psíquico, caso
providências preventivas não sejam adotadas.
A
experiência física é repleta de provas e expiações que apontam nossas grandes
necessidades e, ainda, os parcos merecimentos que temos diante da Lei Divina.
Há situações das quais não podemos escapar, por injunções cármicas, que
prescindem da nossa vontade. A maioria dos tormentos, entretanto, conforme nos
ensina O
Evangelho segundo o Espiritismo, é causada por nós mesmos, seja por
negligência, ignorância ou insensatez.
Cada
vez mais comum tem sido a inquietação íntima que produz mal-estar,
insatisfação, vazio existencial, depressão, obsessão…
Os
trabalhadores do Cristo ao longo do tempo foram convocados à prestação do
testemunho pessoal, cujo início invariavelmente ocorria pela busca e
permanência temporária no “deserto”. Era a solidão íntima propiciadora da
realização de uma viagem interior de autodescobrimento, quando o discípulo
revisitava as fraquezas e fortalezas guardadas nos refolhos de seu coração.
Todos
os que atravessaram esses caminhos não o fizeram sem dor, abençoada companheira
dos momentos árduos de aprendizado, mas que burilam o Espírito em sua
trajetória evolutiva, preparando-o para novos desafios.
*
Hoje,
apesar das mudanças provocadas pelo tempo, muita coisa continua como era antes.
Sobretudo as nossas necessidades, que prosseguem solicitando atendimento.
Na
intimidade do ser, no ambiente doméstico, na convivência social e no
desenvolvimento das atividades espirituais, busquemos o silêncio ativo que nos
faculta a sintonia com os Planos Superiores da Vida Imortal.
Ante
as contrariedades das relações humanas, recorramos à salutar advertência de
Meimei, pela abençoada psicografia do cândido Chico Xavier: “O silêncio é a
gentileza do perdão que se cala e espera o tempo. ”
Recordemos,
também, da conhecida definição inscrita comumente nos centros espíritas, em
seus salões de palestras públicas ou de reuniões mediúnicas, “silêncio é
prece”.
Por
intermédio da oração, estamos mais próximos de Deus.
É
pelo silêncio pois Deus está em cada um de nós pois fomos feitos à sua imagem e
semelhança.
Salmo
82 de Asaf
“Eu
declarei: vós sois deuses;
todos
vós sois filhos do altíssimo (membros da corte divina);
contudo,
morrereis coimo qualquer homem;
caireis
como qualquer, ó príncipes”.
Vós sois deuses!
A
afirmação de Jesus, Vós sois deuses, leva-nos a uma
profunda investigação. Se considerarmos que, de acordo com a resposta número 1
de O Livro dos Espíritos, Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as
coisas, restaria a conclusão de que possuímos essas qualidades
inerentes ao Criador latentes em nosso Espírito (pois fomos feitos a imagem e
semelhança do criador).
Todavia,
essa dedução merece maior reflexão. A filosofia Socrática (470 a.C. – 399 a.
C.) ensinava que o conhecimento do homem deveria conduzi-lo a investigar sua
própria realidade, daí a célebre frase “Conhece-te a ti mesmo”.
O
conteúdo dessa ideia, séculos após, foi reproduzido através dos ensinamentos do
Mestre ao afirmar: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Essas
questões devem ser interpretadas à luz da razão e, ao mesmo tempo devem,
igualmente, conduzir-nos à outra análise que se encontra na pergunta 621 de O
Livro dos Espíritos: Onde está escrita a lei de Deus? A resposta
foi direcionada no sentido do conhecimento da nossa realidade
psicológica: Na
consciência!
É
naturalmente verdadeiro que a análise de todas essas questões indica que
possuímos, em nossa intimidade psicológica, um tesouro extraordinário de
valores, que não conseguimos ainda descortinar. Somente através do processo do
autoconhecimento o ser humano principia extrair das profundezas do seu
subconsciente, um diamante incrustado na rocha bruta para, em seguida,
lapidá-lo, com o propósito de convertê-lo em joia cristalina e fulgurante. O
ser humano é uma entidade ainda em construção, necessitando se autodescobrir
para se projetar no espaço infinito e ocupar o lugar que lhe foi destinado pelo
Criador. Segundo Joanna de Ângelis A consciência de si desvela o mundo interno ignorado, favorecendo
com reflexões agradáveis na busca do autoconhecimento. A
imersão que se realiza na direção do nosso “eu” converte-se em profundo ato de
compreensão da realidade espiritual individual, com o propósito de adquirir
consciência do que somos e iniciar o processo de construção daquilo que
pretendemos ser. Afinal, somente quando adquirirmos conhecimento do que nos
falta, seremos capazes de buscar valores para preencher o vazio existente,
presente na nossa intimidade: um verdadeiro processo de remodelação da alma.
O
homem primário desconhece toda essa realidade porque não aprendeu ainda o
significado da própria existência – vive à margem dos fenômenos que ocorrem à
sua volta em razão da materialidade que ofusca a sua visão. Exupéry afirmou
que o
essencial é invisível aos olhos.
Essa
cegueira cultural, intelectual e espiritual explica os grandes desacertos que
ocorrem no mundo das relações. Isso porque, como compreender o próximo, se não
conhecemos nossa própria capacidade de entender o mecanismo da relação e da
tolerância?
Os homens maus esquivam-se à própria
vida, destruindo a si mesmos, incapazes de suportar a própria companhia,
no dizer de Hannah Arendt.
O
homem vil, de Aristóteles, não consegue submeter seus desejos às ordens da
razão e, por esse motivo, não pode exercer controle sobre seus próprios atos no
universo relacional.
Somente
quando o homem se liberta das âncoras da matéria e inicia o percurso na direção
da sua intimidade, consegue compreender o sentido da vida humana. Nesse
processo de reflexão, a pessoa inicia a escalada nas grandes cordilheiras do
Espírito, superando os difíceis e intricados caminhos que a conduzem à sua
realidade existencial, e começa a se tornar deus!
Teilhard
de Chardin( padre jesuíta, teólogo, paleontólogo filósofo francês muito censurado pela igreja de Roma) tentou construir uma visão igual entre ciência e teologia,
esclarece que reflexão é o estado de uma consciência que se tornou capaz de se
ver e de prever a si mesma. Pensar é não apenas saber, mas saber o que se sabe. Esse
verdadeiro estado princípio lógico de consciência habilita o ser humano ao
domínio de si mesmo, o que significa iniciar a conquista do seu poder de
autocontrole. Através
do olho mental penetrante consegue-se a introspecção saudável, direcionada
para as ocorrências psicológicas, desse modo adquirindo-se um conhecimento
consciente, assinala Joanna de Ângelis.
Essa
viagem ao desconhecido, na direção do nosso subconsciente, é o desafio que a filosofia
espírita nos convoca para compreender o significado real da encarnação e da
evolução.
Evoluímos
por etapas porque, em cada retorno à matéria, o homem adquire novos
conhecimentos, que se somam aos anteriores para, a partir de um determinado
momento, compreender o significado e a razão da existência. Certamente que o
momento culminante para o Espírito se revela quando inicia o autoconhecimento.
Compreender é uma conquista que envolve saber, que se desenvolve na busca da
consciência da realidade que nos envolve.
Nessa
linha de ideias, Erich Fromm, psicanalista, filósofo,
sociólogo alemão
assinala que é a voz do verdadeiro eu que nos convoca para nós mesmos, para
viver produtivamente, para desenvolver-nos ampla e harmoniosamente ( isto é para
nos tornarmos aquilo que somos potencialmente) . Ou seja, a frase sugestiva de Fromm remete-nos
à filosofia do Cristo quando afirmou que somos deuses. O homem, que se encontra
em processo de autoconhecimento, somente será verdadeiramente livre quando se
autodescobrir e trouxer à superfície do seu Espírito, os incomensuráveis
valores que se encontram incrustados em seu subconsciente. Huberto Rohden9 ensina: Ora, sendo o
homem essencialmente divino – embora a consciência da sua divindade se ache,
por ora, em estado potencial de latência – pode a voz de Deus acordar nele o eco
ou a reminiscência da sua origem divina. Um verdadeiro
Deotropismo que nos impulsiona na direção do Criador, a exemplo das plantas
que, através do heliotropismo, se dirigem para o sol.
Dessa forma, o ensinamento do Cristo nos conduziu a dois desafios
– conhecer a nós mesmos e nos libertarmos das algemas que nos prendem ao dogma,
ao preconceito e à ignorância para, a partir do conhecimento dessa realidade,
alçar voo na direção do autoconhecimento. E, ao iniciarmos essa viagem,
assumiremos o controle da nossa alma, instrumentando-nos para descer nas
profundidades do nosso EU, que nos conduzirá às alturas das imensas
cordilheiras do conhecimento, da compreensão e do significado da linguagem
divina – seremos donos do nosso destino. E, nessa circunstância, poderemos
realizar nossas escolhas, conscientes dos efeitos que elas produzirão em nossa
existência. Seremos os deuses anunciados pelo Cristo!
Interrogado
pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, respondeu-lhes: (Lc 17:20
– “a vinda do Reino de Deus, não é observável. Não se poderá dizer: ei-lo aqui!
Ei-lo ali! Pois eis que o Reino de Deus está no meio de vós” (dentro de vós).
FONTE:
Radio Rio de Janeiro
Redação do Momento Espírita
Joanna de Ângelis
Emídio
Silva Falcão
Allan
KARDEC
Dicionário
eletrônico Houaiss da língua portuguesa
Pai
nosso Francisco Cândido XAVIER
Bíblia
de Jerusalém
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