PASCOA
Não vamos entrar
em considerações quanto a Moisés que foi criado como príncipe, viu um escravo
sendo torturado, reclamou, teve que fugir, foi escolhido por Deus para libertar
o povo, voltou o faraó não concordou, foram lançadas 10 pragas até que o faraó
permitiu.
Antes vamos
esclarecer as questões de origem da páscoa.
A Páscoa - é uma
festividade cristã?
A
palavra Páscoa vem do aramaico pashã, cujo
sentido original é muito discutido. Pode significar "saltar", “pular”.
No
hebraico pesah (pessach)
significaria originariamente "dança
cultual", ou conforme alguns, a passagem do sol pela constelação do
carneiro ou da lua pelo seu ponto mais alto. No livro bíblico de Êxodo, a
palavra toma o sentido de "passagem".
Originariamente,
o pesah e a festa dos ázimos eram duas festas distintas. A primeira dessas
festas tinha relação com a vida dos nômades, a segunda com a dos agricultores
sedentários.
Como
ambas as festas caíam na primeira lua cheia da primavera, foram mais tarde
unidas, e celebradas em memória do êxodo dos judeus, porque, conforme a
tradição, esse se dera na primavera.
Os
ritos para a comemoração da Páscoa foram se transformando, ao longo dos anos.
Ao tempo de Jesus, a refeição pascal era tomada em grupos de dez a vinte
convivas, em casas particulares.
Os
cordeiros, para a ceia, eram mortos no Templo, no dia 14 de Nisan, (ou Abib),
que corresponde ao nosso mês de abril (talvez dia 6 ou 7), entre 14h30min e
17h., mas comido depois do pôr-do-sol.
A
festa tomou verdadeiramente o caráter de comemoração da libertação do Egito, o
que explica os ritos da festa, pela pressa com que os israelitas saíram, o que
os obrigou, naquela oportunidade, a usar a massa que estava na masseira, antes
que pudesse levedar.
Além
do cordeiro e do pão ázimo (sem fermento) utilizavam-se ainda o
"charoset", isto é, um prato de frutas desfeitas em vinagre, formando
uma pasta cor de tijolo, que servia para recordar a argamassa que os filhos de
Israel empregavam nos trabalhos do cativeiro egípcio. Ervas amargas recordavam
as agruras da escravidão.
As
ervas eram mergulhadas no "charoset" e comidas, em meio a preces de
gratidão a Deus. O pão ázimo era distribuído em pequenas parcelas, a fim de
recordar a antiga escassez de víveres. O vinho era indispensável, misturado com
água: 4 cálices ao todo, servidos pelo chefe de família e seguidos, um a um, de
explicações a respeito da simbologia daquela comemoração especial e de
entusiásticos louvores dos Salmos. As famílias que não o pudessem adquirir,
deveriam buscá-lo no Templo, de forma gratuita, especialmente entregue para a
ocasião que era imprescindível de ser celebrada por todos os varões de Israel.
As mulheres poderiam participar, se o desejassem, não sendo a isto obrigadas.
De
acordo com os Evangelhos, a prisão, condenação, flagelação e a morte de Cristo
coincidiram com a festa em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro
egípcio, a sua Páscoa. É por este motivo que, posteriormente, se ligou o
episódio da ressurreição de Jesus à Páscoa, tendo a liturgia Católica a adotado
em seu calendário.
Quanto
aos símbolos da Páscoa, responsabiliza-se os teutônicos pelo ovo de Páscoa.
Antes eram ovos mesmo, símbolo da vida e da fertilidade, provavelmente
proibidos como alimentos durante a Quaresma (liturgia católica) e reaparecendo
no cardápio do domingo da ressurreição.
Contudo,
o costume de oferecer ovos como presente nessa época, remonta aos antigos
egípcios. Entre nós, esse costume foi trazido por missionários que visitaram a
China. Só que, antigamente, eram ovos mesmo, de pata ou de galinha, coloridos e
enfeitados. A partir do século XVIII, incorporou-se o ovo de chocolate como
símbolo da Páscoa, admitindo-o como indicativo de fertilidade e renovação. No
Brasil, os ovos de chocolate foram introduzidos entre os anos 1913/1920, por
imigrantes alemães.
O
coelho, outro símbolo ligado à Páscoa, conforme a Liturgia Católica expressa a
capacidade da Igreja em reproduzir novos discípulos. Alguns historiadores
associam isso a antigos ritos de fertilidade, o que se justifica, pois, o
coelho é o animal que mais se reproduz.
Com
tais explicações, observamos que a comemoração da Páscoa não encontra respaldo
na Doutrina Cristã e recordamos a exortação do espírito André Luiz, na obra
"Conduta Espírita", cap. 37:
"Dispensar
sempre as fórmulas sociais criadas ou mantidas por convencionalismos ou tradições
que estanquem o progresso.
Toda
complexidade atrasa o relógio da evolução."
O povo de Israel
não tinha nenhuma virtude em si, para merecer este amor divino, mas Deus o
escolheu, por causa de sua aliança anterior com Abraão, e por causa do clamor daqueles
que sofriam (Êxodo 3.7).
A vida de Moisés,
seus defeitos, hesitações e submissão não devem ser esquecidos, mostrando como
Deus pode agir sobre pessoas com fraquezas, aparentemente incapazes para serem
úteis. Moisés tinha uma fala pesada, e hesitou muito antes de aceitar a missão
de ser líder na libertação.
Vamos analisar o
que é a pascoa, o que representa, sua relação com o discurso de Jesus na última
ceia.
Afinal estamos
nos aproximando de mais uma grande celebração cujas raízes repousam no
judaísmo, mas que foram absorvidas pelo mundo cristão, pelo cristianismo e
depois de certo modo deturpada e se
transformaram na celebração anual da pascoa, com seus coelhinhos seus ovos da
pascoa e com uma festa que quase não guarda
nenhuma relação com a pascoa genuína.
O que é então
pascoa? É uma celebração judaica do momento em que o povo foi libertado da
escravidão no Egito. É importante dizer que quando nós falamos em pascoa,
estamos no universo que é o da religiosidade, o mundo religioso; e no universo
da religiosidade, lidamos com símbolos, com metáforas, porque a religiosidade
tem a ver com sentimentos, tem a ver com experiencia pessoal; com a experiencia
que a criatura faz de Deus. Como ela experimenta Deus experimenta a vida diante
da vida e diante de Deus.
É obvio que é
impossível traduzir uma experiencia tão subjetiva tão espiritualmente rica com
a linguagem da ciência, da matemática, analítica ou com a linguagem da
filosofia que é uma linguagem especulativa cheia de um vocabulário complexo e
as vezes até prolixo e por esta razão a religiosidade opta pela linguagem da
metáfora que é quase uma linguagem dos sonhos uma linguagem onírica e portanto
a páscoa tem muito dessa simbologia onírica, do sonho.
E o que diz a
páscoa? Que o povo hebreu estava escravo 400 anos no Egito e o Egito foi
invadido por um anjo da morte, mas naquelas casas que tivessem a marca de
sangue de um cordeiro o anjo pularia aquela casa; e como o verbo pular em
hebraico é pessach (לדלג), daí vem
páscoa. Pascoa é pular, o pulo que o anjo dá nas casas que tem a marca do
cordeiro e que, portanto, foram poupados da tragédia de perderem o filho mais
velho da casa, e essa é a simbologia. Mas porque o cordeiro? Na celebração da
pascoa judaica o cordeiro ficava uma semana com a família; eles pegavam o
cordeirinho e ele ficava dentro de casa onde as crianças brincavam com o
bichinho criavam uma relação de afeto com ele e durante aquela semana o
animalzinho era quase que um membro da família, mas ao entardecer da sexta
feira toda família se reunia e o animal era sacrificado e tinha que ser assim
porque se alimentar do cordeiro da pascoa precisava ser uma experiencia de dor;
é a experiencia da perda de alguém amado. Então a pascoa tem a ver com essa
experiencia espiritual, a experiencia da libertação espiritual, mas que é uma
experiencia de desilusão e você nãos e desilude com perder e por isso esse
choque do cordeirinho sendo imolado.
Com a vinda de
Jesus ele convive três anos com seus discípulos cura cegos, paralíticos, janta
todo dia na casinha de Simão Pedro, cura até mesmo a sogra de Pedro que morava
com ele, trabalha com eles acorda cedo e vai pescar com eles, Convive com eles
diariamente, participa de suas dores, sofre as imperfeições de cada um deles e
o momento final dos três anos reúne os doze e diz assim pra eles: “vocês vão me
perder mas não se turbe vosso coração”. Estou agora me despedindo de vocês
porque vou deixar o mundo corpóreo, para voltar ao mundo incorpóreo e vocês vão
experimentar uma tremenda tristeza, uma profunda dor, porque vocês criaram uma
conexão emocional comigo; eu não chamo vocês mais de servos, eu chamo de amigos
porque tudo o que eu aprendi compartilhei com vocês. Eu amei vocês da maneira
maior que eu poderia amar.
Eu amei tanto que
você Pedro vai me negar, um vai me trair e todos vão me abandonar, mas eu
continuo amando e nada vai alterar meu amor por vocês. Eu amo tanto você Judas
que mesmo sabendo que vais me trair, não estou te expulsando, estou ceando com
você e eu te perdoo. Mas eu vou embora e vocês vão viver a maior experiencia de
solidão e ascensão espiritual das suas vidas,
Mas o que eu
posso prometer; que do mundo espiritual estarei junto com vocês, vou ampara-los
em todas as suas atividades. Estarei eu mesmo comandando a expansão do
Cristianismo.
Portanto essa
crise da morte é apenas um portal para a espiritualidade, porque a vida não
cessa no tumulo e toda vez que vocês se
sentirem solitários, falta da minha amizade, do meu amor, o amor da minha
presença vocês vão se reunir, vão celebrar a pascoa em minha memória, em memória
da minha amizade, do meu amor e sobretudo em memoria da libertação que eu sou
mensageiro.
Porque Jesus veio
libertar o homem da escravidão da matéria, da escravidão dos sentidos.
Egito em hebraico
chama-se Mits·rá·yim (מצרים, מִצְרָיִם); Mits·rá·yim em hebraico significa estreiteza, prisão; a
matéria é opressora, os sentidos físicos são estreitos ,as a
mensagem de Jesus é libertadora porque ela vem trazer um amor incondicional; um
amor que ama independente de... portanto é um amor que liberta e Ele recomenda
reúnam-se celebrem a páscoa para celebrar o amor e a imortalidade da alma a
vida espiritual mas infelizmente nos séculos passados nós transformamos a
páscoa em coelhos e ovinhos de chocolate, apagando completamente a dimensão
espiritual e a experiencia religiosa que a pascoa propõe que é uma experiencia
de Deus, de solidão de amar e se sentir amado não importam as circunstancias.
Essa é a pascoa
Fonte:
Dr. Haroldo Dutra
Dias Juiz de Direito de BH(MG)
Infoescola
Bíblia
de Jerusalém
Wikipedia
CURIOSIDADE:
Foram precisos
que Deus permitisse 10 pragas sobre o Egito para que finalmente o Faraó
autorizasse a libertação do povo escravo
Primeira
praga: a água foi convertida em sangue
Toda
e qualquer água do Egito foi transformada em sangue e até mesmo os rios foram
contaminados, vindo a morrer todos os peixes.
Segunda
praga: rãs
Esta
praga surgiu após Arão (irmão de Moisés, que o acompanhou durante todo o
processo) estender a mão sobre o Egito e surgiram rãs de todos os lugares
Terceira
praga: Mosquitos
Da
mesma forma que antes, o Egito foi infestado por rãs, desta vez vieram
mosquitos a encobrir a população e todos os animais. Desencadeada também após
Arão estender as mãos sobre o Egito.
Quarta
praga: Moscas
Bem
semelhante as anteriores, a quarta praga deixou o Egito infestado de moscas.
Faraó concordou em libertar o povo, o Senhor retirou a praga, mas assim que
percebeu que a praga havia cessado, o faraó voltou atrás na sua decisão,
aprisionando o povo hebreu.
Quinta
praga: Peste nos animais
Desta
vez Moisés estendeu a mão sobre o Egito e por ordem do Senhor surgiu uma praga
nos animais em que muitos morreram e grande foi a perda para os egípcios.
Sexta
praga: Úlceras
Diante
da resistência de faraó, que a cada praga aceitava libertar o povo, mas assim
que elas cessavam voltava a reter os hebreus como escravos, o Senhor ordenou a
Moisés e a Arão que enchessem suas mãos de cinzas e jogassem para os céus.
Assim o fizeram e as cinzas se transformaram em úlceras em todo o Egito, tanto
nos animais como nas pessoas.
Sétima
praga: Chuva de pedras
A
resistência por parte do faraó se repetiu e assim, o Senhor pediu a Moisés para
estender tua varinha por todo o Egito (exceto a região onde vivia o povo
escolhido, o povo a ser liberto), e foi assim que uma chuva de pedras destruiu
toda a plantação.
Oitava
praga: Gafanhotos
Nesta
praga, pela oitava vez o Senhor tocou no povo egípcio a fim de fazer justiça e
libertar seu povo; enviou um vento que passou seguido de inúmeros gafanhotos
devorando muito do que possuía o faraó. Mais uma vez ele cedeu, mas somente até
a praga cessar.
Nona praga:
Trevas
Desta
vez, todo o céu do Egito se tornou trevas e passaram dias na escuridão (menos
onde estavam os filhos de Israel). O que também não foi suficiente para
convencer faraó a libertar o povo de vez.
Décima:
Morte dos primogênitos
Esta
foi a última praga, em que todos os primogênitos foram mortos, desde os
animais até os servos, inclusive o filho do próprio faraó. Houve
grande comoção no Egito quando por fim, após muita insistência, faraó concordou
em deixar o povo sair.
De
acordo com as escrituras, o faraó chegou a arrepender-se, indo atrás do povo,
tentando capturá-lo de novo, sem sucesso. Passagem que ficou popularmente
conhecida como “Deus abriu o mar vermelho”.
Fonte:
Dr.
Haroldo Dutra Dias youtube
Nenhum comentário:
Postar um comentário