quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

PASCOA

 PASCOA

Não vamos entrar em considerações quanto a Moisés que foi criado como príncipe, viu um escravo sendo torturado, reclamou, teve que fugir, foi escolhido por Deus para libertar o povo, voltou o faraó não concordou, foram lançadas 10 pragas até que o faraó permitiu.

Antes vamos esclarecer as questões de origem da páscoa.

A Páscoa -  é uma festividade cristã?

A palavra Páscoa vem do aramaico pashã, cujo sentido original é muito discutido. Pode significar "saltar", “pular”.

No hebraico pesah (pessach) significaria originariamente "dança cultual", ou conforme alguns, a passagem do sol pela constelação do carneiro ou da lua pelo seu ponto mais alto. No livro bíblico de Êxodo, a palavra toma o sentido de "passagem".

Originariamente, o pesah e a festa dos ázimos eram duas festas distintas. A primeira dessas festas tinha relação com a vida dos nômades, a segunda com a dos agricultores sedentários.

Como ambas as festas caíam na primeira lua cheia da primavera, foram mais tarde unidas, e celebradas em memória do êxodo dos judeus, porque, conforme a tradição, esse se dera na primavera.

Os ritos para a comemoração da Páscoa foram se transformando, ao longo dos anos. Ao tempo de Jesus, a refeição pascal era tomada em grupos de dez a vinte convivas, em casas particulares.

Os cordeiros, para a ceia, eram mortos no Templo, no dia 14 de Nisan, (ou Abib), que corresponde ao nosso mês de abril (talvez dia 6 ou 7), entre 14h30min e 17h., mas comido depois do pôr-do-sol.

A festa tomou verdadeiramente o caráter de comemoração da libertação do Egito, o que explica os ritos da festa, pela pressa com que os israelitas saíram, o que os obrigou, naquela oportunidade, a usar a massa que estava na masseira, antes que pudesse levedar.

Além do cordeiro e do pão ázimo (sem fermento) utilizavam-se ainda o "charoset", isto é, um prato de frutas desfeitas em vinagre, formando uma pasta cor de tijolo, que servia para recordar a argamassa que os filhos de Israel empregavam nos trabalhos do cativeiro egípcio. Ervas amargas recordavam as agruras da escravidão.

As ervas eram mergulhadas no "charoset" e comidas, em meio a preces de gratidão a Deus. O pão ázimo era distribuído em pequenas parcelas, a fim de recordar a antiga escassez de víveres. O vinho era indispensável, misturado com água: 4 cálices ao todo, servidos pelo chefe de família e seguidos, um a um, de explicações a respeito da simbologia daquela comemoração especial e de entusiásticos louvores dos Salmos. As famílias que não o pudessem adquirir, deveriam buscá-lo no Templo, de forma gratuita, especialmente entregue para a ocasião que era imprescindível de ser celebrada por todos os varões de Israel. As mulheres poderiam participar, se o desejassem, não sendo a isto obrigadas.

De acordo com os Evangelhos, a prisão, condenação, flagelação e a morte de Cristo coincidiram com a festa em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro egípcio, a sua Páscoa. É por este motivo que, posteriormente, se ligou o episódio da ressurreição de Jesus à Páscoa, tendo a liturgia Católica a adotado em seu calendário.

Quanto aos símbolos da Páscoa, responsabiliza-se os teutônicos pelo ovo de Páscoa. Antes eram ovos mesmo, símbolo da vida e da fertilidade, provavelmente proibidos como alimentos durante a Quaresma (liturgia católica) e reaparecendo no cardápio do domingo da ressurreição.

Contudo, o costume de oferecer ovos como presente nessa época, remonta aos antigos egípcios. Entre nós, esse costume foi trazido por missionários que visitaram a China. Só que, antigamente, eram ovos mesmo, de pata ou de galinha, coloridos e enfeitados. A partir do século XVIII, incorporou-se o ovo de chocolate como símbolo da Páscoa, admitindo-o como indicativo de fertilidade e renovação. No Brasil, os ovos de chocolate foram introduzidos entre os anos 1913/1920, por imigrantes alemães.

O coelho, outro símbolo ligado à Páscoa, conforme a Liturgia Católica expressa a capacidade da Igreja em reproduzir novos discípulos. Alguns historiadores associam isso a antigos ritos de fertilidade, o que se justifica, pois, o coelho é o animal que mais se reproduz.

Com tais explicações, observamos que a comemoração da Páscoa não encontra respaldo na Doutrina Cristã e recordamos a exortação do espírito André Luiz, na obra "Conduta Espírita", cap. 37:

"Dispensar sempre as fórmulas sociais criadas ou mantidas por convencionalismos ou tradições que estanquem o progresso.

Toda complexidade atrasa o relógio da evolução."

 

O povo de Israel não tinha nenhuma virtude em si, para merecer este amor divino, mas Deus o escolheu, por causa de sua aliança anterior com Abraão, e por causa do clamor daqueles que sofriam (Êxodo 3.7).

A vida de Moisés, seus defeitos, hesitações e submissão não devem ser esquecidos, mostrando como Deus pode agir sobre pessoas com fraquezas, aparentemente incapazes para serem úteis. Moisés tinha uma fala pesada, e hesitou muito antes de aceitar a missão de ser líder na libertação.

Vamos analisar o que é a pascoa, o que representa, sua relação com o discurso de Jesus na última ceia.

Afinal estamos nos aproximando de mais uma grande celebração cujas raízes repousam no judaísmo, mas que foram absorvidas pelo mundo cristão, pelo cristianismo e depois de certo modo  deturpada e se transformaram na celebração anual da pascoa, com seus coelhinhos seus ovos da pascoa e com uma festa que quase não guarda  nenhuma relação com a pascoa genuína.

O que é então pascoa? É uma celebração judaica do momento em que o povo foi libertado da escravidão no Egito. É importante dizer que quando nós falamos em pascoa, estamos no universo que é o da religiosidade, o mundo religioso; e no universo da religiosidade, lidamos com símbolos, com metáforas, porque a religiosidade tem a ver com sentimentos, tem a ver com experiencia pessoal; com a experiencia que a criatura faz de Deus. Como ela experimenta Deus experimenta a vida diante da vida e diante de Deus.

É obvio que é impossível traduzir uma experiencia tão subjetiva tão espiritualmente rica com a linguagem da ciência, da matemática, analítica ou com a linguagem da filosofia que é uma linguagem especulativa cheia de um vocabulário complexo e as vezes até prolixo e por esta razão a religiosidade opta pela linguagem da metáfora que é quase uma linguagem dos sonhos uma linguagem onírica e portanto a páscoa tem muito dessa simbologia onírica, do sonho.

E o que diz a páscoa? Que o povo hebreu estava escravo 400 anos no Egito e o Egito foi invadido por um anjo da morte, mas naquelas casas que tivessem a marca de sangue de um cordeiro o anjo pularia aquela casa; e como o verbo pular em hebraico é pessach (לדלג), daí vem páscoa. Pascoa é pular, o pulo que o anjo dá nas casas que tem a marca do cordeiro e que, portanto, foram poupados da tragédia de perderem o filho mais velho da casa, e essa é a simbologia. Mas porque o cordeiro? Na celebração da pascoa judaica o cordeiro ficava uma semana com a família; eles pegavam o cordeirinho e ele ficava dentro de casa onde as crianças brincavam com o bichinho criavam uma relação de afeto com ele e durante aquela semana o animalzinho era quase que um membro da família, mas ao entardecer da sexta feira toda família se reunia e o animal era sacrificado e tinha que ser assim porque se alimentar do cordeiro da pascoa precisava ser uma experiencia de dor; é a experiencia da perda de alguém amado. Então a pascoa tem a ver com essa experiencia espiritual, a experiencia da libertação espiritual, mas que é uma experiencia de desilusão e você nãos e desilude com perder e por isso esse choque do cordeirinho sendo imolado.

Com a vinda de Jesus ele convive três anos com seus discípulos cura cegos, paralíticos, janta todo dia na casinha de Simão Pedro, cura até mesmo a sogra de Pedro que morava com ele, trabalha com eles acorda cedo e vai pescar com eles, Convive com eles diariamente, participa de suas dores, sofre as imperfeições de cada um deles e o momento final dos três anos reúne os doze e diz assim pra eles: “vocês vão me perder mas não se turbe vosso coração”. Estou agora me despedindo de vocês porque vou deixar o mundo corpóreo, para voltar ao mundo incorpóreo e vocês vão experimentar uma tremenda tristeza, uma profunda dor, porque vocês criaram uma conexão emocional comigo; eu não chamo vocês mais de servos, eu chamo de amigos porque tudo o que eu aprendi compartilhei com vocês. Eu amei vocês da maneira maior que eu poderia amar.

Eu amei tanto que você Pedro vai me negar, um vai me trair e todos vão me abandonar, mas eu continuo amando e nada vai alterar meu amor por vocês. Eu amo tanto você Judas que mesmo sabendo que vais me trair, não estou te expulsando, estou ceando com você e eu te perdoo. Mas eu vou embora e vocês vão viver a maior experiencia de solidão e ascensão espiritual das suas vidas,

Mas o que eu posso prometer; que do mundo espiritual estarei junto com vocês, vou ampara-los em todas as suas atividades. Estarei eu mesmo comandando a expansão do Cristianismo.

Portanto essa crise da morte é apenas um portal para a espiritualidade, porque a vida não cessa no tumulo  e toda vez que vocês se sentirem solitários, falta da minha amizade, do meu amor, o amor da minha presença vocês vão se reunir, vão celebrar a pascoa em minha memória, em memória da minha amizade, do meu amor e sobretudo em memoria da libertação que eu sou mensageiro.

Porque Jesus veio libertar o homem da escravidão da matéria, da escravidão dos sentidos.

Egito em hebraico chama-se Mits·rá·yim  (מצריםמִצְרָיִם); Mits·rá·yim em hebraico significa estreiteza, prisão; a matéria é opressora, os sentidos físicos são estreitos ,as a mensagem de Jesus é libertadora porque ela vem trazer um amor incondicional; um amor que ama independente de... portanto é um amor que liberta e Ele recomenda reúnam-se celebrem a páscoa para celebrar o amor e a imortalidade da alma a vida espiritual mas infelizmente nos séculos passados nós transformamos a páscoa em coelhos e ovinhos de chocolate, apagando completamente a dimensão espiritual e a experiencia religiosa que a pascoa propõe que é uma experiencia de Deus, de solidão de amar e se sentir amado não importam as circunstancias. Essa é a pascoa

Fonte:

Dr. Haroldo Dutra Dias Juiz de Direito de BH(MG)

Infoescola

Bíblia de Jerusalém

Wikipedia

CURIOSIDADE:

Foram precisos que Deus permitisse 10 pragas sobre o Egito para que finalmente o Faraó autorizasse a libertação do povo escravo

Primeira praga: a água foi convertida em sangue

Toda e qualquer água do Egito foi transformada em sangue e até mesmo os rios foram contaminados, vindo a morrer todos os peixes.

Segunda praga: rãs

Esta praga surgiu após Arão (irmão de Moisés, que o acompanhou durante todo o processo) estender a mão sobre o Egito e surgiram rãs de todos os lugares

Terceira praga: Mosquitos

Da mesma forma que antes, o Egito foi infestado por rãs, desta vez vieram mosquitos a encobrir a população e todos os animais. Desencadeada também após Arão estender as mãos sobre o Egito.

Quarta praga: Moscas

Bem semelhante as anteriores, a quarta praga deixou o Egito infestado de moscas. Faraó concordou em libertar o povo, o Senhor retirou a praga, mas assim que percebeu que a praga havia cessado, o faraó voltou atrás na sua decisão, aprisionando o povo hebreu.

Quinta praga: Peste nos animais

Desta vez Moisés estendeu a mão sobre o Egito e por ordem do Senhor surgiu uma praga nos animais em que muitos morreram e grande foi a perda para os egípcios.

Sexta praga: Úlceras

Diante da resistência de faraó, que a cada praga aceitava libertar o povo, mas assim que elas cessavam voltava a reter os hebreus como escravos, o Senhor ordenou a Moisés e a Arão que enchessem suas mãos de cinzas e jogassem para os céus. Assim o fizeram e as cinzas se transformaram em úlceras em todo o Egito, tanto nos animais como nas pessoas.

Sétima praga: Chuva de pedras

A resistência por parte do faraó se repetiu e assim, o Senhor pediu a Moisés para estender tua varinha por todo o Egito (exceto a região onde vivia o povo escolhido, o povo a ser liberto), e foi assim que uma chuva de pedras destruiu toda a plantação.

Oitava praga: Gafanhotos

Nesta praga, pela oitava vez o Senhor tocou no povo egípcio a fim de fazer justiça e libertar seu povo; enviou um vento que passou seguido de inúmeros gafanhotos devorando muito do que possuía o faraó. Mais uma vez ele cedeu, mas somente até a praga cessar.

Nona praga: Trevas

Desta vez, todo o céu do Egito se tornou trevas e passaram dias na escuridão (menos onde estavam os filhos de Israel). O que também não foi suficiente para convencer faraó a libertar o povo de vez.

Décima: Morte dos primogênitos

Esta foi a última praga, em que todos os primogênitos foram mortos, desde os animais até os servos, inclusive o filho do próprio faraó. Houve grande comoção no Egito quando por fim, após muita insistência, faraó concordou em deixar o povo sair.

De acordo com as escrituras, o faraó chegou a arrepender-se, indo atrás do povo, tentando capturá-lo de novo, sem sucesso. Passagem que ficou popularmente conhecida como “Deus abriu o mar vermelho”.

Fonte:

Dr. Haroldo Dutra Dias youtube

Conduta Espírita

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