AFASTE DE MIM ESTE CÁLICE
“Pai,
se possível, afaste de mim este cálice, mas que se faça a sua vontade”?
O assunto foge, como se vê, ao âmbito
da doutrina espírita e certamente por isso nem chegou a ser examinado por Allan
Kardec em toda a sua extensa obra.
Trata-se de interpretar uma frase
atribuída a Jesus cuja veracidade nem mesmo podemos assegurar, pela simples
razão de que foi relatada nos chamados evangelhos sinóticos – por Mateus, Lucas
e Marcos – mas em nenhum lugar foi mencionada no Evangelho de autoria do
evangelista João, único dentre os quatro presente no episódio em que a frase
supostamente teria sido dita.(os evangelhos sinóticos devem ter sido
manipulados a bel prazer e conveniências mas como João ainda nos deixou o
Apocalipse ainda sem interpretação, foi respeitado em seu evangelho, apesar de
também ter sofrido um capitulo de interpolação.
Se alguém argumentar que talvez João
não quisesse repetir o que os outros evangelistas haviam escrito, por que no
episódio da multiplicação dos pães os três evangelistas e também ele fez o
registro dos fatos?
Dos que escrevem na revista consolador,
três entendem que a frase não é verídica, mas se trata de uma interpolação
dentre as muitas que foram feitas, ao longo dos séculos, na chamada Vulgata
latina.
Jorge Hessen diz: “Na minha opinião
Jesus não pronunciou tal frase...”
José Reis Chaves, conhecido estudioso
dos textos bíblicos, declara: “O texto a que você se refere parece ser uma
interpolação. Aliás, a Bíblia tem muitas interpolações e acréscimos. Por isso,
não pode ser tomada, literalmente, como sendo a palavra de Deus. A Igreja já
diz hoje que ela é a palavra de Deus escrita por homens”.
Eurípedes Kühl,
médium e estudioso dos mais respeitados no meio espírita, afirma: “Sempre me
encabulou a frase atribuída a Jesus e nunca me convenci de que ele teria mesmo
dito citada frase, motivo da dúvida do leitor: ‘Pai, se possível,
afaste de mim este cálice, mas que se faça a sua vontade’. Jamais
desconsideraria os registros do Novo Testamento, por isso coloco a narração nas
prateleiras do Tempo, aguardando que possam ser confirmadas. Mas me lembro de
que Jerônimo, por volta de 386, após o insano trabalho de distinguir quais
Escrituras estavam de acordo com o texto grego (cuja língua não tinha domínio),
traduzindo-as reclamou ao Papa Dâmaso que ‘da velha obra me obrigais a
fazer obra nova’. Essa versão, oficial, sofreu novas alterações no Concílio
Ecumênico de Trento, em 1546. Assim, e por isso, raciocinando como Kardec tanto
sugere, fico na dúvida se essa frase foi mesmo pronunciada por Jesus, porque:
a.
se Jesus estava isolado e os discípulos dormindo, quem ouviu e
reproduziu o que ele eventualmente dissera, na sua prece ao Pai, para que
ficasse registrada?... Ademais, na prece Jesus se refere a abandono pelo Pai...
Isso é, para mim, inaceitável;
b.
considerando a incomparável elevação moral e a máxima evolução
espiritual de Jesus, se ele fosse atendido quanto ao citado pedido, isso
poderia representar recuo de Sua sublime missão e certamente outra seria a
história;
c.
todos os discípulos dormirem ao mesmo tempo...
No livro Jesus
Perante a Cristandade de Frederico Pereira da Silva Júnior pelo espírito
Francisco Leite Bittencourt Sampaio encontramos o texto:
“(...) Os amigos
e discípulos, tomados de tristeza pelas últimas palavras que lhes proferira o
Amado Mestre, deitam-se na alfombra e, cansados, adormecem; Jesus, narram os
evangelistas , deles se afastando um pouco, dobra os joelhos sobre a terra e
numa doce súplica pede ao Pai que lhe desvie o cálice das sevas agonias,
fazendo-se, no entanto, a sua divina vontade.
E, certamente, o Divino Cordeiro orou nesse
instante, mas a prece
ungida que lhe saiu dos lábios buscou as
plantas do Criador, em súplicas pelos seus duros algozes. O seu Espírito sem
mácula não provava o desfalecimento que conturba os que se avizinham da morte;
havia, é certo, na sua alma, a tristeza e a agonia, mas a tristeza que lhe
causava a ingratidão dos homens, a agonia que lhe inspirava a visão do futuro,
que lhe assegurava o quanto, pelo seu nome e por sua santa doutrina, iam
padecer aqueles que, descuidosos, se
deixavam adormecer sobre a relva.
E se, para afastar dos seus queridos
companheiros os amargos sofrimentos que os esperavam, fosse mister que dos seus
divinos lábios se desviasse o cálice, Jesus pediu ao Pai que isso se fizesse,
mas que, no entanto, prevalecesse sempre e sempre a sua santíssima vontade.
Feita esta súplica, o Senhor acerca-se dos seus amados companheiros,
desperta-os, advertindo-os de que cumpria que eles fossem vigilantes, pois que
o príncipe deste mundo, isto é, a legião do ódio, da inveja e da mentira aí
vinha a buscá-los.
No site do Consolador lemos:
“Jesus
detém o conhecimento profundo do homem e seus movimentos evolutivos. Com a
anunciação do Reino de Deus dentro e fora de cada um, presume-se que o homem
encaminhe sua evolução de forma diferente, buscando o amor e a sabedoria como
referências, caso contrário sofrerá muito até encontrar-se definitivamente com
a glória de Deus em si mesmo.
Jesus
deseja o crescimento rápido do homem. Além de ser o organizador e mantenedor do
Planeta é também o símbolo do cristo interno que há em cada um de nós. A sua
crucificação no calvário representa simbolicamente a crucificação que fazemos
do cristo interno, impedindo nossos crescimentos em direção a Deus.
Pai,
afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado
do cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas
injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.
Há,
portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da humanidade e entender o
brado que o nosso cristo interior faz continuamente enquanto o prendemos e
açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a evolução espiritual.
Observa-se
ainda que desde o início Jesus já possui o plano de libertar o homem dos seus
atrasos espirituais. Utilizou para isso os Profetas que anunciaram esta
mensagem incrível, que ele entregaria a todos nós, momentos antes da sua
crucificação como a nos dizer: Parem de continuar crucificando o seu cristo
interno!
Não era Jesus quem pedia o
afastamento do cálice. Ele, apenas, aproveitando o momento, mostrou-nos como
nossos cristos internos bradam constantemente a nosso favor. Pois, como ele
disse que bastaria um pedido dele ao Pai que legiões de anjos o tirariam dali.
Mas era necessária a lição daquele momento para o homem. Ele, o cordeiro de
Deus, imolando-se para que o homem aprenda e se liberte para o Pai, assim como
Ele, liberto, fazia cumprir a vontade do mesmo Pai”
Pelas considerações expostas, dada a
grandiosidade do Espírito de Jesus – Modelo e Guia da Humanidade, conforme nos
é dito na questão 625 d´O Livro dos Espíritos, fica realmente difícil
admitir a veracidade do episódio em questão, fato que fez até mesmo Pastorino
valendo-se de um malabarismo típico dos teólogos cristãos tradicionais, em sua
apreciação acerca do tema diz:.
O
Cristo sabia que seria inevitável e foi pra isso que desceu.
Eu
particularmente não acredito no texto evangélico e muito menos que Jesus tenha
dito isso; pois pra mim o Cristo de Deus sempre prevalece a pessoa física do
Jesus pra mim foi interpolação coisa inventada pelo Jeronimo na tradução.]
D
qualquer forma transcrevo o que Pastorino pensa; ele não eu!
Jesus
recomenda-lhes que permaneçam despertos (gregoreíte)
para que “não entrem na provação”, ou seja, para que não sejam apanhados
desprevenidos pelas provas a que seriam submetidos. Nesses momentos, é
indispensável haver dinamismo ativo, e não estaticismo passivo e muito menos
relaxamento no sono, pois se o Espírito (pneuma, individualidade) tem
boa-vontade (prós thymos), a carne (sarx, o corpo da personagem)
é frágil e pode sucumbir.
Jesus
afasta-se dele. Lucas diz textualmente “é arrancado deles (apespáthê
ap’autôn): trata-se do Espírito que força o corpo a isolar-se, para que
sozinho suporte o impacto, embora a criatura goste sempre de sofrer
acompanhada. Já à distância, o corpo rui por terra, na posição do desânimo e da
súplica: ajoelha-se (theis tà gónata) e curva o rosto até o chão (épiptein
epi tês gês, em Marcos: ou épesen epì prósôpon autoú, em
Mateus), e começa a orar.
Mateus
cita-lhe as palavras das três vezes que orou, pois nas três exprimiu o mesmo
pensamento: “Se é possível, afasta de mim está taça”: é a ânsia da personagem
que teme arrostar a dor física. Mas logo a seguir acrescenta: “Mas não como
quero eu, e sim como queres tu: faça-se a Tua vontade, não a minha”.
Aqui
verificamos nitidamente a dualidade de vontades, entre a personagem e a
individualidade, entre o Filho e o Pai, entre Jesus e Deus (Melquisedec). Como
pode explicar-se isto, de quem dissera: “Eu e o Pai somos um”? e “faço apenas a
vontade do Pai”? Se não for uma interpolação feita pelo homem!
As
duas frases, e outras semelhantes, nós o vimos a seu tempo, foram proferidas
pelo CRISTO, através de Jesus, com o qual estava identificada Sua
individualidade. Não pela personagem terrena de Jesus, não por Seus veículos
físicos. Seu Espírito (pneuma) já identificara, mas não Sua
personagem (psychê) de fato, “a carne e o sangue não podem possuir o
reino dos céus” (1.ª Cor. 15:50). Tudo é claro e luminoso, e não há
contradições nos Evangelhos.
Três evangelistas se referem a estas palavras de Jesus:
Mateus, Marcos e Lucas.
Em Mateus:
“Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra,
assim rezou: Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se
faça o que eu quero, mas sim o que tu queres". (Mateus,26;39.
Em Lucas:
Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia
não se faça a minha vontade, mas a tua. (Lucas. 22-43
Em Marcos:
E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta
de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. (Marcos,
14-36.
Se analisarmos apenas literalmente, os textos
sugerem que Jesus, prevendo ou sabendo de antemão o que lhe aconteceria a
seguir, pediu a Deus que aquilo tudo fosse tirado dele.
Há, contudo, fortes razões para que não acreditemos nesta
hipótese:
1.
Jesus,
dada a sua superioridade espiritual, não sofreria as dores físicas se assim desejasse.
Hoje, os estudiosos da neurociência nos indicam meios de vencermos a dor, pela
anulação dos seus efeitos a partir de uma vontade determinante do Espírito.
2.
Estava
dito anteriormente pelos Profetas que o antecederam que aquele momento
aconteceria. Vejamos:
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos
profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
(Mt 26:56- “Tudo isso, porém aconteceu para se cumprirem os
escritos dos profetas. Então todos os discípulos abandonando-o, fugiram”)
O pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. (Mt 26-31-
“Jesus disse-lhes então esta noite todos vós vos escandalizares, por minha
causa, pois está escrito. Ferirei o pastor e todas as ovelhas do rebanho se
dispersarão”).
Então Jesus lhes disse: Todas vós esta noite vos
escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei.
Quando Pedro fere a orelha de Malco, eis o que disse Jesus:
Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada;
porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que
eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze
legiões de anjos? (Mt 26:52,53- “mas Jesus lhe disse: guarda sua espada no seu
lugar pois todos os que pegam a espada pela espada perecerão”)
Conclui-se, portanto, que Jesus tinha pleno conhecimento do
ato e não interferiu nele, daí que não se pode dizer que o “Afasta de mim este
cálice” seria uma expressão de fraqueza ou medo.
Mas, então, por que ele o teria dito como acima exposto pelos
evangelistas?
Ora, Jesus detém o conhecimento profundo do
homem e seus movimentos evolutivos. Com a anunciação do Reino de Deus dentro e
fora de cada um, presume-se que o homem encaminhe sua evolução de forma
diferente, buscando o amor e a sabedoria como referências, caso contrário
sofrerá muito até encontrar-se definitivamente com a glória de Deus em si
mesmo.
Jesus deseja o crescimento rápido do homem. Além
de ser o organizador e mantenedor do Planeta é também o símbolo do cristo
interno que há em cada um de nós. A sua crucificação no calvário representa
simbolicamente a crucificação que fazemos do cristo interno, impedindo nossos
crescimentos em direção a Deus.
Pai, afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise
profunda da alma, o brado do Cristo interno pedindo ao seu criador que afaste
dele as intérminas injunções do ego inferior que nos impede de crescer
espiritualmente.(Cristo não falava por ele mas pela humanidade pois os próprios
discípulos em um momento solene dormiam.
Há, portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da
humanidade e entender o brado que o nosso cristo interior faz continuamente
enquanto o prendemos e açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a
evolução espiritual.
Observa-se ainda que desde o início Jesus já possui o plano
de libertar o homem dos seus atrasos espirituais. Utilizou para isso os
Profetas que anunciaram esta mensagem incrível, que ele entregaria a todos nós,
momentos antes da sua crucificação como a nos dizer: Parem de continuar crucificando o seu cristo
interno!
Não era Jesus quem pedia o afastamento do cálice. Ele,
apenas, aproveitando o momento, mostrou-nos como nossos cristos internos bradam
constantemente a nosso favor. Pois, como ele disse que bastaria um pedido dele
ao Pai que legiões de anjos o tirariam dali. Mas era necessária a lição daquele
momento para o homem. Ele, o cordeiro de Deus, imolando-se para que o homem
aprenda e se liberte para o Pai, assim como Ele, liberto, fazia cumprir a
vontade do mesmo Pai.
Esta é uma análise que deve se juntar a outras tantas que não
coloquem Jesus como um Espírito fraco que foge do perigo e sim como um Ser
extremamente superior que não teme o perigo para ajudar ao Pai a fazer seus
filhos inferiores encontrarem o caminho das suas redenções espirituais.
''Pai, Afasta de mim este cálice'' Há algum tempo vimos
refletindo sobre a rogativa de Jesus "Pai, Afasta de mim este cálice”, um
pouco antes de Jesus ser capturado pelos romanos. O entendimento que tinha era
um pedido para nos deixar longe de algum tipo de tentação, seja uma traição,
uma ofensa ou ato ilícito, cometido pelo ego. "Não quero mais fazer isso,
então me afaste de situações que eu poderia fazê-lo". Acredito que o meu
pensamento esteja mudando, diante de tantos fatos, pois, não há como negar que
somos seres que tem pré-disposições e tendências. É até engraçado ver situações
se repetirem constantemente. Hoje percebo com mais clareza, algumas situações
insistentes. Como nós seres humanos tão imperfeitos somos frágeis, podemos errar
a qualquer hora, e antes de cometermos alguma injustiça, ou erro, diante de
nossas fraquezas e ´más inclinações, orai e VIGIAI sempre.... Pedir a Deus
forças para sermos justos, afastando de nós todo mal ... Afastando de nós o ódio,
o rancor...''Pai afasta de mim este cálice''. recordamos especialmente desta
rogativa quando o lado sombra resolve se mostrar, fazendo aquilo que temos
inclinações. Fugir de um vício e escondê-lo, é como varrer o pó para baixo do
tapete. Um dia ele terá que ser limpo e seria melhor que fosse o quanto antes.
Talvez a única forma de nos afastar do cálice seja ter contato com ele, para
que naturalmente possamos o afastar. Pai, afasta de mim este cálice, para que
eu possa remover estas má inclinações da minha alma, e agora sei que o Senhor
me expõe a todas elas para que eu possa, pela minha possa vontade, me afastar,
vitorioso e contente por não precisar esconde-lo.
OBS:
Cálice na Bíblia tem dois significados: o primeiro é o mais comum,
é um recipiente, um tipo de taça usada para líquidos. Podia ser feita de
materiais como couro, metal ou cerâmica. O segundo significado tem a ver com
figuras de linguagem. A Bíblia vai usar a palavra cálice para designar várias
figuras de linguagem que apontam para a participação de uma pessoa em algo,
para experiências que uma pessoa pode passar, sejam prazerosas ou dolorosas.
Vejamos:
a) Em (Jeremias 16:7 a palavra cálice (copo) é usada para
designar o consolo que havia, mas que não seria experimentado: “Não se dará
pão a quem estiver de luto, para consolá-lo por causa de morte; nem lhe darão a
beber do copo de consolação, pelo pai ou pela mãe”.
b) Em (1 Coríntios 10:21 a palavra cálice é usada para designar
a vontade de Deus e vontade dos demônios. Uma pessoa não pode “beber” dessas
duas vontades: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos
demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos
demônios”.
c) Em (Salmos 11:6 a palavra cálice é usada para designar
o juízo de Deus que seria “bebido” pelos
maus: “Fará
chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a
parte do seu cálice”
d) Em
(1 Coríntios 10:16 temos um uso positivo, falando da bênção da ceia do Senhor,
de estar em comunhão com Deus, de “beber” dessa comunhão: “Porventura, o
cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo?
O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?”
Temos ainda outros vários usos da palavra cálice, mas com esses
exemplos já conseguiremos entender melhor o uso dela no caso de Jesus.
(2) Jesus estava no Jardim do Getsêmani orando,
aguardando o momento em que seria preso e levado para ser julgado e morto.
Enquanto esse terrível momento não chegava, ele estava orando veementemente. E
em uma dessas orações ele disse: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e
dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia,
não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39). Esse
cálice mencionado por Jesus era o que ele estava próximo a “beber”: era o
cálice cheio do sofrimento que iria passar, da cruz. A figura aqui é de uma
taça cheia da ira de Deus que ele teria que engolir. Não seria uma tarefa
fácil, não seria uma “bebida” prazerosa, antes, seria amarga e causaria muito
desconforto!
Nessa oração não temos Jesus desistindo de morrer na cruz como
alguns já chegaram a dizer! O que temos é um Jesus humanamente angustiado pela
experiência terrível que passaria. Teria de beber de um cálice extremamente
amargoso! No entanto, temos também um Jesus extremamente alinhado e submisso a
vontade de Deus, o que fica muito claro com o trecho seguinte do texto: “Todavia, não
seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39-“ e indo um pouco
adiante prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai se é possível que
passe de mim esse cálice. Contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres”).
COLABORAÇÃO:
Janete Colpas
“De tantas
palestras que ouvimos conclusões nossa dedução foi de que no nosso caso nós que
somos ainda imperfeitos cheios de vicissitudes a gente vai enchendo com os
nossos propósitos as nossas reclamações, os nossos pedidos a Deus, coisas tão
impróprias, no nosso andamento, porque Deus sabe do que a gente precisa; por
isso que nas nossas orações nos nossos pedidos, muitas das vezes a gente pede
tenta coisas e que não é necessário naquele momento, naquela hora; então a
gente vai enchendo esse nosso cálice de dividas de particularidades que tem a
ver com nosso trabalho. Jesus quando veio até nós já sabia de tudo o que iria
acontecer; sabia que iria ocorrer a crucificação; sabia que estaria um tempo e
que necessitaria regressar a própria condição dele ao trabalho dele então
imaginei fazendo uma reflexão dessa forma: quando ele pede “afasta de mim esse
cálice” é o nosso cálice da dor que ele muito se apiedou porque ele veio aqui
por nós, veio trabalhar e fazer toda essa exemplificação de todo o proceder que
precisamos cumprir mas a gente ainda não se aprumou; o próprio discípulo Judas
foi lá e colocou-o assim de mão beijada, ou seja deu o beijo na face,
incriminando “ esse aqui é o Jesus”. Por isso a gente ainda está muito
despreparado e Jesus fez aquele pedido no sentido de que faça a sua vontade e a
vontade do Pai é a de que Jesus prosseguisse em seu trabalho de governador das
Terra”.
FONTES:
Carlos
T. Pastorino
forumespirita
Bíblia de Jerusalém
ERA
Wikipedia
Consolador
esboçando ideias
Frederico Pereira
da Silva Júnior
pelo espírito
Francisco Leite Bittencourt Sampaio
Eurípedes
Kühl
Jorge
Hessen
José
Reis Chaves
Consolador
“CONCLUSÃO DO GRUPO”
“ Jesus
jamais pediria tal coisa para ele sabendo que seria preciso ocorrer como
previsto. Como Jesus falava para a humanidade, podemos entender que isso seria um
apelo pelo povo uma ajuda para se afastarem das, mas inclinações e dos erros
que os levariam a julgamento pelos homens e por Deus”.
Pai,
afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado
do cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas
injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.
Há,
portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da humanidade e entender o
brado que o nosso cristo interior faz continuamente enquanto o prendemos e
açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a evolução espiritual.
considerando o texto evangélico contado por Mateus e Marcos que
não estavam presentes, podemos considerar que em tal ocorrência Jesus estaria
pedindo pela humanidade que seria alvo de perseguições e expiações, além de
persistir nos erros que viria atrasar sua evolução só conseguida pela liberdade
do cristo interno de cada um.
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