quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

AFASTE DE MIM ESTE CÁLICE

 

AFASTE DE MIM ESTE CÁLICE

 “Pai, se possível, afaste de mim este cálice, mas que se faça a sua vontade”? 

O assunto foge, como se vê, ao âmbito da doutrina espírita e certamente por isso nem chegou a ser examinado por Allan Kardec em toda a sua extensa obra.

Trata-se de interpretar uma frase atribuída a Jesus cuja veracidade nem mesmo podemos assegurar, pela simples razão de que foi relatada nos chamados evangelhos sinóticos – por Mateus, Lucas e Marcos – mas em nenhum lugar foi mencionada no Evangelho de autoria do evangelista João, único dentre os quatro presente no episódio em que a frase supostamente teria sido dita.(os evangelhos sinóticos devem ter sido manipulados a bel prazer e conveniências mas como João ainda nos deixou o Apocalipse ainda sem interpretação, foi respeitado em seu evangelho, apesar de também ter sofrido um capitulo de interpolação.

Se alguém argumentar que talvez João não quisesse repetir o que os outros evangelistas haviam escrito, por que no episódio da multiplicação dos pães os três evangelistas e também ele fez o registro dos fatos?

Dos que escrevem na revista consolador, três entendem que a frase não é verídica, mas se trata de uma interpolação dentre as muitas que foram feitas, ao longo dos séculos, na chamada Vulgata latina.

Jorge Hessen diz: “Na minha opinião Jesus não pronunciou tal frase...”

José Reis Chaves, conhecido estudioso dos textos bíblicos, declara: “O texto a que você se refere parece ser uma interpolação. Aliás, a Bíblia tem muitas interpolações e acréscimos. Por isso, não pode ser tomada, literalmente, como sendo a palavra de Deus. A Igreja já diz hoje que ela é a palavra de Deus escrita por homens”.

Eurípedes Kühl, médium e estudioso dos mais respeitados no meio espírita, afirma: “Sempre me encabulou a frase atribuída a Jesus e nunca me convenci de que ele teria mesmo dito citada frase, motivo da dúvida do leitor: ‘Pai, se possível, afaste de mim este cálice, mas que se faça a sua vontade’. Jamais desconsideraria os registros do Novo Testamento, por isso coloco a narração nas prateleiras do Tempo, aguardando que possam ser confirmadas. Mas me lembro de que Jerônimo, por volta de 386, após o insano trabalho de distinguir quais Escrituras estavam de acordo com o texto grego (cuja língua não tinha domínio), traduzindo-as reclamou ao Papa Dâmaso que ‘da velha obra me obrigais a fazer obra nova’. Essa versão, oficial, sofreu novas alterações no Concílio Ecumênico de Trento, em 1546. Assim, e por isso, raciocinando como Kardec tanto sugere, fico na dúvida se essa frase foi mesmo pronunciada por Jesus, porque:

a.      se Jesus estava isolado e os discípulos dormindo, quem ouviu e reproduziu o que ele eventualmente dissera, na sua prece ao Pai, para que ficasse registrada?... Ademais, na prece Jesus se refere a abandono pelo Pai... Isso é, para mim, inaceitável;

b.     considerando a incomparável elevação moral e a máxima evolução espiritual de Jesus, se ele fosse atendido quanto ao citado pedido, isso poderia representar recuo de Sua sublime missão e certamente outra seria a história;

c.      todos os discípulos dormirem ao mesmo tempo...

No livro Jesus Perante a Cristandade de Frederico Pereira da Silva Júnior pelo espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio encontramos o texto:

“(...) Os amigos e discípulos, tomados de tristeza pelas últimas palavras que lhes proferira o Amado Mestre, deitam-se na alfombra e, cansados, adormecem; Jesus, narram os evangelistas , deles se afastando um pouco, dobra os joelhos sobre a terra e numa doce súplica pede ao Pai que lhe desvie o cálice das sevas agonias, fazendo-se, no entanto, a sua divina vontade.

E, certamente, o Divino Cordeiro orou nesse instante, mas a prece

ungida que lhe saiu dos lábios buscou as plantas do Criador, em súplicas pelos seus duros algozes. O seu Espírito sem mácula não provava o desfalecimento que conturba os que se avizinham da morte; havia, é certo, na sua alma, a tristeza e a agonia, mas a tristeza que lhe causava a ingratidão dos homens, a agonia que lhe inspirava a visão do futuro, que lhe assegurava o quanto, pelo seu nome e por sua santa doutrina, iam padecer aqueles que,  descuidosos, se deixavam adormecer sobre a relva.

E se, para afastar dos seus queridos companheiros os amargos sofrimentos que os esperavam, fosse mister que dos seus divinos lábios se desviasse o cálice, Jesus pediu ao Pai que isso se fizesse, mas que, no entanto, prevalecesse sempre e sempre a sua santíssima vontade. Feita esta súplica, o Senhor acerca-se dos seus amados companheiros, desperta-os, advertindo-os de que cumpria que eles fossem vigilantes, pois que o príncipe deste mundo, isto é, a legião do ódio, da inveja e da mentira aí vinha a buscá-los.

No site do Consolador lemos:

“Jesus detém o conhecimento profundo do homem e seus movimentos evolutivos. Com a anunciação do Reino de Deus dentro e fora de cada um, presume-se que o homem encaminhe sua evolução de forma diferente, buscando o amor e a sabedoria como referências, caso contrário sofrerá muito até encontrar-se definitivamente com a glória de Deus em si mesmo.

Jesus deseja o crescimento rápido do homem. Além de ser o organizador e mantenedor do Planeta é também o símbolo do cristo interno que há em cada um de nós. A sua crucificação no calvário representa simbolicamente a crucificação que fazemos do cristo interno, impedindo nossos crescimentos em direção a Deus.

Pai, afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado do cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.

Há, portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da humanidade e entender o brado que o nosso cristo interior faz continuamente enquanto o prendemos e açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a evolução espiritual.

Observa-se ainda que desde o início Jesus já possui o plano de libertar o homem dos seus atrasos espirituais. Utilizou para isso os Profetas que anunciaram esta mensagem incrível, que ele entregaria a todos nós, momentos antes da sua crucificação como a nos dizer: Parem de continuar crucificando o seu cristo interno!

Não era Jesus quem pedia o afastamento do cálice. Ele, apenas, aproveitando o momento, mostrou-nos como nossos cristos internos bradam constantemente a nosso favor. Pois, como ele disse que bastaria um pedido dele ao Pai que legiões de anjos o tirariam dali. Mas era necessária a lição daquele momento para o homem. Ele, o cordeiro de Deus, imolando-se para que o homem aprenda e se liberte para o Pai, assim como Ele, liberto, fazia cumprir a vontade do mesmo Pai”

Pelas considerações expostas, dada a grandiosidade do Espírito de Jesus – Modelo e Guia da Humanidade, conforme nos é dito na questão 625 d´O Livro dos Espíritos, fica realmente difícil admitir a veracidade do episódio em questão, fato que fez até mesmo Pastorino valendo-se de um malabarismo típico dos teólogos cristãos tradicionais, em sua apreciação acerca do tema diz:.

O Cristo sabia que seria inevitável e foi pra isso que desceu.

Eu particularmente não acredito no texto evangélico e muito menos que Jesus tenha dito isso; pois pra mim o Cristo de Deus sempre prevalece a pessoa física do Jesus pra mim foi interpolação coisa inventada pelo Jeronimo na tradução.]

D qualquer forma transcrevo o que Pastorino pensa; ele não eu!

Jesus recomenda-lhes que permaneçam despertos (gregoreíte) para que “não entrem na provação”, ou seja, para que não sejam apanhados desprevenidos pelas provas a que seriam submetidos. Nesses momentos, é indispensável haver dinamismo ativo, e não estaticismo passivo e muito menos relaxamento no sono, pois se o Espírito (pneuma, individualidade) tem boa-vontade (prós thymos), a carne (sarx, o corpo da personagem) é frágil e pode sucumbir.

Jesus afasta-se dele. Lucas diz textualmente “é arrancado deles (apespáthê ap’autôn): trata-se do Espírito que força o corpo a isolar-se, para que sozinho suporte o impacto, embora a criatura goste sempre de sofrer acompanhada. Já à distância, o corpo rui por terra, na posição do desânimo e da súplica: ajoelha-se (theis tà gónata) e curva o rosto até o chão (épiptein epi tês gês, em Marcos: ou épesen epì prósôpon autoú, em Mateus), e começa a orar.

Mateus cita-lhe as palavras das três vezes que orou, pois nas três exprimiu o mesmo pensamento: “Se é possível, afasta de mim está taça”: é a ânsia da personagem que teme arrostar a dor física. Mas logo a seguir acrescenta: “Mas não como quero eu, e sim como queres tu: faça-se a Tua vontade, não a minha”.

Aqui verificamos nitidamente a dualidade de vontades, entre a personagem e a individualidade, entre o Filho e o Pai, entre Jesus e Deus (Melquisedec). Como pode explicar-se isto, de quem dissera: “Eu e o Pai somos um”? e “faço apenas a vontade do Pai”? Se não for uma interpolação feita pelo homem!

As duas frases, e outras semelhantes, nós o vimos a seu tempo, foram proferidas pelo CRISTO, através de Jesus, com o qual estava identificada Sua individualidade. Não pela personagem terrena de Jesus, não por Seus veículos físicos. Seu Espírito (pneuma) já identificara, mas não Sua personagem (psychê) de fato, “a carne e o sangue não podem possuir o reino dos céus” (1.ª Cor. 15:50). Tudo é claro e luminoso, e não há contradições nos Evangelhos.

Três evangelistas se referem a estas palavras de Jesus: Mateus, Marcos e Lucas.
Em Mateus:

“Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres". (Mateus,26;39.

Em Lucas:

Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. (Lucas. 22-43

Em Marcos:

E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. (Marcos, 14-36.
Se analisarmos apenas literalmente, os textos sugerem que Jesus, prevendo ou sabendo de antemão o que lhe aconteceria a seguir, pediu a Deus que aquilo tudo fosse tirado dele.

Há, contudo, fortes razões para que não acreditemos nesta hipótese:

1.     Jesus, dada a sua superioridade espiritual, não sofreria as dores físicas se assim desejasse. Hoje, os estudiosos da neurociência nos indicam meios de vencermos a dor, pela anulação dos seus efeitos a partir de uma vontade determinante do Espírito.

2.     Estava dito anteriormente pelos Profetas que o antecederam que aquele momento aconteceria. Vejamos:

Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.

(Mt 26:56- “Tudo isso, porém aconteceu para se cumprirem os escritos dos profetas. Então todos os discípulos abandonando-o, fugiram”)

O pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. (Mt 26-31- “Jesus disse-lhes então esta noite todos vós vos escandalizares, por minha causa, pois está escrito. Ferirei o pastor e todas as ovelhas do rebanho se dispersarão”).

Então Jesus lhes disse: Todas vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei.

Quando Pedro fere a orelha de Malco, eis o que disse Jesus:
Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? (Mt 26:52,53- “mas Jesus lhe disse: guarda sua espada no seu lugar pois todos os que pegam a espada pela espada perecerão”)

Conclui-se, portanto, que Jesus tinha pleno conhecimento do ato e não interferiu nele, daí que não se pode dizer que o “Afasta de mim este cálice” seria uma expressão de fraqueza ou medo.

Mas, então, por que ele o teria dito como acima exposto pelos evangelistas?
Ora, Jesus detém o conhecimento profundo do homem e seus movimentos evolutivos. Com a anunciação do Reino de Deus dentro e fora de cada um, presume-se que o homem encaminhe sua evolução de forma diferente, buscando o amor e a sabedoria como referências, caso contrário sofrerá muito até encontrar-se definitivamente com a glória de Deus em si mesmo.
Jesus deseja o crescimento rápido do homem. Além de ser o organizador e mantenedor do Planeta é também o símbolo do cristo interno que há em cada um de nós. A sua crucificação no calvário representa simbolicamente a crucificação que fazemos do cristo interno, impedindo nossos crescimentos em direção a Deus.

Pai, afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado do Cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.(Cristo não falava por ele mas pela humanidade pois os próprios discípulos em um momento solene dormiam.

Há, portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da humanidade e entender o brado que o nosso cristo interior faz continuamente enquanto o prendemos e açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a evolução espiritual.

Observa-se ainda que desde o início Jesus já possui o plano de libertar o homem dos seus atrasos espirituais. Utilizou para isso os Profetas que anunciaram esta mensagem incrível, que ele entregaria a todos nós, momentos antes da sua crucificação como a nos dizer:  Parem de continuar crucificando o seu cristo interno!

Não era Jesus quem pedia o afastamento do cálice. Ele, apenas, aproveitando o momento, mostrou-nos como nossos cristos internos bradam constantemente a nosso favor. Pois, como ele disse que bastaria um pedido dele ao Pai que legiões de anjos o tirariam dali. Mas era necessária a lição daquele momento para o homem. Ele, o cordeiro de Deus, imolando-se para que o homem aprenda e se liberte para o Pai, assim como Ele, liberto, fazia cumprir a vontade do mesmo Pai.

Esta é uma análise que deve se juntar a outras tantas que não coloquem Jesus como um Espírito fraco que foge do perigo e sim como um Ser extremamente superior que não teme o perigo para ajudar ao Pai a fazer seus filhos inferiores encontrarem o caminho das suas redenções espirituais.

''Pai, Afasta de mim este cálice'' Há algum tempo vimos refletindo sobre a rogativa de Jesus "Pai, Afasta de mim este cálice”, um pouco antes de Jesus ser capturado pelos romanos. O entendimento que tinha era um pedido para nos deixar longe de algum tipo de tentação, seja uma traição, uma ofensa ou ato ilícito, cometido pelo ego. "Não quero mais fazer isso, então me afaste de situações que eu poderia fazê-lo". Acredito que o meu pensamento esteja mudando, diante de tantos fatos, pois, não há como negar que somos seres que tem pré-disposições e tendências. É até engraçado ver situações se repetirem constantemente. Hoje percebo com mais clareza, algumas situações insistentes. Como nós seres humanos tão imperfeitos somos frágeis, podemos errar a qualquer hora, e antes de cometermos alguma injustiça, ou erro, diante de nossas fraquezas e ´más inclinações, orai e VIGIAI sempre.... Pedir a Deus forças para sermos justos, afastando de nós todo mal ... Afastando de nós o ódio, o rancor...''Pai afasta de mim este cálice''. recordamos especialmente desta rogativa quando o lado sombra resolve se mostrar, fazendo aquilo que temos inclinações. Fugir de um vício e escondê-lo, é como varrer o pó para baixo do tapete. Um dia ele terá que ser limpo e seria melhor que fosse o quanto antes. Talvez a única forma de nos afastar do cálice seja ter contato com ele, para que naturalmente possamos o afastar. Pai, afasta de mim este cálice, para que eu possa remover estas má inclinações da minha alma, e agora sei que o Senhor me expõe a todas elas para que eu possa, pela minha possa vontade, me afastar, vitorioso e contente por não precisar esconde-lo.

OBS:

Cálice na Bíblia tem dois significados: o primeiro é o mais comum, é um recipiente, um tipo de taça usada para líquidos. Podia ser feita de materiais como couro, metal ou cerâmica. O segundo significado tem a ver com figuras de linguagem. A Bíblia vai usar a palavra cálice para designar várias figuras de linguagem que apontam para a participação de uma pessoa em algo, para experiências que uma pessoa pode passar, sejam prazerosas ou dolorosas. Vejamos:

a) Em (Jeremias 16:7 a palavra cálice (copo) é usada para designar o consolo que havia, mas que não seria experimentado: “Não se dará pão a quem estiver de luto, para consolá-lo por causa de morte; nem lhe darão a beber do copo de consolação, pelo pai ou pela mãe”.

b) Em (1 Coríntios 10:21 a palavra cálice é usada para designar a vontade de Deus e vontade dos demônios. Uma pessoa não pode “beber” dessas duas vontades: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”.

c) Em (Salmos 11:6 a palavra cálice é usada para designar o juízo de Deus que seria “bebido” pelos maus: “Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice

 d) Em (1 Coríntios 10:16 temos um uso positivo, falando da bênção da ceia do Senhor, de estar em comunhão com Deus, de “beber” dessa comunhão: “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?”

Temos ainda outros vários usos da palavra cálice, mas com esses exemplos já conseguiremos entender melhor o uso dela no caso de Jesus.

(2) Jesus estava no Jardim do Getsêmani orando, aguardando o momento em que seria preso e levado para ser julgado e morto. Enquanto esse terrível momento não chegava, ele estava orando veementemente. E em uma dessas orações ele disse: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39). Esse cálice mencionado por Jesus era o que ele estava próximo a “beber”: era o cálice cheio do sofrimento que iria passar, da cruz. A figura aqui é de uma taça cheia da ira de Deus que ele teria que engolir. Não seria uma tarefa fácil, não seria uma “bebida” prazerosa, antes, seria amarga e causaria muito desconforto!

Nessa oração não temos Jesus desistindo de morrer na cruz como alguns já chegaram a dizer! O que temos é um Jesus humanamente angustiado pela experiência terrível que passaria. Teria de beber de um cálice extremamente amargoso! No entanto, temos também um Jesus extremamente alinhado e submisso a vontade de Deus, o que fica muito claro com o trecho seguinte do texto: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39-“ e indo um pouco adiante prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai se é possível que passe de mim esse cálice. Contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres”).

COLABORAÇÃO:

Janete Colpas

“De tantas palestras que ouvimos conclusões nossa dedução foi de que no nosso caso nós que somos ainda imperfeitos cheios de vicissitudes a gente vai enchendo com os nossos propósitos as nossas reclamações, os nossos pedidos a Deus, coisas tão impróprias, no nosso andamento, porque Deus sabe do que a gente precisa; por isso que nas nossas orações nos nossos pedidos, muitas das vezes a gente pede tenta coisas e que não é necessário naquele momento, naquela hora; então a gente vai enchendo esse nosso cálice de dividas de particularidades que tem a ver com nosso trabalho. Jesus quando veio até nós já sabia de tudo o que iria acontecer; sabia que iria ocorrer a crucificação; sabia que estaria um tempo e que necessitaria regressar a própria condição dele ao trabalho dele então imaginei fazendo uma reflexão dessa forma: quando ele pede “afasta de mim esse cálice” é o nosso cálice da dor que ele muito se apiedou porque ele veio aqui por nós, veio trabalhar e fazer toda essa exemplificação de todo o proceder que precisamos cumprir mas a gente ainda não se aprumou; o próprio discípulo Judas foi lá e colocou-o assim de mão beijada, ou seja deu o beijo na face, incriminando “ esse aqui é o Jesus”. Por isso a gente ainda está muito despreparado e Jesus fez aquele pedido no sentido de que faça a sua vontade e a vontade do Pai é a de que Jesus prosseguisse em seu trabalho de governador das Terra”.

 

FONTES:

Carlos T. Pastorino

forumespirita
Bíblia de Jerusalém

ERA

Wikipedia
Consolador
esboçando ideias

Frederico Pereira da Silva Júnior

pelo espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio

Eurípedes Kühl

Jorge Hessen

José Reis Chaves

Consolador

 

“CONCLUSÃO DO GRUPO”

“ Jesus jamais pediria tal coisa para ele sabendo que seria preciso ocorrer como previsto. Como Jesus falava para a humanidade, podemos entender que isso seria um apelo pelo povo uma ajuda para se afastarem das, mas inclinações e dos erros que os levariam a julgamento pelos homens e por Deus”.

 

Pai, afasta de mim este cálice é, portanto, numa análise profunda da alma, o brado do cristo interno pedindo ao seu criador que afaste dele as intérminas injunções do ego inferior que nos impede de crescer espiritualmente.

Há, portanto, que deslocar o brado de Jesus em favor da humanidade e entender o brado que o nosso cristo interior faz continuamente enquanto o prendemos e açoitamos pelas nossas ignorâncias e descasos com a evolução espiritual.

considerando o texto evangélico contado por Mateus e Marcos que não estavam presentes, podemos considerar que em tal ocorrência Jesus estaria pedindo pela humanidade que seria alvo de perseguições e expiações, além de persistir nos erros que viria atrasar sua evolução só conseguida pela liberdade do cristo interno de cada um.

 

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