ANÁLISE DO
CONTEXTO
A CASA SOBRE
A ROCHA
Mt 7:24
“todo aquele, pois,
que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem
prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”.
TODO AQUELE POIS –
Sem exceção a conjunção “pois”, expressa, sem dúvida, uma conclusão. A
manifestação de Jesus deixa evidenciado que qualquer mudança de rota implica
assimilação do novo propósito e decisão prática para que se efetive.
QUE ESCUTA ESTAS MINHAS
PALAVRAS – Que ouve com atenção, que assimila. Em meio aos muitos sons que
percebemos, ao mesmo tempo, somos capazes de selecionar o que nos interessa. Em
se tratando de imagens que tangem os terrenos do crescimento espiritual, não
podemos ficar apenas na escuta. Importante será acionar tal conteúdo no plano
prático.
Vale ressaltar que a
audição se torna cada vez mais sutilizada, à medida que se ampliam os recursos
aprendidos. Aliás, o próprio evangelho indica “a qualquer que tiver será dado e
terá em abundância” (Mt 25:29), ampliando-se obviamente o grau de
responsabilidade de quem muito recebe.
Este fato nos
permite melhor compreender o registro evangélico:
“Disse-lhes Jesus:
Se fosseis cegos, não teríeis pecado, mas dizeis: Nós vemos, vosso pecado permanece”
(Jo 9:41)
E AS PRATICA,” A
EXEMPLIFICAÇÃO DOS ENSINOS DE Jesus tem sido o desafio maior aos que deles se
aproximam no transcurso dos milênios. Ajustados, quase sempre, a um plano
eminentemente religioso, retemos a orientação e não a colocamos em prática no
exercício da ciência da alma.
Nos meandros das
reencarnações, não nos tem sido difícil identificar as oportunidades de adoção
do amor.
No entanto nem
sempre, as apropriamos adequadamente para os lances decisivos da redenção.
Enquanto não se
efetivam tais caracteres, é bom refletir naqueles que através dos tempos vem
nos acolhendo em seus corações generosos em momentos difíceis da jornada. São
eles: pais, mães, filhos ou amigos no em meio às tempestades da ironia e da
ingratidão, do sacrifício e da incompreensão, souberam identificar em seus
espíritos verdadeiras fortalezas de bondade.
Sempre solícitos e
caridosos, sabem abri-las ao toque dos aflitos e sofredores, atentos ao bem e
ao imperativo do evangelho contido em Mateus.
“... era
estrangeiro, e hospedaste-me.” (Mt 25:35)...pois tive fome e me deste de comer,
tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me acolhestes, estive nu e me
vestistes, DOENTE E ME VISITASTES, PRES0 E VIESTES VER-ME”...
Assemelhá-lo-ei ao
homem prudente,” – A expressão “assemelhá-lo-ei”, nos mostra mais uma vez o
senso didático de Jesus.
Citando um fato
comum, de conhecimento geral, estabelece uma comparação, tomando compreensível
uma verdade transcendental.
Nos campos da
evolução existem os loucos e os prudentes. Sabendo que nos convém fazer o que é
bom, e deixando de realiza-lo, estaremos procedendo como loucos. Escutando a
mensagem e assimilando-a situamo-nos dentro da lógica e do bom senso; se a
exemplificamos, evidenciamos a condição de prudência, decorrente de uma postura
comedida, cautelosa, previdente, discreta.
QUE EDIFICOU SUA
CASA SOBRE A ROCHA, ‘- Edificar a casa de modo seguro e adequado é a meta do
progresso espiritual. Para que tal solidez seja alcançada, necessitamos de
componentes selecionados, de disposição para o trabalho, perseverança e projeto
bem definido.
Cada qual constrói
ao longo das múltiplas reencarnações. No entanto, por falta de discernimento,
vivemos o dissabor de vê-la derruir-se. Os valores evangélicos e doutrinários
de que hoje podemos dispor, em muito, podem auxiliar o êxito dessa edificação
em termos definitivos.
E se soubermos
identificar o piso seguro, nos fundamentos inabaláveis do Cristo, a casa
edificada atenderá não apenas o nosso espírito, mas, todos quantos a ela
recorrerem na busca de reconforto e segurança.
Vamos trazer para uma linguagem mais popular mais
simples.
Jesus Cristo estava concluindo o
seu mais importante discurso, conhecido como “o sermão do monte”, e então ele
resume esta mensagem e aplica dizendo que aquele que ouve e prática o que ele
ensinou é considerado um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Sobre esta casa, caiu a chuva, soprou o vento, encheram os rios e a casa ficou
de pé porque foi construída sobre a rocha. Porém aquele que ouve a palavra de
Deus, os ensinamentos de Deus, e não coloca esses ensinamentos em prática, é
comparado a um homem insensato, tolo, negligente, que constrói sua casa sobre a
areia; e sobre esta casa acontece as mesmas coisas: cai a chuva, sopra o vento,
enche o rio e a casa desaba e há uma grande tragédia.
É claro que esta metáfora não tem
a ver com construção física, é claro também que se uma pessoa for construir uma
casa e não trabalhar o alicerce, essa casa vai cair mesmo, vai entrar em
colapso. Mas Jesus está usando uma figura de linguagem para nós ensinam uma
verdade espiritual: esta casa é a nossa família, nossa vida; nossos parentes, nossos
círculos sociais e muitas vezes nós não temos o devido cuidado e prudência para
construir esses relacionamentos sobre uma base sólida, firme, sincera.
Muitas vezes planejamos uma
viagem, estudar para um concurso, nossos
negócios, mas não planejamos um relacionamento familiar; e por isso há tantas
famílias sendo destruídas, tantas famílias se desfazendo, na vida; desencontros, desacertos, mágoas,
revoltas, decepções, traições; e diante de tantas circunstâncias adversas, não
tendo o alicerce firme, não se sustenta, e os relacionamentos não se mantém, e
por isso tantas feridas, tantas pessoas machucadas,
porque não cuidaram de edificar esses relacionamentos sobre a rocha.
Mas a pergunta é: “Quem é essa
rocha?”. O salmista Salomão, escrevendo o salmo 127 disse uma coisa
interessante, ele diz o seguinte: “se Iahweh (Deus) não construir a casa, em
vão trabalham os que a constroem”.
Esta rocha é o próprio Deus. A
maior necessidade sua e minha não é de uma casa maior, não é de uma casa
melhor, não é de mais conforto dentro da nossa casa, a maior necessidade nossa
é de Jesus ser o grande alicerce dos nossos relacionamentos. Quando Jesus está
presente na nossa casa, as tempestades vêm, é claro, pois isso é inevitável, já
que não sabemos o que construímos no dia de ontem, em vidas passadas. Nós não
vivemos numa redoma espiritual, nós não estamos blindados; imunes das
adversidades da vida, vamos receber os efeitos de nossas causas. Sobre ambas as
casas, a casa construída sobre a rocha, e a casa construída sobre a areia,
aconteceram as mesmas circunstâncias; o que distingue uma pessoa prudente de
uma pessoa insensata não são as circunstâncias da vida, mas como elas reagem a
essas circunstâncias, em quem elas estão fincadas, alicerçadas. Se você
fundamentar a sua vida em cima da matéria, de dinheiro, de sucesso, de
prazeres, ser o centro das atenções, ao vir as tempestades naturais da vida
você vai desabar, você vai entrar em colapso,
a família vai se desagregar, os amigos vãos e afastar, porque você
estará vibrando coisas ruins, negativas. Mas se você construir a sua casa, seus relacionamentos, sua família, sobre a fé
em Cristo, sua mensagem, seus conselhos, sua atitude, sobre os valores da palavra de Deus, escutando
a palavra de Jesus e pondo em prática a palavra de Deus, quando a crise chegar,
quando a tempestade vier, você vai vencer essa tempestade; vai permanecer
firme, não vai desabar.
Quem sustenta nossa vida é Deus,
quem nos segura pela mão é Jesus, quem nos dá paciência para enfrentar as
grandes provas da vida é o conhecimento de estarmos com Deus e Jesus.
Precisamos de Jesus e do Pai. Talvez você esteja pensando: ah! mas a minha casa
já desabou, meu casamento já acabou, os meus filhos já estão dispersos, na
minha casa tem muitas mágoas, tem muitos ressentimentos, tem muitas feridas,
tem muitas decepções, eu já não sei mais o que fazer. Talvez você olha para a
sua vida, para o seu compromisso com Jesus, com sua família e veja um vaso
quebrado, cacos espalhados pelo chão; embora pareça que não tenha mais chance,
não tenha mais esperança, não tenha mais saída, coloque os cacos nas mãos de
Jesus. Restaure, cure, renove, crie novos sonhos, traga alegria, traga de volta
a esperança, porque Jesus perdoa, salva, e Deus te quer de novo no sistema de
amor que criou. Em quem você está construindo a sua vida? Sobre quem você está
construindo a sua vida? Não seja insensato, não seja tolo, não seja imprudente,
não construa sobre a areia. Veja você que o alicerce de uma casa é algo que não
se vê, mas é exatamente aquilo que não se vê que dá sustentação na hora da
crise. Muitas pessoas podem não conhecer o seu relacionamento com Deus, a sua
vida de comunhão com Deus, aquilo que está lá guardado no seu coração, nos seus
valores, nos seus princípios; as pessoas olham e não sabem em quem você está
confiando, mas se você pôr a sua confiança em Jesus, se você firmar a sua vida
nesta rocha que não se abala, quando a tempestade chegar, e vai chegar, você
vai permanecer firme. Ele mesmo vai segurar você com sua mão poderosa, vai
conduzir você com seu conselho e vai receber você na glória. Há esperança para
nós, há saída para nós, há cura para nós, há libertação para nós, há vida nova
para nós, em Cristo Jesus, aqui e na vida eterna.
“ Assim todo aquele que ouve estas
minhas palavras e as põe em prática será comparado ao homem sensato que
construiu sua casa sobre a rocha; caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram
os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava
alicerçada na rocha.” Mateus 7.24-25
“Também
eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja”.
(Mateus, XVI, 16: 18.)
Jesus
conta a história de dois homens, um prudente e outro. Ambos construíram suas
casas, porém, cada um deles edificou de uma forma. Um deles construiu os
alicerces de sua casa sobre uma rocha, enquanto o outro construiu na areia.
Jesus evidencia a diferença das duas construções, comparando-as com o tipo de
crença de cada indivíduo. Existem aqueles que ouvem e praticam a sua palavra e
os que fazem o contrário porque ouvem como se nada tivesse ocorrido.
Jesus
compara a crença com um edifício. Crença é a ação de acreditar naquilo que
convencionamos adotar como verdade; bem diferente de fé. Algumas são
verdadeiras; outras não. A boa crença é semelhante ao sólido edifício
construído sobre a rocha; a má crença é como um edifício de má construção,
levantado sobre a areia movediça.
A boa
crença nasce do estudo, do livre-exame, da observação; portanto, é racional e
científica, não é imposta. A má crença é passiva; aceita os dogmas, rituais e
mistérios, que lhe são sugeridos, sem análise, sem questionar, como animal que
anda com antolhos.
Devemos
analisar o ideal que alimentamos. Ele deve ser puro, elevado, e, sobretudo ter
como base fundamentos que não se alteram, pois, as leis de Deus não se
modificam. Precisamos adquirir uma crença inabalável a respeito da
realidade. A convicção se adquire pelo estudo e pela investigação e cresce
em nós à medida que a cultivamos. Ou seja, a fé (exemplos, pensamentos,
comportamentos, atitudes com base no Mestre) necessita de uma base, e essa base
é a compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, não
basta crer, é preciso compreender.
A
Doutrina Espírita oferece uma crença que se apoia na razão. Prova o
futuro por fatos evidentes; diz, em termos claros, que não nos deixa dúvidas, o
que o Cristo disse por parábolas, metáforas, símbolos; explica as verdades
desconhecidas ou falsamente interpretadas; revela a existência do mundo
invisível, ou dos Espíritos, e inicia o homem nos mistérios da vida futura;
prova a possibilidade dos Espíritos que são os mortos que já viveram de se
comunicarem com os vivos; explica-nos a causa dos nossos sofrimentos neste
mundo e o meio de abrandá-los; enfim, vem estabelecer, entre os homens, o
reino da caridade e da solidariedade anunciado pelo Cristo.
As
palavras de Jesus são eternas, pois são a verdade que atravessam milênios.
Através da observância dos Seus ensinos recebemos a fortaleza moral que precisamos
para nos proteger das dificuldades da vida. Com o espírito
fortificado pelo conhecimento que possuímos das leis divinas, vamos triunfar diante
dos sofrimentos terrenos e edificar nossas vidas em bases sólidas, que não
poderão ser abaladas pelas ilusões da terra. Mas, não basta estudar ou ouvir os
ensinos de Jesus, é preciso colocá-los em prática (exercitar a fé).
Além do
estudo contínuo do Evangelho, podemos fortalecer nosso espírito pela prece,
pela leitura de bons livros, pela frequência a centros de cultura espiritual e
pela prática da caridade. A prece fortifica, principalmente se feita como
um ato diário; forma-se, então, em nosso ambiente uma pequenina corrente
espiritual, da qual receberemos benéficos fluidos, que fortificam nosso corpo e
nossa alma. A leitura dos bons livros fortalece a alma, pois assimilando
os altos pensamentos dos bons escritores, nosso espírito se revigora e se
aparelha para resistir aos embates da vida. Visitando doentes, idosos, levando-lhes
nosso carinho e nossa palavra amiga de estímulo e de conforto, também
adquirimos forças espirituais. Aliás, tudo isso são meios muito bons de
fortificar nossa alma, ou seja, são formas para edificar nossa casa sobre
a rocha, para que a chuva, os rios e os ventos não a derrubem.
Tradição
é ato de transmissão oral ou escrita de costumes, lendas ou fatos levados de
geração a geração através dos tempos. Quanto mais antigos, mais notáveis e fora
do comum eles se tomam. Uma vez atingida essa dimensão, transformam-se em
crenças inquestionáveis. As criaturas assimilam conceitos simplesmente porque
outras, que elas julgam importantes e entendidas, lhes disseram que são
verdadeiros. As crenças de toda espécie começaram geralmente através das
histórias e dos costumes criados por alguém. Com o passar dos séculos,
tomaram-se regras éticas. Crença é a ação de acreditar naquilo que
convencionamos adotar como verdade. Evidentemente, algumas são verdadeiras;
outras não.
Há,
pois, duas crenças: a crença verdadeira e a falsa crença.
A boa
crença nasce do estudo, do livre-exame, da observação; é a crença ativa,
racional, científica.
A má
crença é passiva, tradicional, hereditária; aceita os dogmas que lhe são
sugeridos, sem consciência, sem análise, sem convicção.
A
crença verdadeira representa o edifício construído sobre a rocha; a falsa, é a
edificada sobre a areia.
Alegoria
magnífica.
Fontes:
FONTES:
-Luz Imperecível União Espírita Mineira
-Haroldo Dias Dutra
-Bíblia de
Jerusalém
- O
Evangelho Segundo o Espiritismo.
- O
Livro dos espíritos.
-
Parábolas e Ensinos de Jesus. Cairbar Schutel.
- O
Evangelho dos Humildes.
- Nas
pegadas do Mestre. Vinicius.
-
Depois da morte. León Denis.
- O
Consolador. Chico Xavier.
-
Cristianismo e Espiritismo.
- Bíblia
de Jerusalém
- Francisco do Espírito Santo Neto).
-
Parábolas e Ensinos de Jesus. Os dois fundamentos. Cairbar Schutel)
- Programa Verdade e Vida na Rede
Bandeirantes.
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