quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

DEUS

 

DEUS

Esse é a síntese do estudo proposto pelo nosso irmão do grupo que se declara ateu e que por imenso respeito e consideração levamos à discussão no grupo que aceitou o tema de imediato havendo consenso, que espantou o proponente que se dignou a estudar a questão.

DEUS

"Se você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para realizar maravilhas" 

(André Luiz - do livro Sinal Verde)

Eu sou parte de uma equipe. Então, quando venço, não sou eu apenas quem vence. De certa forma, termino o trabalho de um grupo enorme de pessoas.

Ayrton Senna

 

"Não pode estar nas propriedades da matéria a causa primaria da formação das coisas, pois assim sendo, a matéria deveria ter uma causa de criação primaria."

"O que se revela, na causa primaria, uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências, é que pela obra se conhece o autor. A obra e' o Universo. Basta procurar o autor. A incredulidade é gerada pelo orgulho. O homem orgulhoso nada admite acima de si."

 

A resposta que os espíritos dão a Kardec, na questão 11, informando que um dia veremos e compreenderemos a Deus, não se refere, obviamente, ao nosso órgão de visão sensorial, mas à visão profunda, que é atributo das entidades angelicais que já alcançaram as culminâncias do Amor e da Sabedoria.

Quando pela perfeição moral e intelectual o homem houver se desprendido do jugo da matéria, terá condições em seu espírito da faculdade para a percepção e a compreensão da natureza e do mistério da Divindade, pois só a medida que se eleva acima da matéria as entrevê, pelo pensamento.

 

Entendemos, porque conseguimos raciocinar, que “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. ”

Apendemos que infinito é “O que não tem começo nem fim: o desconhecido enfim; tudo o que é desconhecido é infinito. ”

Não podemos dizer que Deus seja o infinito, por ser Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens. ”

Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira.

Encontramos a prova da existência de Deus, “Num axioma que aplicamos às nossas ciências. Não há efeito sem causa. Se procurarmos a causa de tudo o que não é obra do homem nossa razão responderá. ”

Para crer-se em Deus, basta lançar o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.

O sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si (independentes de credo, cor, raça, sexo etc.) da existência de Deus vem mesmo que não tenha base, É uma consequência do princípio — “não há efeito sem causa. ”

Esse sentimento íntimo que temos da existência de Deus não pode ser fruto da educação, resultado de ideias adquiridas, mesmo impostas, porque Se assim fosse, não existiria nos nossos selvagens esse sentimento”

 

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão somente produto de um ensino, não seria universal, e nem os que se declaram ateus o sentiriam não existindo senão nos que puderam receber esse ensino, da mesma forma que se dá com as noções científicas; poderíamos achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?

“Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária. ”

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são, também um efeito que há de ter uma causa.  Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada. ”

O acaso só existe na lápide de um poeta argentino convertido no leito de morte e que exigiu que em seu epitáfio fosse colocado um poema seu, de onde veio a música Epitáfio, que trocou a palavra Jesus por acaso para que se tornasse comercial e não um hino evangélico.

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

A causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências, num provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vejamos a obra e procuremos o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater! ”

O poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe deem.

O homem não pode compreender a natureza íntima de Deus porque lhe falta tal sentido; dos vinte e poucos sentidos ainda conseguimos desenvolver apenas cinco, mas há quem já consiga desenvolver outros, como psicofonia, psicografia, vista dupla, sensibilidade, Psicometria, etc...

Um dia Será dado ao homem compreender o mistério da Divindade, Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria; Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, e de sua lei de amor, então aí, ele o verá e compreenderá. ”

A questão é que A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite

compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; e então, faz uma ideia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme à sã razão.

Embora não possamos compreender a natureza íntima de Deus, podemos formar ideia de algumas de suas perfeições; De algumas. O homem as compreende melhor à proporção que se eleva acima da matéria. Entrevê-las pelo pensamento. ”

Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, temos no nosso ponto de vista onde acreditamos abranger tudo, temos vaga ideia de seus atributos.

Mas é bom sabermos, que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a nossa linguagem, restrita às nossas ideias e sensações, não tem meios de exprimir. A razão, com efeito, nos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições, porque, se uma

lhe faltasse, ou não fosse infinita, já ele não seria superior a tudo, não seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação possa conceber. ”

Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior e cm isso superior. É assim

que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.

É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.

É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.

É único. Se muitos Deuses houvessem, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.

É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas. As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.

 

(Prece Indígena Cherokee -Livro Indian Prayer de San Etioy de 1985– neste tempo existia a bíblia, o que nos permitiria duvidar da fonte, mas...)

Um homem sussurrou: Deus fale comigo.

E um rouxinol começou a cantar

Mas o homem não ouviu.

Então o homem repetiu:

Deus fale comigo!

E um trovão ecoou nos céus

Mas o homem foi incapaz de ouvir.

O Homem olhou em volta e disse:

Deus deixe-me vê-lo

E uma estrela brilhou no céu

Mas o homem não a notou.

O homem começou a gritar:

Deus mostre-me um milagre

E uma criança nasceu

Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.

Então o homem começou a chorar e a se desesperar:

Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...

E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro

O homem espantou a borboleta com a mão e desiludido

Continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo.

 

Na verdade, essa tal prece é baseada na história de Elias no VT (El 1;19 – “ Acab contou a Jezabel tudo o que fizera Elias e como passara a fio de espada todos os profetas (degolou-os). Então Jezabel mandou Elias um mensageiro para lhe dizer: ” que os deuses me façam esse mal e acrescentam esse outro; se amanhã a esta hora eu não tiver feito da tua vida oi que fizestes da vida deles! “Vendo isso Elias fugiu; chegando no monte Horeb entrou numa gruta onde passou a noite. E foi-lhe dirigida a palavra de Iahweh nestes termos: ” que fazes aqui Elias? ”(...)sai e fica na montanha diante de Iahweh. E eis que Iahweh passou um grande e impetuoso furacão fendia a montanha e quebrava os rochedos diante de Iahweh, mas Iahweh não estava no furacão; e depois do furacão houve um terremoto, mas Iahweh não estava no terremoto. E depois do terremoto um fogo, mas Iahweh não estava no fogo, e depois do fogo o ruído de uma leva brisa. Quando Elias o ouviu, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se a entrada da gruta. Então veio-lhe uma voz que disse: “que fazes aqui Elias? ”(...)”)

 

Quando o Príncipe Sidarta Gautama, fez-se Buda, permitindo-se iluminar, acordando da letargia em que vivia, após uma de suas preleções, um discípulo lhe perguntou:

Senhor, já encontrastes Deus?

Ele respondeu: Sim, mas só após penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade e ação dignificadora

 

FONTES:

FESPSP

FESPARANÁ

OBRAS BÁSICAS

CHICO XAVIER/ANDRE LUIZ

BIBLIA DE JERUSALEM

AYRTON SENNA

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