DEUS
Esse
é a síntese do estudo proposto pelo nosso irmão do grupo que se declara ateu e
que por imenso respeito e consideração levamos à discussão no grupo que aceitou
o tema de imediato havendo consenso, que espantou o proponente que se dignou a
estudar a questão.
DEUS
"Se
você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para
realizar maravilhas"
(André
Luiz - do livro Sinal Verde)
Eu sou parte de uma equipe. Então, quando
venço, não sou eu apenas quem vence. De certa forma, termino o trabalho de um
grupo enorme de pessoas.
Ayrton
Senna
"Não
pode estar nas propriedades da matéria a causa primaria da formação das coisas,
pois assim sendo, a matéria deveria ter uma causa de criação primaria."
"O
que se revela, na causa primaria, uma inteligência suprema e superior a todas
as inteligências, é que pela obra se conhece o autor. A obra e' o Universo.
Basta procurar o autor. A incredulidade é gerada pelo orgulho. O homem
orgulhoso nada admite acima de si."
A
resposta que os espíritos dão a Kardec, na questão 11, informando que um dia
veremos e compreenderemos a Deus, não se refere, obviamente, ao nosso órgão de
visão sensorial, mas à visão profunda, que é atributo das entidades angelicais
que já alcançaram as culminâncias do Amor e da Sabedoria.
Quando
pela perfeição moral e intelectual o homem houver se desprendido do jugo da
matéria, terá condições em seu espírito da faculdade para a percepção e a
compreensão da natureza e do mistério da Divindade, pois só a medida que se
eleva acima da matéria as entrevê, pelo pensamento.
Entendemos,
porque conseguimos raciocinar, que “Deus é a inteligência suprema, causa
primária de todas as coisas. ”
Apendemos
que infinito é “O que não tem começo nem fim: o desconhecido enfim; tudo o que
é desconhecido é infinito. ”
Não
podemos dizer que Deus seja o infinito, por ser Pobreza da linguagem humana,
insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens. ”
Deus
é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é
o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma
coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a
primeira.
Encontramos
a prova da existência de Deus, “Num axioma que aplicamos às nossas ciências.
Não há efeito sem causa. Se procurarmos a causa de tudo o que não é obra do
homem nossa razão responderá. ”
Para
crer-se em Deus, basta lançar o olhar sobre as obras da Criação. O Universo
existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo
efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.
O
sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si (independentes de
credo, cor, raça, sexo etc.) da existência de Deus vem mesmo que não tenha base,
É uma consequência do princípio — “não há efeito sem causa. ”
Esse
sentimento íntimo que temos da existência de Deus não pode ser fruto da
educação, resultado de ideias adquiridas, mesmo impostas, porque Se assim
fosse, não existiria nos nossos selvagens esse sentimento”
Se
o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão somente produto de um
ensino, não seria universal, e nem os que se declaram ateus o sentiriam não
existindo senão nos que puderam receber esse ensino, da mesma forma que se dá
com as noções científicas; poderíamos achar nas propriedades íntimas da matéria
a causa primária da formação das coisas?
“Mas,
então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa
primária. ”
Atribuir
a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o
efeito pela causa, porque essas propriedades são, também um efeito que há de
ter uma causa. Que homem de bom-senso
pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada. ”
O
acaso só existe na lápide de um poeta argentino convertido no leito de morte e
que exigiu que em seu epitáfio fosse colocado um poema seu, de onde veio a música
Epitáfio, que trocou a palavra Jesus por acaso para que se tornasse comercial e
não um hino evangélico.
A
harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios
determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a
formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode
produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não
seria acaso.
A
causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as
inteligências, num provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem!
Vejamos a obra e procuremos o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O
homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo
de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater! ”
O
poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser
humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma
inteligência superior à Humanidade.
Quaisquer
que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem
uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa
primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as
coisas, seja qual for o nome que lhe deem.
O
homem não pode compreender a natureza íntima de Deus porque lhe falta tal
sentido; dos vinte e poucos sentidos ainda conseguimos desenvolver apenas
cinco, mas há quem já consiga desenvolver outros, como psicofonia, psicografia,
vista dupla, sensibilidade, Psicometria, etc...
Um
dia Será dado ao homem compreender o mistério da Divindade, Quando não mais
tiver o espírito obscurecido pela matéria; Quando, pela sua perfeição, se
houver aproximado de Deus, e de sua lei de amor, então aí, ele o verá e compreenderá.
”
A
questão é que A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite
compreender
a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem o confunde muitas
vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se
desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; e então,
faz uma ideia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais
conforme à sã razão.
Embora
não possamos compreender a natureza íntima de Deus, podemos formar ideia de
algumas de suas perfeições; De algumas. O homem as compreende melhor à proporção
que se eleva acima da matéria. Entrevê-las pelo pensamento. ”
Quando
dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente,
soberanamente justo e bom, temos no nosso ponto de vista onde acreditamos
abranger tudo, temos vaga ideia de seus atributos.
Mas
é bom sabermos, que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais
inteligente, as quais a nossa linguagem, restrita às nossas ideias e sensações,
não tem meios de exprimir. A razão, com efeito, nos diz que Deus deve possuir
em grau supremo essas perfeições, porque, se uma
lhe
faltasse, ou não fosse infinita, já ele não seria superior a tudo, não seria,
por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se
achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação
possa conceber. ”
Deus
é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também
teria sido criado, por um ser anterior e cm isso superior. É assim
que,
de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É
imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma
estabilidade teriam.
É
imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos
matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às
transformações da matéria.
É
único. Se muitos Deuses houvessem, não haveria unidade de vistas, nem unidade
de poder na ordenação do Universo.
É
onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo
haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito
todas as coisas. As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.
É
soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela,
assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não
permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.
(Prece
Indígena Cherokee -Livro
Indian Prayer de San Etioy de 1985– neste tempo existia a bíblia, o que nos
permitiria duvidar da fonte, mas...)
Um
homem sussurrou: Deus fale comigo.
E
um rouxinol começou a cantar
Mas
o homem não ouviu.
Então
o homem repetiu:
Deus
fale comigo!
E
um trovão ecoou nos céus
Mas
o homem foi incapaz de ouvir.
O
Homem olhou em volta e disse:
Deus
deixe-me vê-lo
E
uma estrela brilhou no céu
Mas
o homem não a notou.
O
homem começou a gritar:
Deus
mostre-me um milagre
E
uma criança nasceu
Mas
o homem não sentiu o pulsar da vida.
Então
o homem começou a chorar e a se desesperar:
Deus
toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...
E
uma borboleta pousou suavemente em seu ombro
O
homem espantou a borboleta com a mão e desiludido
Continuou
o seu caminho triste, sozinho e com medo.
Na
verdade, essa tal prece é baseada na história de Elias no VT (El 1;19 – “ Acab
contou a Jezabel tudo o que fizera Elias e como passara a fio de espada todos
os profetas (degolou-os). Então Jezabel mandou Elias um mensageiro para lhe dizer:
” que os deuses me façam esse mal e acrescentam esse outro; se amanhã a esta
hora eu não tiver feito da tua vida oi que fizestes da vida deles! “Vendo isso
Elias fugiu; chegando no monte Horeb entrou numa gruta onde passou a noite. E foi-lhe
dirigida a palavra de Iahweh nestes termos: ” que fazes aqui Elias? ”(...)sai e
fica na montanha diante de Iahweh. E eis que Iahweh passou um grande e impetuoso
furacão fendia a montanha e quebrava os rochedos diante de Iahweh, mas Iahweh
não estava no furacão; e depois do furacão houve um terremoto, mas Iahweh não
estava no terremoto. E depois do terremoto um fogo, mas Iahweh não estava no
fogo, e depois do fogo o ruído de uma leva brisa. Quando Elias o ouviu, cobriu
o rosto com o manto, saiu e pôs-se a entrada da gruta. Então veio-lhe uma voz
que disse: “que fazes aqui Elias? ”(...)”)
Quando
o Príncipe Sidarta Gautama, fez-se Buda, permitindo-se iluminar, acordando da
letargia em que vivia, após uma de suas preleções, um discípulo lhe perguntou:
Senhor,
já encontrastes Deus?
Ele
respondeu: Sim, mas só após penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus
no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade e ação dignificadora
FONTES:
FESPSP
FESPARANÁ
OBRAS
BÁSICAS
CHICO
XAVIER/ANDRE LUIZ
BIBLIA
DE JERUSALEM
AYRTON
SENNA
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