INFECÇÕES
FLUÍDICAS
Da mesma maneira
como existem infecções orgânica acontecem também as fluídicas.
Muitos
desencarnados, movidos por vingança, empolgam a imaginação dos adversários
encarnados, com formas mentais monstruosas, classificadas pelos instrutores
espirituais, como infecções fluídicas, com grande poder destruidor, podendo
levar até à loucura.
Outros,
imobilizados em paixões egoísticas, recolhidos a pesado monoideísmo, permanece m
junto dos encarnados, sem forças para continuarem a luta evolutiva.
Alguns, do mesmo
modo que os ectoparasitas temporários, procedem a semelhança dos mosquitos e
dos ácaros, absorvendo as emanações dos encarnados que com eles se afinam. Mas,
muitos outros ainda, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos
pontos vulneráveis de suas vítimas, segregam determinados produtos, dentro do
quimismo que lhes é próprio, derramando-os sobre os pontos vulneráveis de suas
vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatias e aglutininas mentais, têm a
propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem
contínuos dos fulcros energéticos do tálamo no diencéfalo. Esse ajuste entre
desencarnados e encarnados é feito automaticamente, à maneira dos animais, em
absoluto primitivismo nas linhas da Natureza. Desse modo, os obsessores tomam
conta dos neurônios do hipotálamo, acentuando a dominação sobre o feixe
amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do
centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações, produzindo em
suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções
viscerais diversas, mediante influencia mecânica sobre o simpático e o
parassimpático.
São manobras frequentemente
utilizadas em intrincados processos de vampirismo e que provocam nas vítimas um
regime de pavor ou de guerra nervosa, alterando-lhes o psiquismo ou impondo
prejuízos constantes aos tecidos orgânicos.
É possível
compreender, assim, os casos de possessos, relatados nos Evangelhos, que se
curaram de doenças físicas ou de profunda deterioração mental, quando os
Espíritos inferiores, que os subjugavam, foram retirados pela ação curadora de
nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.
LARVAS MENTAIS DOS ENCARNADOS
Mas não podemos
nos esquecer que os encarnados também produzem larvas mentais que são vampirizadas
pelos desencarnados. Como vemos, na estrada do psiquismo, sempre existe dupla
mão, Espíritos desenfaixados da matéria ou ainda estagiando nela têm as mesmas
capacidades produtivas.
Em Os Mensageiros,
Amceto chamou a atenção de André Luiz e Vicente para as manchas escuras na via
pública de grande cidade, nuvens de bactérias variadas que flutuam em grupos
compactos, obedecendo a princípios de afinidade. O benfeitor espiritual apontou
também para certos edifícios e regiões da cidade, onde havia zonas de material
mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de
pessoas. E o instrutor acentuou: Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias
destruidoras da vida física, quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam
o equilíbrio mental.
André Luiz
perguntou a Amceto se a matéria mental emitida pelo homem inferior, tem vida própria,
como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais.
O instrutor
redarguiu: Como não? Vocês, presentemente, não desconhecem que o homem terreno
vive num aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das
moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro
psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias
produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela
mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das
criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como
almas. No futuro, por esse mesmo motivo, a medicina da alma absorverá a
medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao
organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da
instrução e do alívio. Mas, no que concerne À cura real, somos forçados a
reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito.
Diante da
observação de André Luiz de que era muito alto o poder reprodutivo, tanto das
bactérias quanto das larvas mentais, o benfeitor lembrou que, felizmente, a luz
solar tinha um poder muito maior, sobretudo quando se alia ao magnetismo
terrestre. Esse poder maior destruía intensivamente para selecionar as
manifestações da vida, porquanto se não fosse assim, não existiria um só homem
na Terra.
Também graças a
ele, o solo e as plantas estão cheios de princípios curativos e
transformadores.
Aniceto enfatizou
ainda que só a fé religiosa, livre de sectarismos, será capaz de promover entre
as criaturas humanas um estado positivo de confiança, otimismo e ânimo sadio, E
acrescentou: As ciências e as filosofias preparam o campo; entretanto, afie que
vence a morte, é a semente vital.
em Missionários
da Luz, André Luiz continua os seus estudos sobre as larvas mentais. Observou
que não têm forma esférica, nem eram do tipo bastonete como as bactérias
biológicas, entretanto formavam colônias densas e terríveis.
Em uma sessão,
pôde examinar um rapaz, candidato ao desenvolvimento mediúnico em um centro
espírita, constatando a presença de aluviões de corpúsculos negros, possuídos
de espantosa mobilidade, que se deslocavam, desde a bexiga urinaria, passando
ao longo do cordão espermático e formando colônias compactas nas vesículas
seminais, na próstata, na uretra, e invadindo os canais seminíferos, para,
finalmente, lutar contra as células sexuais, aniquilando-as.
Alexandre
designou-os de bacilos psíquicos da tortura sexual, explicando que o rapaz os
vinha cultivando pela falta de domínio das emoções próprias, através de
experiências sexuais variadas, e, também, pelo contato com entidades
grosseiras, que se afinavam com as predileções dele. Essas companhias
espirituais visitavam-no com frequência, como imperceptíveis vampiros. Segundo
o instrutor, o rapaz acreditava que o sexo nada tem a ver com espiritualidade,
como se esta não fosse a existência em si.
Esquece-se de que
tudo é espírito, manifestação divina e energia eterna. O erro de nosso amigo
-acentuou - é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada
do corpo físico, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da
influenciação espiritual. André analisou também outra candidata ao desenvolvimento
da mediunidade. Em grande zona do ventre desta senhora, observou muitos
parasites conhecidos do campo orgânico, mas lá estavam também outros como se
fossem lesmas voracíssimas, que se agrupavam em colônias, desde os músculos e
fibras do estômago até a válvula ileocecal. Semelhantes parasitos atacávamos
sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição.
Alexandre
diagnosticou: Temos aqui uma pobre amiga desviada nos excessos de alimentação.
Todas as suas glândulas e centros nervosos trabalham para atender às exigências
do sistema digestivo. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se
presa de seres de baixa condição.
Um outro
pretendente a médium, sob o exame de André Luiz, apresentava o aparelho
gastrintestinal totalmente ensopado em aguardente, do esôfago ao bolo fecal. O
fígado estava enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se vorazes, ao
longo da veia porta, lutando, veementemente, contra os elementos sanguíneos
mais novos. O baço apresentava anomalias e todo o sistema endócrino estava
intoxicado. Os centros genitais apresentavam-se deprimidos, diminuindo a
quantidade de cromatina. Os rins perdiam nefrons a cada dia; o pâncreas,
viciado, não atendiam com exatidão às suas funções e as larvas mentais
exterminavam as células hepáticas. Se não fossem as glândulas sudoríparas, a
vida física estaria em perigo imediato.
Alexandre
ressaltou que ninguém quer fazer do mundo terrestre um cemitério de tristeza e
desolação. Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável, usar
um aperitivo comum, fazer a boa refeição, de modo algum significa desvios espirituais;
no entanto, os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, os quais
retêm a alma nos círculos inferiores.
E concluiu o
mentor: Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio
construtivo dos aprendizes, na lime ciência do bem-viver.
Posteriormente, o
médico desencarnado desejou saber mais sobre os bacilos mentais, que o
benfeitor denominava larvas. Nascem de
onde, qual a fonte?
Alexandre
explicou que elas se originam da patogênese da alma: A cólera, a intemperança,
os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações
inferiores que afetam profundamente a vida íntima (...).
As ações produzem
efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências
de infinitas expressões. Assim, a cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem
campo a perigosos gérmens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no
terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que
a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício, entre
companheiros do mesmo nível.
Cada viciação em
particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes,
e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do
responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito
de vigilância e defesa.
Em seguida,
Alexandre lembrou que os homens não possuíram preparo quase nenhum para a vida
espiritual. Tendo vivido muito mais de sensações animalizadas que de
sentimentos e pensamentos puros, as criaturas humanas, além do túmulo, em
muitíssimos casos, permanecem imantadas ao ambiente doméstico. (...) aos
infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as larvas servem de
alimento habitual.
E, ante o espanto
de André Luiz, Alexandre acrescentou: - Semelhantes larvas são portadoras de
vigoroso magnetismo animal.
Para nutrir-se
desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de
ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e
sugar-lhes a substância vital.
Por que tamanha estranheza?
indagou o instrutor. Nós também não nos alimentamos das vísceras dos animais? E
concluiu:
Se temos sido
vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, entre as formas
terrenas, abusando do nosso poder racional ante a fraqueza da inteligência
deles, não é demais que, por força da animalidade que conserva desveladamente,
venha a cair a maioria das criaturas em situações enfermiças pelo vampirismo
das entidades que lhes são afins, na esfera invisível.
CASO DO MENINO NO CORPO-RESGATE
Em No Mundo
Maior, aprendemos muito sobre os mistérios da mente humana.
Calderaro e André
Luiz foram em tarefa de auxílio aproveitando o momento de oração, em busca de
um lar onde jazia, no leito, um menino muito doente, cercado por duas entidades
infelizes.
O instrutor
informou: É paralítico de nascença, primogênito de um casal aparentemente
feliz, e conta oito anos na existência nova; (...) não fala, não anda, não
chega a sentar-se, vê muito mal, quase nada ouve da esfera humana;
psiquicamente, porém, tem a vida de um sentenciado sensível, a cumprir severa
pena, lavrada, em verdade, por ele próprio. Há quase dois séculos, decretou a
morte de muitos compatriotas numa insurreição civil. Valeu-se da desordem
político administrativa para vingar-se de desafetos pessoais, semeando ódio e
ruínas. Viveu nas regiões inferiores, apartado da carne, inomináveis suplícios.
Inúmeras vítimas já lhe perdoaram os crimes; muitas, contudo, seguiram-no,
obstinadas, anos afora... A malta, outrora densa, rareou pouco a pouco, até que
se reduziu aos dois últimos inimigos, hoje em processo final de transformação.
Assim, depois de
muito sofrimento em sombrias e dantescas furnas, onde, por mais de cem anos,
alcançavam-no os pensamentos de revolta e de vingança de suas vítimas,
atingindo em cheio o seu períspirito, o infeliz preparou-se para essa fase conclusiva
de resgate, conseguindo a presente encarnação, com o propósito de completar a cura
efetiva.
Mas enquanto os
amigos espirituais observavam, um dos verdugos moveu-se e tocou com a mão
direita o cérebro do doentinho. A entidade emitia, através das mãos, estrias
negras de substância semelhante ao piche, as quais atingiam o encéfalo do pequenino,
acentuando-lhe as impressões de pavor. O menino, segundo explicações de
Calderaro, estava sendo bombardeado por energias destrutivas do ódio que o
obrigavam a descer à zona de reminiscências do passado, onde o seu
comportamento é inferior, raiando pela semi-inconsciência dos estados
evolutivos primitivos.
Vemos, assim, um
caso em que o produto do quimismo do espírito vingador atinge a vítima,
provocando-lhe distúrbios intensos.
Mas um final
feliz foi prognosticado para essa história tão triste. Informou Calderaro que
os dois verdugos iriam renascer como irmãos da vítima: Voltarão ao Sol da
existência terrestre, por intermédio de um coração de mulher que compreendeu
com Jesus o valor do sacrifício. E Calderaro concluiu: …quando entrelaçarem as mãos sobre ele,
consumindo energias por ajudá-lo, assistidos pela ternura de abnegada mãe,
amorosa e justa, beijarão o velho inimigo com imenso afeto. Transmudar-se-ão as
negras algemas do ódio em alvinitentes liames de luz, nos quais fulgirá o amor
eterno. Chegado esse tempo, a força do perdão restituirá nosso doente a
liberdade; largará ele, qual pássaro feliz, esse mirrado corpo
FONTE:
A Obsessão e suas
Máscaras
Dra. Marlene
Nobre
Evolução em dois
Mundos
Os Mensageiros
Missionários da Luz
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