terça-feira, 28 de setembro de 2021

INFECÇÕES FLUÍDICAS

 

INFECÇÕES FLUÍDICAS

Da mesma maneira como existem infecções orgânica acontecem também as fluídicas.

Muitos desencarnados, movidos por vingança, empolgam a imaginação dos adversários encarnados, com formas mentais monstruosas, classificadas pelos instrutores espirituais, como infecções fluídicas, com grande poder destruidor, podendo levar até à loucura.

Outros, imobilizados em paixões egoísticas, recolhidos a pesado monoideísmo, permanece m junto dos encarnados, sem forças para continuarem a luta evolutiva.

Alguns, do mesmo modo que os ectoparasitas temporários, procedem a semelhança dos mosquitos e dos ácaros, absorvendo as emanações dos encarnados que com eles se afinam. Mas, muitos outros ainda, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vítimas, segregam determinados produtos, dentro do quimismo que lhes é próprio, derramando-os sobre os pontos vulneráveis de suas vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatias e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos do tálamo no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, à maneira dos animais, em absoluto primitivismo nas linhas da Natureza. Desse modo, os obsessores tomam conta dos neurônios do hipotálamo, acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações, produzindo em suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influencia mecânica sobre o simpático e o parassimpático.

São manobras frequentemente utilizadas em intrincados processos de vampirismo e que provocam nas vítimas um regime de pavor ou de guerra nervosa, alterando-lhes o psiquismo ou impondo prejuízos constantes aos tecidos orgânicos.

É possível compreender, assim, os casos de possessos, relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas ou de profunda deterioração mental, quando os Espíritos inferiores, que os subjugavam, foram retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.

LARVAS MENTAIS DOS ENCARNADOS

Mas não podemos nos esquecer que os encarnados também produzem larvas mentais que são vampirizadas pelos desencarnados. Como vemos, na estrada do psiquismo, sempre existe dupla mão, Espíritos desenfaixados da matéria ou ainda estagiando nela têm as mesmas capacidades produtivas.

Em Os Mensageiros, Amceto chamou a atenção de André Luiz e Vicente para as manchas escuras na via pública de grande cidade, nuvens de bactérias variadas que flutuam em grupos compactos, obedecendo a princípios de afinidade. O benfeitor espiritual apontou também para certos edifícios e regiões da cidade, onde havia zonas de material mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de pessoas. E o instrutor acentuou: Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física, quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental.

André Luiz perguntou a Amceto se a matéria mental emitida pelo homem inferior, tem vida própria, como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais.

O instrutor redarguiu: Como não? Vocês, presentemente, não desconhecem que o homem terreno vive num aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas. No futuro, por esse mesmo motivo, a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alívio. Mas, no que concerne À cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito.

Diante da observação de André Luiz de que era muito alto o poder reprodutivo, tanto das bactérias quanto das larvas mentais, o benfeitor lembrou que, felizmente, a luz solar tinha um poder muito maior, sobretudo quando se alia ao magnetismo terrestre. Esse poder maior destruía intensivamente para selecionar as manifestações da vida, porquanto se não fosse assim, não existiria um só homem na Terra.

Também graças a ele, o solo e as plantas estão cheios de princípios curativos e transformadores.

Aniceto enfatizou ainda que só a fé religiosa, livre de sectarismos, será capaz de promover entre as criaturas humanas um estado positivo de confiança, otimismo e ânimo sadio, E acrescentou: As ciências e as filosofias preparam o campo; entretanto, afie que vence a morte, é a semente vital.

em Missionários da Luz, André Luiz continua os seus estudos sobre as larvas mentais. Observou que não têm forma esférica, nem eram do tipo bastonete como as bactérias biológicas, entretanto formavam colônias densas e terríveis.

Em uma sessão, pôde examinar um rapaz, candidato ao desenvolvimento mediúnico em um centro espírita, constatando a presença de aluviões de corpúsculos negros, possuídos de espantosa mobilidade, que se deslocavam, desde a bexiga urinaria, passando ao longo do cordão espermático e formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, na uretra, e invadindo os canais seminíferos, para, finalmente, lutar contra as células sexuais, aniquilando-as.

Alexandre designou-os de bacilos psíquicos da tortura sexual, explicando que o rapaz os vinha cultivando pela falta de domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, e, também, pelo contato com entidades grosseiras, que se afinavam com as predileções dele. Essas companhias espirituais visitavam-no com frequência, como imperceptíveis vampiros. Segundo o instrutor, o rapaz acreditava que o sexo nada tem a ver com espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si.

Esquece-se de que tudo é espírito, manifestação divina e energia eterna. O erro de nosso amigo -acentuou - é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo físico, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual. André analisou também outra candidata ao desenvolvimento da mediunidade. Em grande zona do ventre desta senhora, observou muitos parasites conhecidos do campo orgânico, mas lá estavam também outros como se fossem lesmas voracíssimas, que se agrupavam em colônias, desde os músculos e fibras do estômago até a válvula ileocecal. Semelhantes parasitos atacávamos sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição.

Alexandre diagnosticou: Temos aqui uma pobre amiga desviada nos excessos de alimentação. Todas as suas glândulas e centros nervosos trabalham para atender às exigências do sistema digestivo. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se presa de seres de baixa condição.

Um outro pretendente a médium, sob o exame de André Luiz, apresentava o aparelho gastrintestinal totalmente ensopado em aguardente, do esôfago ao bolo fecal. O fígado estava enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se vorazes, ao longo da veia porta, lutando, veementemente, contra os elementos sanguíneos mais novos. O baço apresentava anomalias e todo o sistema endócrino estava intoxicado. Os centros genitais apresentavam-se deprimidos, diminuindo a quantidade de cromatina. Os rins perdiam nefrons a cada dia; o pâncreas, viciado, não atendiam com exatidão às suas funções e as larvas mentais exterminavam as células hepáticas. Se não fossem as glândulas sudoríparas, a vida física estaria em perigo imediato.

Alexandre ressaltou que ninguém quer fazer do mundo terrestre um cemitério de tristeza e desolação. Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável, usar um aperitivo comum, fazer a boa refeição, de modo algum significa desvios espirituais; no entanto, os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, os quais retêm a alma nos círculos inferiores.

E concluiu o mentor: Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes, na lime ciência do bem-viver.

Posteriormente, o médico desencarnado desejou saber mais sobre os bacilos mentais, que o benfeitor denominava larvas.  Nascem de onde, qual a fonte?

Alexandre explicou que elas se originam da patogênese da alma: A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima (...).

As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. Assim, a cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos gérmens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível.

Cada viciação em particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa.

Em seguida, Alexandre lembrou que os homens não possuíram preparo quase nenhum para a vida espiritual. Tendo vivido muito mais de sensações animalizadas que de sentimentos e pensamentos puros, as criaturas humanas, além do túmulo, em muitíssimos casos, permanecem imantadas ao ambiente doméstico. (...) aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as larvas servem de alimento habitual.

E, ante o espanto de André Luiz, Alexandre acrescentou: - Semelhantes larvas são portadoras de vigoroso magnetismo animal.

Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital.

Por que tamanha estranheza? indagou o instrutor. Nós também não nos alimentamos das vísceras dos animais? E concluiu:

Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, entre as formas terrenas, abusando do nosso poder racional ante a fraqueza da inteligência deles, não é demais que, por força da animalidade que conserva desveladamente, venha a cair a maioria das criaturas em situações enfermiças pelo vampirismo das entidades que lhes são afins, na esfera invisível.

CASO DO MENINO NO CORPO-RESGATE

Em No Mundo Maior, aprendemos muito sobre os mistérios da mente humana.

Calderaro e André Luiz foram em tarefa de auxílio aproveitando o momento de oração, em busca de um lar onde jazia, no leito, um menino muito doente, cercado por duas entidades infelizes.

O instrutor informou: É paralítico de nascença, primogênito de um casal aparentemente feliz, e conta oito anos na existência nova; (...) não fala, não anda, não chega a sentar-se, vê muito mal, quase nada ouve da esfera humana; psiquicamente, porém, tem a vida de um sentenciado sensível, a cumprir severa pena, lavrada, em verdade, por ele próprio. Há quase dois séculos, decretou a morte de muitos compatriotas numa insurreição civil. Valeu-se da desordem político administrativa para vingar-se de desafetos pessoais, semeando ódio e ruínas. Viveu nas regiões inferiores, apartado da carne, inomináveis suplícios. Inúmeras vítimas já lhe perdoaram os crimes; muitas, contudo, seguiram-no, obstinadas, anos afora... A malta, outrora densa, rareou pouco a pouco, até que se reduziu aos dois últimos inimigos, hoje em processo final de transformação.

Assim, depois de muito sofrimento em sombrias e dantescas furnas, onde, por mais de cem anos, alcançavam-no os pensamentos de revolta e de vingança de suas vítimas, atingindo em cheio o seu períspirito, o infeliz preparou-se para essa fase conclusiva de resgate, conseguindo a presente encarnação, com o propósito de completar a cura efetiva.

Mas enquanto os amigos espirituais observavam, um dos verdugos moveu-se e tocou com a mão direita o cérebro do doentinho. A entidade emitia, através das mãos, estrias negras de substância semelhante ao piche, as quais atingiam o encéfalo do pequenino, acentuando-lhe as impressões de pavor. O menino, segundo explicações de Calderaro, estava sendo bombardeado por energias destrutivas do ódio que o obrigavam a descer à zona de reminiscências do passado, onde o seu comportamento é inferior, raiando pela semi-inconsciência dos estados evolutivos primitivos.

Vemos, assim, um caso em que o produto do quimismo do espírito vingador atinge a vítima, provocando-lhe distúrbios intensos.

Mas um final feliz foi prognosticado para essa história tão triste. Informou Calderaro que os dois verdugos iriam renascer como irmãos da vítima: Voltarão ao Sol da existência terrestre, por intermédio de um coração de mulher que compreendeu com Jesus o valor do sacrifício. E Calderaro concluiu:  …quando entrelaçarem as mãos sobre ele, consumindo energias por ajudá-lo, assistidos pela ternura de abnegada mãe, amorosa e justa, beijarão o velho inimigo com imenso afeto. Transmudar-se-ão as negras algemas do ódio em alvinitentes liames de luz, nos quais fulgirá o amor eterno. Chegado esse tempo, a força do perdão restituirá nosso doente a liberdade; largará ele, qual pássaro feliz, esse mirrado corpo

FONTE:

A Obsessão e suas Máscaras

Dra. Marlene Nobre

Evolução em dois Mundos

Os Mensageiros

Missionários da Luz

 

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