Prof. Rivail – Allan Kardec
Foi proposto uma analise a respeito do codificador
da Doutrina Espírita e dos muitos resumos foi feita essa sinopse.
Em 6 de julho de 1415, o reformador tcheco Johannes
(Jan) Hus foi queimado na fogueira, por criticar o poder terreno da Igreja, em
favor da justiça social. Diante do Concílio de Constança, recusou-se a renegar
sua doutrina.
“Nós sabemos que todas as coisas concorrem para o
bem daqueles que amam a Deus, dos que são eleitos segundo seus desígnios. Os
que de antemão conheceu, também os predestinou a serem conformes à imagem de
seu Filho … E aos que predestinou, a esses também chamou. E aos que chamou,
também justificou. E aos que justificou, a esses também glorificou. O que
diremos, pois, a essas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? ”
Pregar a glória divina, mencionada no capítulo 8º
da Epístola de São Paulo aos Romanos, como sendo predeterminada por Deus, e
rechaçar a dedução do poder terreno da Igreja, uma heresia no século XV,
podendo ser punida com a morte. O reformador Jan Hus atacava assim a essência
do cristianismo medieval.
Ele pregava o ideal da pobreza e condenava o
patrimônio terreno dos príncipes da Igreja. Ele defendia a autoridade da
consciência e tentava aproximar a Igreja do povo, através das pregações. E isso
não era tudo: as suas pregações eram feitas na língua tcheca e não em latim,
como determinava a Igreja oficial na época.
Jan Hus só reconhecia a autoridade da Bíblia nas
questões da fé, repudiava os tribunais da Inquisição e os juízes terrenos. Um
verdadeiro herege que suscitava a cólera e o ódio das autoridades
eclesiásticas.
A doutrina de Jan Hus encontrou solo fértil na
Boêmia. Ela se baseava na justiça social e expressava a insatisfação de todos
os cidadãos tchecos. Na época, a agitação envolveu todas as camadas sociais.
A maior parte da população estava insatisfeita com
a política financeira e de poder das autoridades eclesiásticas: negociantes e
mestres artesãos disputavam as riquezas oriundas da mineração de prata, os
camponeses queriam libertar-se da servidão feudal e os nobres tentavam
assegurar os seus privilégios.
As tensões sociais agravavam-se ainda através do
rápido aumento de preços, que beneficiava sobretudo os cidadãos ricos,
empobrecendo os camponeses e os nobres sem-terra.
E as profundas barreiras sociais entre as
populações alemã e tcheca faziam florescer sentimentos nacionalistas. Os ricos
alemães eram vistos pelos tchecos como exploradores e concorrentes. Da sua
parte, os alemães mostravam-se interessados em manter a situação vigente e,
especialmente, em usar o poder da Igreja em proveito próprio.
Por volta de 1400, tanto a recém-fundada
Universidade de Praga como a alta hierarquia da Igreja eram inteiramente
dominadas pelos alemães.
Com Jan Hus começou a agitação. Quando a disputa
entre alemães e tchecos se agravou, em 1409, os alemães foram postos para fora
da Universidade de Praga e Hus foi escolhido como seu reitor. A atividade
docente do reformador aumentou ainda mais as tensões com a Igreja e culminou em
Praga, três anos mais tarde, com o confronto entre os protestantes tchecos e os
católicos alemães.
A fim de manter a situação sob controle, o rei
Venceslau (Venceslau I Premyslid (em tcheco Václav I.) foi rei da Boêmia),
baniu o reitor rebelde da universidade. Mas Jan Hus insistiu em que sua
doutrina era a correta: continuou pregando a imprescindibilidade da pobreza e
da humildade da Igreja.
As consequências vieram logo. Em 1414, Hus foi
convocado a se apresentar ao Concílio de Constança e a renegar a sua doutrina.
O reformador negou-se a cumprir a exigência. No dia 6 de julho de 1415, Hus foi
então morto na fogueira.
Não foi atingido, porém, o propósito da Inquisição
de liquidar o movimento protestante de Hus através da morte do seu líder (como
não foi extinta a ideia do cristianismo redivivo pregado pelos Cátaros
exterminando os adeptos com uma cruzada sangrenta). As revoltas esparsas
transformaram-se numa rebelião geral dos protestantes da Boêmia, que durou 20
anos. Só em 1434 é que o movimento foi aniquilado, em decorrência de traições e
intrigas nas próprias fileiras.
(... se me amais observareis meus mandamentos e
rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito (Paráclito – Espírito de Verdade
– Espírito Santo – Consolador) para que convosco permaneça para sempre, o
Espírito da verdade, que o mundo não pode acolher porque não o vê nem o
conhece. Vós o conheceis, porque permanece convoco. Não vos deixareis órfãos.
Eu virei a vós. (Jo 14:15,18).
“Para o cumprimento da promessa a necessidade de
que alguém reencarne. ”
“Depois de se dirigir aos numerosos missionários da
Ciência e da Filosofia, destinados a renovação do pensamento do mundo no século
XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado João Huss e falou generosamente:
- Não será portador de invenções novas, não te
deterás no problema de comodidade material à civilização, nem receberá a
mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a
tarefa sublime de levantar os corações e consciências. (...)
- Jesus continuava: Preparem-se os círculos de vida
planetária as grandes transformações nos domínios do pensamento
Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas
da esperança no coração da humanidade.
O Evangelho do amor permanece eclipsado no jogo de
ambições desmedidas dos homens viciosos!...
Vai meu amigo. Abrirás novos caminhos à sagrada
aspiração das almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo
a mente humana.
Na restauração da verdade, no entanto, não esperes
os louros do mundo nem a compreensão de teus contemporâneos.
Meus enviados não nascem na Terra para serem
servidos, mas para atenderem as necessidades das criaturas. Não recebem palmas
e homenagens, facilidade e vantagens terrestres, contudo, minha paz os
fortalece e levanta-os, cada dia... Muitas vezes conhecem senão a dificuldade,
o obstáculo, o infortúnio, e não encontram outro refúgio além do deserto. É
preciso, porém, erigir o santuário da fé e caminhar sem repouso, apesar de
perseguições, pedradas, cruzes e lágrimas!
Ante a emoção dos trabalhadores do progresso
cultural do orbe terreno, o abnegado João Huss (Jan Huss) recebeu a elevada
missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos
de reconhecimento.
Daí a algum tempo, no albor do século XIX, nascia
Allan Kardec em Lyon, por trazer a divina mensagem.
OBSERVAÇÃO:
Jan Hus ou Jan Huss (no português: João Hus ou João Huss) pensador e
reformador religioso, que iniciou um movimento religioso baseado nas ideias
de John
Wycliffe. Seus seguidores ficaram conhecidos como os Hussitas.
executado em 1415 -
queimado vivo e morreu cantando um cântico [cântico
de Davi" Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim]; precursor do
movimento protestante.
Jan Huss antecipou várias críticas às doutrinas
e à prática da Igreja Católica que ficariam célebres com Lutero e Calvino.
Dentre elas, é interessante destacar sua oposição à venda de indulgências e à riqueza da Igreja, bem como à comunhão ser restrita ao
corpo eclesiástico, não sendo oferecida aos demais crentes, principalmente os
de origem popular.
ALLAN KARDEC EXPLICA
O CONSOLADOR
JESUS: "Se me
amais, observareis meus mandamentos e rogarei ao Pai e ele vos dará outro
Paráclito (Espírito de verdade) para que convosco permaneça para sempre; o
Espírito da verdade que o mundo não pode acolher, porque não o vê nem o
conhece. Vós o conhecereis porque permanece convosco. Não vos deixareis órfãos.
Eu virei a vós (não se trata da volta do Cristo como era e ainda é concebida,
mas da presença puramente espiritual do Cristo Sabedoria (Jo 14:15,18).
“No entanto eu vos
digo a verdade: pois se não for o Paráclito não virá a vós. Mas se for, enviá-lo-ei
a vós; e quando ele vier estabelecerá a culpabilidade do mundo a respeito do
pecado da justiça e do julgamento do pecado, porque não creem em mim da
justiça, porque vou para o Pai e não mais me vereis do julgamento, porque o
príncipe deste mundo está julgado. Tenho ainda muito que vos dizer, mas não
podeis agora. Quando vier o Espírito da Verdade ele vos guiará na verdade
plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o tiver ouvido e vos
anunciará as coisas futuras. Ele me glorificará porque receberá do que é meu e
vos anunciará. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse: ele receberá do
que é meu e vos anunciará. (Jo 16:7,15)
Esta predição é, sem
contradita, uma das mais importantes do ponto de vista religioso porque
constata da maneira a menos equívoca que Jesus não disse tudo aquilo que tinha
para dizer porque não seria, mesmo, compreendido por seus apóstolos, já que é a
estes que se dirigia. Se lhes houvesse dado instruções secretas, eles a teriam
feito menção nos Evangelhos (a). Desde então, que não tenha dito tudo a seus
apóstolos, seus sucessores não puderam saber mais do que eles; teriam, pois,
podido se equivocar sobre o sentido de suas palavras, dar uma falsa
interpretação a seus pensamentos, frequentemente velados sob a forma
parabólica. As religiões fundadas sobre o evangelho não podem, pois, se dizer
em posse de toda a verdade, já que se reservou em completar ulteriormente suas
instruções. Seu princípio de imutabilidade é um protesto contra as próprias
palavras de Jesus.
Ele anuncia sob o
nome de Consolador e de Espírito Verdade aquele que deva ensinar todas as
coisas, e fazer relembrar o que ele disse; pois, seu ensinamento não estava
completo; no mais, ele previa que se teria esquecido o que disse e que se o
teria descaracterizado já que o Espírito Verdade devia fazer relembrar, e
concorde com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, conforme o verdadeiro
pensamento de Jesus.
Quando este novo
revelador deverá vir? É bem evidente que se, à época em que falava Jesus, os
homens não estavam em estado de compreender as coisas que lhe restava dizer,
não será em alguns anos que possam adquirir as luzes necessárias. Para
entendimento de certas partes dos Evangelhos, à exceção dos preceitos morais,
seria preciso conhecimentos que só o progresso das ciências poderia dar, e que
deveriam ser a obra do temo e de várias gerações. Se, pois, o novo Messias
viesse pouco tempo após Cristo teria encontrado o terreno todo também pouco
propício e não teria feito mais do que ele. Ora, desde o Cristo até nossos dias
não se produziu nenhuma grande revelação que tenha completado o Evangelho e que
lhe tenha elucidado as partes obscuras, índice seguro de que o enviado não
tinha ainda aparecido.
Qual deva ser este
enviado? Jesus dizendo: “Rogarei a meu pai e Ele vos enviará um outro
Consolador” indica claramente que este não é ele próprio; do contrário, teria
dito: “Voltarei para completar o que vos tenho ensinado”. Após, ele junta: “A
fim de que ele demore eternamente convosco e ele estará em vós”. Isto aqui não
seria possível entender de uma individualidade encarnada que não possa demorar
eternamente conosco e ainda menos estar em nós, mas compreende-se muito bem de
uma doutrina que, de fato, logo que se a tenha assimilado, possa estar
eternamente em nós. O Consolador é, pois, no pensamento de Jesus, a
personificação de uma doutrina soberanamente consoladora onde o inspirador deva
ser o Espírito Verdade.
O Espiritismo
realiza, como tem demonstrado, todas as condições do Consolador prometido por
Jesus. Nem é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode se
dizer-lhe o criador. É o produto do ensinamento coletivo dos Espíritos aos
quais preside o Espírito Verdade. Não suprime nada do Evangelho: completa-o e
elucida-o; com auxílio das novas leis que revela, junta às da ciência, faz
compreender o que estava ininteligível, admite a possibilidade daquilo que a
incredulidade olhava como inadmissível. Teve seus precursores e seus profetas
que previram sua vinda. Por seu poder moralizador, prepara o reino do bem sobre
a Terra.
A doutrina de Moisés,
incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu; a de Jesus, mais completa,
espalhou-se sobre toda a Terra pelo Cristianismo, mas não converteu todo mundo;
o Espiritismo, mais completo ainda, tendo raízes em todas as crenças,
converterá a humanidade.
Cristo, dizendo a
seus apóstolos: “um outro virá mais tarde, que vos ensinará o que não pude vos
dizer agora”, proclamava por isso mesmo a necessidade da reencarnação.
Como estes homens poderiam aproveitar o ensinamento mais completo que deveria
ser dado ulteriormente; como estariam eles mais aptos a compreendê-lo se não
deviam reviver? Jesus teria dito uma inconsequência se os homens futuros
devessem, conforme a doutrina vulgar, serem homens novos, almas saídas do nada
em seu nascimento. Admiti, ao contrário, que os apóstolos e os homens de seu
tempo tenham vivido depois; que vivam ainda atualmente a promessa de Jesus se
encontre justificada; sua inteligência que deveu se desenvolver ao contato com
o progresso social, pode conduzir atualmente o que não poderia portar então.
Sem a reencarnação, a promessa de Jesus teria sido ilusória.
Salvo se dissesse que
esta promessa foi realizada no dia de Pentecoste, pela descida do Espírito
Santo, responder-se-ia que o Espírito Santo as inspirou, que pôde abrir sua inteligência,
desenvolver neles as aptidões medianímicas que deveriam facilitar sua missão,
mas que não lhe tenha aprendido nada de mais do que houvesse ensinado Jesus,
porque não se encontra nenhum traço de um ensino especial. O Espírito Santo não
tem, pois, realizado o que Jesus anunciou sobre o Consolador: de outro modo, os
apóstolos teriam elucidado, desde sua vivência, tudo o que ficou obscuro no
Evangelho até este dia, e cuja interpretação contraditória deu lugar às
inumeráveis seitas que dividem o Cristianismo desde o primeiro século.
(A GÊNESE, Cap. XVII, itens 37 a 42).
Pode o Espiritismo
ser considerado uma revelação? Revelar, do latim revelare, cuja raiz, velum,
véu, significa literalmente sair de sob o véu - e, figuradamente, descobrir,
dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção vulgar mais
genérica, essa palavra se emprega a respeito de qualquer coisa ignota que é
divulgada, de qualquer ideia nova que nos põe à corrente do que não sabíamos.
A característica
essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade. Revelar um segredo é tornar
conhecido um fato; se é falso, já não é um fato e, por consequência, não existe
revelação. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída
a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dele; deve
ser considerada produto de uma concepção humana.
Que os mortos se
comunicam é um fato portanto é uma revelação.
No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais particularmente
das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência,
nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão Deus ou seus
mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso,
a revelação é sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de
profetas ou messias, isto é, enviados ou missionários, incumbidos de
transmiti-la aos homens. Considerada debaixo deste ponto de vista, a revelação
implica a passividade absoluta e é aceita sem verificação, sem exame, nem
discussão; ou cairemos no ateísmo que até hoje questiona a pessoa de Jesus com
seus argumentos pueris.
O Espiritismo,
dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivíamos
sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo
visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o
destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na acepção
científica da palavra.
Moisés, como profeta,
revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador
de todas coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé.
Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé,
purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.
O Cristo, tomando da
antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório,
puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida
futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que
aguardam o homem, depois da morte.
O Espiritismo,
partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das Moisés, é consequência
direta da sua doutrina. À ideia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da
existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa o espaço, e com isso
precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consciência, uma realidade à ideia.
Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos
homens os mistérios do nascimento e da morte. Pelo Espiritismo, o homem sabe de
onde vem, para onde vai, porque está na Terra, porque sofre temporariamente e
vê por toda parte a justiça de Deus. Sabe que a alma progride incessantemente,
através de uma série de existências sucessivas, até atingir o grau de perfeição
que a aproxima de Deus. Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto de
origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir, em virtude do
seu livre-arbítrio; que todas são da mesma essência e que não há entre elas
diferença, senão quanto ao progresso realizado; que todas tem o mesmo destino e
alcançarão a mesma meta, mais ou menos rapidamente, pelo trabalho e
boa-vontade.
A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo,
a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a
terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é
coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio de pessoa alguma,
ninguém, por consequência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi
espalhada simultaneamente por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as
idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta
predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos: "Nos últimos
tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos
filhos e filhas profetizarão, os jovens terão visões e os velhos, sonhos."
(Atos, cap. II, vs. 17-18). Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de
servir um dia, a todos, de ponto de ligação.
Demais, se se
considerar o poder moralizador do Espiritismo, pela finalidade que assina a
todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as consequências do bem e do
mal, pela força moral, a coragem e as consolações que dá nas aflições, mediante
inalterável confiança no futuro, pela ideia de ter cada um perto de si os seres
a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles;
enfim, pela certeza de que tudo quanto se fez, quanto se adquiriu em
inteligência, sabedoria, moralidade, até a última hora da vida, não fica
perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito, reconhece-se que o
Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador
anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento de
regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque,
de fato, é ele o verdadeiro Consolador.
(A GÊNESE, Cap. I,
itens 1,3,7,12,21,22,30,45 e 42)
PERANTE A CODIFICAÇÃO KARDEQUIANA
Recordemos
constantemente os ensinos insubstituíveis e sempre momentosos que iluminam as
páginas da Codificação Kardequiana, de onde extratamos alguns breves tópicos:
"Assim como o
Cristo disse: "Não vim destruir a Lei, mas cumpri-la", também o
Espiritismo diz: "Não venho destruir a Lei cristã, mas dar-lhe
execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas
desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda a gente, o que foi
dito apenas sob forma alegórica.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
"Espíritas! Amai-vos,
este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo se
encontram todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se
enraizaram."
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
"Os Espíritos
superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais
alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria
lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e o
bem da Humanidade."
O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
"O homem não
conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre
saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho
predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, e
sim pelas suas tendências."
O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
"A lei de Deus é
a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha
de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a
posição do homem. Diferença só há quanto ao grau de responsabilidade."
O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
Reconhece-se o
verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações infelizes."
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
"Não podendo
amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do
homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação."
REVIVESCÊNCIA DO CRISTIANISMO.
Erige-se, desde
Jesus, o Evangelho em código de harmonia, inspirando o devotamento ao bem de
todos até o sacrifício voluntário, a fraternidade viva, o serviço infatigável
aos semelhantes e o perdão sem limites.
Iniciam-se em todo orbe
imensas alterações. A crueldade metódica cede lugar à compaixão. Os troféus
sanguinolentos da guerra desertam dos santuários. A escravidão de homens livres
é sacudida nos fundamentos para que se anule de vez. Levanta-se a mulher da
condição de alimária para a dignidade humana. A filosofia e a ciência admitem a
caridade no governo dos povos. O ideal da solidariedade pura começa a fulgir
sobre a fronte do mundo.
Moisés instalara o
princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.
Jesus inaugurou na
Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora,
traçando-lhe a rota para Deus.
E eis que o
Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no ESPIRITISMO, induzindo-nos à
sublimação da vida íntima, para que nossa alma se liberte da sombra que a
densifica, encaminhando-se, renovada, para as culminâncias da Luz.
ANDRÉ LUIZ
EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDO.
Não
era nossa intenção acrescentar uma biografia ao trabalho, mas por decisão do
grupo de estudo foi acrescido texto referente a vida e curiosidades do
Codificador:
“aos
doze, vindimario, ano treze,(...) data pertencente ao calendário de Revolução
Francesa, que começou em 22/09/1972 (...) data pertencente ao calendário da
revolução francesa (com 12 meses, 30 dias e mais 5 complementares que não se popularizou
abolido em 01 janeiro de 1804 por Napoleão) no nosso calendário 3/10/1804,foi
lavrada a certidão de nascimento de DENIZARD HIPPOLYTE LÉON RIVAIL, NASCIDO ÀS
19 hs filho de Jean Baptiste Antoine Rivail, homem de lei, morador em Bourg de
L’Ain e atualmente em Paris e de Jeanne Louise Duhamel, sua esposa. O sexo da
criança foi reconhecido como masculino. Testemunhas principais o diretor do
estabelecimento de Águas Minerais da rua Sala e um morador da mesma rua. Por requisição
do médico a leitura foi feita e por todos assinada. Constatado por mim prefeito
de Lyon.
Ao
completar 6 anos foi matriculado na escola primaria mais próxima. Concluir em
1804 aos 10 anos.
Em
companhia dos pais viajou para Yverdun, Suíça matriculado no Instituto de
educação da cidade sob a direção do Prof. João Henrique Pestalozzi. Era a
escola modelo da Europa, cuja filosofia era:
(...)
não havia castigos nem recompensas, pois Pestalozzi não queria nem a emulação
nem o medo. Só admitia a disciplina do dever, ou melhor, o da afeição e o do
amor.
Após
a morte da esposa de Pestalozzi o instituto passa por fase difícil. Houve
dissidência entre o Prof. filosofo João Niederer ministro evangélico e
Pestalozzi católico. Os alunos protestantes eram maioria e com aumento de
jovens católicos passaram a ter aulas com um sacerdote do credo romano, mas que
não influenciou Rivail dado a sua identidade com Pestalozzi.
As
divergências entre alunos protestantes de diversas seitas e católicos se
acentuou o que levou Rivail aos 15 anos acalentar uma ideia de reforma.
Retornou de Yverdun para Lyon provavelmente em 1824, mas como Paris era o
centro cultural do mundo seus pais fixaram residência nessa cidade com seus 18
anos ap.
Bacharel
em Ciências e Letras, sabendo falar e escrever, alemão, inglês, espanhol,
italiano e holandês formado em pedagogia consegue em Lyon isenção do serviço
militar. Napoleão já preso Rivail passou a exercer o magistério, traduzindo
obras inglesas e alemãs.
Na
biblioteca da França já consta registrado o “curso prático e teórico de
aritmética, segundo os princípios de Pestalozzi com modificações por H.L.D.
Rivail.
Com
o reinado de Carlos X incapaz e violento, Rivail edita o segundo livro “plano
de uma escola graduada segundo método Pestalozzi”
Começou
a dirigir a escola de primeiro grau que fundara aniquilada devido à concorrência
das escolas religiosas que obtinham recursos públicos.
Procurou
um tio como socio e instalou-se no Instituto Técnico Rivail. Lecionava escrevia
livros, traduzia e dirigia o instituto.
Aos
24 anos publicou o “plano para melhoria da educação pública”.
O
instituto é reaberto depois da derrota de Carlos X.
Em
1831 três obras o firmaram como pedagogo.
·
Memoria sobre a
instituição pública;
·
Gramatica francesa
clássica;
·
Qual o sistema de estudo
mais em harmonia com as necessidades.
Obras
em vigência na França até os dias de hoje nas escolas
Nesse
ano conhece a Prof. Amèlie Gabrielle Boudet 9 anos mais velha e se casaram em
1832.
O
tio tinha paixão pelo jogo e não teve como sustentar o instituto que entrou em
liquidação a beira da falência.
Restaram
45;000 francos; confiaram em um amigo negociante que os deixou sem nada.
Trabalhava
dobrado fazendo contabilidade de três firmas, escrevendo livros pedagógicos e
traduzindo obras clássicas alemãs e inglesas. Equilibrou-se financeiramente.
Escreveu
duas obras adotadas pela Universidade da França. Reconhecido publicamente como
educador instalou em casa cursos gratuitos de química, física e astronomia.
Em
1848 ocorre a segunda revolução francesa onde Luís Napoleão eleito pelo povo se
proclama napoleão III.
Rivail
se torna humanista como Pestalozzi, estuda, pesquisa e exerce o magnetismo e o
sonambulismo por cerca de 35 anos.
Era
sintético, sem preconceitos e adepto da geração espontânea.
Os
conhecimentos das irmãs Fox se popularizaram virando espetáculo nos salões da
França, apresentando fenômenos nada novos na história dos povos, mas sem
proveito para a humanidade. Eram apenas espetáculos.
Esse
é o perfil de Rivail que após inúmero convite cede e vai à casa da Sr. Planeimason
às 20:00 hs em 1854.
“Foi
aí que pela primeira vez presenciei o tal fenômeno das mesas girantes que
saltavam e corriam. Assisti ensaios imperfeitos de escrita em uma placa de
ardósia com auxílio de uma cesta.
Mesa
não tem cérebro e se fazem isso é porque alguma inteligência as manipula de
forma que ainda não conhecemos.
CURIOSIDADE:
Certidão
original consta Denisard
Hypolite
Leon
Rivail;
No
registro de batismo consta Hippolyte Léon Denizard Rivail que é como assinava.
Na
certidão de casamento: Denizard Hyppolite Léon Rivail
Na
certidão de óbito: Léon Hippolyte Denizart Rivail
Fontes:
A Gênese
Livro
dos Espíritos
Evolução
em Dois Mundos
Conduta
Espírita
Allan Kardec em
verdade luz
Wikipedia
Mundoeducação
Bíblia de Jerusalém
Reformador
O Evangelho Segundo o
Espiritismo
Conduta
Espírita
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