domingo, 5 de setembro de 2021

Prof. Rivail – Allan Kardec

 

Prof. Rivail – Allan Kardec

Foi proposto uma analise a respeito do codificador da Doutrina Espírita e dos muitos resumos foi feita essa sinopse.

Em 6 de julho de 1415, o reformador tcheco Johannes (Jan) Hus foi queimado na fogueira, por criticar o poder terreno da Igreja, em favor da justiça social. Diante do Concílio de Constança, recusou-se a renegar sua doutrina.

“Nós sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, dos que são eleitos segundo seus desígnios. Os que de antemão conheceu, também os predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho … E aos que predestinou, a esses também chamou. E aos que chamou, também justificou. E aos que justificou, a esses também glorificou. O que diremos, pois, a essas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? ”

Pregar a glória divina, mencionada no capítulo 8º da Epístola de São Paulo aos Romanos, como sendo predeterminada por Deus, e rechaçar a dedução do poder terreno da Igreja, uma heresia no século XV, podendo ser punida com a morte. O reformador Jan Hus atacava assim a essência do cristianismo medieval.

Ele pregava o ideal da pobreza e condenava o patrimônio terreno dos príncipes da Igreja. Ele defendia a autoridade da consciência e tentava aproximar a Igreja do povo, através das pregações. E isso não era tudo: as suas pregações eram feitas na língua tcheca e não em latim, como determinava a Igreja oficial na época.

Jan Hus só reconhecia a autoridade da Bíblia nas questões da fé, repudiava os tribunais da Inquisição e os juízes terrenos. Um verdadeiro herege que suscitava a cólera e o ódio das autoridades eclesiásticas.

A doutrina de Jan Hus encontrou solo fértil na Boêmia. Ela se baseava na justiça social e expressava a insatisfação de todos os cidadãos tchecos. Na época, a agitação envolveu todas as camadas sociais.

A maior parte da população estava insatisfeita com a política financeira e de poder das autoridades eclesiásticas: negociantes e mestres artesãos disputavam as riquezas oriundas da mineração de prata, os camponeses queriam libertar-se da servidão feudal e os nobres tentavam assegurar os seus privilégios.

As tensões sociais agravavam-se ainda através do rápido aumento de preços, que beneficiava sobretudo os cidadãos ricos, empobrecendo os camponeses e os nobres sem-terra.

E as profundas barreiras sociais entre as populações alemã e tcheca faziam florescer sentimentos nacionalistas. Os ricos alemães eram vistos pelos tchecos como exploradores e concorrentes. Da sua parte, os alemães mostravam-se interessados em manter a situação vigente e, especialmente, em usar o poder da Igreja em proveito próprio.

Por volta de 1400, tanto a recém-fundada Universidade de Praga como a alta hierarquia da Igreja eram inteiramente dominadas pelos alemães.

Com Jan Hus começou a agitação. Quando a disputa entre alemães e tchecos se agravou, em 1409, os alemães foram postos para fora da Universidade de Praga e Hus foi escolhido como seu reitor. A atividade docente do reformador aumentou ainda mais as tensões com a Igreja e culminou em Praga, três anos mais tarde, com o confronto entre os protestantes tchecos e os católicos alemães.

A fim de manter a situação sob controle, o rei Venceslau (Venceslau I Premyslid (em tcheco Václav I.) foi rei da Boêmia), baniu o reitor rebelde da universidade. Mas Jan Hus insistiu em que sua doutrina era a correta: continuou pregando a imprescindibilidade da pobreza e da humildade da Igreja.

As consequências vieram logo. Em 1414, Hus foi convocado a se apresentar ao Concílio de Constança e a renegar a sua doutrina. O reformador negou-se a cumprir a exigência. No dia 6 de julho de 1415, Hus foi então morto na fogueira.

Não foi atingido, porém, o propósito da Inquisição de liquidar o movimento protestante de Hus através da morte do seu líder (como não foi extinta a ideia do cristianismo redivivo pregado pelos Cátaros exterminando os adeptos com uma cruzada sangrenta). As revoltas esparsas transformaram-se numa rebelião geral dos protestantes da Boêmia, que durou 20 anos. Só em 1434 é que o movimento foi aniquilado, em decorrência de traições e intrigas nas próprias fileiras.

 

(... se me amais observareis meus mandamentos e rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito (Paráclito – Espírito de Verdade – Espírito Santo – Consolador) para que convosco permaneça para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode acolher porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque permanece convoco. Não vos deixareis órfãos. Eu virei a vós. (Jo 14:15,18).

“Para o cumprimento da promessa a necessidade de que alguém reencarne. ”

“Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados a renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado João Huss e falou generosamente:

- Não será portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade material à civilização, nem receberá a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar os corações e consciências. (...)

- Jesus continuava: Preparem-se os círculos de vida planetária as grandes transformações nos domínios do pensamento

Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no coração da humanidade.

O Evangelho do amor permanece eclipsado no jogo de ambições desmedidas dos homens viciosos!...

Vai meu amigo. Abrirás novos caminhos à sagrada aspiração das almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo a mente humana.

Na restauração da verdade, no entanto, não esperes os louros do mundo nem a compreensão de teus contemporâneos.

Meus enviados não nascem na Terra para serem servidos, mas para atenderem as necessidades das criaturas. Não recebem palmas e homenagens, facilidade e vantagens terrestres, contudo, minha paz os fortalece e levanta-os, cada dia... Muitas vezes conhecem senão a dificuldade, o obstáculo, o infortúnio, e não encontram outro refúgio além do deserto. É preciso, porém, erigir o santuário da fé e caminhar sem repouso, apesar de perseguições, pedradas, cruzes e lágrimas!

Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terreno, o abnegado João Huss (Jan Huss) recebeu a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento.

Daí a algum tempo, no albor do século XIX, nascia Allan Kardec em Lyon, por trazer a divina mensagem.

OBSERVAÇÃO:

Jan Hus ou Jan Huss (no português: João Hus ou João Huss) pensador e

reformador religioso, que iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Seus seguidores ficaram conhecidos como os Hussitas. executado em 1415 - queimado vivo e morreu cantando um cântico [cântico de Davi" Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim]; precursor do movimento protestante.

Jan Huss antecipou várias críticas às doutrinas e à prática da Igreja Católica que ficariam célebres com Lutero e Calvino. Dentre elas, é interessante destacar sua oposição à venda de indulgências e à riqueza da Igreja, bem como à comunhão ser restrita ao corpo eclesiástico, não sendo oferecida aos demais crentes, principalmente os de origem popular.

 

ALLAN KARDEC EXPLICA O CONSOLADOR

JESUS: "Se me amais, observareis meus mandamentos e rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito (Espírito de verdade) para que convosco permaneça para sempre; o Espírito da verdade que o mundo não pode acolher, porque não o vê nem o conhece. Vós o conhecereis porque permanece convosco. Não vos deixareis órfãos. Eu virei a vós (não se trata da volta do Cristo como era e ainda é concebida, mas da presença puramente espiritual do Cristo Sabedoria (Jo 14:15,18).

“No entanto eu vos digo a verdade: pois se não for o Paráclito não virá a vós. Mas se for, enviá-lo-ei a vós; e quando ele vier estabelecerá a culpabilidade do mundo a respeito do pecado da justiça e do julgamento do pecado, porque não creem em mim da justiça, porque vou para o Pai e não mais me vereis do julgamento, porque o príncipe deste mundo está julgado. Tenho ainda muito que vos dizer, mas não podeis agora. Quando vier o Espírito da Verdade ele vos guiará na verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras. Ele me glorificará porque receberá do que é meu e vos anunciará. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse: ele receberá do que é meu e vos anunciará. (Jo 16:7,15)

Esta predição é, sem contradita, uma das mais importantes do ponto de vista religioso porque constata da maneira a menos equívoca que Jesus não disse tudo aquilo que tinha para dizer porque não seria, mesmo, compreendido por seus apóstolos, já que é a estes que se dirigia. Se lhes houvesse dado instruções secretas, eles a teriam feito menção nos Evangelhos (a). Desde então, que não tenha dito tudo a seus apóstolos, seus sucessores não puderam saber mais do que eles; teriam, pois, podido se equivocar sobre o sentido de suas palavras, dar uma falsa interpretação a seus pensamentos, frequentemente velados sob a forma parabólica. As religiões fundadas sobre o evangelho não podem, pois, se dizer em posse de toda a verdade, já que se reservou em completar ulteriormente suas instruções. Seu princípio de imutabilidade é um protesto contra as próprias palavras de Jesus.

Ele anuncia sob o nome de Consolador e de Espírito Verdade aquele que deva ensinar todas as coisas, e fazer relembrar o que ele disse; pois, seu ensinamento não estava completo; no mais, ele previa que se teria esquecido o que disse e que se o teria descaracterizado já que o Espírito Verdade devia fazer relembrar, e concorde com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, conforme o verdadeiro pensamento de Jesus.

Quando este novo revelador deverá vir? É bem evidente que se, à época em que falava Jesus, os homens não estavam em estado de compreender as coisas que lhe restava dizer, não será em alguns anos que possam adquirir as luzes necessárias. Para entendimento de certas partes dos Evangelhos, à exceção dos preceitos morais, seria preciso conhecimentos que só o progresso das ciências poderia dar, e que deveriam ser a obra do temo e de várias gerações. Se, pois, o novo Messias viesse pouco tempo após Cristo teria encontrado o terreno todo também pouco propício e não teria feito mais do que ele. Ora, desde o Cristo até nossos dias não se produziu nenhuma grande revelação que tenha completado o Evangelho e que lhe tenha elucidado as partes obscuras, índice seguro de que o enviado não tinha ainda aparecido.

Qual deva ser este enviado? Jesus dizendo: “Rogarei a meu pai e Ele vos enviará um outro Consolador” indica claramente que este não é ele próprio; do contrário, teria dito: “Voltarei para completar o que vos tenho ensinado”. Após, ele junta: “A fim de que ele demore eternamente convosco e ele estará em vós”. Isto aqui não seria possível entender de uma individualidade encarnada que não possa demorar eternamente conosco e ainda menos estar em nós, mas compreende-se muito bem de uma doutrina que, de fato, logo que se a tenha assimilado, possa estar eternamente em nós. O Consolador é, pois, no pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora onde o inspirador deva ser o Espírito Verdade.

O Espiritismo realiza, como tem demonstrado, todas as condições do Consolador prometido por Jesus. Nem é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode se dizer-lhe o criador. É o produto do ensinamento coletivo dos Espíritos aos quais preside o Espírito Verdade. Não suprime nada do Evangelho: completa-o e elucida-o; com auxílio das novas leis que revela, junta às da ciência, faz compreender o que estava ininteligível, admite a possibilidade daquilo que a incredulidade olhava como inadmissível. Teve seus precursores e seus profetas que previram sua vinda. Por seu poder moralizador, prepara o reino do bem sobre a Terra.

A doutrina de Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu; a de Jesus, mais completa, espalhou-se sobre toda a Terra pelo Cristianismo, mas não converteu todo mundo; o Espiritismo, mais completo ainda, tendo raízes em todas as crenças, converterá a humanidade.

Cristo, dizendo a seus apóstolos: “um outro virá mais tarde, que vos ensinará o que não pude vos dizer agora”, proclamava por isso mesmo a necessidade da reencarnação. Como estes homens poderiam aproveitar o ensinamento mais completo que deveria ser dado ulteriormente; como estariam eles mais aptos a compreendê-lo se não deviam reviver? Jesus teria dito uma inconsequência se os homens futuros devessem, conforme a doutrina vulgar, serem homens novos, almas saídas do nada em seu nascimento. Admiti, ao contrário, que os apóstolos e os homens de seu tempo tenham vivido depois; que vivam ainda atualmente a promessa de Jesus se encontre justificada; sua inteligência que deveu se desenvolver ao contato com o progresso social, pode conduzir atualmente o que não poderia portar então. Sem a reencarnação, a promessa de Jesus teria sido ilusória.

Salvo se dissesse que esta promessa foi realizada no dia de Pentecoste, pela descida do Espírito Santo, responder-se-ia que o Espírito Santo as inspirou, que pôde abrir sua inteligência, desenvolver neles as aptidões medianímicas que deveriam facilitar sua missão, mas que não lhe tenha aprendido nada de mais do que houvesse ensinado Jesus, porque não se encontra nenhum traço de um ensino especial. O Espírito Santo não tem, pois, realizado o que Jesus anunciou sobre o Consolador: de outro modo, os apóstolos teriam elucidado, desde sua vivência, tudo o que ficou obscuro no Evangelho até este dia, e cuja interpretação contraditória deu lugar às inumeráveis seitas que dividem o Cristianismo desde o primeiro século.

 (A GÊNESE, Cap. XVII, itens 37 a 42).

Pode o Espiritismo ser considerado uma revelação? Revelar, do latim revelare, cuja raiz, velum, véu, significa literalmente sair de sob o véu - e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepção vulgar mais genérica, essa palavra se emprega a respeito de qualquer coisa ignota que é divulgada, de qualquer ideia nova que nos põe à corrente do que não sabíamos.

A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato; se é falso, já não é um fato e, por consequência, não existe revelação. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dele; deve ser considerada produto de uma concepção humana.

Que os mortos se comunicam é um fato portanto é uma revelação.
No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão Deus ou seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso, a revelação é sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de profetas ou messias, isto é, enviados ou missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens. Considerada debaixo deste ponto de vista, a revelação implica a passividade absoluta e é aceita sem verificação, sem exame, nem discussão; ou cairemos no ateísmo que até hoje questiona a pessoa de Jesus com seus argumentos pueris.

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.

Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.

O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.

O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das Moisés, é consequência direta da sua doutrina. À ideia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consciência, uma realidade à ideia. Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte. Pelo Espiritismo, o homem sabe de onde vem, para onde vai, porque está na Terra, porque sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus. Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências sucessivas, até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus. Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio; que todas são da mesma essência e que não há entre elas diferença, senão quanto ao progresso realizado; que todas tem o mesmo destino e alcançarão a mesma meta, mais ou menos rapidamente, pelo trabalho e boa-vontade.
A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio de pessoa alguma, ninguém, por consequência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos: "Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e filhas profetizarão, os jovens terão visões e os velhos, sonhos." (Atos, cap. II, vs. 17-18). Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação.

Demais, se se considerar o poder moralizador do Espiritismo, pela finalidade que assina a todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as consequências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e as consolações que dá nas aflições, mediante inalterável confiança no futuro, pela ideia de ter cada um perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se fez, quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria, moralidade, até a última hora da vida, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito, reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento de regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador.

(A GÊNESE, Cap. I, itens 1,3,7,12,21,22,30,45 e 42)

 

PERANTE A CODIFICAÇÃO KARDEQUIANA

Recordemos constantemente os ensinos insubstituíveis e sempre momentosos que iluminam as páginas da Codificação Kardequiana, de onde extratamos alguns breves tópicos:

"Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a Lei, mas cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a Lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda a gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica.

 

 

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.

"Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo se encontram todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram."

 

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.

"Os Espíritos superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade."

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

"O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, e sim pelas suas tendências."

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

"A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau de responsabilidade."

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações infelizes."

 

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.

"Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação."

 

REVIVESCÊNCIA DO CRISTIANISMO.

Erige-se, desde Jesus, o Evangelho em código de harmonia, inspirando o devotamento ao bem de todos até o sacrifício voluntário, a fraternidade viva, o serviço infatigável aos semelhantes e o perdão sem limites.

Iniciam-se em todo orbe imensas alterações. A crueldade metódica cede lugar à compaixão. Os troféus sanguinolentos da guerra desertam dos santuários. A escravidão de homens livres é sacudida nos fundamentos para que se anule de vez. Levanta-se a mulher da condição de alimária para a dignidade humana. A filosofia e a ciência admitem a caridade no governo dos povos. O ideal da solidariedade pura começa a fulgir sobre a fronte do mundo.

Moisés instalara o princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.

Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.

E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no ESPIRITISMO, induzindo-nos à sublimação da vida íntima, para que nossa alma se liberte da sombra que a densifica, encaminhando-se, renovada, para as culminâncias da Luz.

 

ANDRÉ LUIZ

EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDO.

Não era nossa intenção acrescentar uma biografia ao trabalho, mas por decisão do grupo de estudo foi acrescido texto referente a vida e curiosidades do Codificador:

“aos doze, vindimario, ano treze,(...) data pertencente ao calendário de Revolução Francesa, que começou em 22/09/1972 (...) data pertencente ao calendário da revolução francesa (com 12 meses, 30 dias e mais 5 complementares que não se popularizou abolido em 01 janeiro de 1804 por Napoleão) no nosso calendário 3/10/1804,foi lavrada a certidão de nascimento de DENIZARD HIPPOLYTE LÉON RIVAIL, NASCIDO ÀS 19 hs filho de Jean Baptiste Antoine Rivail, homem de lei, morador em Bourg de L’Ain e atualmente em Paris e de Jeanne Louise Duhamel, sua esposa. O sexo da criança foi reconhecido como masculino. Testemunhas principais o diretor do estabelecimento de Águas Minerais da rua Sala e um morador da mesma rua. Por requisição do médico a leitura foi feita e por todos assinada. Constatado por mim prefeito de Lyon.

Ao completar 6 anos foi matriculado na escola primaria mais próxima. Concluir em 1804 aos 10 anos.

Em companhia dos pais viajou para Yverdun, Suíça matriculado no Instituto de educação da cidade sob a direção do Prof. João Henrique Pestalozzi. Era a escola modelo da Europa, cuja filosofia era:

(...) não havia castigos nem recompensas, pois Pestalozzi não queria nem a emulação nem o medo. Só admitia a disciplina do dever, ou melhor, o da afeição e o do amor.

Após a morte da esposa de Pestalozzi o instituto passa por fase difícil. Houve dissidência entre o Prof. filosofo João Niederer ministro evangélico e Pestalozzi católico. Os alunos protestantes eram maioria e com aumento de jovens católicos passaram a ter aulas com um sacerdote do credo romano, mas que não influenciou Rivail dado a sua identidade com Pestalozzi.

As divergências entre alunos protestantes de diversas seitas e católicos se acentuou o que levou Rivail aos 15 anos acalentar uma ideia de reforma. Retornou de Yverdun para Lyon provavelmente em 1824, mas como Paris era o centro cultural do mundo seus pais fixaram residência nessa cidade com seus 18 anos ap.

Bacharel em Ciências e Letras, sabendo falar e escrever, alemão, inglês, espanhol, italiano e holandês formado em pedagogia consegue em Lyon isenção do serviço militar. Napoleão já preso Rivail passou a exercer o magistério, traduzindo obras inglesas e alemãs.

Na biblioteca da França já consta registrado o “curso prático e teórico de aritmética, segundo os princípios de Pestalozzi com modificações por H.L.D. Rivail.

Com o reinado de Carlos X incapaz e violento, Rivail edita o segundo livro “plano de uma escola graduada segundo método Pestalozzi”

Começou a dirigir a escola de primeiro grau que fundara aniquilada devido à concorrência das escolas religiosas que obtinham recursos públicos.

Procurou um tio como socio e instalou-se no Instituto Técnico Rivail. Lecionava escrevia livros, traduzia e dirigia o instituto.

Aos 24 anos publicou o “plano para melhoria da educação pública”.

O instituto é reaberto depois da derrota de Carlos X.

Em 1831 três obras o firmaram como pedagogo.

·        Memoria sobre a instituição pública;

·        Gramatica francesa clássica;

·        Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades.

Obras em vigência na França até os dias de hoje nas escolas

Nesse ano conhece a Prof. Amèlie Gabrielle Boudet 9 anos mais velha e se casaram em 1832.

O tio tinha paixão pelo jogo e não teve como sustentar o instituto que entrou em liquidação a beira da falência.

Restaram 45;000 francos; confiaram em um amigo negociante que os deixou sem nada.

Trabalhava dobrado fazendo contabilidade de três firmas, escrevendo livros pedagógicos e traduzindo obras clássicas alemãs e inglesas. Equilibrou-se financeiramente.

Escreveu duas obras adotadas pela Universidade da França. Reconhecido publicamente como educador instalou em casa cursos gratuitos de química, física e astronomia.

Em 1848 ocorre a segunda revolução francesa onde Luís Napoleão eleito pelo povo se proclama napoleão III.

Rivail se torna humanista como Pestalozzi, estuda, pesquisa e exerce o magnetismo e o sonambulismo por cerca de 35 anos.

Era sintético, sem preconceitos e adepto da geração espontânea.

Os conhecimentos das irmãs Fox se popularizaram virando espetáculo nos salões da França, apresentando fenômenos nada novos na história dos povos, mas sem proveito para a humanidade. Eram apenas espetáculos.

Esse é o perfil de Rivail que após inúmero convite cede e vai à casa da Sr. Planeimason às 20:00 hs em 1854.

“Foi aí que pela primeira vez presenciei o tal fenômeno das mesas girantes que saltavam e corriam. Assisti ensaios imperfeitos de escrita em uma placa de ardósia com auxílio de uma cesta.

Mesa não tem cérebro e se fazem isso é porque alguma inteligência as manipula de forma que ainda não conhecemos.

 

CURIOSIDADE:

Certidão original consta Denisard Hypolite Leon Rivail;

No registro de batismo consta Hippolyte Léon Denizard Rivail que é como assinava.

Na certidão de casamento: Denizard Hyppolite Léon Rivail

Na certidão de óbito: Léon Hippolyte Denizart Rivail

 

Fontes:

A Gênese

Livro dos Espíritos

Evolução em Dois Mundos

Conduta Espírita

Allan Kardec em verdade luz

Wikipedia

Mundoeducação

Bíblia de Jerusalém

Reformador

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Conduta Espírita

 

 

 

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