terça-feira, 28 de setembro de 2021

OBSESSÃO DE EFEITOS FÍSICOS (Poltergeist)

OBSESSÃO DE EFEITOS FÍSICOS (Poltergeist)

A obsessão pode dar-se no campo físico, como bem lembrou, Allan Kardec.

Nesse caso, os obsessores produzem manifestações ruidosas e persistentes, através de pancadas, batidas, transportes de objetos, combustão espontânea etc.

De vez em quando, os jornais estão noticiando casos assim, em que pedras são atiradas sobre o telhado e os moradores da casa, quebrando vidraças; panelas e utensílios voam pelos aposentos, pratos e xícaras espatifam-se no chão; poltronas, armários e até colchões de bebê pegam fogo espontaneamente. Ninguém encontra o autor de tais façanhas, nem mesmo a polícia, geralmente chamada nessas circunstâncias, mas que testemunha o seu desconcerto ante o desconhecido. Diante desses fatos, pairam desalento e temor.

Vejamos a descrição de um desses casos observados pelo engenheiro Hernani Guimarães Andrade: A casa em que fomos, dia 4 de setembro, estava num verdadeiro caos. Um odor nauseabundo impregnava o ar. As roupas haviam entrado em combustão espontânea por várias vezes, restando um mínimo incapaz de agasalhar devidamente as oito crianças e os seis adultos ali residentes! Oito colchões, dez cobertores e um sem-número de colchas, lençóis, travesseiros etc. já se haviam carbonizado! Nem um só vidro inteiro restava nos caixilhos e janelas. As telhas partidas propiciavam goteiras, inundando todos os cômodos!

Uma autêntica desolação.... Aquele sofrimento coletivo já estava entrando em seu sétimo mês!

O Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (TBPP), do qual dr. Andrade é presidente, possui em seu acervo de pesquisas casos de Poltergaister, semelhantes a esse descrito, ocorrido em uma residência modesta da grande S.Paulo.

Poltergaister é uma palavra de origem alemã, composta de dois vocábulos: Poltergaister fazer barulho; geister Espírito. Como vemos, etimologicamente Poltergeist significa Espírito barulhento, galhofeiro, desordeiro, indicando que uma entidade de ordem inferior seria a responsável pelo fenômeno. Embora o termo já esteja consagrado pela Parapsicologia, alguns especialistas de convicção materialista acham-no inadequado, porque não

concordam com a intervenção de entidades desencarnadas na sua produção.

Vejamos a explicação de André Luiz para tais fenômenos:

Se a personalidade encarnada acusa possibilidade de larga desarticulação das próprias forças anímicas, encontramos aí a mediunidade de efeitos físicos, suscetível de exteriorizar-se em graus diversos. Eis porque comumente somos defrontados na Terra por jovens mal saídos da primeira infância, servindo de medianeiros a desencarnados menos esclarecidos que com eles se afinam, na produção dos fenômenos físicos de espécie inferior,

como sejam batidas, deslocamentos e voos de feição espetacular.

Conforme esclarece dr. Andrade: A maioria dos investigadores admite que o Poltergeist seja provocado à custa de certo tipo ainda de energia produzida por determinada pessoa viva presente no local dos fenômenos. O presumível agente humano fornecedor da referida energia é tecnicamente te chamado epicentro.

Segundo esta hipótese de trabalho, o epicentro não só fornece a energia, como também pode comandá-la inconscientemente.

O epicentro dos parapsicólogos, em geral, é jovem, participa I do fenômeno inconscientemente e não demonstra nenhuma I exaustão das forças físicas, embora haja grande produção de eventos. Constatação que André Luiz confirma no trecho acima. Não vamos entrar em detalhes quanto às teorias explicativas das várias correntes da parapsicologia. Cremos que o livro

Poltergeist é excelente indicação para quem queira dissecar esses fenômenos obsessivos terríveis que levam o pânico e o desespero I a muitas famílias.

Relembramos Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns no estudo pormenorizado que faz sobre o assunto, apresentando, como sempre, orientações seguras.

Várias vezes, na Revista Espírita, o mestre de Lyon teve oportunidade de comentar esses fenômenos, muitos dos quais ocorridos à sua época, como o do Espírito batedor de Bergzabern, na Baviera, nos anos de 1852 e 1853.

Quanto à natureza e objetivos desses Espíritos na produção desses fatos, tendo entrevistado muitos deles, o Codificador pôde certificar-se de que, em sua maioria, não têm outro objetivo senão divertir-se. E explica:

São Espíritos mais levianos do que maus, que se riem dos terrores que causam e das pesquisas inúteis que se empreendem para a descoberta da causa do tumulto. Agarram-se com frequência a um indivíduo, comprazendo-se em o atormentar e perseguir de casa em casa. Outras vezes, apegam-se a um lugar, por mero capricho. Também, não raro, exercem por essa forma uma vingança (...)

Em alguns casos, mais louvável é a intenção a que cedem: procuram chamar a atenção e por sem comunicação com certas pessoas, quer para lhes darem um aviso proveitoso, quer como fim de lhes pedirem qualquer coisa para si mesmos. Muitos temos visto que pedem preces; outros que solicitam o cumprimento, em nome deles, de votos que não puderam cumprir; outros, ainda, que desejam, no interesse do próprio repouso, reparar uma ação má que praticaram quando vivos.

Kardec aconselha, nesses casos, chamar o Espírito perturbador e, através de um bom médium, interrogá-lo. Pelas respostas, veremos imediatamente com quem estamos tratando e agiremos conforme o caso.

Os Espíritos Superiores afirmaram a Kardec que é necessária a presença de alguém responsável pelos fenômenos, do contrário eles não ocorrem. Em geral, as entidades agem por vingança, ou com a finalidade de se divertirem provocando medo e desespero.

Nas pesquisas do dr. Andrade, aparecem muitos casos de magia, de trabalhos de quimbanda encomendados por encarnados para prejudicar pessoas. A esses propósitos vingativos, associam-se os desencarnados de condição inferior, escravizados nesse tipo de comércio de forças espirituais, para satisfazerem apetites grosseiros da matéria. No Poltergeist de Suzano, um dos 32 casos investigados e descrito no livro citado, as quatro condições propostas em seu modelo foram encontradas: 1) O feiticeiro; 2) os agentes ou agente incorpóreos; 3) práticas mágicas capazes de acionar os agentes

Incorpóreos; 4) A presença do epicentro no local.

Na parte conclusiva, dr. Hernani enfatiza:

Os fatos mostraram que o exorcismo dos espíritas funcionou, bloqueando a segunda condição, isto é, suprimindo a ação dos agentes incorpóreos.

Como dissemos, o leitor poderá descer a detalhes lendo essa importante obra.

Para concluir, gostaríamos de ressaltar que, nesses casos, temos a ação anímico-espirítica em plena associação, sendo que, em boa parte deles, há manifesta preponderância das almas dos encarnados no comando e aliciamento dos fenômenos.

Enquadramos em obsessões espiríticas tais ocorrências, mas podemos transpô-las, tranquilamente, para o quadro das obsessões anímicas.

São esses os tais fenômenos partilhados, que ora se encaixam numa ou noutra classificação, por serem muito tênues os limites de separação entre eles.

Mas, como a ordem dos fatores não altera o produto, devemos considerá-los como uma terrível associação entre encarnados e desencarnados, com a formação de quadrilha organizada, tendo em vista uma ação vingativa conjunta.

Assim, quando formos chamados a auxiliar nesses casos de Poltergeist, ou de obsessão por efeito físico, devemos estar sempre atentos para a alta porcentagem de participação de encarnados, buscando, tanto quanto possível, espalhar a excelência do Evangelho de Jesus, a fim de que o perdão entre os encarnados seja definitivo, e a paz duradoura volte a reinar.

FPONTE:

Obsessão e suas mascaras

Dra. Marlene Nobre

Poltergeist

Mundo Maior

Mecanismo da mediunidade

A Obsessão

Ação e reação

 

 

 

  

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