quarta-feira, 25 de novembro de 2020

DUPLO ETERICO

 DUPLO ETERICO

Tudo indica, a propósito, que a carga de energia vital contida no duplo eterico condiciona, basicamente, a maior ou menor longevidade do ser humano, ainda que não possam deixar de ser considerados fatores como a hereditariedade, as diminutas, mas efetivas reposições de energia via respiração e alimentação, e outros que possam, eventualmente, compor o esquema cármico de cada reencarnação.

E como a energia vital ("neuropsíquica") que o duplo eterico retém e distribui a todas as células, pela ação dos centros vitais, parece guardar relação com o ectoplasma, pode-se afirmar que a predisposição maior ou menor ao fornecimento deste, para a produção dos diversos efeitos de cura ou, simplesmente, demonstrativos da sobrevivência espiritual, diz com a própria quantidade de energia armazenada pelo duplo eterico.

"É bem possível" - escreve Jorge ANDRÉA - "que esse campo energético forneça boa parte do ectoplasma, substância que se completaria com outros elementos da organização física, principalmente o trifosfato de adenosina (ATP) resultante do ciclo bioquímico específico de Krebs. É preciso que se diga que o ectoplasma, para completar a sua estruturação, necessita arrecadar substâncias nos reinos da natureza (mineral, vegetal e animal)".

Entende-se, então, que os médiuns curadores, em geral, e os aptos à produção de fenômenos ectoplásmicos particularmente ostensivos, já trazem, em seu duplo eterico, reserva maior de energia.

E se compreende, também, como uma vida na carne pode, eventualmente, ser prolongada, como mostram inúmeros relatos, bem conhecidos, aliás, dos espíritas brasileiros. Em caso de necessidade de prolongamento da vida física, por razões especiais, avaliadas pelos Espíritos Superiores, surge o revigoramento fisiológico, graças a uma suplementação de recursos no duplo eterico da pessoa contemplada com tal benefício. E isso acontece, pelo aproveitamento do ectoplasma fornecido pelas diversas fontes, devidamente preparado pelos Espíritos responsáveis, para que, por processo dos mais complexos, possa servir de eficiente suprimento vital.

Uma estreita relação existe, pois, entre o duplo eterico e o corpo denso. A deficiência de energia em um, repercute diretamente no outro, com nítida queda de vitalidade. E, ao contrário, o revigoramento do primeiro resulta na revitalização do segundo.

O duplo eterico ainda deve ser melhor estudado, mas há evidências de que sua ação pode ser muito mais ampla do que hoje se admite. Por exemplo, já por constituir, basicamente, um aglomerado de energia neuropsíquica, no dizer de ANDRÉ LUIZ, tudo indica que seja de fundamental importância o seu papel nos fenômenos de exteriorização da sensibilidade, como agente condutor de estímulos em direção ao sistema nervoso.

Nessa linha, pode também ser lembrado o fenômeno da insensibilização causada pelos anestésicos químicos ou provocada por meios outros, como os empregados nas cirurgias espirituais, na acupuntura e nos próprios processos hipnóticos.

A insensibilidade resultaria de um bloqueio induzido fisicamente, parcial ou não, localizado ou não, na passagem da energia do duplo eterico para o corpo, com a possibilidade, inclusive, de um afrouxamento dos próprios liames perispiríticos, que, no caso de anestesia geral, poderia até favorecer o seu desprendimento.

Um outro efeito que mostraria bem a relação corpo – duplo eterico é o que se verifica em casos de materialização completa, quando, por exemplo, qualquer agressão ao corpo materializado repercute imediatamente no corpo denso do médium, chegando, às vezes, a produzir ferimentos ou marcas dolorosas. Nesses fenômenos de repercussão, o fluxo do ectoplasma, do duplo eterico do médium ao psicossoma do Espírito em materialização, revestindo-o e possibilitando-lhe expressão física, pode também, servir de via aos estímulos oriundos de eventuais ofensas à forma

materializada, produzindo os efeitos citados no corpo do médium que, de resto, a energia vital que sustenta o universo celular é a que também diz com o ectoplasma.

Esses efeitos, aliás, lembram os fenômenos de estigmatização, em que o duplo eterico do médium é influenciado por tais ações mentais que a fisiologia se altera, tecidos podem se romper, feridas aparecer e o sangue fluir, para, passado o momento de influenciação, restabelecer-se o estado de normalidade anátomo-fisiológica, com o pleno equilíbrio períspirito - duplo eterico - corpo.

Em verdade, praticamente todos os chamados efeitos físicos, magnificamente definidos no sistema kardeciano, por dependerem, basicamente, do ectoplasma, guardam relação com o duplo eterico, cujas propriedades e funções são ainda muito pouco conhecidas.

O duplo eterico - também denominado campo ou corpo vital, corpo ou campo eterico, corpo ou duplo etéreo, biossoma, corpo ódico, corpo bioplásmico, etc. - é conhecido desde épocas remotas (os hindus já o designavam como prânamâyakosha, veículo de prana), passando a ser, desde o início do século, alvo da atenção de renomados cientistas europeus.

Entre os autores, em geral, as informações ou estudos a respeito têm sido escassos - ainda que, nos últimos tempos, tenham surgido, em maior número, títulos que tratam do tema.

Mas, já por falta de maiores informações mediúnicas – e os Espíritos, obviamente, sabem das razões -, já por se tratar de assunto em plena investigação, a verdade é que, a rigor, ainda não se estabeleceu concordância desejável em torno de matéria tão importante como essa.

Os clássicos, em grande parte, ativeram-se a uma conceituação ampla do períspirito, usando, inclusive, às vezes, a expressão “duplo etéreo", para designar o corpo espiritual.

Nos tempos atuais, entre os espíritas, começou-se a prestar mais atenção à existência de tal estrutura, principalmente depois que o Espírito ANDRÉ LUIZ, pela mediunidade de Francisco Cândido XAVIER, trouxe notícias a respeito.

Deveras, em comentário acerca de um trabalho mediúnico, o assunto foi assim enfocado pelo notável Instrutor Espiritual: "Com o auxílio do Supervisor, o médium foi convenientemente exteriorizado. A princípio, seu períspirito ou 'corpo astral' estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o 'duplo eterico', formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.

Em outro local, o celebrado Autor espiritual, ao tratar da importância da epífise, ensina: "Segregando delicadas energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endocrínico.

Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. "(Idem.

Essas e outras informações têm atraído, cada vez mais, o interesse dos estudiosos para as memoráveis investigações realizadas pelos metapsiquistas europeus, nas primeiras décadas do século.

Com efeito, Albert de ROCHAS, antigo diretor da Escola Politécnica de Paris e o grande pioneiro da Metapsíquica experimental, Hector DURVILLE, Hyppolite BARADUC, destacado estudioso da força vital e da fotografia das formas-pensamentos, construtor do revolucionário Biômetro de Baraduc, para o registro das emanações energéticas do corpo humano, L. LEFRANC, Charles LANCELIN, Charles RICHET, Gustave GELEY, Ernesto BOZZANO e outros destacados homens de ciência, com suas pesquisas e obras, dando passos gigantescos para o seu tempo, contribuíram notavelmente para o conhecimento da natureza espiritual do homem.

FONTE:

PERÍSPIRITO ZILMANO ZILMERMMAN

Jorge ANDRÉA. "Correlações Espírito-Matéria

Francisco Cândido XAVIER. ANDRÉLUIZ, Espírito. "Nos Domínios da Mediunidade

"Missionários da Luz".

 

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