DUPLO ETERICO
Tudo indica, a propósito, que a carga de
energia vital contida no duplo eterico condiciona, basicamente, a maior ou
menor longevidade do ser humano, ainda que não possam deixar de ser
considerados fatores como a hereditariedade, as diminutas, mas efetivas
reposições de energia via respiração e alimentação, e outros que possam,
eventualmente, compor o esquema cármico de cada reencarnação.
E como a energia vital ("neuropsíquica")
que o duplo eterico retém e distribui a todas as células, pela ação dos
centros vitais, parece guardar relação com o ectoplasma, pode-se afirmar que a
predisposição maior ou menor ao fornecimento deste, para a produção dos
diversos efeitos de cura ou, simplesmente, demonstrativos da sobrevivência
espiritual, diz com a própria quantidade de energia armazenada pelo duplo eterico.
"É bem possível" - escreve Jorge
ANDRÉA - "que esse campo energético forneça boa parte do ectoplasma,
substância que se completaria com outros elementos da organização física, principalmente
o trifosfato de adenosina (ATP) resultante do ciclo bioquímico específico de
Krebs. É preciso que se diga que o ectoplasma, para completar a sua
estruturação, necessita arrecadar substâncias nos reinos da natureza (mineral,
vegetal e animal)".
Entende-se, então, que os médiuns curadores,
em geral, e os aptos à produção de fenômenos ectoplásmicos particularmente
ostensivos, já trazem, em seu duplo eterico, reserva maior de energia.
E se compreende, também, como uma vida na
carne pode, eventualmente, ser prolongada, como mostram inúmeros relatos, bem
conhecidos, aliás, dos espíritas brasileiros. Em caso de necessidade de
prolongamento da vida física, por razões especiais, avaliadas pelos Espíritos
Superiores, surge o revigoramento fisiológico, graças a uma suplementação de
recursos no duplo eterico da pessoa contemplada com tal benefício. E isso
acontece, pelo aproveitamento do ectoplasma fornecido pelas diversas fontes,
devidamente preparado pelos Espíritos responsáveis, para que, por processo dos
mais complexos, possa servir de eficiente suprimento vital.
Uma estreita relação existe, pois, entre o
duplo eterico e o corpo denso. A deficiência de energia em um, repercute
diretamente no outro, com nítida queda de vitalidade. E, ao contrário, o
revigoramento do primeiro resulta na revitalização do segundo.
O duplo eterico ainda deve ser melhor
estudado, mas há evidências de que sua ação pode ser muito mais ampla do que hoje
se admite. Por exemplo, já por constituir, basicamente, um aglomerado de
energia neuropsíquica, no dizer de ANDRÉ LUIZ, tudo indica que seja de
fundamental importância o seu papel nos fenômenos de exteriorização da
sensibilidade, como agente condutor de estímulos em direção ao sistema nervoso.
Nessa linha, pode também ser lembrado o
fenômeno da insensibilização causada pelos anestésicos químicos ou provocada por
meios outros, como os empregados nas cirurgias espirituais, na acupuntura e nos
próprios processos hipnóticos.
A insensibilidade resultaria de um bloqueio
induzido fisicamente, parcial ou não, localizado ou não, na passagem da energia
do duplo eterico para o corpo, com a possibilidade, inclusive, de um
afrouxamento dos próprios liames perispiríticos, que, no caso de anestesia
geral, poderia até favorecer o seu desprendimento.
Um outro efeito que mostraria bem a relação
corpo – duplo eterico é o que se verifica em casos de materialização completa, quando,
por exemplo, qualquer agressão ao corpo materializado repercute imediatamente
no corpo denso do médium, chegando, às vezes, a produzir ferimentos ou marcas
dolorosas. Nesses fenômenos de repercussão, o fluxo do ectoplasma, do
duplo eterico do médium ao psicossoma do Espírito em materialização,
revestindo-o e possibilitando-lhe expressão física, pode também, servir de via
aos estímulos oriundos de eventuais ofensas à forma
materializada, produzindo os efeitos citados
no corpo do médium que, de resto, a energia vital que sustenta o universo
celular é a que também diz com o ectoplasma.
Esses efeitos, aliás, lembram os fenômenos de estigmatização,
em que o duplo eterico do médium é influenciado por tais ações mentais que
a fisiologia se altera, tecidos podem se romper, feridas aparecer e o sangue
fluir, para, passado o momento de influenciação, restabelecer-se o estado de
normalidade anátomo-fisiológica, com o pleno equilíbrio períspirito - duplo eterico
- corpo.
Em verdade, praticamente todos os chamados
efeitos físicos, magnificamente definidos no sistema kardeciano, por dependerem,
basicamente, do ectoplasma, guardam relação com o duplo eterico, cujas
propriedades e funções são ainda muito pouco conhecidas.
O duplo eterico - também denominado campo ou
corpo vital, corpo ou campo eterico, corpo ou duplo etéreo, biossoma, corpo ódico,
corpo bioplásmico, etc. - é conhecido desde épocas remotas (os hindus já o
designavam como prânamâyakosha, veículo de prana), passando a ser, desde
o início do século, alvo da atenção de renomados cientistas europeus.
Entre os autores, em geral, as informações ou
estudos a respeito têm sido escassos - ainda que, nos últimos tempos, tenham surgido,
em maior número, títulos que tratam do tema.
Mas, já por falta de maiores informações
mediúnicas – e os Espíritos, obviamente, sabem das razões -, já por se tratar
de assunto em plena investigação, a verdade é que, a rigor, ainda não se
estabeleceu concordância desejável em torno de matéria tão importante como
essa.
Os clássicos, em grande parte, ativeram-se a
uma conceituação ampla do períspirito, usando, inclusive, às vezes, a expressão
“duplo etéreo", para designar o corpo espiritual.
Nos tempos atuais, entre os espíritas,
começou-se a prestar mais atenção à existência de tal estrutura, principalmente
depois que o Espírito ANDRÉ LUIZ, pela mediunidade de Francisco Cândido XAVIER,
trouxe notícias a respeito.
Deveras, em comentário acerca de um trabalho
mediúnico, o assunto foi assim enfocado pelo notável Instrutor Espiritual: "Com
o auxílio do Supervisor, o médium foi convenientemente exteriorizado. A princípio,
seu períspirito ou 'corpo astral' estava revestido com os eflúvios vitais que
asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em
seu conjunto, como sendo o 'duplo eterico', formado por emanações
neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não
conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à
desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte
renovadora.
Em outro local, o celebrado Autor espiritual,
ao tratar da importância da epífise, ensina: "Segregando delicadas
energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema
endocrínico.
Ligada à mente, através de princípios
eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar,
comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. "(Idem.
Essas e outras informações têm atraído, cada
vez mais, o interesse dos estudiosos para as memoráveis investigações realizadas
pelos metapsiquistas europeus, nas primeiras décadas do século.
Com efeito, Albert de ROCHAS, antigo diretor
da Escola Politécnica de Paris e o grande pioneiro da Metapsíquica
experimental, Hector DURVILLE, Hyppolite BARADUC, destacado estudioso da força
vital e da fotografia das formas-pensamentos, construtor do revolucionário
Biômetro de Baraduc, para o registro das emanações energéticas do corpo humano,
L. LEFRANC, Charles LANCELIN, Charles RICHET, Gustave GELEY, Ernesto BOZZANO e
outros destacados homens de ciência, com suas pesquisas e obras, dando passos
gigantescos para o seu tempo, contribuíram notavelmente para o conhecimento da
natureza espiritual do homem.
FONTE:
PERÍSPIRITO
ZILMANO ZILMERMMAN
Jorge ANDRÉA.
"Correlações Espírito-Matéria
Francisco Cândido XAVIER. ANDRÉLUIZ, Espírito.
"Nos Domínios da Mediunidade
"Missionários da Luz".
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