domingo, 3 de outubro de 2021

EPIDEMIA: O RISCO INVISÍVEL "MATERIA JÁ POSTADA"

 

EPIDEMIA: O RISCO INVISÍVEL

Você pode alegar o que quiser, mas não pode negar que a Revista Mundo Estranho inventou ou foi alertada pela China pois publicou em 2012 o que ocorreu a partir 2019

Apesar de ter surpreendido o mundo, a Covid 19 era algo previsível para a ciência. Prova disso é esta reportagem da Mundo Estranho, que foi publicada em 2012 e voltou a circular posteriormente. Nela, pesquisadores montaram o cenário de uma pandemia possível, bem similar à que estamos vivendo. Confira

Texto Claudia de Castro Lima

 

O PROXIMO SURTO

1.     Montamos com a ajuda de pesquisadores, o cenário de uma possível pandemia mortal. Acredite: há chances de isso acontecer.

A Ásia é o ponto de partida. Após várias mutações, um novo vírus surge hospedado em morcegos. As fezes que eles soltar no ar infectam, guaxinins. Do mercado da china, esses animais são levados vivos para serem abatidos em restaurantes. Estressados, eles arranham e mordem os cozinheiros, espalhando o vírus.

2.     O vírus adquire a capacidade de ser transmitido de homem para homem por via aérea -  forma mais fácil de contagio. Além disso o contágio se dá antes mesmo de o enfermo apresentar os sintomas. Assim, em média, o doente infecta cinco pessoas antes de ter febre, vomito, diarreia, desidratação e falta de ar.

3.     O governo chinês envia uma comissão para avaliar a doença misteriosa que acomete alguns vilarejos. A equipe volta sem resultados e não considera o surto alarmante até que três pesquisadores adoecem e um deles morre. A china não informa a organização mundial de saúde (OMS) para não demonstrar fragilidade.

4.     Os sintomas são comuns e a doença só chama atenção quando muita gente começa a morrer na mesma região. Ainda, assim, demora para que médicos e enfermeiros percebam a ineficiência de antibióticos na cura -  o que exclui a maioria das bactérias como agente causador. Teste com vírus comuns também dão negativo.

5.     O governo isola comunidades em que há focos da doença. Ninguém entra nas cidades e nenhum doente pode sair. Mas, como a misteriosa enfermidade demora quatro dias para demonstrar seus sintomas, muitos doentes saem dos vilarejos sem saber que estão infectados, alastrando a epidemia.

6.     Doentes viajam de avião para grandes cidades, como Hong Kong. O fervilhante centro comercial, que atrai gente do mundo todo, é um polo de contagio e disseminação. Sem imaginar o risco que correm, pessoas são contaminadas e, ao voltar para seu local de origem, carregam o vírus para todos os continentes.

7.     Com a doença já fora de controle, começa uma corrida entre laboratórios e cientistas de grandes universidades para descobrir o agente causador. Mesmo com o vírus isolado, as vacinas demoram para ser feitas em larga escala, tornando impossível o atendimento à demanda mundial.

8.     Os países se isolam, mantendo esquema de quarentena. Aeroportos são fechados e o turismo mundial cai a quase zero. A china sofre as piores consequências, com o fluxo de empresários para Hong-Kong suspenso – gerando prejuízos de bilhões de dólares – e com o boicote a produtos alimentícios vindos da Ásia.

9.     Além dos 10% de casos letais, os milhões de doentes precisam de atendimento médico. Enquanto hospitais e cemitérios estão lotados, escolas, indústrias e comércio ficam paralisados por falta de profissionais. O transporte público também para e os trabalhadores que podem passam a trabalhar em casa.

10.Nas nações pobres, quase 20% da população morre -  e outros milhões são vitimados mesmo em países ricos. Parte dessa mortalidade ocorre por causa da doença, mas outro fator determinante é a crise financeira global. A produção de alimentos cai por falta de mão de obra.

 

FONTES:

A História e suas Epidemias e Pandemias

A Humanidade em Risco

Pragas e Epidemias

História de Doenças Infecciosas

Superinteressante

Fabiana Tonial

Fernando Alcoforado

Brasil Escola

Claudia de Castro Lima

 

 

 

CONSULTORIA:

Stefan Ujvari Cunha Infectologista do hospital Alemão Oswaldo Cruz

Paolo Zanoto professor de virologia do ICB da USP

 

Atila Iamarino doutorando em HIV no ICB da USP

 

COMPLEMENTO:

Pandemias e epidemias na história: reflexos sociais imediatos e duradouros

Ao longo da história, pandemias e epidemias assolaram a humanidade e forçaram mudanças significativas nos hábitos das sociedades, alguns dos quais persistem até hoje. No passado, a pouca informação e uma área científica que dava os primeiros passos para a compreensão de algumas doenças complicavam ainda mais as coisas. Hoje, mesmo com os avanços obtidos, algo parecido pode acontecer quando a pandemia da Covid-19 passar.

A professora da área de microbiologia da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dra. Fabiana Tonial, conta um pouco desses impactos das epidemias e pandemias ao longo da história e também indica reflexos que esse momento pode ter no futuro.

P: - Como situações como epidemias e pandemias são capazes de mudar a sociedade e sua organização?

R: - Epidemias e pandemias são situações que exigem adequações imediatas de contextos sociais e econômicos para a preservação da vida, sendo que os impactos dessas medidas podem ser duradouros. 

Na rotina da comunidade, hábitos de higiene são intensificados e informações de métodos de higienização e desinfecção são amplamente divulgados. A teoria aliada à prática transforma a realidade nos lares.

Em sociedade, hoje, temos a distância física entre as pessoas como um sinal de respeito e a lição de que cada um precisa fazer a sua parte para o benefício de todos.  A vigilância e o monitoramento extrapolam as fronteiras da gestão em saúde e passam a ser observadas por todos indivíduos inseridos na comunidade. 

Adequação nos serviços, no comércio, na educação impulsionam a criação de novas estratégias que serão mantidas após a pandemia.

P: - Como isso muda a forma de cooperação na sociedade?
R: -
 A necessidade da cooperação e da confiança tem impacto em todos os níveis de gestão, pois somente a comunicação integrada e coordenada entre todas as categorias permite a condução de medidas de contenção acertadas. A gestão em saúde por um sistema de vigilância e elaboração de relatórios, juntamente com dados clínicos e científicos respaldam ações de gestões executivas e administrativas. Instituições, bairros, municípios, estados, países se articulam e trocam informações buscando condutas que permitam minimizar os impactos maléficos da crise. Organizações internacionais coordenam estratégias de comunicação e alinham planos de pesquisa.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento científico e a capacitação técnica adquirem velocidade acelerada. Produção de vacinas, ensaios diagnóstico, tratamentos farmacológicos, capacitação de equipes, estruturação de laboratórios, hospitais, centros de atendimento demonstram a capacidade intelectual e organizacional que temos em tempo limitado. A duração e a magnitude de uma pandemia em curso são aspectos incertos, nessas situações podemos apenas esperar que as necessidades aumentem ao longo do tempo, por isso a importância da adaptação conforme a trajetória do processo. 

P: - Quais epidemias e pandemias tiveram maiores efeitos ao longo da história?
R: -
 A praga, varíola, cólera e gripe espanhola foram pandemias de impacto histórico. Em destaque, a gripe espanhola, causada pelo vírus influenza, predispunha os pacientes a uma subsequente pneumonia bacteriana gerando altos índices de mortalidade. Estima-se que 50% da população mundial tenha sido infectada nessa pandemia que ocorreu em uma dinâmica de três ondas entre 1918 e 1919. O vírus influenza apresenta uma alta taxa de variação em suas proteínas de superfície, com isso novos surtos ocasionados por partículas virais mutadas foram identificadas em 1957 (H2N2), 1968 (H3N2) e 2009 (H1N1). 

P: - Em Passo Fundo, quais epidemias foram mais marcantes? O que elas mudaram?
R:-
 A gripe espanhola chegou no Brasil em setembro de 1918 e na cidade de Passo Fundo em fins de outubro de 1918. Os hospitais da cidade construíram pavilhões para isolar os pacientes acometidos pela pandemia. Recursos médicos limitados e equipe técnica pouco experiente e informada resultou em disseminação da doença em profissionais da saúde. 

Em 2009 Passo Fundo vivenciou a pandemia ocasionada pelo H1N1, a estrutura hospitalar e os protocolos de atendimento foram adequados, o uso do antiviral oseltamivir como opção de tratamento desabasteceu o medicamento no mercado, que na época teve a sua venda restrita. A comunidade foi orientada quanto às medidas de controle de contenção do microrganismo e passou a utilizar o álcool como antisséptico e desinfetante, hábito que muitos adquiriram em sua rotina e mantiveram após o período de disseminação da doença. O uso de máscaras também foi recomendado em algumas situações. Muitos profissionais que hoje atuam em Passo Fundo contra a Covid-19 trabalharam na pandemia de 2009 e trazem essa experiência na decisão de condutas para o momento atual. 

P: - Com a Covid-19 teremos mudanças na sociedade pós pandemia? É possível imaginar o que esperar?

R: - Individualmente e coletivamente todos tiveram que se adaptar a uma nova realidade. Muitos recursos que hoje foram adequados não terão caráter provisório e na retomada das atividades se somarão aos anteriores. Destaco o uso da tecnologia, que está permitindo a manutenção de atividades de ensino, de lazer, de serviços, de comércio. Na gripe espanhola, os relatos são de um tempo de total solidão, hoje a tecnologia nos aproxima e nos mantêm ativos.

As instruções de higienização e de prevenção de doenças infecciosas de transmissão por vias respiratórias mudaram alguns hábitos da comunidade, consequentemente é previsto um impacto na incidência de outras doenças que podem ser controladas com as mesmas medidas. A ciência responsável e a mídia sensata terão o seu reconhecimento.

Considerando que os descendentes do vírus influenza A (H1N1) que causou a pandemia de 1918-1919 têm persistido nos humanos por mais de 90 anos e as características dos coronavírus, é possível esperar novas ondas da doença. O comportamento dessas novas fases dependerá de como o microrganismo irá evoluir, da reação do sistema imunológico dos indivíduos à infecção, e das alternativas de tratamento e vacina desenvolvidas. 

AS MAIORES PANDEMIAS AO LONGO DA HISTÓRIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

 

Este artigo tem por objetivo apresentar as grandes pandemias ao longo da história apontando como elas se originaram, os sintomas característicos da doença, seu impacto sobre a sociedade com as soluções adotadas pela medicina para sua erradicação, bem como as ameaças de novas pandemias no mundo como a volta da peste, do sarampo , da influenza, as infecções respiratórias que são transmitidas por aves e causadas por agentes desconhecidos, a chamada “doença X” no radar da OMS- Organização Mundial de Saúde, (a possibilidade de um micróbio inédito fazer estrago) e, por último, as bactériase fungos multirresistentes.É importante observar três termos médicos que definem a disseminação de doenças: surto, epidemia e pandemia.

 A OMS- define como um surto surgimento repentino de uma doença com uma constância mais alta do que a normal em determinada região. Por epidemia compreende um grande surto que afeta várias regiões de um município, de um Estado ou de um país; pandemia é o pior dos casos. Para receber essa classificação, é necessário que uma doença infecciosa se manifeste globalmente, isto é, em todos os continentes. As maiores pandemias ao longo da história como peste bubônica (1333), cólera (1817),tuberculose (1850), varíola (1896), gripe espanhola (1918), HIV (1980), gripe suínaH1N1 (2009) e Coronavirus (2019), as ameaças de novas pandemias no mundo e a importância das vacinas a seguir:

 

·        PESTE BUBÔNICA

A peste bubônica teve sua origem no continente asiático e é causada pela bactéria - Yersinia pestis-, que foi transmitida às pessoas por ratos e pulgas infectadas. A doença é chamada de peste bubônica porque é caracterizada por inchaços dos gânglios do sistema linfático, que são conhecidos como bubões que são nódulos inflamados que se forma geralmente na virilha depois que a pulga abandona o rato e pica o ser humano. Alguns sintomas surgem antes dessas erupções. São eles: febre alta, dores de cabeça e corporais intensas, falta de apetite, náusea e vômitos. Menos comum e mais perigosa é a peste pneumônica que ocorre em pacientes que já sofreram com a peste bubônica. Ou pode ser transmitida de pessoa para pessoa, por secreções e gotículas no ar. Aí, desencadeia uma pneumonia grave, que evolui rápidamente. entre os sinais, surgem dor no tórax, dificuldade para respirar e tosse com sangue. Na versão mais grave, a peste septicêmica, há necrose nas mãos e nos pés. O risco de morte é muito grande. A peste bubônica chegou à Europa por meio de navios que chegavam da Ásia pelo Mar Mediterrâneo. A condição inicial para o estabelecimento da peste bubônica foi a invasão da Europa pelo rato preto indiano (hoje raro). Estima-se que aproximadamente de 50 milhões a 100 milhões de pessoas tenham morrido de 1333 a 1351, ou seja, cerca de um terço da população mundial da época. A população mundial não retornou aos níveis anteriores à peste até o século XVII. A peste bubônica ou peste negra gerou vários impactos e consequências religiosas, sociais e econômicas, afetando drasticamente o curso da história europeia. A enorme mortalidade causou escassez de mão de obra para os proprietários de terras, fazendo com que o velho sistema feudal, que forçava pessoas a trabalhar nas terras de um senhor para pagar seu aluguel, começasse a desmoronar

A peste bubônica continuou a aparecer de forma intermitente e em pequena escala pela Europa até praticamente desaparecer do continente no começo do século XIX. Supondo que alguém apareça no hospital com sintomas da peste, o primeiro passo é isolá-la completamente. A enfermidade é bastante contagiosa.

·        CÓLERA

A primeira epidemia global de cólera aconteceu em 1817. A cólera é causada por uma infecção no intestino provocada pela bactéria- vibrio cholerae.

. A bactéria faz com que as células que revestem o intestino produzam uma grande quantidade de fluidos que causam diarreia e vômitos. A infecção se espalha quando há ingestão de alimentos ou água contaminada com fezes ou vômito de uma pessoa infectada com a doença. O suprimento de água ou comida contaminadas pode causar surtos maciços da doença em um curto espaço de tempo, principalmente em áreas superlotadas, como favelas ou campos de refugiados. A doença provoca uma diarreia intensa no indivíduo, que morre de desidratação. A doença teve várias outras epidemias regionais e globais e ainda não foi erradicada. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 100 a 120 mil pessoas morrem no mundo todos os anos contaminadas pelo cólera. O tratamento é feito a partir de antibióticos, por ser uma doença bacteriana, mas sua prevenção é eficaz como acesso a saneamento básico.

·        TUBERCULOSE

A tuberculose é uma antiga doença da humanidade, já que sinais da contaminação foram encontrados em esqueletos de mais de sete mil anos. A doença ataca o sistema respiratório e já fez milhões de vítimas em todo o mundo. A tuberculose é causada pela bactéria- Mycobacterium 

Tuberculosis -, conhecido como bacilo de Koch. O surto de tuberculose ocorreu de 1850 a 1950 e somente começou a ser controlado após a descoberta do agente causador. Altamente contagiosa, a doença é transmitida de pessoa para pessoa e, apesar de ser considerada controlada atualmente, afeta principalmente países pobres. No período de surto da tuberculose, 

estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas tenham morrido pela doença. A cura veio somente quando Alexander Fleming descobriu a penicilina, em 1928.

·        VARÍOLA

A varíola é uma doença que esteve presente desde a Antiguidade na história da humanidade. Causada pelo vírus - Orthopoxvírus variolae- , os principais sintomas são :febre, erupções na garganta, na boca e no rosto. O risco de morte da doença é de 30%, sendo superior em bebês. Estima-se que, de 1896 a 1980, mais de 300 milhões de pessoas tenham morrido por varíola no mundo. A colonização das Américas no final do século XV matou populações indígenas tendo como maior assassino a varíola transmitida pelos colonizadores. Um estudo feito por cientistas da University College London, no Reino Unido, demonstrou que a expansão europeia viu a população das Américas cair de 60 milhões de pessoas (cerca de 10% da população mundial na época) para apenas 5 ou 6 milhões em cem anos. O último caso da doença foi registrado em outubro de 1977, o que levou a OMS a certificar a varíola como erradicada na década de 1980. A erradicação da doença ocorreu em virtude de uma campanha de vacinação em massa que ocorreu em todo o mundo.

·        GRIPE ESPANHOLA

Causada pelo vírus Influenza, a gripe espanhola se propaga pelo ar. Esta epidemia do começo do século XX foi batizada de "Gripe Espanhola" em virtude da Espanha ter sido o único pais cuja midia informou a respeito. o vírus não tem origem em terra  espanhola. A teoria mais aceita pelos estudiosos do assunto é de que a gripe espanhola teria surgido em campos de treinamento militar nos Estados Unidos. Isso porque os primeiros casos da doença também foram registrados lá. Outro elemento que reforça que a gripe espanhola surgiu nos Estados Unidos é que ela se difundiu pela Europa logo depois que soldados norte-americanos foram enviados para a frente de guerra na 1ª Guerra Mundial nesse continente. o contato de soldados contaminados com pessoas nos mais variados locais permitiu o alastramento da doença pelo continente europeu. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas morreram em todo o mundo vítimas dessa pandemia. Algumas estimativas mais alarmistas apontam que esse número possa terchegado até o total de 100 milhões de mortos. Acredita-se que 1/3 da população mundial tenha sido afetada pela pandemia.

A gripe espanhola se espalhou em três ondas de contágio, entre março de 1918 e maio de1919. Entre essas ondas, a segunda, iniciada em agosto de 1918, foi a pior delas, pois foi a mais contagiosa, causando a morte de milhões de pessoas. Na segunda onda da doença, que aconteceu entre agosto e dezembro de 1918, Ásia, África, América Central e do Sul foram afetados. A segunda onda de difusão da gripe espanhola tornou a situação alarmante em diversas partes do planeta porque a quantidade de infectados disparou e os sintomas registrados tornaram-se muito graves, o que contribuiu para que a taxa de mortalidade aumentasse bastante. Os microscópios não tinham capacidade de enxergar o vírus causador da gripe espanhola. A gripe espanhola chegou ao Brasil por volta de setembro de 1918 e espalhou-se por grandes centros, sobretudo por Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo,  pode ter contado com até 350 mil pessoas infectadas, o que representava mais da metade da população da capital paulista, e um total de 5.331 mortos. Já o Rio de Janeiro – na época capital do Brasil – registrou cerca de 12.700 mortes, o que representou 1/3 do total de mortes no país. Personalidades importantes da época foram atingidas, como Rodrigues Alves, eleito presidente da República em 1918, mas que não assumiu porque faleceu. Estima-se que 35 mil brasileiros morreram nessa pandemia -dentre eles, o presidente Rodrigues Alves, em 1919

·        PANDEMIA DO COVID-19.

um dos sete corona vírus humanos, foi de início considerado um surto.

Os primeiros casos, desta doença, foram divulgados no último dia do mês de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, na República Popular da China.

Passado um mês, em 30 de janeiro deste ano a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que, este surto, constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

Embora o COVID-19 já se tivesse difundido em cinco continentes, a OMS só o considerou como Pandemia no dia 11 de março de 2020, quando a doenç já estava sem contole.

As medidas decretadas impõem várias condições e de como serão fiscalizadas pelas forças de segurança:

O termo epidemia provém da fusão dos termos gregos epi, que significa “sobre” e demos que significa “povo”, ou seja, algo que se derrama pela população causando alarme e medo.

Caracteriza-se por um contágio rápido e generalizado, sem limites de tempo nem de espaço, provocando um número elevado de vítimas.

A Pandemia é considerada como o pior dos cenários para a saúde humana. Etimologicamente de origem grega, a palavra Pandemia é a união das palavras pan que significa “tudo ou todos” e demos que significa “povo".

Em anos mais recentes, temos como exemplo, em 2009 quando a Gripe A passou de Epidemia para Pandemia, após a OMS ter verificado existirem casos desta doença em todos os seis continentes, bem como a AIDS, apesar de, neste caso, o número de ocorrências estar a diminuir em todo o mundo,

Em face do coquetel de remédios que conseguem estabilizar.

Exibimos em ordem cronológica alguns casos já citados desde a a Antiguidade.

·        PESTE DE ATENAS,

Praga de Atenas ou a Peste do Egito, 430 a 427 a.C. durante a Guerra do Peloponeso.   que vitimou naquela altura dois terços da população daquela cidade grega. Apesar de ainda hoje desconhecer-se efetivamente qual o tipo de doença pensa-se que terá sido uma epidemia de febre tifoide (causada Pela bactéria 'Salmonella tiphy'). Na época, os médicos ficaram imponentes perante o desconhecimento da natureza da doença.

·        PESTE ANTONINA 

também conhecida como a Peste de Galeno Em 165 a.C. surgiu a . Prolongou-se até ao ano 180 a.C. Pensa-se que foi um surto de varíola ou sarampo que afetou de início os Hunos e que terminou por alastrar a todo o Império Romano. Apesar de se ter atribuído a morte do imperador romano Marco Aurélio a causas naturais, presume-se, no entanto, que tenha sido afetado por esta doença.

·        PESTE DE CIPRIANO Em 250 a.C.

nome atribuído em reconhecimento ao bispo de Cartago. De origem desconhecida calcula-se que tenha começado na Etiópia tendo-se espalhando pelo norte de África, passou pelo Egito acabando por chegar a Roma. Na Alexandria vitimou 60% dos seus habitantes.

No ano de 444 atingiu a Grã-Bretanha obrigando os Bretões enfraquecidos a procurar a ajuda dos Saxões para combater os Escotos e os Pictos. 

Apesar de ser apelidada de “peste”, os sintomas descritos não são idênticos aos da peste bubónica. Temos de considerar que na Antiguidade o termo “peste” era sinónimo de enfermidade contagiosa e de elevada mortalidade.

Ainda hoje, o vírus responsável pela “Peste de Cipriano” é um enigma. Para alguns historiadores pode ter sido uma febre hemorrágica viral, para outros pode ter sido uma gripe causada por um vírus idêntico ao que causou a Gripe Espanhola em 1918.

·        PRAGA DE JUSTINIANO deflagrou entre 541 e 750 da nossa era.

Foi considerada a primeira pandemia historicamente documentada e o primeiro caso de peste bubónica que vitimou aproximadamente 50 milhões de pessoas, isto é, cerca de 26 % da população mundial, ou seja, mais de metade da população europeia. Originária do Egito generalizou-se pelo Império Bizantino (quando governava o imperador Justiniano I “o Grande”) chegando até ao Mediterrâneo.

 

·        PESTE DE ATENAS (430-427 a.C.)

A partir do verão de 430 a.C., a cidade de Atenas, uma das grandes cidades da civilização grega, foi atingida por um surto epidêmico. A epidemia foi registrada pelo grego Tucídides, historiador que também relatou a Guerra do Peloponeso. A doença teve um grande surto entre 430-429 a.C., enfraqueceu-se durante 428 a.C. e ganhou força novamente a partir de 427 a.C a doença iniciou-se na zona portuária de Atenas e espalhou-se pelo resto da cidade. Os casos começaram a aparecer bem no início da Guerra do Peloponeso e tiveram um efeito fulminante nas tropas atenienses

·        PESTE DE ATENAS” e o nome sugerir que se tratou de um surto de peste bubônica, os estudiosos sugerem que a doença que atingiu a cidade grega não foi essa. Um estudo conduzido no começo do século XXI com base em ossadas de uma vala comum encontrada chegou à conclusão da ocorrência de febre tifoide, mas existem outros estudos que apontam tifo.

 

·        PESTE NEGRA (1347-1353)Idade Média. Esse período da história presenciou uma das maiores pandemias da humanidade, a de peste bubônica, que recebeu o nome de peste negra e é tradicionalmente conhecida por ter dizimado, pelo menos, cerca de 1/3 da população europeia.

A peste negra designa uma doença transmitida para os seres humanos por meio de pulgas de ratos contaminados com a bactéria -  Yersinia pestis - . Acredita-se que a origem dessa doença tenha sido a China ou alguma região da Ásia Central e que a peste negra não foi o primeiro surto de peste bubônica de que se tem conhecimento.

A peste bubônica chegou à Europa em 1347 e foi levada para lá por comerciantes genoveses que fugiam de Caffa, uma colônia genovesa na Crimeia que estava sendo atacada por tropas tártaras do Canato da Horda Dourada. A cidade de Caffa estava sitiada quando os tártaros começaram a lançar cadáveres contaminados com a doença para dentro dos muros.

À medida que a peste se espalhou por Caffa, os genoveses fugiram, levando a doença em seus navios. Assim, a peste alcançou Constantinopla, depois, a Sicília, chegou a Marselha, Península Itálica e, daí, espalhou-se por toda a Europa. Esse surto de peste bubônica estendeu-se até 1353 e causou a morte de milhões de pessoas.

Uma vez que um ser humano contrai a peste bubônica, ela pode ser transmitida por via respiratória (chamada de peste pneumônica), o que facilitou a disseminação da doença por todo o continente europeu. Tanto as cidades como os campos foram atingidos, embora as cidades, pela maior aglomeração de pessoas, tenham sofrido mais. A peste bubônica recebeu esse nome por causa dos bubões que apareciam em algumas partes do corpo dos que adoeciam.

 

·        A PESTE BUBÔNICA

foi uma doença recorrente na Europa por todo o século XIV e existiu até 1720, quando houve um surto da doença em Marselha. Acredita-se que, somente no século XIV, a peste bubônica tenha causado a morte depelo menos1/3 da população europeia, embora historiadores, como Le Goff, apontem que tenha causado a morte de, pelo menos, metade da população da Europa, chegando até a 2/3 em alguns locais|

existem estudos que indicam que a peste bubônica possa ter causado a morte de até 50 milhões de pessoas no continente europeu somente no período entre 1347 a 1353.

 

GRIPE ESPANHOLA

No começo do século XX atingiu todos os continentes do planeta e causou a morte de, pelo menos, 50 milhões de pessoas. Essa doença ficou conhecida como , sendo causada por uma mutação do vírus influenza, e afetou, inclusive, o Brasil.

Apesar do nome, a gripe espanhola não surgiu na Espanha. Acredita-se que ela tenha surgido na China ou nos Estados Unidos. De toda forma, os primeiros casos foram registrados em um acampamento militar chamado Fort Riley, que estava instalado no estado do Kansas (EUA). O primeiro paciente de que se tem conhecimento foi o soldado Albert Gitchell.

A doença surgiu no contexto da Primeira Guerra Mundial e aproveitou-se do grande deslocamento de soldados e das aglomerações causadas pela guerra para se disseminar pelo mundo. Houve três ondas de contágio, que se estenderam de 1918 a 1919. A segunda onda ficou conhecida como a de maior capacidade de contaminação e foi a mais mortal.

A gripe espanhola espalhou-se por todos os continentes do planeta.

A medicina do começo do século XX não sabia o que a causava, porque a tecnologia da época não permitia que os microscópios enxergassem o vírus responsável pela enfermidade. Usava-se aspirina para combater alguns dos sintomas, mas o exagero no uso dessa medicação mostrou-se nocivo. A doença causava infecções que atingiam órgãos como o pulmão, mas não existiam antibióticos na época para combatê-las.

Os sintomas da gripe espanhola eram os de uma gripe comum, como febre, tosse, coriza, dores de cabeça e dores no corpo. Os casos mais complicados, como mencionado, causavam infecções nos pulmões, levando os pacientes a desenvolverem pneumonia.

Como era causada por um vírus, a doença era transmitida pela via respiratória facilmente. Locais que implantaram medidas de prevenção baseadas no isolamento social conseguiram passar pela gripe espanhola com efeitos reduzidos. Já os que não seguiram as medidas de isolamento acabaram sofrendo duramente com a doença e acumulando mortos todos os dias.

Aqui no Brasil a gripe espanhola chegou em setembro de 1918, por meio dos passageiros de uma embarcação inglesa que atracou em três cidades: Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Grandes cidades, como São Paulo, sofreram bastante com a doença. Acredita-se que ela tenha contaminado, pelo menos, metade da população paulistana.

No Brasil, como em outras partes do mundo, medidas de isolamento foram tomadas com o decreto do fechamento de escolas, repartições públicas e alguns tipos de comércio. Ao todo, 35 mil pessoas morreram de gripe espanhola no Brasil.

EBOLA (2013-2016)

doença pelo vírus ebola, doença causada pelo vírus de mesmo nome (ebola). Esse vírus foi identificado em regiões do Sudão e da República Democrática do Congo, ambos países do continente africano. Acredita-se que uma espécie de morcego seja a transmissora do vírus.

A ebola é uma doença grave e capaz de matar tanto seres humanos quanto primatas. Recentemente, entre 2013 e 2016, causou um surto epidêmico em regiões da África Ocidental. Esse surtou chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde e de muitos países – alguns deles, inclusive, chegaram na época a decidir pelo fechamento de suas fronteiras para pessoas vindas daquela região.

A doença manifesta-se com os seguintes sintomas: febredor de cabeçavômitos e diarreia. Os pacientes mais graves podem apresentar graves hemorragias, as quais afetam partes do corpo como intestino e útero. O contágio acontece quando uma pessoa tem contato com restos de animais contaminados pelo vírus.

A partir do momento em que um ser humano contrai ebola, o vírus pode ser transmitido para outras pessoas por meio de secreções, como saliva, sangue, fezes, urina e sêmen. A ebola atuou majoritariamente no continente africano e aproveitou-se da pobreza de muitas das regiões desse continente.

A falta de condições sanitárias ideais acaba tornando muito mais fácil a rápida disseminação do vírus. O último surto epidêmico de ebola atingiu países como LibériaSerra Leoa e Guiné, infectando 28.454 pessoas, das quais 11.297 faleceram|4|.

Em 2018, um novo surto foi registrado na África, atingindo a República Democrática do Congo. Até o presente momento, esse surto registrou quase 4 mil casos e mais de 2.200 mortes. Em 2014, houve uma suspeita de caso de ebola no Brasil, mas esse caso foi descartado por exames.

PANDEMIA DE AIDS (1980 ATÉ A ATUALIDADE);

é uma doença sexualmente transmissível que ataca o sistema imunológico do paciente e causa uma diminuição nas defesas naturais do corpo. É um estágio avançado da infecção pelo vírus HIV, o vírus da imunodeficiência humana. Sendo assim, ser HIV positivo não significa que uma pessoa tem Aids.

até o momento, uma doença sem cura, portanto, o tratamento visa a retardar o avanço da doença, controlando a quantidade de vírus no corpo do paciente. É importante destacar que a infecção por HIV na fase assintomática não apresenta tratamento, entretanto, quando os sinais de agravamento do quadro surgem, inicia-se o uso de antirretrovirais.

Os medicamentos conhecidos como antirretrovirais não matam o vírus, mas garantem que o sistema imunológico não seja tão afetado. Existem 22 medicamentos antirretrovirais no Brasil e eles estão divididos em cinco classes, cada uma com sua função. Como funções desses medicamentos, podemos citar que eles impedem o vírus de se reproduzir, de entrar na célula e que o DNA do HIV seja inserido no DNA humano.

O paciente com Aids deve tomar pelo menos três antirretrovirais diferentes, os quais são combinados. Desses três medicamentos, recomenda-se que dois sejam de classes diferentes para aumentar a eficácia do tratamento. Esses medicamentos devem ser tomados com recomendação médica e com acompanhamento desse profissional para avaliar os efeitos no organismo. Em algumas pessoas, os efeitos colaterais podem ser desagradáveis e devem ser relatados ao médico para que um novo antirretroviral seja recomendado.

Vale frisar que, por muito tempo, ser HIV positivo era uma sentença de morte. Entretanto, é importante saber que os medicamentos disponíveis atualmente fazem com que uma pessoa possa ter uma vida relativamente normal e longa.

 

PANDEMIA DE SARS (2002-2004) Síndrome respiratória aguda grave ou Sars é uma doença causada por um vírus da família dos coronavírus, que inclui vírus causadores de resfriados, da síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers) e da Covid-19. A Sars é considerada a primeira doença transmissível grave do século XXI. Foi considerada uma ameaça global em março de 2003, porém surgiu inicialmente na China, em 2002. A doença foi controlada rapidamente graças a medidas eficientes de identificação e isolamento dos casos.

A síndrome respiratória aguda grave (Sars) é uma síndrome respiratória grave provocada por um coronavírus. O alerta global da Organização Mundial da Saúde (OMS) ocorreu no dia 12 de março de 2003 e descrevia-a como uma pneumonia atípica grave, transmitida de uma pessoa para outra, sem causa conhecida. Os primeiros casos ocorreram em novembro de 2002 na China, e a OMS foi notificada em fevereiro de 2003. A doença se espalhou por vários países, provocando a morte de cerca de 800 pessoas.

Como a doença não tem vacina ou tratamento eficiente, a forma encontrada para frear sua transmissão foi identificar os casos, realizar isolamento ou quarentena e identificar os contatos próximos estabelecidos entre os doentes. A epidemia foi controlada ainda em 2003, com a OMS declarando que todos os surtos de Sars foram contidos no mundo no dia 5 de julho desse ano. vírus responsável pela doença não causou novos casos desde 2004 e, durante a epidemia, atingiu 26 países em cerca de seis meses.

A Sars é causada pelo vírus Sars-CoV (coronavírus associado à Sars), um vírus da família dos coronavírus, que inclui vírus que circulam entre pessoas e outros animais e se destacam por, ao serem visualizados em microscopia eletrônica, lembrarem uma coroa (a palavra corona, em latim, significa “coroa”). O Sars-CoV teve seu genoma sequenciado em 2003 e mostrou não ter relação com outros coronavírus previamente conhecidos.

Antes da epidemia provocada pelo Sars-CoV, os vírus da família dos coronavírus eram considerados causadores apenas de infecções leves. Após o Sars-CoV, outras cepas de coronavírus surgiram e estão associadas a quadros graves de insuficiência respiratória: o Mers-CoV e o Sars-CoV-2.

 

PANDEMIAS DE CÓLERA (AO LONGO DO SÉCULO XIX)

 De acordo com relatos bem antigos, a cólera estava presente desde os primeiros séculos da humanidade, causando diarreias agudas de aspecto semelhante à água de arroz, vômitos e, em casos mais acentuados, câimbras, perda de peso intensa e olhos turvos. Causada pela bactéria Vibrio cholerae, é uma doença com grande facilidade de dissipação.

período de incubação é de aproximadamente cinco dias. Vencendo a acidez estomacal, multiplica-se no intestino delgado de forma bastante rápida e, em razão de seus sintomas, pode causar desidratação, perda de sais minerais e diminuição acentuada da pressão sanguínea em curto espaço de tempo, com possibilidades de causar a morte das pessoas afetadas.
É transmitida pela ingestão da água, alimentos, peixes, frutos do mar e animais de água-doce contaminados por fezes ou vômito de indivíduo portador da doença, sem o devido tratamento. Mãos que tiveram contato com a bactéria ou mesmo moscas e baratas podem provocar a infecção por este patógeno. Esses últimos podem funcionar como vetores mecânicos, transportando o vibrião para a água e para os alimentos.

Na maioria dos casos, manifesta-se de forma assintomática e este é um dos principais motivos que facilitam sua propagação, já que este portador é capaz de transmitir a doença sem ao menos ter conhecimento deste fato. Apenas 10% das pessoas afetadas desenvolvem o quadro sintomático. Os pacientes liberam os vibriões em suas fezes por cerca de vinte dias.
Essa doença ocasionou sete pandemias (epidemia simultânea em muitos países ou continentes), sendo dois de seus sorotipos, o V. cholerae O1 e o V. cholerae O139, os responsáveis. Estes são os únicos tipos desta bactéria que liberam toxinas: as enterotoxinas.

A cólera afeta, principalmente, locais onde o saneamento básico é precário. A bactéria sobrevive por até cinco dias em temperatura ambiente e é resistente ao congelamento. No ambiente marinho, vive bem em temperaturas entre 10 e 30°C. Entretanto, não resiste a temperaturas acima de 80°C e tampouco à exposição ao cloro.

Assim, a fervura ou cloração de água e alimentos antes de sua ingestão e evitar o uso de gelo em bebidas, salvo quando este tiver sido feito com água tratada, são algumas das principais medidas para impedir a manifestação da doença.

A Organização Mundial de Saúde recomenda a proporção de seis mL de cloro para cada litro de água, adicionado no mínimo meia hora antes da sua utilização como bebida ou para o preparo de alimentos. Recomenda ainda, para desinfecção de frutas e verduras, a imersão destas, por meia hora, em dois mL para cada litro de água, sendo depois lavadas com água tratada.
Vacinas possuem restrições de uso, sendo requeridas apenas como medida complementar, em casos de risco de infecção elevado, em pessoas cujas secreções ácidas estomacais são reduzidas.


Coleta de lixo rigorosa, a fim de evitar a proliferação de vetores; enterrar as fezes longe de fontes de água, quando não houver saneamento básico adequado na região; reaquecimento dos alimentos já cozidos; lavar as mãos constantemente; e evitar alimentos de ambiente aquático de região onde houve surto da cólera, são medidas necessárias.

·        diagnóstico consiste no isolamento e identificação do vibrião nas fezes do paciente. Para tratamento, a reidratação é essencial e é, na maioria dos casos, o único método necessário. Entretanto, a visita ao médico é indispensável, já que só ele será capaz de analisar o caso e, caso seja necessário, prescrever antibióticos. Medicamentos antidiarreicos não são indicados, já que facilitam a multiplicação da bactéria por diminuírem o peristaltismo intestinal.

·        Epidemia de cólera no Haiti (2010 até a atualidade);

·        Epidemia de febre amarela em Nova Orleans (1853) febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos, assim como outras doenças bastante conhecidas, como a dengue e a zika. Essa doença pode ser classificada em febre amarela silvestre e febre amarela urbana, sendo a principal diferença entre as duas o vetor.


→ COMO A FEBRE AMARELA É TRANSMITIDA?

A febre amarela é causada por um vírus do gênero Flavivirus transmitido pela picada de mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Nas áreas silvestres, a transmissão é feita pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus Sabethes; na área urbana, a transmissão é feita pelo mosquito Aedes aegypti. Ao picar, o mosquito contaminado expõe a pessoa ao vírus, e a doença desenvolve-se apenas naqueles que nunca tiveram a doença ou que não estão com a vacina em dias.

Vale destacar que outros animais também podem desenvolver a doença, como é o caso de macacos, que são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus em ambientes silvestres. A transmissão de uma pessoa para a outra não é possível.

A febre amarela urbana não apresenta casos registrados desde 1942. Entretanto, pessoas que circulam em áreas florestais podem ser contaminadas pela febre amarela silvestre, tornando-se uma fonte de infecção para o Aedes aegypti, que circula por todo o país. Assim sendo, a preocupação com a febre amarela urbana tem que ser constante.

→ SINAIS E SINTOMAS DA FEBRE AMARELA

A febre amarela, assim como o nome sugere, causa febre e, em casos graves, o surgimento de icterícia, ou seja, olhos e pele ficam amarelados. As manifestações iniciais são calafrios, prostração, dores musculares e de cabeça, enjoo e vômitos. Depois de alguns dias, podem surgir problemas renais e hepáticos, assim como manifestações hemorrágicas, que podem afetar a gengiva, nariz, estômago e intestino.

O período de incubação do vírus varia de 3 a 6 dias e geralmente os sintomas duram, no máximo, 10 dias. A gravidade dessa doença varia muito de indivíduo para outro, podendo levar à morte em uma semana caso o tratamento não se realize a tempo.

A febre amarela não possui tratamento específico, sendo recomendado apenas o cuidado com os sintomas. Geralmente o principal ponto é a reposição de líquidos e, nos casos hemorrágicos, a reposição das perdas sanguíneas. Além disso, podem ser usados analgésicos e antitérmicos para diminuir as dores de cabeça e febre. Em casos mais graves, pode ser necessária a internação em UTI.

 

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