TERAPÊUTICA E
PROFILAXIA
Em geral, noventa
por cento dos casos de obsessão são problemas dolorosos e intrincados. E isso
porque a grande maioria dos seres humanos tem o cérebro hipertrofiado e o
coração reduzido com comprometimentos imensos perante as Leis Divinas. A falta
do sentimento sublimado do amor faz-nos reféns de nossas vidas pretéritas,
estacionários contumazes nas zonas cerebrais instintivas, a recapitular lembranças
menos dignas, em geral na companhia dos que ferimos e magoamos.
Somos ainda seres
nos estágios inferiores da evolução espiritual.
Por tudo quanto
temos visto, estudando a série André Luiz, é fácil concluir que todos nós, os
espíritos em evolução na Terra, temos a nossa quota de obsessão, em maior ou
menor grau. E todos estamos trabalhando pela própria libertação. A vista disso,
de quando em quando, é sumamente importante que façamos um teste de nosso
processo desobsessivo, afim de que cada um de nós observe, em particular, como
vai indo o seu.
Isso porque
sabemos que a prece, a fluidoterapia, as reuniões práticas de desobsessão,
constituem meios importantes utilizados no combate às obsessões, mas só a
renovação moral, que inclui estudo, reforma íntima e exercício constante no
Bem, pode produzir resultados efetivos no campo da desobsessão. Kardec enfatiza
o valor da prece em todos os casos negativos de influenciação, reconhecendo-a
como o mais poderoso auxiliar contra o Espírito obsessor.
Em O Evangelho
Segundo o Espiritismo, Agostinho (santo) também prescreve, para aqueles que
estão atacados por obsessões cruéis, um remédio infalível: a fé, o olhar
dirigido ao céu.
A prece é um dos
mais sublimes produtos da fé, através dela unimo-nos ao manancial de onde
promana toda a Força Superior.
É importante a
utilização do passe como instrumento terapêutico desobsessivo.
Assim como a
transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma
transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos
são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do
reservatório ilimitado das forças espirituais, esclarece Emmanuel.
Jesus impunha as
mãos sobre os enfermos e sofredores, inclusive os endemoniados, curando-os de
seus males. Os apóstolos adotaram também essa prática.
Na fluidoterapia,
utiliza-se, como complemento, a magnetização da água para favorecer os
pacientes.
A reunião prática
de desobsessão, onde se socorre aos desencarnados sofredores, pode ser
comparada a uma clínica psiquiátrica, funcionando em nome da bondade de N. S.
Jesus Cristo, conforme ressalta Efigênio S. Vitor.
Em Pedro
Leopoldo, no Grupo Meimei, funcionou, durante muitas décadas, uma clínica
nesses moldes, tendo Chico Xavier como um dos médiuns colaboradores. Emmanuel
apresentou importante estatística, com os dados obtidos em dois anos de
atendimento nesse posto de atendimento, demonstrando uma vasta folha de
serviços: em 206 sessões práticas, foram socorridos cerca de 1.500 companheiros
desencarnados, em diferentes gradações evolutivas. Vale apena estudar e
refletir sobre esses dados.
O livro
Desobsessão, da série André Luiz, é indispensável para quantos desejem
dedicar-se à organização de sessões dessa natureza, com segurança. Nos centros
espíritas do Brasil, dedicados à tarefa de assistência aos enfermos
espirituais, esse livro tem servido de roteiro seguro para que o socorro seja
feito com eficiência e aproveitamento. Particularmente, temos vínculo com essa
tarefa, como médium esclarecedor, há muitos anos, e, em todo esse tempo, nunca
deixamos de consultá-lo.
Como afirmamos, a
renovação moral dos pacientes é condição fundamental para a melhora efetiva
dessa patologia da alma.
Aprendemos, com
Kardec, que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a
natureza dos Espíritos que atuam sobre ele. E, também, que todas as
imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus
Espíritos, sendo o orgulho o principal dos defeitos, porque é o que a criatura
menos confessa a si mesma.
Compreende-se,
assim, que o mais poderoso meio de se combater a influência dos maus Espíritos
é aproximar-se o mais possível da natureza dos bons.
Carlos Toledo
Rizzini ressalta o quanto é necessária essa renovação moral para todas as
criaturas, detalhando a necessidade do crescimento em estudo e na prática da boas
obras...
A renovação moral
é fruto, portanto, do estudo construtivo, com disciplina constante; do esforço
em domar as más inclinações e também da ação incansável no bem.
Através da
leitura e do estudo a criatura humana amplia a sua capacidade de discernir; por
suas ações, no campo da reforma interior, tendo como apoio fundamental a
prática da caridade e do amor, aproxima-se o mais possível da natureza dos bons.
Em Ação e Reação,
a ênfase é a mesma, pois reúne na renovação mental a necessidade do estará
assimilação do conhecimento superior, e do serviço ao próximo para a colheita
de simpatia, sem os quais todos os caminhos da evolução surgem complicados e
difíceis de ser transitados.
Clarêncio resumiu
esse programa afirmando: …a realização
nobre exige três requisitos fundamentais a saber: primeiro desejar; segundo
saber desejar; e terceiro, merecer ou, por outros termos, vontade ativa,
trabalho persistente e merecimento justo.
Sem dúvida, é bastante
válida a Psicologia do desabafo, quando o paciente expulsa os resíduos tóxicos
de sua vida mental. Nesse sentido, é importante o apoio de criaturas dispostas
a ouvi-lo, tanto os que o fazem no atendimento fraterno dos centros espíritas,
quanto os especialistas idôneos que lhe possibilitam a aquisição de novas
formas-pensamentos, amparando seu cérebro doente. Mas, infelizmente, são bem
poucos ainda os profissionais que têm coragem de sair a campo, em busca de
trabalho conjunto com os centros espíritas para a resolução do problema
obsessivo. Por isso, nossa admiração pelo trabalho da psicóloga, dra. Edith
Fiore, que não apenas estuda o assunto, como procura divulgá-lo, através de
livros, expondo os efeitos nefastos da obsessão. Embora suas colocações não
sejam as mesmas da doutrina que abraçamos, e nem poderia ser porque não a
conhece, reconhecemos a importância do seu testemunho, em favor da inclusão de tão
grave problema na pauta de estudos das universidades.
André Luiz, em
Paz e Renovação, lembra que não existe trabalho desobsessivo sem reajuste da
emoção e da ideia, porquanto todos os processos educativos e reeducativos das
almas e articulam, de início, no pensamento.
Na verdade - O
pensamento é tão significativo na mediunidade quanto o leito é importante para
o rio.
Clara recomendou
muita cautela com a palavra, nos momentos de tensão alta de nosso mundo
emotivo, a fim de que a nossa voz não se desmande em gritos selvagens ou em
considerações cruéis, porque podemos estar semeando antipatia e revolta em
nosso próprio prejuízo.
E Clarêncio
enfatizou que - Toda antipatia conservada é perda de tempo, em muitas ocasiões
acrescida de lastimáveis compromissos.
Em A Loucura Sob
Novo Prisma, Bezerra de Menezes também ressalta que se deve procurar elevar os
sentimentos do obsedado, incutindo-lhe na alma a paciência, a resignação e o
perdão para o seu perseguidor, e o desejo humilde de obtê-lo se, em outra
existência, foi ele o ofensor
Vemos, assim, que
a caridade deve ser exercida como norma básica de saúde mental.
Servindo à
coletividade com abnegação, o obsedado cresce moralmente e torna-se mais forte
que o obsessor, ensinando-lhe o caminho do perdão.
Certa vez, uma
senhora disse a Chico Xavier: Chico, estou com espírito ruim encostado em mim,
tira ele de mim. A resposta veio rápida: Uai, gente, para que tirar o Espírito?
Vamos evangelizar-nos todos juntos, encarnados e desencarnados. Essa é a
proposta a que todos nós devemos estar atentos.
Na terapêutica,
não podem ser esquecidas as medidas profiláticas para se evitar o surgimento do
processo obsessivo e, entre elas, a primordial é a sintonia da onda do Cristo
no coração.
No livro Paz e
Renovação, bem como no Evangelho Segundo o Espiritismo, e muitas outras obras
espíritas de valor, encontramos excelentes indicações dessas atitudes
profiláticas.
Tempo virá em que
a mediunidade será, para o ser humano, imenso campo de trabalho construtivo e
realização superior.
Compreendendo que
o pensamento é tão significativo na mediunidade quanto o leito é importante
para o rio, o ser humano procurará, então, disciplinar cada ideia, cada
ideoplastia, a serviço do Bem, sem perda de tempo em coagulá-Ias era prisões
mentais conhecidas como antipatias, mágoa, cólera, vingança e outros quistos
enfermiços.
Como muito bem
lembra Elzio Ferreira de Souza: A medida que o médium depura sua mente e
emprega suas faculdades no serviço ao semelhante, sem exigência de qualquer
retribuição, seja qual seja a sua espécie, ele vai centrando-se e, paradoxalmente,
abrindo-se cada vez mais para a descida de Forças Superiores sobre si mesmo e
sobre a humanidade (...). E anda ressalta: A essência da mediunidade, tomado o
termo no sentido amplo, é que ela se constitui em um sentido novo de percepção
do Divino na Natureza e no Homem, pelo qual não só se permite ao indivíduo
antever realidades de um mundo diverso, suas conexões com este, mas levá-lo a
ultrapassar a relatividade de corpo e mente (razão) para alcançar integrações
cada vez mais amplas e unitivas com um Poder maior que é Força, Luz, Amor e
Vida, que anseia, por assim dizer, em dar-se ao homem para que possa ele conhecer-se
na unidade que a tudo une.
FONTE:
A Obsessão e suas
Mascaras
Dra. Marlene
Nobre
Missionários da
Luz
Paz e Renovação
O Consolador
Vozes do Grande
Além
Instruções
Psicofônicas
O Livro dos
Médiuns
Evangelho para o
Terceiro Milênio
A Loucura Sob
Novo Prisma
Ação e Reação
Nos Domínios da Mediunidade
A Loucura Sob
Novo Prisma
Lições de
Sabedoria
Mediunidade e Autoconhecimento
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