PENSAMENTOS
SONORIZADOS (Mecanismo semelhante ao da Radiofonia e Televisão)
Chico Xavier
descreveu uma outra modalidade de obsessão _Sempre que vem acompanhada de uma
espécie de crise alucinante de labirintite, com todo o desconforto que o
barulho característico causa.
Perguntado sobre
o que ele teria a dizer sobre os médiuns que acabam desistindo do serviço
mediúnico, por sofrerem o assédio de entidades infelizes, Chico respondeu:
Curiosa esta
pergunta, porque também passamos por essa experiência. Um ano antes de
transferirmos nossa residência de Pedro Leopoldo para a cidade de Uberaba, por
volta do ano de1959, uma crise alucinante de labirintite nos atacou. O desconforto
que a doença causava, com aquele barulho característico, dentro do próprio
crânio, nos alterou o estado emocional. Quase não conseguíamos a necessária
concentração para a tarefa da psicografia nas reuniões públicas do Centro
Espírita Luiz Gonzaga. Estávamos intranquilos. Quando aquele tormento atingiu o
seu ápice, procuramos nosso médico oftalmologista, na época o dr. Hilton Rocha,
de Belo Horizonte.
Dissemos a ele:
dr. Hilton Rocha, eu já não aguento mais esta labirintite que me atazana. Este
barulho incessante me tonteia e já não posso atender às minhas obrigações de
psicografia com a tranquilidade desejável. De modo que o senhor tem a minha
autorização, caso esta labirintite seja causada pela minha enfermidade dos
olhos, para remover os meus globos oculares. E o senhor pode arrancar os meus
olhos, porque eu preciso continuar trabalhando.
O dr. Hilton
Rocha nos tranquilizou dizendo que de forma alguma a labirintite era devida às
nossas enfermidades oculares. Recomendou-nos paciência e disse-nos que tudo
iria passar. De fato, quando nos instalamos em definitivo aqui em Uberaba a
crise de labirintite passou. Recentemente, no entanto, a questão voltou, mais
ou menos há uns dois anos, com grande intensidade. Desta vez, não só ouvíamos o
barulho característico da labirintite, como também registramos a voz nítida dos
espíritos inimigos da
Causa Espírita
Cristã, perturbando-nos a tranquilidade interior. Essa presença de espíritos
infelizes, desde então, tem sido uma constante. Ouvimos-lhe diariamente o ataque
à Mensagem Cristã e à Doutrina Espírita; as sugestões desagradáveis; as
induções ao desequilíbrio; os sarcasmos em relação aos episódios por nós
vividos no decorrer desta existência; as alusões ferinas às ocorrências menos
dignas de nossos círculos doutrinários; as calúnias em relação a fatos
conhecidos por nós; e até maledicências dirigidas ao nosso círculo de amizades.
Tudo isso de forma tal que nos sentimos tolhidos na liberdade de pensar.
Nossos Amigos
Espirituais classificam este tipo de atuação como sendo pensamentos sonorizados
dos obsessores em nós mesmos. Dr. Bezerra de Menezes nos recomendou muita calma
em relação ao assunto, incentivando-nos, inclusive, a conversar com esses
irmãos infelizes pelo pensamento, mostrando-lhes o ângulo de visão que nos é
próprio e rogando-lhes paciência e compreensão para as nossas atividades mediúnicas.
Mesmo assim, apesar de estarmos tentando dialogar com esses espíritos, somente
em 80% dos casos eles desistem do sinistro propósito de nos retardar as
tarefas. Assim, ainda 20% deles continuam renitentes em seu desiderato infeliz.
Outro dia mesmo, recorremos ao nosso mentor Emmanuel, e ele nos pediu mais
paciência. Segundo a afirmativa dele, isso ainda duraria por algum tempo, e em
breve tudo voltaria ao normal.
Fica aí o
registro. Já observamos dois casos de labirintite, cuja origem era espiritual.
Não temos estatística para levantar o assunto convenientemente. Com o auxílio da
casuística de colegas e casas espíritas, será possível catalogar esse tipo de
obsessão e partir para a terapêutica espiritual.
FONTE
Obsessões e suas
mascaras
Dra. Marlene
Nobre
Lições de
Sabedoria
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